Doença não tratada por levar à perda de dentes e cáries
Pacientes diabéticos requerem, entre
outros cuidados, atenção especial à saúde bucal, alerta a dra. Joanna Rocha
Penteado Assunção Campos, dentista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção). Síndrome resultante da falta
total ou parcial de insulina, o diabetes traz várias consequências deletérias
para a saúde e pode prejudicar seriamente a dentição.
De acordo com a dra. Joanna,
pacientes diabéticos sofrem mais de periodontite, grupo de doenças
inflamatórias que afetam os tecidos periodontais, como aqueles que envolvem e
fixam o dente. Com isso, há perda progressiva do osso alveolar em volta do
dente, podendo ocasionar a perda dentária.
Outra consequência do diabetes
costuma ser a destruição das glândulas salivares, provocando a xerostomia –
sensação de boca seca. Esta alteração diminui a quantidade de saliva, que
protege os dentes, propiciando a cárie, prossegue a dentista.
“O diabetes também é condição de
risco para cirurgia oral e implantes dentários por estar associado à cicatrização
tardia da ferida, prevalência de alteração microvascular e resposta prejudicada
à infecção”.
Diante destes riscos, a dra. Joanna
destaca que o tratamento do diabetes e o acompanhamento frequente da saúde
bucal desses pacientes devem caminhar juntos. “O paciente com a doença
controlada, assim como as demais pessoas, deve consultar o dentista a cada seis
meses, mas se estiver com o diabetes descompensado, precisa comparecer em
espaços menores de tempo, de até três meses”.
Ela recomenda a esses pacientes
escovação dos dentes após as refeições e uso de fio dental. “Esses cuidados
devem ser especialmente redobrados na escovação noturna, pois durante o sono o
fluxo salivar diminui, e se os dentes não estiverem bem limpos, o risco de
cáries aumenta”.
A dra. Joanna comenta que
mundialmente cresce o número de diabéticos, o que também levará a um maior
número de atendimentos odontológicos desses pacientes. “A porcentagem global de
adultos com essa condição aumentou em 16% em 2021 em comparação a 2020. No ano
passado, havia 537 milhões de pessoas em todo o planeta com diabetes, doença
que resultou em 6,7 milhões de mortes”.
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