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quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Setembro Roxo: entenda os impactos da doença de Alzheimer no cérebro


Presente no processo de envelhecimento de muitas famílias brasileiras, as demências e especialmente a doença de Alzheimer ainda são desconhecidas do público em geral, em especial os fatores que levam ao desenvolvimento da doença.

 

Mais comuns entre as demências, a doença de Alzheimer é definida pela Associação Internacional da Doença de Alzheimer como uma auto degeneração neuronal, ocasionada pelo mal funcionamento das proteínas betamiloide e tau.

 

Quando essas proteínas não funcionam bem, as sinapses – que são a comunicação entre os neurônios –, deixam de funcionar e esses neurônios morrem, a partir desse mal funcionamento.

 

Essa é uma perda irreparável, como lembra Livia Ciacci, Mestre em Sistemas Neuronais do Supera– Ginástica para o cérebro. “Uma vez instalada não tem como fazer esse neurônio funcionar de novo. A localização e a intensidade que vão acontecendo essas perdas, vão definir os sintomas que o paciente vai perceber”, detalhou.  

 

Contudo, é possível estimular o cérebro ao longo da vida para retardar o aparecimento dos sintomas. Entenda abaixo como isso acontece, além de conferir outras perguntas e respostas frequentes sobre o assunto:


 

·       Qual é a diferença entre as demências e o Alzheimer?

 

A doença de Alzheimer é caracterizada como um transtorno neurocognitivo maior. Isso porque, diferente de outros transtornos – classificado dentro das categorias leve e moderado –, a doença de Alzheimer causa prejuízo cognitivo maior na vida do paciente, fazendo com que ele tenha uma dependência maior de cuidados.

 

“A doença de Alzheimer é um dos transtornos neurocognitivos maiores. Ela pode levar a uma dependência, tem uma evolução lenta e progressiva, que causa perdas irreparáveis, inclusive essas perdas começam no hipocampo e nas áreas corticais que trazem os sintomas característicos de perda de memória, linguagem, desorientação espacial e dificuldade para resolver problemas”, explicou a especialista.

 

 

·       Qualquer pessoa pode ter Alzheimer?


Quando o assunto é a doença de Alzheimer, fatores genéticos tem um peso importante, mas especificamente mutações dos cromossomos 14 e 21.

 

Famílias que apresentam essa mutação, tem maior probabilidade de passar esse fator aos descendentes e eles desenvolverem a doença de Alzheimer, mas este, segundo a especialista, não é esse o único fator. “É muito difícil falar em uma causa para a doença de Alzheimer. Ela é uma doença multifatorial, então todo estilo de vida, nível de educação, estilo de alimentação, atividade física, que a pessoa desenvolveu ao longo da vida, isso vai impactar no processo de envelhecimento dela e pode aumentar ou não a chance de ela desenvolver a doença de Alzheimer”, lembrou.


 

·       O que eu posso fazer hoje para não ter Alzheimer?


Como o Alzheimer é uma doença multifatorial, a prevenção também deve ser feita por vários fatores e o primeiro ponto é cuidar da saúde geral do organismo, observando o controle das doenças crônicas – como diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares, hipertensão, sem esquecer da atividade física e alimentação. Uma vez que o corpo está saudável, segundo a especialista, é importante observar de perto a cognição, utilizando estratégias de treino cognitivo para um resultado positivo que podem retardar o aparecimento dos sintomas da doença.

 

“Uma vez que eu tenho metas em cima de um treino cognitivo, com atividades que envolvem novidade, variedade e grau de desafio crescente, essas atividades estimulam a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do sistema nervoso modificar sua estrutura e função em decorrência dos padrões de experiência. Com a neuroplasticidade sendo estimulada, eu consigo uma reserva cognitiva robusta. Essa reserva contribui para que o cérebro seja mais resistente aos danos de uma possível degeneração da idade ou uma doença”, disse.


 

·       Meus pais têm Alzheimer, eu vou ter também?

 

Ter parentes de primeiro grau com a doença não é exatamente uma sentença. É possível fazer muito pelo cérebro, criando reserva cognitiva e se antecipando a qualquer sintoma que venha a aparecer no futuro. Confira dicas importantes que podem ajudar nesta compreensão:


 

·       Estimulação cognitiva e doença de Alzheimer

 

A estimulação cognitiva ou ginástica para o cérebro não cura ou impede o andamento da doença, mas são uma ferramenta a favor da reserva cognitiva que se forma a partir das vivências feitas ao longo de toda a vida, como por exemplo empregos desafiadores que movimentam dados e favorecem a plasticidade do cérebro. Ter uma reserva cognitiva robusta favorece com que a plasticidade do cérebro se mantenha mesmo se a doença se manifestar, evitando assim que os sintomas se agravem rapidamente.


 

·       Como os estímulos cognitivos colaboram neste sentido?

 

A ginástica para o cérebro organiza os estímulos cognitivos. Essa organização de estímulos trás sempre novidade, variedade e grau de desafio crescente, porque não adianta nada quebrar a cabeça em problemas ou desafios, ou colocar o idoso e cobrar que ele seja super desempenhado em resolver problemas, se o estímulo não estiver no grau de dificuldade correto ou evoluindo. Desafios fáceis demais não motivam e difíceis demais causam frustração e o objetivo da ginástica para o cérebro é justamente motivar em prol de uma neuroplasticidade que avança com a reserva cognitiva.


 

·       No caso dos idosos, o que é possível fazer para evitar o aparecimento de sintomas de Alzheimer?


Primeiramente: identificar se você tem na família algum caso ou já passou alguma dificuldade com um familiar com doença de Alzheimer. Se a resposta for sim, é preciso redobrar os cuidados com a saúde e os bons hábitos e nunca parar. Albert Einstein já nos ensinou que a vida se mantém em movimento e não significa que você aposentou e pode ficar a “à toa”. É muito importante nos mantermos ativos e principalmente envolvendo coisas que a gente gosta, mas além das leituras, da convivência social, ter em nossa rotina os treinos cognitivos de atenção, memória, coordenação motora. Tudo isso contribui muito para a agilidade mental, para que você mantenha uma independência, uma autonomia e consiga viver melhores momentos com a sua família até o final da vida.


 

·       Os idosos ficaram muito tempo isolados. Isso pode afetar o cérebro deles de alguma forma contribuindo para o Alzheimer?


Somos seres sociais e dependemos 100% de convivência e a faixa etária dos idosos foi a mais impactada no período de pandemia e isolamento que perdura até hoje.

 “Imagine que este idoso já ficou longe da convivência familiar e sente essa falta. Ele ainda tem insegurança de retornar, porque a vacina não resolveu 100% dos problemas ainda, e todo esse período sozinho pode aumentar muito os casos de ansiedade, depressão e apatia. Isso favorece o quadro de doença de Alzheimer ainda mais se a pessoa já tiver pré-disposição”, concluiu a especialista.

 

 

Serviço 

No próximo dia 22 de setembro o Supera realiza ao vivo para todo Brasil a terceira edição do evento “Despertando a Sociedade para a Saúde do cérebro”. O evento acontece em alusão ao Setembro Roxo – mês de conscientização para o com palestras dedicadas à conscientização sobre o assunto e a presença de vários especialistas que serão transmitidas ao vivo pelo canal oficial do Supera no YouTube para todo Brasil.

Você pode conferir ao vivo a partir das 14h30 pelo canal do Método Supera no Youtube.

 

Para se inscrever, acesse: https://bit.ly/3DzglUc

Campanha reforça importância da rede de apoio e coloca o paciente como protagonista no cuidado com a saúde menta

 

·  Com o mote Bem Me Quer, Bem Me Quero, iniciativa faz alerta sobre depressão e ansiedade, abordando a necessidade do autocuidado, de se querer bem e da importância da escuta ativa e sem julgamentos. 


·  Durante o mês de prevenção ao suicídio, arte exclusiva sobre papel da rede de apoio será exposta em três estações do Metrô de SP. 


 

Com o objetivo de conscientizar a população sobre depressão, ansiedade e prevenção ao suicídio por meio da valorização do autocuidado e do papel fundamental da rede de apoio, a ABRATA (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos) e a Viatris, empresa global de saúde, lançam a campanha “Bem Me Quer, Bem Me Quero: O diálogo sobre depressão e ansiedade pode salvar vidas”, a ser realizada durante o Setembro Amarelo – mês de prevenção ao suicídio. 

 

A iniciativa é um convite ao acolhimento e à reflexão sobre a importância de fazer parte de uma rede de apoio e ajudar quem precisa, bem como estimular as pessoas a procurar e aceitar ajuda, se tornar protagonista da sua saúde e se querer bem.

 

Depressão e ansiedade são problemas de saúde bastante conhecidos no Brasil. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS)¹, o país lidera o ranking de casos de depressão na América Latina – mais de 11,5 milhões de brasileiros sofrem com a doença – e ocupa o topo do mais ansioso do mundo - cerca de 19 milhões de pessoas têm transtorno de ansiedade no país¹. 

 

Segundo a OMS, a pandemia vem agravando ainda mais esse cenário que já era preocupante - mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo sofriam de depressão antes da crise sanitária². Os motivos vão desde o medo de contágio até o sentimento de perda e luto, além do estresse causado pelos efeitos do confinamento. A preocupação com o aumento significativo no número de casos dessas doenças no mundo nos últimos 18 meses fez com que a entidade lançasse recentemente um alerta às autoridades de saúde³.

 

De acordo com a psiquiatra e membro do Conselho Científico da ABRATA, Alexandrina Meleiro, no Brasil, quase todos os casos de suicídio têm relação com trantornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias4

 

“Praticamente todos aqueles que tentam ou cometem esse ato têm alguma doença psiquiátrica e as estatísticas mostram que mais da metade deles estava em acompanhamento médico até uma semana antes do episódio. É importante ressaltar que quem pensa em suicídio quase sempre dá sinais, mas a maioria das pessoas não está preparada para identificá-los. Daí a importância do Setembro Amarelo, para ajudar a esclarecer e conscientizar a população sobre o tema”, acrescenta a médica.

 

O atentado à própria vida é a segunda causa de morte entre jovens de 15 e 29 anos no mundo5. No entanto, não é exclusivo dos adolescentes. Alexandrina explica que idosos e populações vulneráveis, como os indígenas, LGBTQIA+, médicos, policiais e membros das forças armadas também são grupos que demonstram alta incidência no Brasil.

 

Arte exposta no Metrô de SP retrata a importância da rede de apoio

 

A campanha adotou o girassol como o símbolo da vida, que, assim como os seres humanos, precisa do apoio de todo o ecossistema para se manter firme, mesmo em dias nublados. Essa é a inspiração da iniciativa, que vai reunir diversas ações, com o objetivo de valorizar o paciente como protagonista de sua própria vida e abordando a necessidade do autocuidado, de se querer bem e da importância da escuta ativa da rede de apoio, sem julgamentos. 

 

A expressão de sentimentos por meio da arte foi um dos caminhos escolhidos pela campanha para chamar a atenção e engajar o público com a causa. O artista visual Apolo Torres, pintor e muralista paulistano, que já exibiu seus trabalhos em diversos países, foi convidado para desenvolver uma arte exclusiva, que retrata a importância do autocuidado e do suporte da rede de apoio na qual o paciente está inserido. 

 

A arte será exposta nas estações de Metrô de São Paulo - Sé, Luz e Consolação - durante o mês de setembro, em uma parceria com o Metrô Social e o Governo do Estado de São Paulo, com o objetivo de sensibilizar para a causa da campanha as milhares de pessoas que passam diariamente por esses locais. 

 

O personagem principal figura no centro da obra, reforçando o protagonismo que o paciente com depressão e ansiedade deve buscar assumir para estar no controle do tratamento e da sua vida. A mulher ao lado ocupa o lugar da rede de apoio, fundamental para quem sofre com esses transtornos, empunhando o girassol e oferecendo o suporte necessário. A flor, símbolo da campanha, representa uma fonte de luz e também proteção, ajudando o personagem a tentar ver o mundo de outra maneira.

 

“A predominância do roxo e do amarelo conversa diretamente com as cores das peças da campanha. Optei pela combinação de tons mais quentes com mais escuros e saturados em um cenário ensolarado e, ao mesmo tempo, chuvoso para representar a mistura de sentimentos pelos quais esses pacientes costumam passar ao longo do processo dessas doenças”, detalha Apolo.

 

O público também poderá apreciar e fazer download gratuito da arte no hotsite da campanha (www.bemmequerbemmequero.com). A página traz diversas informações sobre depressão, ansiedade e suicídio, concentrando todos os conteúdos divulgados, perguntas frequentes sobre os temas, entre muitos outros materiais que podem ajudar quem está passando pelo problema e também a fomentar a discussão desses assuntos na sociedade.

 

Além disso, durante o mês de setembro, a campanha vai desafiar o público, por meio das redes sociais da ABRATA e do artista, a manifestar seus sentimentos por meio de expressões artísticas como música, poesia, dança, arte gráfica, etc. Quem quiser participar poderá postar a arte nas suas redes com a hashtag #BemMeQuero.

 

“Como uma empresa global de saúde, temos consciência do nosso papel junto à sociedade. Sabemos que depressão e ansiedade estão entre as doenças que mais crescem no mundo. Por isso, entendemos que é fundamental promover ações que estimulem o debate sem preconceitos, reforcem a necessidade de o paciente buscar ajuda e incentivem a população a cuidar de si e do outro”, lembra a neurologista e diretora médica da Viatris, Elizabeth Bilevicius.

 

Assumindo o protagonismo e construindo uma rede de apoio eficaz

 

A depressão não tem cura, mas pode ser tratada e seus sintomas controlados. Para isso, é fundamental que o paciente assuma o papel de protagonista da sua vida e busque ajuda profissional e com as pessoas com as quais convive e confia.

 

“O primeiro passo é admitir que se está doente, que precisa de ajuda. É muito comum a negação do problema nesses casos. A partir daí, é importante se abrir com pessoas da sua confiança e estabelecer um diálogo limpo e construtivo, uma vez que a rede de apoio é um complemento fundamental à abordagem clínica. Sabemos que quem conta com esse suporte costuma ter mais adesão ao tratamento”, reforça a presidente da ABRATA, Marta Axthelm.

 

Para fazer parte da rede de apoio eficaz, o primeiro passo é querer participar, ter empatia, disponibilidade de tempo, compreender que se trata de uma doença e escutar sem julgar. A rede de apoio vai bem além da família, são todos aqueles que fazem parte do círculo social mais próximo do paciente e que estejam dispostos a ajudá-lo.

 

Desinformação, preconceito, banalização e tabus são os maiores inimigos da depressão. É comum confundir a doença com tristeza, que é algo que todas as pessoas vivenciam em algum momento da vida e é passageiro. A depressão costuma vir acompanhada de indisposição generalizada, desinteresse em estar com a família e amigos, pelo estudo e trabalho, baixa autoestima, irritabilidade, agressividade, sentimento de inutilidade e sensação de ser um fardo para as pessoas em volta. 

 

O mesmo vale para a ansiedade, que é natural ao comportamento humano e que pode até ajudar na preparação para algo que está por acontecer, como uma entrevista de emprego. “O problema é quando a ansiedade atinge um nível muito alto e passa a atrapalhar a concentração, a atenção, os relacionamentos e as atividades do dia a dia”, esclarece Alexandrina.


 

SOBRE O ARTISTA

Formado em Desenho Industrial pela Universidade Mackenzie (SP) e em Pintura pela School of Visual Arts (NY), Apolo Torres cria trabalhos que passeiam pela pintura clássica, street art e arte contemporânea. Além de exposições individuais no Brasil, Itália e Estados Unidos, o artista visual também conta em seu currículo com participações em festivais e exposições coletivas em diversos países.

Rede social: Instagram

 

 

  

ABRATA - Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos

 

https://www.abrata.org.br/

Instagram; Facebook e YouTube

 

 

VIATRIS™

www.viatris.com/pt-br/lm/brazil

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

1.    Organização Mundial da Saúde. Disponível em https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/254610/W?sequence=1. Acesso em 06/07/2021 às 13h42

2.    Organização Pan-americana de Saúde. Disponível em https://www.paho.org/pt/topicos/depressao. Acesso em 09/07/2021 às 11h23

3.    Organização Pan-americana de Saúde. Disponível em https://www.paho.org/pt/topicos/suicidio. Acesso em 06/07/2021 às 14h12

4.    Biblioteca Virtual Ministério da Saúde. Disponível em  https://bvsms.saude.gov.br/10-9-dia-mundial-de-prevencao-do-suicidio. Acesso em 09/07/2021 às 10h38. 

5.    Organização Mundial da Saúde. Disponível em https://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0008/507833/Declaration-IMHC-Athens-eng.pd. Acesso em 06/07/2021 às 14h05.

 

Fisioterapia: prevenção e reabilitação

Dia Mundial da Fisioterapia (08/09) ressalta a relevância e abrangência da fisioterapia na saúde humana


Engana-se quem pensa que a função do fisioterapeuta é exclusivamente a de reabilitar movimentos. É também, mas envolve diversas outras funcionalidades do corpo, como a respiração, a estética, a dermatologia e até mesmo auxilia no desenvolvimento de equipamentos destinados à terapia. Foi para ressaltar a relevância e abrangência da fisioterapia que foi criado o Dia Mundial da Fisioterapia, celebrado em 8 de setembro.

A data foi instituída em 1996 pela Confederação Mundial de Fisioterapia (WCPT - World Confederation for Physical Therapy), entidade que conta com mais de 250 mil profissionais pelo mundo.


O que é a fisioterapia?

A fisioterapia é a ciência da saúde aplicada à reabilitação física e funcional de órgãos e sistemas, por meio do diagnóstico funcional e tratamento. O profissional da fisioterapia não só atua na reabilitação de diversas funções do paciente, como também trabalha na prevenção de determinadas doenças.

O fisioterapeuta responsável pelo setor de fisioterapia da UTI, internação e pronto socorro do Hospital Brasília Unidade Águas Claras, Euler Roque Oliveira, é especialista em reabilitação respiratória e cardiovascular. Para ele, a fisioterapia é como “um sopro de ar para os pulmões comprometidos, o sorriso que traz a força muscular para devolver suas principais funções físicas, entre elas os passos da vida”.

No hospital, o fisioterapeuta avalia quantitativa e qualitativamente as disfunções do sistema respiratório, em conjunto com uma equipe multidisciplinar. Juntos, eles trabalham para diminuir os riscos de morte do paciente e o tempo de internação, além de definir as condutas de fornecimento de oxigênio ao paciente.

Um caso emblemático foi o de uma paciente com 30 anos internada com COVID no hospital, cujos pulmões estavam 75% comprometidos pelo vírus. Depois de 12 dias sedada em ventilação mecânica, quadro de depressão pós extubação, 15 dias sem andar e muitos outros dias de internação, a paciente foi reabilitada por ele e pela equipe do hospital. “Recuperamos por completo suas funções respiratórias e físicas. Em poucos dias ela deverá receber alta, após mais de 60 dias internada”, comemora o fisioterapeuta.

A pandemia causada pelo novo coronavírus, um microorganismo que debilita especialmente o sistema respiratório, e o envelhecimento da população são fatores que evidenciam ainda mais o papel significativo do fisioterapeuta para a saúde das pessoas.

O grupo DASA sabe da importância da fisioterapia para a prevenção de doenças e reabilitação dos seus pacientes em Brasília. Por isso, disponibiliza a especialidade no Hospital Brasília e no Hospital Brasília Unidade Águas Claras. Na Maternidade Brasília, as gestantes contam com fisioterapia pélvica, indicada para fortalecer o assoalho pélvico e prepará-las tanto para a gravidez quanto para o parto.

Especialidades da fisioterapia

Ao todo, os fisioterapeutas atuam em 11 áreas. São elas:

  • Cardiologia e Pneumologia

Cuida de pacientes nas fases pré e pós-operatória. Previne e trata doenças respiratórias e cardíacas, além de reabilitar doentes, prescrevendo e aplicando exercícios ligados aos aparelhos respiratório e circulatório.

  • Dermatologia

Aplica massagens e aparelhos de raios infravermelhos, ultravioleta e laser para reduzir lesões e acelerar a cicatrização de queimaduras e cortes cirúrgicos.

  • Estética

Aplica técnicas como massagem em pacientes pós-cirurgia plástica e pós-cirurgia de recuperação da mama.

  • Fisioterapia do trabalho

Previne e trata doenças relacionadas ao trabalho, como as lesões do esforço repetitivo (LER).

  • Fisioterapia esportiva

Previne e reabilita lesões em atletas e em praticantes de atividades esportivas.

  • Grupos especiais

Estimula os músculos de quem sofre limitações de movimento, como idosos e portadores de deficiência física.

  • Indústria de equipamentos

Pesquisa, desenvolve e testa equipamentos para uso em terapia.

  • Neurologia adulta

Auxilia na reabilitação dos pacientes que tiveram derrame cerebral, paralisia e traumatismo de coluna e crânio.

  • Neurologia pediátrica

Auxilia na reabilitação dos portadores de patologias e síndromes como paralisia cerebral e síndrome de Down.

  • Ortopedia e Traumatologia

Acelera a recuperação de movimentos e reduz dores de pacientes com fraturas, traumas ou luxações. Previne e reabilita lesões da coluna vertebral e das articulações causadas por postura incorreta ou esforço repetitivo.

  • Terapia intensiva

Trata pacientes críticos internados em unidades de terapia intensiva, aplicando técnicas para reabilitação respiratória, neurológica e do aparelho musculoesquelético.

 

Nutrólogo destaca micronutrientes essenciais que auxiliam na prevenção de doenças virais

Vitaminas C, D, E e as do complexo B, além de minerais como zinco e selênio são fundamentais para o fortalecimento da imunidade; suplementação pode ser indicada para complementar a dose diária desses nutrientes


O aumento da preocupação em relação aos cuidados com a saúde, principalmente no quesito imunidade, foi impulsionado pela pandemia e isso fez com que uma boa parcela da população adotasse novos hábitos como recurso para prevenir doenças. Números da mais recente pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD) apontam que em 59% das residências no Brasil, pelo menos uma pessoa consome suplemento alimentar, sendo 90% como complemento à alimentação e 85% para promoção de saúde e bem-estar.

O papel da suplementação, no caso da parcela da população que não consegue suprir a quantidade ideal de micronutrientes com a dieta do dia a dia, é atuar na prevenção de doenças. "Os suplementos alimentares, vitamínicos e minerais são direcionados a pessoas saudáveis, para fornecer nutrientes e substâncias que sejam complementares a alimentação ou estejam deficitárias no organismo. Houve uma enorme evolução nutricional neste setor, além dos formatos tradicionais em líquido, cápsulas e comprimidos, contamos com uma nova geração de suplementos vitamínicos em gomas, mais práticos, pois não precisam de água para serem consumidos", explica o cardiologista e chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese (SP), Dr. Daniel Magnoni.

Mas afinal, quando o assunto é fortalecimento do sistema imunológico, quais as principais vitaminas e minerais que somadas a um estilo de vida saudável podem auxiliar nas defesas do organismo? "O consumo de três a cinco porções diárias de frutas, legumes e verduras ajuda a suprir a necessidade de vitaminas, principalmente as do complexo B, C, D e E, além de minerais como zinco e selênio, que são fundamentais para a boa saúde e fortalecimento da imunidade", acrescenta Dr. Magnoni.

Vitaminas e minerais aliados da imunidade infantil

Complexo B - proteção e desenvolvimento de neurônios e formação de células vermelhas do sangue.

Vitamina C - defesas do organismo e papel de auxiliar com a imunidade e disposição.

Vitamina D - regulador do sistema imune e absorção de minerais como o cálcio.

Vitamina E - em concentração acima da recomendada contribui positivamente com a função imune.

Selênio - Essencial para o sistema imune e equilíbrio de oxidação-redução e proteção do DNA.

Zinco - Atua no sistema imunológico, cicatrização de ferimentos e fortalecimento de unhas e cabelo.

 


Referências

-Vitaminas do complexo B; Helio Vannucchi, Selma Freire de Carvalho da Cunha, Paula Lumy Takeuchi

-Nutrição e imunidade no homem; Sandra Gredel

-Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Selênio / ILSI Brasil; Cristiane Cominetti, Graziela Biude Silva Duarte e Silvia Maria Franciscato Cozzolino

-Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil; Cristiane Cominetti, Bruna Zavarize Reis e Silvia Maria Franciscato Cozzolino


Dia Mundial de Duchenne: Campanha "Esse menino sou eu" quer aumentar conhecimento sobre a doença e estimular o diagnóstico precoce

Com apoio da PTC Therapeutics, Aliança Distrofia Brasil (ADB) chama a atenção para pessoas com distrofia muscular de Duchenne (DMD)


Ainda que não seja muito conhecida pela população geral, a distrofia muscular de Duchenne (DMD) afeta 1 a cada 3.500-5.000 nascidos vivos, o que identifica uma prevalência relativamente alta entre as doenças consideradas raras. Mesmo assim, a maior parte dos diagnósticos é feita de forma tardia. A DMD pode se manifestar precocemente e algumas características precisam ser ressaltadas. Por exemplo, o fato de a doença afetar principalmente meninos² e o retardo do desenvolvimento neuropsicomotor. Para aumentar a conscientização sobre a DMD e estimular o diagnóstico precoce, a Aliança Distrofia Brasil (ADB), principal entidade dedicada à doença no Brasil, com apoio da PTC Therapeutics, lança a campanha "Esse menino sou eu". A ADB conta com 15 associações, 02 movimentos e 02 delegadas em todo o país.[1,2]

Trata-se de um conjunto de ações digitais que visa dar voz aos pacientes e empoderar quem convive com a DMD, por meio do apoio de quem se identifica e vivencia a realidade da doença. "Ao longo de todo o mês, vamos levar conteúdos e promover ações para os públicos que não conhecem a enfermidade, falando sobre a jornada do paciente, seus direitos, informando sobre a doença. Queremos mostrar tudo o que esses meninos são, fazem e conquistam em outras áreas da vida e não só como pacientes. A expectativa é impactar pessoas diretamente envolvidas no desenvolvimento dos meninos, dar apoio para identificação de novos casos e visibilidade à DMD como uma doença rara que precisa ser reconhecida rapidamente para ser diagnosticada", afirma a Dra. Ana Lúcia Langer, pediatra e membro do conselho deliberativo e do comitê técnico da ADB.

De origem genética, a enfermidade, que é degenerativa e rara, se manifesta na infância, causando fraqueza muscular progressiva e incapacitante. Além de atingir os músculos esqueléticos, respiratórios e cardíaco, cerca de 30% dos pacientes também pode apresentar comprometimento cognitivo.[2]

Existem intervenções e manejos multidisciplinares para amenizar e desacelerar a progressão da DMD. A Dra. Ana Lúcia Langer explica que a doença exige um esforço conjunto de vários tipos de especialistas. "O manejo requer neurologistas, pneumologistas, cardiologistas, ortopedistas, gastroenterologistas e endocrinologistas, todos com habilidade e conhecimento sobre as peculiaridades da doença. Outros profissionais de saúde também têm papel fundamental para o sucesso da jornada dos pacientes, como fisioterapeutas especializados em reabilitação motora e respiratória, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e nutricionistas", completa.[3]

Por meio desse cuidado multidisciplinar e contínuo, é possível conquistar uma melhora na qualidade e na expectativa de vida. "Graças ao avanço na compreensão da doença, da medicina e a criação de uma conduta adequada, ‘esses meninos’ portadores de Duchenne crescem, chegam à fase adulta e se desenvolvem nas mais diversas áreas. Com essa campanha, queremos mostrar que isso é viável", afirma a pediatra e membro da ADB.


Ações previstas da campanha "Esse menino sou eu"

• LOL se joga junto - Nos dias 15 e 16, às 20h30, e 18, às 17h, no Facebook do Desimpedidos , os influenciadores digitais e gamers Tiago Tistocco , Matheus Pantera e a apresentadora do canal, Marília Galvão , convidam Iuri Caliman, Murilo Pescatori, Lucas Miyazaki Nichel e João Victor Miyazaki de Oliveira, pacientes com DMD, para um streaming de League Of Legends. O objetivo é compartilhar com o público as experiências de pacientes que vivem com a doença, os desafios e a relação com o mundo dos jogos online.

• Gamificação para identificação de sinais e sintomas - Por meio de um quiz interativo no BuzzFeed serão compartilhadas informações sobre os sinais e sintomas da Distrofia Muscular de Ducehnne. Dessa forma, a população em geral terá a oportunidade de conhecer a doença e aprofundar os conhecimentos sobre ela em uma plataforma amigável, de fácil usabilidade.

• Cada criança tem seu tempo - Para fornecer informação especializada, melhorando o processo de identificação dos pacientes, tornando o diagnóstico mais precoce e preciso, uma cartilha digital será disponibilizada a médicos e profissionais da saúde. Os especialistas cadastrados para recebimento do material também serão contemplados com outros conteúdos exclusivos sobre distrofia muscular de Duchenne.

• Redes sociais - Nos canais da ADB , o público será impactado com histórias sobre as jornadas de pacientes, diagnóstico e como lidar com a DMD. Também será possível que os usuários se engajem, compartilhando os conteúdos para conscientização e utilizando o filtro da campanha no Instagram.

Acompanhe a campanha "Esse menino sou eu" no site, Instagram , Facebook , YouTube e Linkedin .


Saiba mais sobre a distrofia muscular de Duchenne (DMD)

A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma doença de base genética que causa fraqueza e perda de massa muscular de forma progressiva. Ela afeta meninos e ocorre em uma frequência de um caso a cada 3.500-5.000 recém-nascidos do sexo masculino.[2]

A alteração genética faz com que a proteína distrofina não seja produzida. Na ausência desta proteína, a musculatura torna-se frágil e ao longo do tempo vai se degenerando. O saldo final é a fraqueza, que impede os pacientes de subir escadas, caminhar e movimentar os braços ao longo da progressão da doença². Em fases avançadas da DMD, o comprometimento muscular é extenso, afetando inclusive a musculatura respiratória, o que pode acarretar distúrbios pulmonares com risco de vida exigindo a necessidade de suporte ventilatório, além de complicações cardíacas.[4]

 

Sobre a ADB
A Aliança Distrofia Brasil (ADB) é a maior organização de abrangência nacional representativa de pessoas com distrofia muscular do País, agrega associações regionais, fundações e outras formas de movimento social. É uma instituição privada e sem fins econômicos. Trabalha para mudar a história das Distrofias Musculares no Brasil, potencializando o advocacy e a defesa dos pacientes, seja pela cura, tratamento ou pela formulação e aperfeiçoamento de políticas públicas que possam melhor assistir as pessoas com seus familiares, cuidadores e profissionais de saúde.

 

Sobre a PTC Therapeutics

A PTC é uma empresa biofarmacêutica global voltada para a ciência, focada na descoberta, desenvolvimento e comercialização de medicamentos clinicamente diferenciados que proporcionam benefícios a pacientes com doenças raras. A capacidade da PTC de comercializar produtos globalmente é a base que impulsiona o investimento em um pipeline robusto e diversificado de medicamentos transformadores e nossa missão de fornecer acesso aos melhores tratamentos para pacientes com necessidades médicas não atendidas. Para saber mais sobre a PTC, visite-nos em www.ptcbio.com e siga-nos no Facebook, no Twitter em @PTCBio e no LinkedIn.

 

1Araujo APQC, Nardes F, Fortes CPDD, et al. Brazilian consensus on Duchenne muscular dystrophy. Part 2: rehabilitation and systemic care. Arq Neuropsiquiatr. 2018;76:481-9.
2Bushby K, Finkel R, Birnkrant DJ, Case LE, Clemens PR, Cripe L, et al. Diagnosis and management of Duchenne muscular dystrophy, part 1: diagnosis, and pharmacological and psychosocial management. Lancet Neurol. 2010 Jan 1;9(1):77-93.
3Birkrant DJ, Bushby K, Bann CM, et.al. Diagnosis and management of Duchenne muscular dystrophy, part 1: diagnosis, and neuromuscular, rehabilitation, endocrine, and gastrointestinal and nutritional management. Lancet Neurol. 2018;17:251-67.


Como a pandemia impactou a alimentação das crianças?

A pandemia influenciou drasticamente a rotina alimentar de diversas famílias, impactando principalmente as crianças. Com o fechamento das escolas e os pais trabalhando de casa, a busca por alimentos mais práticos e processados, aumentou. Além disso, muitas acabaram ficando presas em pequenos apartamentos, sem espaço adequado para atividades físicas. As consequências dessa mudança de hábito, já podem ser percebidas na saúde de muitos.

Em um estudo feito pela Unicef, cerca de 61% das famílias aumentaram o consumo de fast food e refrigerantes durante a pandemia, além de diminuir o consumo de legumes e verduras. Por mais que muitos acreditem ser apenas uma fase, introduzir alimentos gordurosos, ultra processados e repletos de açúcar, pode causar danos sérios à saúde das crianças, hoje e amanhã.

A compulsão alimentar é um dos riscos mais iminentes em um primeiro momento, agravado principalmente pelo excesso de tempo em frente às telas. Muitos pais deixam seus filhos assistindo desenhos em celulares, tablets ou na televisão para se distraírem, enquanto eles trabalham.

Essa forma de entretenimento é válida. Não podemos restringir totalmente o uso de telas pelas crianças, contudo, muitas acabam comendo em frente a elas, perdendo a noção da quantidade e até mesmo da qualidade dos alimentos que ingerem. Essa falta de consciência alimentar aumenta os riscos de obesidade, pressão alta e diabetes.

Infelizmente, muitos estudos que temos hoje estão defasados e, não levam em consideração os problemas futuros que os maus hábitos atuais podem representar. As crianças carregam a predisposição genética de sua família que, se já tiver doenças ou altas probabilidades, terão mais chances de serem desenvolvidas se os devidos cuidados não forem tomados desde cedo. Temos hoje o conhecimento da epigénetica, ou seja, podemos ou não ativar determinados genes de acordo com nossos hábitos.

É importante ter em mente que prover uma alimentação saudável às crianças não precisa ser complicado. Evitar expô-las à alimentos ultra processados, que geram forte estímulo cerebral e podem contribuir para uma compulsão alimentar, já tem um impacto enorme nesse processo. Priorize sempre alimentos naturais, preparados em casa, como arroz, boas fontes de proteínas, legumes e saladas.

Muitas famílias até tem esse tipo de alimentação em sua rotina, mas acabam pecando na hora do lanche da tarde. Os sucos, biscoitos e embutidos são alguns dos mais utilizados – e mais perigosos também. Principalmente, porque a grande maioria das pessoas não tem o hábito de ler os rótulos do que consomem, para saber o que estão ingerindo.

Obviamente, mudar hábitos não é fácil, mas se dedicarmos um pouco de tempo para preparar algo mais saudável, as crianças terão uma saúde bem melhor, hoje e principalmente no futuro. As crianças tendem a copiar e repetir os hábitos dos pais. Se colocarmos mais verduras e legumes em nossos pratos, elas também irão se interessar mais por esse tipo de alimento. E quanto mais cedo fizermos isso, melhor.

O primeiro ano da criança é o momento no qual ela será introduzida aos alimentos, deixando a amamentação exclusiva. Por estar no período de maior velocidade na curva de crescimento, é imprescindível apresentarmos alimentos com alto valor nutricional. Nessa fase, mais do que ganhar peso, a criança precisa desenvolver sua saúde, reforçando o sistema imunológico.

Logo depois, a velocidade de crescimento diminui, as crianças passam então a regular melhor a quantidade quem comem, parecendo para os pais que elas estão comendo menos, sendo isso esperado. Então, os pais não devem tentar compensar isso com alimentos inadequados, querendo aumentar a quantidade ingerida pelos filhos.

Os pequenos podem apresentar alguns momentos de seletividade, evitando certos tipos de alimentos. Nesse momento, é fundamental não oferecer os alimentos doces e gordurosos de sua preferência, com a finalidade exclusiva de chegar ao peso recomendado para a idade.

É preciso exercer a maternidade e paternidade real, pensando não apenas no desenvolvimento atual, mas principalmente no futuro da criança. Quanto melhor for a alimentação na infância, mais chances de termos um adulto saudável. Os bons hábitos são os verdadeiros protagonistas da boa saúde, sendo capazes até de evitar o aparecimento de doenças contidas na própria genética familiar. Um bom futuro depende da qualidade das escolhas feitas no presente.

 


Dra. Patrícia Consorte - pediatra e especialista em nutrição materno-infantil.

https://www.drapatriciaconsorte.com.br/

 

ADJ Diabetes Brasil promove campanha nacional para prevenção da Retinopatia Diabética e passa pela Paraíba

 -A segunda edição terá a parceria do grupo Gada Cajazeira (PB)–

 

Com o intuito de reverter o índice de 77% das pessoas com diabetes tipo 2 não aderentes ao tratamento* e que desenvolvem com mais facilidade uma série de complicações do diabetes, entre elas a retinopatia diabética, a ADJ Diabetes Brasil, em parceria com o Grupo Gada Cajazeiras (Grupo de Amigos Diabéticos em Ação), realiza no dia 5 de outubro, às 19h, a Campanha de Retinopatia Diabética, que consiste em um evento virtual, ao vivo e gratuito, a partir das 19h.

Uma das principais complicações do mau controle do diabetes, a retinopatia diabética é responsável por 4,8% dos 37 milhões de casos de cegueira devido a doenças oculares, o que equivale a 1,8 milhão de pessoas em todo o mundo**. No Brasil, a retinopatia afeta exatamente 4 milhões de indivíduos, correspondendo de 35% a 40% dos mesmos com o diabetes***.

As altas taxas de glicemia degeneram a retina e, com o tempo, a visão pode ser afetada, sendo a principal causa de cegueira. A retinopatia diabética pode ser de dois tipos: a não proliferativa, forma inicial da doença que é detectada quando os vasos do fundo do olho estão danificados, causando hemorragia e vazamento de líquido da retina, chamado de Edema Macular Diabético; e a proliferativa, que é diagnosticada quando os vasos da retina ou do nervo óptico não conseguem trazer nutrientes para o fundo do olho e, por consequência, há formação de vasos anormais, que causam o sangramento.

Na pandemia, a procura por exames e pelo oftalmologista caiu drasticamente. Segundo levantamento do Conselho Brasileiro de Oftalmologista, publicado no ano passado, mostrou que entre janeiro e maio de 2020, o número de atendimentos caiu 36%, quando comparado com o mesmo período de 2019, ou seja, foram realizadas 2,5 milhões de consultas em 2020, contra 3,9 milhões em 2019.

A Organização Mundial da Saúde aponta que o Brasil possui 16 milhões de pessoas com diabetes. Na última Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, publicada em maio de 2020, no período entre 2006 e 2019, a prevalência de diabetes passou de 5,5% para 7,4%. João Pessoa apresenta o dado de 6,8% em diagnóstico de diabetes****.

Além de sensibilizar as pessoas sobre os riscos da retinopatia diabética, a campanha também tem como objetivos educar as pessoas para que mudem seus hábitos e consigam controlar as taxas de glicemia e incentivar a visita ao oftalmologista regularmente, para realizar os exames preventivos de visão.

A iniciativa está aberta para todas as pessoas. A primeira edição passou por Foz do Iguaçu, no interior do Paraná; a segunda será em Cajazeiras, na Paraíba; e a terceira em Botucatu, interior de São Paulo. Para acessar, é necessário entrar em: (https://www.facebook.com/ADJDiabetesBrasil e https://www.youtube.com/adjdiabetesbrasil).

 

 

Fontes: *Estudo clínico controlado e randomizado realizado na Clínica Ambulatorial de Diabetes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo avaliou a adesão dos indivíduos com diabetes tipo 2 ao tratamento, mostrando que 77,2% não eram aderentes. Faria HTG et al. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2014;2:257-263.

 

** As Condições de Saúde Ocular no Brasil” - 2019, publicado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia As Condições de Saúde Ocular no Brasil” - 2019, publicado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (https://www.cbo.com.br/novo/publicacoes/condicoes_saude_ocular_brasil2019.pdf)

 

*** Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019-2020): https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/DIRETRIZES-COMPLETA-2019-2020.pdf

 

**** Vigitel: https://tinyurl.com/yayb9hdj

 

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