· Entre os maiores desafios para a retomada e sobrevivência dos negócios, para 76% dos
representantes da Educação Infantil
será a renovação das matrículas para 2021
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Ensino remoto será mantido por longo prazo ou
permanentemente em 68% dos negócios de Curso Livre e a presença digital em 56%
dessa modalidade
Para acompanhar os impactos da COVID-19 nas empresas de educação e apresentar caminhos, o Sebrae, em parceria com a Associação Brasileira de Franchising (ABF) e a Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), realizaram uma pesquisa exclusiva. Envolvendo um estrato de empresas do setor educacional, entre negócios independentes e franquias, divididos entre Curso Livre, Educação Infantil e Outros (Ensino Fundamental, Médio, Técnico e Superior), o estudo revela que diante das incertezas do cenário, assegurar a renovação das matrículas para 2021 para a retomada e sobrevivência dos negócios é a maior preocupação para 76% dos representantes da Educação Infantil pesquisados, para 57% dos gestores de Curso Livre e 49% das outras modalidades de ensino. A evasão e suspensão de contratos vêm em segundo lugar. Confira no gráfico:
Para André Friedheim, presidente da ABF, a pandemia evidenciou a resistência e adaptabilidade do setor de educação. “O segmento de Serviços Educacionais, que é pioneiro no franchising brasileiro, tem demonstrado grande resiliência e capacidade de reação nessa crise. Os desafios para as empresas em geral têm sido enormes, daí a importância dessa pesquisa capitaneada pelo Sebrae, com a participação da ABF e da ABED, lançar luz sobre os reais impactos da pandemia nesse setor tão essencial para nós, como pessoas e profissionais”.
Realizada
entre 27 de agosto e 14 de setembro, a pesquisa on-line apontou que 75% dos
negócios estavam localizados em municípios em processo de reabertura ou abertos
à circulação de pessoas. O levantamento indicou também que 61% das empresas de
educação respondentes estavam funcionando e 35% com atividades interrompidas
temporariamente.
A
pesquisa mostrou, ainda, que o fato de pertencer a uma rede de franquias
reduziu o impacto da pandemia no negócio. A diminuição na receita foi verificada
em 97% dos negócios independentes (nem franqueado, nem franqueador), em 86% dos
franqueados – onde 7% constataram aumento do faturamento –, e houve redução
entre 83% dos franqueadores pesquisados.
Um
dos setores mais tradicionais do mercado, o de educação percebeu que deveria se
adaptar rapidamente à maior inserção tecnológica nas suas atividades
pedagógicas. Corroborando com o primeiro Diagnóstico Setorial de Educação,
realizado pela ABF em 2019, em que 33% das redes já possuíam modelos digitais
ou híbridos de ensino (parte on-line e parte presencial), a Pesquisa
Sebrae/ABF/ABED mostra que a digitalização veio para ficar. O Ensino remoto
está entre as ações feitas durante a crise sanitário-econômica que se tornarão
de longo prazo ou permanentes para 68% dos respondentes de Curso Livre, seguida
da Presença digital (56%). Já entre as unidades de Ensino Infantil, predominam
Adoção de protocolos de saúde (63%) e Maior Rigor na gestão financeira (59%).
“A pandemia realmente trouxe novas perspectivas para a Educação em seus diversos níveis. Se a Educação a Distância já vinha sendo apontada como uma grande tendência, após covid-19 essa realidade se torna cada vez mais latente e irreversível. A EAD é um caminho sem volta e que todos os membros de nossa sociedade terão que se adaptar a essa modalidade de ensino”, afirma o presidente da ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância), Fredric Litto.
O comprometimento e adaptação de alunos
e pais foi apontado como um dos maiores desafios para implantação do ensino
remoto em 65% das escolas de Educação Infantil e em 56% das unidades de Curso
Livre.
Para
Sylvia de Moraes Barros, coordenadora da Comissão de Educação da ABF, “o setor
educacional demonstrou grande capacidade de se reinventar nessa pandemia. Ele
conseguiu se adaptar a essa nova realidade numa velocidade que muitos
imaginavam que não fosse possível. O uso das tecnologias tem sido feito de tal
modo que, no caso dos estudantes infanto-juvenis, os pais demonstram confiança
na metodologia de ensino online”, afirma. Sylvia observa que as aulas
presenciais continuarão a ser ministradas, pois são essenciais para o processo
de ensino e aprendizagem, e de interação social, mas a educação a distância
(EAD) é um avanço que será mantido. “A aula virtual não substitui a interação
face a face entre professor e aluno numa sala de aula, mas o aprendizado
acontece”, ressalta.
Ainda
segundo a coordenadora da ABF, os educadores foram privilegiados com a
possibilidade de entrar virtualmente nas casas dos alunos e poder, assim,
valorizar a si próprios e a educação como um todo. “Nós tivemos um
privilégio muito grande de poder, como educadores, entrar na casa dos alunos e
mostrar o nosso trabalho para os pais de uma forma que jamais foi feita antes.
Conseguimos mostrar o valor da educação, dos professores, o quanto é importante
a escola para as famílias”, conclui.
Ao analisar a empregabilidade das empresas de educação, o estudo indicou que as classificadas na modalidade Outros contavam com maior número de pessoas ocupadas, 13,4, seguida de Educação Infantil, com 12,5.
A
pesquisa apurou, ainda, em quanto tempo os respondentes estimavam que a
situação econômica voltaria à normalidade. Para os gestores de Educação
Infantil, demorará 14,6 meses, para os de Curso Livre, 12,7, e Outros, 12,5.
Metodologia
A
Pesquisa “Impactos da Covid-19 nas empresas de educação”, uma parceria entre o
Sebrae, a ABF e a ABED, foi realizada on-line, no período de 27 de agosto a 14
de setembro de 2020, por amostragem, envolvendo 328 empresários formais do ramo
de educação dos 23 estados e DF. O levantamento foi composto por: 35% MEI; 43%
ME; 14% EPP; e 8% outros (porte declarado na pesquisa).
Sebrae
Telefone
(61) 3348-7570 / (61) 3348-7754
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