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sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

AUXÍLIO-ACIDENTE: O QUE FAZER PARA TER DIREITO AO BENEFÍCIO

O Brasil tem um acidente de trabalho a cada quarenta e oito segundos, são diversos trabalhadores ficando incapacitados e até morrendo todos os dias durante o trabalho. Por esta razão, além de tomar todas as precauções possíveis para evitar acidentes de trabalho, você precisa conhecer os seus direitos. 

O auxílio-acidente é o benefício indenizatório do INSS que socorre o trabalhador em caso de sequelas acidentais. Ele é destinado a quem sofre qualquer tipo de acidente que diminua a capacidade laboral do trabalhador. O auxílio também é destinado para quem sofreu acidente de trabalho, incluindo doenças ocupacionais, que são desenvolvidas em razão da função exercida.

 

Quais os requisitos para ter direito ao auxílio-acidente?

- Ter sofrido acidente de qualquer natureza (trânsito, trabalho, acidente doméstico) ou doença ocupacional;

- Ter qualidade de segurado ou estar no período de graça – período em que a pessoa não está contribuindo com o INSS, mas está coberta pelo instituto. Esse período pode durar de 12 à 36 meses e 45 dias;

- Ficar com uma sequela permanente decorrente do acidente ou doença ocupacional, que tenha reduzido, ainda que de forma mínima, sua capacidade de trabalho. Pode caracterizar-se pela perda de movimentos, dores, DORT, ou outras sequelas não visíveis;

- O auxílio-acidente não exige carência. Ou seja, não há necessidade de tempo mínimo de recolhimento antes do acidente. Em outras palavras, o trabalhador que sofreu um acidente no segundo do dia do primeiro emprego, ainda que não tenha feito nenhuma contribuição, por já estar registrado formalmente, tem direito ao benefício;

- Por se tratar de um benefício indenizatório, que tem o objetivo de compensar a redução da capacidade, é permitido trabalhar e ao mesmo tempo receber o auxílio. É importante saber que esse valor não substitui o salário, não sendo válido como renda. Portanto, é possível o trabalhador continuar recebendo uma remuneração mensal do trabalho e o benefício, simultaneamente;

- O auxílio-acidente, em regra, é pago até que o beneficiário se aposente, recupere integralmente sua capacidade ou venha a falecer, visto que, por ser uma indenização, ele não fica para dependentes.

 

Quem tem direito ao auxílio-acidente?

O benefício é destinado ao empregado de carteira assinada, seja urbano ou rural. Além disso, o trabalhador doméstico e o trabalhador avulso (trabalhador que não tem carteira assinada) também podem receber o auxílio. O segurado especial – trabalhador rural que exerce atividade familiar ou sozinho -- e servidores públicos comissionados ou contratados, que recolhem para o INSS, também tem direito ao benefício.

Contribuintes individuais (aquele que é responsável pela sua própria atividade, prestadores de serviço para pessoas físicas ou jurídicas) e contribuintes facultativos (aquele que não tem renda, mas faz recolhimento mês a mês) não têm direito ao auxílio-acidente.

 

Como solicitar o auxílio-acidente ao INSS

Após término do auxílio-doença acidentário, o INSS deve conceder automaticamente o auxílio-acidente, sem solicitação do segurado. Isso acontece porque, ao realizar a perícia, o órgão precisa avaliar todos os requisitos que a lei prevê, podendo conceder o benefício. Na prática, no entanto, não é assim que acontece normalmente.

Para dar entrada no auxílio-acidente, o trabalhador deve agendar uma perícia no órgão e apresentar os documentos que comprovem os requisitos necessários para receber o benefício. O pedido também pode ser feito na justiça, com o auxílio de um advogado, uma vez que, ao não conceder o auxílio de forma automática, subentende-se que o órgão negou o benefício ao trabalhador.

 

Como é calculado o valor do auxílio-acidente?

O valor do auxílio para quem sofreu acidente ou consolidou sequelas até o dia 12 de novembro de 2019 corresponde a 50% da média de 80% dos maiores salários de contribuição a partir de julho de 1994.

Caso o acidente ou sequela tenha sido confirmada entre 13 de novembro de 2019 e 19 de abril de 2020, considera-se para o benefício 50% da aposentadoria por invalidez a que o trabalhador teria direito.

A partir de 20 de abril de 2020, passou a ser considerada uma nova possibilidade de cálculo, aplicando-se 50% da média geral de todos os salários de contribuição a partir de julho de 1994.

É muito importante que o trabalhador avalie o dia exato em que sofreu o acidente ou a data em que foi consolidada a lesão de uma doença ocupacional, visto que a lei que estava em vigor naquela data é a que será considerada para fins de cálculo.

 

Início e fim do auxílio-acidente

O auxílio-acidente deve ser concedido um dia após o final do auxílio-doença ou a partir da consolidação das sequelas resultantes do acidente ou da doença ocupacional. Caso o órgão não pague a partir desta data, o trabalhador pode entrar na justiça e conseguir o recebimento dos atrasados.

O benefício pode ser cessado em caso de morte, aposentadoria ou recuperação da capacidade atestada por perícia.

Vale lembrar que, em caso de não ter pedido o benefício junto ao INSS, o segurado pode dar entrada ao pedido do auxílio em qualquer período – ainda que tenham se passado anos após o acidente. Entretanto, ele só poderá receber os efeitos financeiros dos últimos 5 anos.

É muito importante saber que o auxílio-acidente também incide no cálculo da aposentadoria do trabalhador. Ou seja, será considerada a renda do beneficiário junto com o valor do auxílio na hora que calcular o valor da aposentadoria.

 

Perícia médica: o que provar?

Para receber o auxílio-acidente, o trabalhador precisa passar por uma perícia médica. Nesse momento, ele deve comprovar os requisitos pelo INSS. São eles:

- Comprovação de lesão e que ela já foi consolidada;

- Comprovação de que sofreu acidente de qualquer natureza ou doença ocupacional e que, por esse motivo, o trabalhador ficou com sequela consolidada;

- Comprovação de capacidade de trabalho reduzida em decorrência de acidente ou doença ocupacional.

 

Fique esperto – Dicas extras para você ficar atento

- O trabalhador pode ficar atento a outras situações que possa ter passado e que configura direito ao auxílio, como recebimento de seguro DPVAT em decorrência de acidente de trânsito, recebimento de auxílio-doença por ter sofrido doença ocupacional ou acidente, reabilitação profissional no INSS com certificado ou mudança de função, por não poder mais exercer a atividade anterior.

- Antes de 18 de julho de 2019, quem recebia auxílio-acidente não precisava fazer recolhimento ao INSS para manter o direito de receber outros benefícios. A partir desta data, quem recebe o auxílio-acidente não possui mais qualidade de segurado – é preciso fazer recolhimento previdenciário para evitar a perda do benefício!

- Não importa se a sequela foi pequena! Se ela reduz, atrapalha ou até mesmo impede que você realize seu trabalho com qualidade, é possível usá-la como requisito para o auxílio;

- Mesmo que o trabalhador não tenha recebido auxílio-doença ou não tenha a comunicação de acidente de trabalho (CAT), ele tem direito ao auxílio-acidente se cumprir os benefícios que a lei prevê.

- É possível receber o auxílio-doença e o auxílio-acidente ao mesmo tempo, desde que não tenham sido decorrentes do mesmo evento. Para exemplificar, se o trabalhador sofre um acidente e fica com uma sequela na mão e após dois anos, teve uma outra doença que não tenha relação com o primeiro acidente, ele pode obter os dois, um benefício para justificar cada um dos eventos;

 

Documentos que podem ajudar

Os documentos abaixo podem ajudar o trabalhador na hora de dar entrada no auxílio-acidente. Com um advogado de confiança, é possível fazer o pedido de forma segura e prática.

- Processo para receber DPVAT;

- Processo trabalhista contra empresa por doença ou acidente de trabalho;

- Certificado de reabilitação profissional;

- Atestado de Saúde Ocupacional de retorno ao trabalho com mudança de função ou restrição de atividade;

- Boletim de ocorrência de acidente de trânsito;

- CAT (comunicação de acidente de trabalho);

- Relatório da CIPA referente a acidente dentro da empresa;

- Prontuário médico hospitalar;

- Atestado, relatórios, prescrições de fisioterapia, exames e laudos de exames médicos;

- Relatório de atendimento em posto de saúde;

- Laudos de perícia do INSS, entre outros.

Acompanhe outras notícias sobre seus direitos em nosso Canal do Direito Trabalhista e Previdenciário.

 


Carolina Centeno de Souza - Advogada especialista em direito previdenciário, trabalhista e sindical. Palestrante e sócia do escritório Arraes e Centeno Advocacia. Visite nosso site clicando aqui


Febre dos podcasts é oportunidade de expansão para o rádio

Radialista e consultor musical, Helton Lucas, comenta sobre o cenário atual do rádio no Brasil


 

O rádio brasileiro teve sua era de ouro por volta da década de 30, quando era o principal meio de comunicação das massas. Porém, com o avanço das tecnologias e a invenção de outros meios de comunicação como a televisão, o rádio foi perdendo espaço gradualmente e, por vezes, chegou-se a especular sobre a sua extinção.

 

Porém, atualmente com a popularização dos podcasts, o rádio volta a ganhar espaço em meio a comunicação tecnológica. “O rádio dinamizou a sua forma de comunicar, trazendo um pouco da TV para dentro da programação. Antigamente, não havia câmeras nos estúdios mostrando os bastidores de um programa de rádio. Hoje, existem emissoras que transmitem tanto em áudio como em vídeo”, explica o radialista e consultor musical, Helton Lucas.

 

Para ele, a chegada dos podcasts e a febre generalizada que eles causaram no país é a representação de uma nova fórmula de manutenção do rádio. “Com os podcasts, o rádio consegue aumentar a audiência. Até porque, além da televisão, hoje nós temos uma diversidade de transmissão muito grande com as redes sociais e o Youtube”, opina.

 

Com a popularização das redes sociais, o especialista defende que é possível conquistar um público fiel, visto que a internet permite a busca por assuntos de interesses individuais. “É uma oportunidade de expansão muito boa, porque não há necessidade de esperar. O rádio está constantemente se renovando”, detalha.

 

“O rádio jamais terá seu fim decretado”, pontua o radialista. Helton defende que o rádio é um dos meios de comunicação mais eficazes, mesmo que seja um dos mais antigos. “O rádio ultrapassa fronteiras, dificuldades e se mantém sempre. O rádio é dinamismo e é feito por pessoas que pensam à frente do seu tempo. O podcast só existe hoje por conta das rádios”.

 

 


 

Helton Lucas - começou a trabalhar com o rádio em 2011, apresentando um programa infantil na Rádio Pitombeiras FM 98.7, originária da cidade de Senador Sá no Ceará. Com apenas 1 ano de trabalho, ele conseguiu ser promovido e ganhou experiência apresentando programas como o Show de Sábado e o Show da Tarde. Em 2014, o radialista voou mais alto e fundou o programa Domingão Musical, que na época era apenas regional e transmitido pela Rádio Pitombeiras FM 98.7. Porém, após 5 anos de trabalho, o Domingão Musical cresceu e chegou às rádios de todo o Brasil. Atualmente, o programa já alcançou mais de 200 emissoras de rádio, mais de 10 milhões de ouvintes, é considerado o maior programa dos domingos do rádio brasileiro e apresenta artistas de diversos estilos musicais pelo país inteiro, já tendo contado, inclusive, com nomes como Cláudia Leitte, Vini Vercillo e Bravana. No instagram, Helton Lucas já conta com mais de 13 mil seguidores no perfil @heltonlucasoficial.

 

Por que o preço dos combustíveis disparou no Brasil?

Divulgação / MF Press Global
Empresário do ramo de importação e exportação, Diego Arruda, comenta a alta dos preços e a relação com acontecimentos no exterior

 

A alta do preço dos combustíveis tem sido uma pauta de debate constante no dia a dia do brasileiro ultimamente. Em alguns estados do país, a gasolina chegou a atingir R$ 7 por litro. Porém, de acordo com o empresário do ramo de importação e exportação, Diego Arruda, para compreender melhor esse momento, é preciso avaliar a situação global de uma maneira geral. “O Brasil não é o único país que está reclamando do preço dos combustíveis. Também houve manifestações em Portugal, isso não é uma mera coincidência. Precisamos compreender o que determina o preço da gasolina, por exemplo, para avaliar a situação de maneira mais aprofundada”, explica.

 A gasolina é uma commodity, por isso, os preços estão atrelados ao mercado internacional. Desde janeiro, o litro vendido às refinarias passou por sucessivas altas, porém, o valor inicial do produto é adicionado de mais três fatores, os custos da adição de etanol e anidro das distribuidoras, os gastos da distribuição e revenda e o imposto, que é o fator de maior peso. “O ICMS, que é o imposto estadual, o Pis/Pasep, a Cofins e a Cide, que são federais, se referem a 44% do preço final”, detalha o especialista. 

Além disso, Diego Arruda explica que o cenário sócio econômico global também tem grande influência no aumento ou redução do preço dos combustíveis. “Houve um aumento de demanda do produto no período de reabertura. Cidades começaram a retornar ao dia a dia e a oferta, por enquanto, não está acompanhando a proporção da demanda. Ou seja, se existem várias pessoas buscando um produto que é ‘raro’, o preço sobe”, afirma.

 

A oferta tem a ver com a organização e as determinações dos países membros da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep), que concentram cerca de 33% da produção mundial. “Existe muita estratégia por trás, eles podem limitar a produção para valorizar o produto e para evitar a queda de preços, por exemplo. Houve muita mudança por conta da pandemia, mas tenho expectativas que os fatores internacionais retornem à normalidade em breve”, conta Diego Arruda.

 

 Diego Arruda - especialista em ajudar pessoas a empreender e a descobrir oportunidades de negócios. Através de consultorias e treinamentos, ajuda a revelar nichos de mercado para parceiros e clientes.

 

Floresta tropical recupera 80% do estoque de carbono e da fertilidade do solo após 20 anos da regeneração

Pesquisa publicada na Science aponta que recuperação de áreas pode ser rápida, contribuindo para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e conservar a biodiversidade (área de Mata Atlântica em regeneração em antigo plantio de eucalipto; foto: Paulo Molin)

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De forma inédita e com base em um dos maiores bancos de dados disponíveis sobre florestas tropicais no mundo, estudo publicado hoje (10/12) na revista Science mostra que a regeneração florestal recupera cerca de 80% do estoque de carbono, da fertilidade do solo e da diversidade de árvores em até 20 anos.

A pesquisa concluiu que a regeneração natural é uma solução de baixo custo para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e contribuir com a conservação da biodiversidade. Esses resultados decorrem de um processo de regeneração em áreas degradadas e não apenas da passagem do tempo nesses locais.

"É possível recuperar florestas tropicais por meio de processos naturais em tempo condizente com expectativas humanas. Porém, mesmo assim, é muito mais rápido destruir do que recuperar. Os resultados devem ser vistos com otimismo, mas também com responsabilidade", diz à Agência FAPESP Pedro Brancalion, professor do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP).

Brancalion e o pesquisador Frans Bongers, da Wageningen University (Países Baixos), estão entre os autores do artigo e também coordenam o projeto "Compreendendo florestas restauradas para o benefício das pessoas e da natureza - NewFor", que tem o apoio da FAPESP no âmbito do Programa BIOTA.

"Outro ponto interessante do trabalho foi definir uma espécie de 'ordem cronológica' da recuperação das diversas funções das florestas tropicais, oferecendo subsídios para contribuir com projetos de restauração e de desenvolvimento sustentável previstos para a próxima década", completa Brancalion, que também coordena o Laboratório de Silvicultura Tropical na Esalq-USP e é vice-coordenador do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica.

Em junho deste ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou a Década da Restauração dos Ecossistemas (2021-2030) com o objetivo de inspirar e apoiar governos, empresas, organizações e sociedade civil para desenvolver iniciativas que revertam a degradação e protejam o meio ambiente.

Além disso, no mês passado, ao final da COP-26, a Conferência do Clima da ONU, os quase 200 países presentes assinaram um acordo para tentar garantir o cumprimento da meta de limitar o aquecimento global a 1,5° C. Estabeleceram a necessidade de neutralizar as emissões de CO2 até 2050, com compensação por reflorestamento e tecnologias de captura de carbono da atmosfera, mercado que também foi regulamentado.

"Saber em qual velocidade as florestas se recuperam é importante, por exemplo, para avaliar a viabilidade de investimentos em projetos de sequestro de carbono por meio da recuperação de áreas devastadas. É preciso entender a dinâmica de recuperação de cada função da floresta para que se possa balizar melhor as metas, tomar decisões mais corretas e, dependendo da situação, entender e monitorar quando uma floresta está em trajetória de recuperação aquém do esperado ou necessário para atingir certo objetivo", explica o professor.

O artigo publicado na Science é resultado do trabalho de uma equipe internacional, a 2ndFOR, que envolve mais de cem pesquisadores de 18 países, incluindo o Brasil. A 2ndFOR é coordenada pelos professores Lourens Poorter, autor correspondente do artigo, Bongers, Masha van der Sande, todos da Wageningen University, e Catarina Jakovac, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O grupo analisou 12 atributos florestais de 77 locais, incluindo mais de 2.200 parcelas de florestas da América Central e do Sul, entre elas a Amazônia, e da África Ocidental. São apresentados quatro grupos de características da floresta relacionadas ao solo (densidade aparente, carbono e nitrogênio); ao funcionamento do ecossistema (espécies de árvore fixadoras de nitrogênio, densidade da madeira e área foliar específica); à estrutura da mata (biomassa acima do solo, diâmetro máximo das árvores e heterogeneidade estrutural) e à diversidade e composição de espécies.

Os cientistas concluíram que as florestas tropicais e seus solos são altamente resilientes, pois todos os atributos se recuperam em até 120 anos (ou 12 décadas) quando comparados com florestas conservadas.

Em geral, a recuperação mais rápida é a do solo (fertilidade), em menos de dez anos, e a do funcionamento do ecossistema, menos de 25 anos. Em seguida, em tempo intermediário, vem a recuperação da estrutura e diversidade da floresta, que ocorre entre 25 e 60 anos, enquanto as mais lentas são a retomada da biomassa acima do solo e da composição de espécies, que demoram mais de 120 anos.

"Um ponto importante é que a floresta tropical consegue recuperar o número de espécies de árvores, mas nem sempre a mesma composição [conjunto de espécies]. Nem todas as espécies presentes em matas conservadas recolonizam florestas regeneradas, algumas são mais sensíveis e podem desaparecer", alerta Brancalion.


Desmatamento

Para o professor Poorter, além de ser essencial impedir o avanço do desmatamento, é preciso olhar para o potencial de recuperação das florestas secundárias (que crescem em áreas já devastadas) para atingir as metas de restauração de ecossistemas. "Elas fornecem benefícios globais para a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas e para a conservação da biodiversidade, além de muitos outros serviços para a população local, como água, energia, madeira e produtos florestais não madeireiros”, disse o pesquisador, em entrevista para divulgar o trabalho.

Relatório publicado no início do ano pelo Global Forest Watch (com dados da Universidade de Maryland) revelou que os trópicos perderam 12,2 milhões de hectares de vegetação em 2020, sendo o Brasil o primeiro colocado. Desse total, 4,2 milhões de hectares (área equivalente à dos Países Baixos) foram em florestas primárias tropicais úmidas, importantes para o armazenamento de carbono e para a biodiversidade.

O documento apontou ainda que as emissões de CO2 resultantes da perda de florestas primárias equivalem às emissões anuais de 570 milhões de automóveis.

Atualmente, mais da metade das florestas tropicais do mundo não são antigas, das quais uma grande parte é secundária – na América Latina tropical, elas cobrem até 28% da área terrestre.

Em novembro, o mesmo grupo de pesquisadores já havia publicado na PNAS outro artigo, Functional recovery of secondary tropical forests, mostrando a recuperação funcional (características que determinam como as plantas se comportam, incluindo espessura da folha e densidade da madeira) das florestas tropicais secundárias.

O trabalho apontou que florestas secas e úmidas diferem em sua composição funcional em estágios iniciais de sucessão (como é chamado o processo de regeneração) e seguem caminhos diferentes ao longo do tempo. À medida que envelhecem, contudo, tornam-se mais semelhantes em relação às características funcionais.

O artigo Multidimensional tropical forest recovery pode ser lido em science.org/doi/10.1126/science.abh3629.

 

 

Luciana Constantino

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/floresta-tropical-recupera-80-do-estoque-de-carbono-e-da-fertilidade-do-solo-apos-20-anos-da-regeneracao/37531/

 

Mais da metade das compras públicas do governo federal envolvem os pequenos negócios

Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que completa 15 anos em dezembro, abriu o caminho para que as micro e pequenas empresas pudessem vender produtos e serviços para órgãos públicos


De acordo com levantamento feito pelo Sebrae, com base em informações do Painel de Compras Públicas do Ministério da Economia, as micro e pequenas empresas participaram em mais da metade dos processos de aquisições de produtos e serviços feitos pelo governo federal nos últimos três anos. Dos 195,8 mil processos, realizados entre 2019 e 2021, os pequenos negócios tiveram uma participação em 107,7 mil, o que corresponde a 55% de participação nos processos realizados. Nesse período, 81,2 mil MPE forneceram para a União e movimentaram mais de R$ 80 bilhões. Participar das compras públicas governamentais é uma das diversas oportunidades de atuação asseguradas aos pequenos negócios pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que completa 15 anos em dezembro.  

“A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa mudou o rumo dos pequenos negócios no Brasil e abriu o caminho para que essas empresas pudessem participar de licitações. Além disso, também foram criados dispositivos para incentivar o segmento a ter um novo tipo de atuação”, afirma o presidente do Sebrae, Carlos Melles. 

Entre os dispositivos elaborados está a obrigatoriedade da participação exclusiva dos pequenos negócios nas licitações de até R$ 80 mil, além da possibilidade de criação de um lote restrito para os pequenos dentro de uma licitação que tenha um valor maior. A legislação ainda amplia as determinações para os governos municipais e estabelece o uso da regra federal quando não houver legislação local sobre o tema. De acordo com Lei, as micro e pequenas empresas locais também poderão ter prioridade quando o preço de contratação for até 10% superior ao dos propostos por empreendimentos de outras cidades. 

“Esses dispositivos têm incentivado a formalização de empreendedores e permitido que muitos mudem o porte da empresa”, ressalta Melles. Prova disso é a empreendedora Rosilda Maria Angelim dos Santos, que trabalha há 30 anos no ramo de vestuário. Ela é dona da Lojinha da Mamãe, uma malharia que fica na cidade de Soure, no Pará. Há sete anos, ela formalizou o negócio de olho na possibilidade de vender para a prefeitura da cidade. Em 2015, com a ajuda do Sebrae, ela se tornou Microempreendedora Individual e se capacitou para isso.  

 A partir daí, a empresária não parou mais de participar de licitações e já encerrou o seu CNPJ de MEI para se tornar uma microempresa. “A primeira licitação que eu ganhei foi de R$400 mil para fornecer uniformes para os serviços da prefeitura. Nem sabia direito como seria”, conta a empresária. Em 2020, Rosilda ganhou licitação de R$ 128 mil e neste ano R$ 240 mil. Ela conta que é dos contratos com a prefeitura que obtém o dinheiro para pagar as contas e manter a empresa. “Eu vendo para o público também, mas o grosso das contas eu pago é com o dinheiro da licitação, essa é a minha principal renda. É o que me segura.”, conclui.

 

Lei Geral nos municípios

Para ampliar ainda mais o mercado de atuação dos pequenos negócios nas compras públicas, desde a criação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, o Sebrae tem atuado na implementação da norma nos municípios. Até o momento, dos 5.570 municípios brasileiros, 3.290 já implementaram a norma, o que corresponde a mais de 59% das cidades do país. Em alguns estados como Acre, Santa Catarina, Tocantins, Mato Grosso e Distrito Federal, a legislação já está em vigor em 100% dos municípios.


Comemoração 

Na próxima terça-feira (14), às 9h30, o aniversário da legislação que mudou a realidade dos pequenos negócios, a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, será celebrado durante evento com autoridades, na sede do Sebrae Nacional, em Brasília (DF). 

O evento vai relembrar a história desse marco legal e debater os principais avanços da legislação, entre eles a criação do Simples Nacional e do Microempreendedor Individual (MEI), que permitiu a criação de cerca de 20 milhões de pequenos negócios no país, o que corresponde a 99% das empresas brasileiras.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Os sintomas de ansiedade podem ser indicadores precoces da doença de Alzheimer

Uma nova pesquisa sugere que os sintomas de ansiedade em adultos de meia-idade podem ser um indicador do estágio inicial da doença de Alzheimer.

O estudo, liderado pela Monash University Turner Institute for Brain and Mental Health, e os pesquisadores Stephanie Perin e o professor associado Yen Ying Lim, examinaram a relação entre os sintomas de depressão e ansiedade, memória e pensamento, em 2.657 adultos de meia-idade.

A ansiedade mais elevada está relacionada a uma atenção e memória insuficientes.

"A observação de que os sintomas de ansiedade estão relacionados à memória fraca, particularmente em adultos de meia-idade, sugere que a ansiedade também pode ser um indicador do estágio inicial da doença de Alzheimer, ou que pode estar relacionada ao desenvolvimento de demência em alguns caminhos", disse o professor Lim.

O docente disse ainda que os indivíduos com sintomas depressivos e ansiosos também relataram mais preocupações com sua própria memória e pensamento.

"Isso sugere que as preocupações subjetivas sobre a própria memória e habilidades de pensamento podem estar relacionadas a sintomas psicológicos ou de humor, ao invés de disfunção verdadeira na memória ou pensamento, pelo menos em adultos de meia-idade", disse o professor associado Lim.

O professor Lim disse que as descobertas sugerem que os sintomas de ansiedade na meia-idade podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver demência mais tarde na vida.

"A triagem para esses sintomas pode ser um meio de identificar as pessoas que experimentam ou estão em risco de declínio cognitivo", disse Lim.

"Mais pesquisas são necessárias para entender exatamente o que está acontecendo no cérebro que liga os sintomas de depressão e ansiedade ao declínio cognitivo e, em última análise, ao desenvolvimento de demência", finalizou.

Os resultados foram publicados no Journal of Affective Disorders.

 

Rubens de Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Stephanie Perin et al, Elucidating the association between depression, anxiety, and cognition in middle-aged adults: Application of dimensional and categorical approaches, Journal of Affective Disorders (2021). DOI: 10.1016/j.jad.2021.10.007


O que fazer durante as crises de Colite Ulcerativa?

Especialista do Grupo São Cristóvão Saúde explica o que é colite e oferece dicas para amenizar os sintomas e o que fazer caso note sinais da doença


A colite é uma doença caracterizada pela inflamação do intestino grosso. Também conhecida como retocolite ulcerativa, surge com frequência em pacientes entre 15 e 30 anos e pode apresentar diferentes indícios, em variados graus. Já uma minoria dos afetados sofre o seu primeiro ataque entre 50 e 70 anos. Tem como principal sintoma a diarreia constante, geralmente com sangue. Nesse tipo, a parte afetada é a mais superficial.

De acordo com a Dra. Tabata Cristina Alterats Antoniaci, gastroenterologista do Grupo São Cristóvão Saúde, ao contrário da doença de Crohn, outra doença inflamatória, "a retocolite ulcerativa normalmente não afeta a espessura completa da parede intestinal e quase nunca afeta o intestino delgado. A doença costuma acometer o reto e o sigmoide (fim do intestino grosso), podendo estender-se de forma parcial ou total pelo restante do intestino grosso", comenta a médica.

Ainda segundo Dra. Antoniaci, a causa exata da retocolite ulcerativa é desconhecida. "Anteriormente, acreditava-se que a dieta e o estresse podiam estar entre as causas da doença, mas agora sabe-se que isso pode apenas agravar o problema, e não causar a colite ulcerativa", revela a especialista.

De acordo com a ABCD - Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença do Crohn, a alimentação não é a causa da doença, mas ao se manter uma dieta balanceada e com alimentos leves, diminuindo condimentados e ricos em gordura, se contribui para melhorar a qualidade de vida de quem tem colite. Além disso, alimentos que possuem a capacidade de fermentação devem ser evitados quando a doença está ativa.

Para a especialista do Grupo São Cristóvão Saúde, uma possível causa é um distúrbio do sistema imunológico. "Quando o sistema imunológico tenta combater um vírus invasor ou bactéria, neste caso há uma resposta imunológica anormal, fazendo com que ele ataque as células do próprio organismo. Em outras palavras, é como se algo fizesse seu sistema imune enxergar o seu intestino como ‘um inimigo’ a ser combatido, tentando combatê-lo persistentemente", esclarece a gastro.

Felizmente, a doença possui tratamento e deve ser baseado não apenas em uma dieta balanceada, mas em uma mudança do estilo de vida, focando na diminuição do estresse e com prescrição medicamentosa. Esta deve ser individualizada e baseada nos sintomas e na resposta do paciente ao tratamento.

Porém, não perca tempo. Ao surgirem os primeiros sintomas de colite, é necessário procurar um médico. Dentre os fatores a serem observados, estão:

• Diarreia ou urgência retal (chegando de 10 a 20 vezes por dia);

• Sangramento retal;

• Dor abdominal, muitas vezes descrita como cólicas;

• Prisão de ventre (constipação, sendo um sintoma menos comum do que a diarreia);

• Perda de apetite;

• Febre;

• Perda de peso;

• Anemia;

• Muco / pus nas fezes;

• Outras manifestações extraintestinais, como articulares, biliares e oculares.

O diagnóstico inicialmente requer análise clínica dos sintomas e exame de fezes. Para que o problema seja comprovado, o médico poderá solicitar exames de imagem, como a colonoscopia ou a tomografia computadorizada.

Esteja atento aos sintomas e siga as dicas da especialista para melhorar sua qualidade de vida, mas não hesite ao procurar ajuda em caso de observar sintomas.

 

Grupo São Cristóvão Saúde


Número de traumatismos cranianos em crianças explode e médico fala em nova doença da pandemia

Crédito: Camila Hampf


Maior hospital exclusivamente pediátrico do país registrou crescimentos de 154% nos casos de PA e de 170% nos registros de internamentos


O maior hospital exclusivamente pediátrico do Brasil, o Pequeno Príncipe, localizado em Curitiba (PR), tem registrado uma explosão no número de quedas de crianças com consequente traumatismo craniano. Enquanto em 2020 foram registrados 100 casos no Pronto-Atendimento da instituição, em 2021 os registros até novembro já somam 254. Já as situações em que a criança necessitou de internamento e cirurgia também cresceram: o total de 10 registrado ano passado, subiu para 27 até agora. Ou seja, um aumento de 170%. Segundo a ONG Criança Segura, as quedas estão entre os principais acidentes domésticos que afetam crianças brasileiras.

Foi o que aconteceu com o pequeno Theo da Silva Fabris, de apenas 7 meses. Ele teve um afundamento de crânio ao cair da cama e bater a cabeça no criado-mudo. “Eu costumo deixar ele no berço com a grade abaixada para ficar na altura da minha cama e, depois de dar de mamar, eu o coloco no berço novamente, e geralmente ele dorme. Neste dia, no entanto, ele não dormiu. Eu estava fazendo algumas planilhas, e ele foi para a minha cama, de onde caiu”, conta a mãe, Ane da Silva, que é assistente administrativa e trabalha no período da manhã.

Segundo ela, ao passar a mão na cabeça do garoto, sentiu o afundamento e imediatamente ligou para sua mãe pedindo ajuda. Ao chegar ao Hospital Pequeno Príncipe, Theo foi avaliado e logo encaminhado a um neurocirurgião, que indicou a cirurgia. “O médico disse que de imediato o afundamento não representava um problema, mas quando ele crescesse o afundamento iria comprimir o cérebro. Por isso era importante fazer a cirurgia. O procedimento foi realizado no dia seguinte, e agora Theo já se recupera em casa.”


Doença da pandemia

De acordo com o neurocirurgião pediátrico Adriano Maeda, a explicação para essa explosão de casos está no novo modelo de vida das famílias. “As famílias estão sobrecarregadas, trabalhando de casa, com filhos para cuidar, comida para preparar, casa para organizar... É uma nova doença da pandemia. Não se trata de uma negligência deliberada, mas de uma situação de limite no qual as famílias são tão vítimas quanto as crianças”, analisa.

Foi exatamente o que aconteceu com a mãe de Theo. Ela precisa trabalhar e, sem vaga na creche, concilia o trabalho com os cuidados ao filho. “A minha sorte é que eu trabalho só meio período e estou podendo fazer home office. Não sei como eu faria se tivesse que trabalhar o dia todo”, revela.


Gravidade maior em bebês

A maioria das crianças atendidas no Pequeno Príncipe que necessitaram de internamento e até mesmo de cirurgias neurológicas em função das quedas tinha até 2 anos de idade. Das 21, 11 estavam nessa faixa etária, ou seja, 52%. "Os acidentes domésticos são sempre um risco às crianças. No caso dos traumatismos cranianos, a grande maioria dos casos não gera consequências graves, mas quando falamos de crianças muito pequenas, o crânio é ainda frágil, fino e faz com que haja uma exposição maior a lesões cerebrais, hemorragias cerebrais e mesmo a fraturas. Nessa faixa etária não é necessário cair de grandes alturas ou sofrer fortes impactos para que aconteça um dano grave", reforça o especialista.

Ainda de acordo com o médico, o tipo de queda e o tempo decorrido até conseguir ajuda médica podem agravar a situação. "Dependendo da gravidade da situação, isso pode levar ao aparecimento de sequelas como paralisias, crises convulsivas, epilepsias e outros danos neurológicos definitivos, ou até mesmo a criança ir a óbito", enfatiza.


Atenção redobrada

Crianças exigem atenção o tempo todo. Os especialistas do Pequeno Príncipe dão algumas dicas de segurança com os pequenos:

- bloqueie as escadas;

- proteja itens grandes e pesados;

- proteja quinas e tomadas;

- previna acidentes no berço deixando a grade sempre levantada e evitando enfeites que contenham fios ou cordas;

- proteja as janelas e sacadas com telas; e

- nunca deixe a criança sozinha em ambientes de piscina ou qualquer outro ambiente aquático.


Você sabe o que é lóquio? Entenda mais sobre o assunto e saiba quais cuidados são necessários.

 

A gestação, mesmo com todos os desafios que acometem cada mulher, de forma diferente, é algo especial. A ideia de gerar uma vida faz com que muitas mulheres suportem dores até então desconhecidas, entrem na maratona das noites em claro e encarem a montanha russa de hormônios com bravura. A saúde da mulher exige cuidado e atenção constantes, principalmente no puerpério – período após o parto –, em que o tempo se torna escasso frente aos cuidados com a criança.

 

Um fator bastante comum, e que acomete a todas as recém mamães, é o sangramento que ocorre nas primeiras semanas após o nascimento do bebê e que pode ser caracterizado pela perda de mais de 500 ml de sangue nas primeiras 24 horas após o parto.


 

Por que acontece?

Conhecido como lóquio, esse sangramento no pós-parto é normal e ocorre, em grande parte, por causa da ferida que surge quando a placenta se separa do útero, mas pode ter sua origem também em cortes e fissuras que possam ter ocorrido durante o parto. Com a contração natural do útero e retorno ao seu tamanho original, o sangramento diminui até desaparecer.


 

Como saber se há risco?

Por volta dos cinco primeiros dias, o sangramento pode ter um tom vermelho vivo e vir acompanhado de coágulos, que diminuem com o passar dos dias.


 

Porém, se houver a presença de coágulos em grande quantidade ou o sangramento exceder à capacidade do absorvente no período de uma hora, é importante consultar o médico.

O volume do sangramento não tem relação com o tipo de parto. O fator principal é a capacidade de contração do útero. Quanto melhor essa capacidade, mais rápido os vasos serão fechados e menor e mais curto será o sangramento. Alguns outros fatores particulares de cada mulher, como capacidade de coagulação, também são importantes, mas esse sangramento dura, em média, cinco semanas.


4 dicas para amenizar o lóquio

1. Existem formas de amenizar o desconforto durante o período de sangramento no pós-parto. A principal delas é o uso exclusivo de absorventes externos específicos para incontinência urinária que tem uma absorção superior comparado aos absorventes femininos que, além de terem controle de odor, evitam a proliferação de bactérias causadas com a introdução de absorventes internos. Além disso, optar pelo uso de calcinhas confortáveis pode ajudar.

 

Atualmente, a tecnologia e a inovação no mercado trouxeram produtos específicos, que oferecem proteção e cuidado para essas mulheres. As roupas íntimas descartáveis são discretas, se moldam ao corpo, possuem camadas respiráveis para melhor circulação de ar, que reduzem o risco de irritações e neutralizam possíveis odores, além de garantir toda a segurança contra vazamentos. A TENA é uma das marcas mais indicadas pelos especialistas e faz parte da Essity, empresa sueca, líder mundial de higiene e saúde que investe, constantemente, em produtos que quebram barreiras pelo bem-estar.

 

2. Tenha uma rede de apoio, ajuda é sempre bem-vinda. Divida os períodos e tarefas com o marido, avós e todos que possam ajudar e fazer com que este grande trabalho se torne um prazer e momento de união familiar. Todos precisam dormir de 7 a 8 horas por dia, para isto, organizar e dividir os cuidados com o bebê são fundamentais.

 

3. Entenda o blues puerperal, que é quase universal a todas as mulheres no pós-parto. Uma sensação de tristeza e choro fácil, que dura alguns dias. Pode ser mais intenso em algumas mulheres, chegando até em uma depressão puerperal. Estar ciente desta reação normal no pós-parto ajuda a lidar com a situação e fará com que se busque ajuda o mais rápido possível. Caminhadas, boa alimentação, sono adequado e apoio familiar ajudam a reduzir o perrengue do blues.

 

4. Esclareça com a equipe médica ou de enfermagem qualquer dúvida. Estes profissionais podem ajudar muito a lidar com as mais diversas situações no puerpério, pois já vivenciaram diversas situações. Muitas vezes um grande problema, para aquela mamãe, tem uma solução fácil. A internet tem muita informação, mas algumas só complicam e estressam a gestante. Bons profissionais de saúde estão muito acostumados em como solucionar os problemas comuns deste sacrificante, mas potencialmente prazeroso período

 

 

Dr. Alfonso Massaguer (CRM 97.335)  - ginecologista e obstetra formado pela USP e médico do Hospital das Clínicas. diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) especializada em reprodução assistida

 

Essity - líder mundial em higiene e saúde.

www.essity.com

 

Estalar o corpo faz mal? Especialista desmistifica dúvidas

Quando acompanhado por um especialista, o procedimento é válido. Porém quando feito isoladamente, existe uma série de cuidados e critérios


Você é aquele que gosta de estalar os dedos a toda hora? Consegue também fazer o mesmo com o pescoço para "relaxar"? Saiba que independente da parte do corpo, quando o assunto é estalos há muitos alertas. Entre eles estão o risco de artrose, perda de movimentos e a possibilidade de danificar as articulações.

De acordo com a coordenadora do curso de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera, Erica Fernanda Lizão Pozzato, o som do estalo, que se trata de um ajuste nas articulações, pode ser muito prejudicial quando executado pela própria pessoa ou por alguém sem capacitação. Em determinadas situações podem ocorrer casos de lesões.

Quando o barulho do movimento ocorre é porque existe um afastamento das faces articulares que estão sob pressão negativa. "Mesmo oferecendo uma sensação de alívio, quando feito de forma equivocada, o estalo pode gerar danos às estruturas da coluna vertebral, bem como desencadear o círculo vicioso de se ‘auto estalar’, e assim, piorar o quadro", afirma a especialista.

Vale lembrar que há partes do corpo que devem ter uma atenção redobrada quanto aos riscos de lesões por conterem articulações e artérias importantes. São os casos do pescoço, coluna vertebral e joelhos. "Se os estalos forem feitos da maneira correta, acompanhados por um especialista, há benefícios para o paciente, afinal, o estímulo mecânico provoca um efeito de reflexo e de relaxamento muscular, uma espécie de analgesia local. Assim, se o tratamento tiver o acompanhamento de um fisioterapeuta especializado, é possível dizer que o estalo é um recurso importante e benéfico, dependendo da situação", finaliza Erica Fernanda Lizão Pozzato.

 


Anhanguera

https://www.anhanguera.com/


Kroton 


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