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terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Seconci-SP chama atenção para a saúde bucal em diabéticos

Doença não tratada por levar à perda de dentes e cáries

 

Pacientes diabéticos requerem, entre outros cuidados, atenção especial à saúde bucal, alerta a dra. Joanna Rocha Penteado Assunção Campos, dentista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção). Síndrome resultante da falta total ou parcial de insulina, o diabetes traz várias consequências deletérias para a saúde e pode prejudicar seriamente a dentição.

De acordo com a dra. Joanna, pacientes diabéticos sofrem mais de periodontite, grupo de doenças inflamatórias que afetam os tecidos periodontais, como aqueles que envolvem e fixam o dente. Com isso, há perda progressiva do osso alveolar em volta do dente, podendo ocasionar a perda dentária.

Outra consequência do diabetes costuma ser a destruição das glândulas salivares, provocando a xerostomia – sensação de boca seca. Esta alteração diminui a quantidade de saliva, que protege os dentes, propiciando a cárie, prossegue a dentista.

“O diabetes também é condição de risco para cirurgia oral e implantes dentários por estar associado à cicatrização tardia da ferida, prevalência de alteração microvascular e resposta prejudicada à infecção”.

Diante destes riscos, a dra. Joanna destaca que o tratamento do diabetes e o acompanhamento frequente da saúde bucal desses pacientes devem caminhar juntos. “O paciente com a doença controlada, assim como as demais pessoas, deve consultar o dentista a cada seis meses, mas se estiver com o diabetes descompensado, precisa comparecer em espaços menores de tempo, de até três meses”.

Ela recomenda a esses pacientes escovação dos dentes após as refeições e uso de fio dental. “Esses cuidados devem ser especialmente redobrados na escovação noturna, pois durante o sono o fluxo salivar diminui, e se os dentes não estiverem bem limpos, o risco de cáries aumenta”.

A dra. Joanna comenta que mundialmente cresce o número de diabéticos, o que também levará a um maior número de atendimentos odontológicos desses pacientes. “A porcentagem global de adultos com essa condição aumentou em 16% em 2021 em comparação a 2020. No ano passado, havia 537 milhões de pessoas em todo o planeta com diabetes, doença que resultou em 6,7 milhões de mortes”.


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