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terça-feira, 24 de novembro de 2020

Mercado imobiliário: comprar, vender, alugar ou o que?

Professor de Finanças da IBE Conveniada FGV debate setor imobiliário no cenário atual


Os reflexos da crise econômica pós-pandemia são diversos. Com todas as mudanças no mundo, sobretudo na digitalização, o professor Cleber Zanetti, da IBE Conveniada FGV, explica que cada vez mais os brasileiros vêm buscando maneiras de poupar dinheiro ou investir. “Existe sempre uma expectativa quanto ao mercado imobiliário, afinal, para muitos, é muito seguro”, aponta.

A última Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), apontou em setembro deste ano a comercialização de 5.147 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo. O resultado foi 18,9% inferior ao do mês anterior (6.350 unidades). Ainda em relação a setembro do ano passado, o crescimento foi de 19,2%.

“Mesmo em um período de pandemia existem boas oportunidades de aquisição”, explica o professor, que ressalta que a prova disso é o aquecimento da construção de novos imóveis que estamos acompanhando.

O índice de evolução do nível de atividade da construção civil somou 51,2 pontos em setembro, com queda de 0,2 ponto em relação ao patamar agosto de acordo com pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Industria). Como segue acima da marca dos 50 pontos, para a CNI, isso indica "aumento do nível de atividade da indústria da construção" na comparação com o mês anterior.

Já para Zanetti, o crescimento de serviços online está ligado a esse aquecimento do setor. Comprar e vender um imóvel está mais digital que nunca. Ao digitalizar grande parte do trabalho do corretor, começando em um anúncio de um imóvel em grandes portais à análise de crédito do cliente, algumas plataformas se preparam para oferecer ainda mais serviços e inteligência de dados.

Porém, o professor alerta que pensando em investimentos é recomendado prudência quanto ao mercado imobiliário. “A remuneração financeira é muito baixa, mesmo que existam boas oportunidades”.

Quanto ao aluguel, Zanetti explica que é momento de avaliar as necessidades. “Quando se trata de um ponto comercial, é necessário verificar valores. O crescimento do home office diminuiu a procura pelo serviço de locação”. O especialista em finanças indica checar se existe necessidade de um espaço físico, assim como se certificar se o local comporta o segmento do negócio.

Ele recomenda cautela e gestão nesse período de instabilidade. “Vendas são arriscadas por causa das baixas de capital durante a pandemia”, analisa. Para Cleber Zanetti, no entanto, o mercado imobiliário é forte, e dificilmente sofre alterações, mesmo com a taxa de lucro baixa. “Por isso, raramente acontecem perdas”.


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