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quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Sociedade Brasileira de Dermatologia lança documento que muda protocolo de atendimento para 5 milhões de pessoas com psoríase


Cinco milhões de brasileiros que vivem com psoríase passam a contar, a partir de agora, com um novo fluxograma de tratamento e um delineamento atualizado nas estratégias para ajustes em suas terapias. Documento, elaborado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), orientará o manejo dos pacientes com essa doença em diferentes fases de cuidados, prevendo a incorporação de avanços científicos e tecnológicos ocorridos ao longo dos últimos oito anos, data da edição de texto anterior (2012).

Do total de pessoas com diagnóstico de psoríase em torno de 3,7 milhões (73,4%) têm sua qualidade de vida comprometida. Isso em decorrência de manifestações dessa doença na pele que comprometem movimentos, causam desconforto e geram exposição dos portadores a situações de preconceito por conta de desconhecimento da população. Para o presidente da SBD, Sérgio Palma, muitos pacientes desenvolvem quadros de depressão e outros transtornos de saúde mental devido à reação de alguns diante das lesões. "Por isso, é essencial levar informações sobre a psoríase e suas implicações aos brasileiros. É o que a SBD fez em campanha recém encerrada sobre o tema", destacou.


Medicamentos - Entre as mudanças que são trazidas pelo Consenso Brasileiro de Psoríase 2020 e Algoritmo de Tratamento da SBD estão a definição de novos desfechos, de metas de tratamento e de critérios de gravidade, bem como o uso de medicamentos imunobiológicos. Essas substâncias terapêuticas consideradas de última geração têm grande eficiência no tratamento de doenças autoimunes, como é o caso da psoríase. Produzidos por sistemas biológicos vivos, com estrutura molecular complexa, de alto peso molecular e homóloga às proteínas humanas, esses medicamentos são capazes de atuar em locais específicos das vias imunológicas e inflamatórias.

O Consenso da SBD servirá como referência para formulação de protocolos de atendimento e de políticas públicas voltadas aos pacientes com psoríase - de moderada à grave, apostam os dirigentes da entidade. Segundo Sérgio Palma, esse documento terá grande repercussão nas práticas adotadas em serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela área privada, com a incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias. "Por meio dele, fica estabelecido um parâmetro moderno de assistência para pessoas com psoríase, o qual deve ser agregado à prática clínica para trazer maior efetividade, segurança e conforto no manejo dessa doença que não tem cura, mas que, com as orientações e suporte terapêutico corretos, pode causar menos desconforto aos seus portadores", disse Palma.


Doença - Grande parte da população ainda desconhece a psoríase. Trata-se de uma doença inflamatória crônica da pele e das articulações, de caráter imunomediado e não contagioso, que afeta cerca de 125 milhões de indivíduos em todo o mundo. Pelo menos 5 milhões estão no Brasil. Lesões nos joelhos, cotovelos, couro cabeludo e genitais são as manifestações clínicas mais comuns.

"Entende-se que os cuidados com portadores de psoríase, principalmente os mais jovens, devem ser entendidos como tema prioritário para a agenda pública de saúde. Por conta de seu caráter sistêmico, essa doença, antes vista como agravo de pele, passou a ser relacionada a doenças do sistema cardiovascular, ou seja, o portador tem maior risco de desenvolver outros transtornos. Por isso, esse Consenso deve ser um instrumento de consulta voltado a quem enfrenta essa doença, seja como paciente ou como médico assistente responsável", disse o dermatologista Ricardo Romiti, professor da Universidade São Paulo (SP) e responsável pela publicação.


Epidemiologia - Na avaliação dos especialistas da SBD, no Brasil, a composição étnica, aumento da longevidade, além de características climáticas e de insolação podem implicar em dados epidemiológicos únicos e diferentes prevalências regionais de psoríase. Essas características também influenciam, no País, as manifestações graves dessa doença e sua resposta às terapêuticas disponíveis.

Dados recentes da SBD estimam a prevalência da psoríase, no Brasil, em 1,31% da população, sendo 1,15%, em mulheres; e 1,47%, em homens. Houve, ainda, a identificação de um aumento da prevalência de psoríase quanto à faixa etária: abaixo dos 30 anos, de 0,58%; entre 30 e 60 anos, de 1,39%; e entre maiores de 60 anos, 2,29%. As regiões do país também diferem quanto à prevalência da doença, com maiores indicadores nas regiões Sul e Sudeste, em contraste com Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

O tratamento desse transtorno visa a redução do desconforto que causa. Em pacientes com quadros leves, o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT), do Ministério da Saúde, ainda em vigor, orienta a prescrição de medicamentos externos, como cremes e pomadas com corticosteroides, calcipotriol e ácido salicílico. Nos casos moderados e graves, a opção prioritária é a fototerapia ultravioleta B (UVB) ou ultravioleta A (PUVA), assim como medicamentos orais sistêmicos. A SBD inova ao propor que seja agregado ao PCDT os chamados imunobiológicos e terapias-alvo, considerados os tratamentos mais modernos, pois atuam como anticorpos, bloqueando a proteína que causa a inflamação.

Apesar de não ter cura, é possível reduzir o aparecimento de episódios da doença em seus portadores, alertam os especialistas. Para tanto, recomenda-se a adoção de hábitos de vida saudáveis, como: alimentação equilibrada, prática de atividade física, não fumar e evitar situações de estresse emocional. Também é recomendado o uso de hidratante e controlar a exposição diária ao sol. No entanto, alerta Ricardo Romiti, "é essencial sempre contar com suporte de médico dermatologista para fazer o diagnóstico e acompanhar o paciente para fazer ajustes na terapêutica, caso necessário".

O Consenso Brasileiro de Psoríase 2020 e Algoritmo de Tratamento da Sociedade Brasileira de Dermatologia foi elaborado sob a coordenação dos especialistas Sérgio Palma (PE), Ricardo Romiti (SP), André Vicente E. de Carvalho (RS) e Gleison V. Duarte (BA). O documento tem 35 capítulos e reúne a produção de 80 colaboradores, que fizeram a estratificação de níveis de evidência e seu grau de recomendação sobre diferentes tópicos relacionados à doença.


Novembro Roxo: O Mês da Prematuridade

 Avanços da Ultrassonografia contribuem para desfechos positivos de bebês prematuros


Mesmo que você faça tudo corretamente durante a sua gravidez, haverá “sempre” UM risco de seu bebê nascer antes do tempo correto, ou seja, antes de 37 semanas.

Bebês que nascem prematuramente tem mais problemas de saúde, precisam de maior tempo de internação nos berçários e alguns também poderão ter problemas de saúde a longo prazo, como por exemplo, problemas que afetam o cérebro, os pulmões, a audição ou a visão.

Terão maior possibilidade de desenvolver doenças crônicas ao longo da vida, como diabetes, maior probabilidade de doenças cardiovasculares, como o infarto, problemas comportamentais como esquizofrenia, entre outros.  

A prematuridade é uma das principais causas de morte na infância abaixo de 5 anos de idade. Nascem cerca de 15 milhões de prematuros por ano no mundo todo, segundo a OMS, sendo que 1 milhão morre nas primeiras horas ou logo nos primeiros dias.

No Brasil, aproximadamente 300 mil partos/ano, acontecem antes de 37 semanas – o que caracteriza a prematuridade.


Equivale a 9,2% dos nascimentos.

É uma taxa semelhante à da Alemanha e inferior à dos EUA que é de 12%.

Nos países pobres a taxa é de 12% e tem como causas a malária, desnutrição, AIDS e gravidez na adolescência.

Já nos países desenvolvidos a prematuridade é causada pela idade materna avançada, maior uso de técnicas de reprodução assistida – gerando um maior número de gestações múltiplas - gestações gemelares, e pelo maior número de cesarianas realizadas com hora marcada (em parte que podem estar associada a erros de cálculos da idade gestacional).

Um grave problema que enfrentamos é que nem de longe temos um número razoável de leitos de UTI neonatais.

Também, é extremamente difícil quantificar os gastos que estas crianças terão durante a sua vida.

Os americanos estimam que a pessoa que nasça prematuramente, gastará cerca de 1,0 grama de ouro por cada segundo que ela nasceu antes da hora, ou seja, antes de 37 semanas. 


Importante
                               O número de partos prematuros está aumentando no mundo todo, enquanto a taxa de nascimento esta diminuindo.

 


O que é a prematuridade?

É quando o bebê nasce antes da 37a semana de gestação. Pode ser ainda dividida em prematuridade tardia quando o parto ocorre entre 34 semanas e 36 semanas e 6 dias.

Prematuridade moderada: 32 semanas e 33 semanas e 6 dias

Muito prematuro: 28 semanas até 32 semanas e 6 dias.

Prematuro extremo: de 22 semanas a 28 semanas.

 


Sinais e sintomas do parto prematuro

- Mudança no aspecto da secreção vaginal, que pode se torna mais aguado ou o muco em maior quantidade e as vezes com saída de secreção com sangue.

- Dor no baixo ventre como que se o bebê estivesse empurrando e forçando a vagina.

- Dor nas costas de forma constante, mas que se acentua em intervalos.

- Cólicas abdominais, sem diarreia ou eliminação de gases.

- Contrações regulares e frequentes, com aperto e “que incomodam”. Sentidas como endurecimentos que perduram por cerca de um minuto. Estas contrações podem não causar dor.

- Perda de liquido em grande quantidade.  

Situações que podem aumentar a possibilidade de prematuridade

Muitas vezes, não se sebe previamente dos riscos de se ter um trabalho de parto prematuro e mesmo um bebê prematuro.

Mas, algumas coisas já são conhecidas como de maior risco para o parto pré-termo:

  • Ter tido um bebê prematuro em gestações anteriores.
  • Infeções genitais na primeira metade da gestação, como corrimentos fétidos – chamada de “vaginose bacteriana” e as DSTs.
  • Estar gravida de gêmeos (dois, três ou mais).
  • Problemas com o seu útero ou com o seu colo do útero.

- Se você sabidamente souber que tem uma anomalia no útero, que chamamos de anomalias uterinas congênitas (útero bicorno, útero septado, etc) são condições que sabidamente podem levar a partos pré-termos.

- Cirurgias no colo do útero, como: conização, cauterizações, etc, podem ser condições que aumentem o risco de prematuridade.

Outros fatores que também podem contribuir para uma maior probabilidade de prematuridade:

  • Peso corporal – estar abaixo ou acima do peso ideal é sem duvida um fator de risco.
  • Histórico familiar de partos prematuros na família (avó, mãe, irmã). Se você nasceu prematuramente, você tem maior probabilidade também de ter um parto pré-termo do que a população em geral.
  • Engravidar muito cedo, antes de 18 meses de intervalo entre os partos, pode aumentar o risco de prematuro.

Problemas de saúde maternos que aumentam o risco de parto prematuro

Aumento de pressão arterial materna:

- A pressão alta antes ou durante a gestação (chamada pré-eclampsia) são fatores que colocam em risco a vida dos fetos, sendo que as vezes, os médicos obstetras são obrigados a interromper a gestação antes da hora, devido ao risco para a saúde ou mesmo de óbito destes bebês. Estes fetos mesmos sendo de tempo, geralmente tem um ganho de peso menor do que os bebês de mães saudáveis.

Infeções maternas:

 - Infeções urinárias durante a gestação.

 - Infeções do útero e vagina, mas especialmente as DST – doenças sexualmente transmissíveis, aumentam o risco, quando estão presentes antes de 20 semanas de gestação. Outras infeções como apendicites também podem acarretar o parto antes da hora.


Qual o custo com um RN prematuro?

Para recém-nascidos com peso <1.000g ao nascer, o custo médio foi US$8,930.00 (R$ 34.000,00), e para os que pesaram >2.000g foi de US$642.00. O custo hospitalar total estimado para 84 neonatos em um estudo foi de US$195,609.00, o que representa uma média geral de U$ 2.328,67 ou aproximadamente R$ 9.000,00


Quais as estratégias para se identificar o risco de prematuridade?

Uma das medidas de proteção e prevenção do parto prematuro é medir o comprimento do colo do uterino entre 22 e 24 semanas de gestação.

 Durante a realização do US morfológico (que é realizado nesta mesma idade da gestação), se “faz” uma ultrassonografia transvaginal (não pode e não deve ser feito o ultrassom pelo abdômen) para “ver” as características do colo uterino - medir o comprimento e a forma do colo.


Importante

Comprimento do Colo Uterino

Uma das estratégias mais efetivas para a prevenção do trabalho de parto prematuro é medir o comprimento do colo uterino entre a 22a e a 24a semanas de gestação – quando se faz o Ultrassom Morfológico de segundo trimestre.

O que pode ser feito para se evitar a prematuridade?

 Algumas estratégias são extremamente eficazes:

  • Antes de mais nada, deve-se verificar se não há infecções que possam estar provocando o trabalho de parto prematuro.
  • Algumas medidas terapêuticas podem ser empregadas pelo obstetra:
  • Uso de progesterona por via vaginal – o uso da progesterona quando o colo esta encurtado (comprimento menor do que 2,5 cm) reduz o risco de parto prematuro em 44%.
  • Colocação do pessário. O pessário é um anel de plástico que se molda ao redor do colo uterino, não permitindo que este se dilate – figuras 1 e 2
  • Realização da cerclagem. A Cerclagem é uma cirurgia em que se “faz” um ponto ao redor do colo uterino, com o mesmo intuito de não deixar que ele se dilate – Figura 3.

Quais as consequências para a saúde dos bebês prematuros?

O nascimento prematuro pode levar a incapacidades intelectuais e cognitivas dos bebes e de desenvolvimento a longo da vida destes bebês. Eles podem causar problemas ou atrasos em:

1 - Desenvolvimento físico

2 – Déficit no aprendendo

3 – Dificuldade de comunicação com os outros

4 – Dificuldade de relacionamento interpessoal

5 - Cuidar de si mesmo;

 

Outros problemas:

Problemas de comportamento, incluindo transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e ansiedade.

Distúrbios neurológicos, como paralisia cerebral, que afetam o cérebro, a medula espinhal e os nervos por todo o corpo.

Autismo que são grupos de distúrbios que afetam a fala, habilidades sociais e comportamento de uma criança.

 

O que é a vacina que a mãe toma para amadurecer os pulmões do bebê?

Não se trata na verdade de “uma vacina” e sim de um medicamento que tem por finalidade ajudar a “amadurecer” os pulmões dos bebês. Os bebês prematuros não têm no interior dos pulmões uma substância que da uma tensão, ou seja, não deixa que eles – pulmões “grudem” quando o bebê esta respirando. Este medicamento que é a cortisona, acelera o processo de produção desta substância – mais ou menos como nas “bolhas de sabão que a espuma fica mais tempo”.  Nos pulmões dos bebes prematuro é mais ou menos o que acontece. Funciona muito bem até a 34 semana de gestação.

 



Dr. Paulo S. Cossi - Especialista em ginecologia e obstetrícia pela FEBRASGO.
Especialista em ultrassonografia pelo Colégio Brasileiro de Radiologia.
Mestre em ciências da saúde pela Escola Paulista de Medicina – UNIFESP.


Novembro Azul: Mitos e Verdades sobre o câncer de próstata, que atinge mais de 65 mil homens no Brasil

Considerado o segundo tipo mais comum da doença que acomete os homens, é superado apenas pelo câncer de pele


A campanha do Novembro Azul é um movimento mundial, que teve início na Austrália em 2003 e foi lançada no Brasil em 2011 pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata.

É o segundo tipo mais comum da doença em homens, superado apenas pelo câncer de pele não melanoma. A cada seis indivíduos, um é portador da doença. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados 65.840 casos novos para 2020, com 15.391 óbitos. 

Essa enfermidade não apresenta sintomas em sua fase inicial, por isso, é de extrema importância que os homens realizem periodicamente os exames para identificá-la o mais cedo possível. Para investigar os sinais e sintomas do câncer de próstata é necessário realizar:

 

- Exame de PSA: Trata-se de uma análise sanguínea, que mede a quantidade da proteína produzida pela próstata - Antígeno Prostático Específico (PSA). Os níveis elevados dessa proteína podem indicar câncer ou doenças benignas da próstata, como a prostatite.

 

- Exame de toque retal: O especialista avalia o tamanho, forma e textura do órgão, além de procurar eventuais nódulos endurecidos que possam sugerir o câncer de próstata.

Infelizmente, mesmo com diversas campanhas e ações de conscientização, esse tema de grande relevância ainda é um tabu para muita gente. Para esclarecer as dúvidas, o urologista Dr. Eduardo Barros, do Hospital HSANP, explica o que é mito ou verdade:

 

- É uma doença só de idosos.

MITO. O câncer de próstata costuma aparecer em homens mais velhos. No entanto, todos devem estar atentos aos fatores de risco e conversar com o médico para a realização de exames que permitam identificar o quanto antes a doença, que deve ser investigada a partir dos 45 anos para aqueles com antecedentes familiares de primeiro grau (pai e irmão) e 50 anos em homens sem o fator hereditário.

 

- Sempre apresenta sintomas.

MITO. A doença, geralmente, não apresenta sintomas em sua fase inicial, por isso, muitos indivíduos recebem o diagnóstico tardiamente.  Não existem sinais e sintomas próprios relacionados ao câncer de próstata, e, quando relatados, são mais inespecíficos como perda de peso, dor óssea e muscular, além de poder apresentar sintomas urinários.

 

- Homens afrodescendentes apresentam maior risco para o desenvolvimento da doença.

VERDADE. De acordo com estatísticas médicas, a incidência é 60% maior e a taxa de mortalidade é três vezes mais alta. No entanto, no Brasil, pela sua grande miscigenação de raças, há uma dificuldade de observação.

 

- O aumento da próstata tem relação com o câncer.

MITO. O envelhecimento é um fator de risco inerente a qualquer homem para o crescimento da próstata. Tal evento é conhecido como hiperplasia benigna da próstata, doença que pode ser tratada com medicações orais ou mesmo com cirurgias endoscópicas.  No entanto, não há relação entre o aumento do volume prostático com o risco de desenvolvimento do câncer de próstata.

 

- Se um homem da minha família já teve câncer de próstata, minhas chances de desenvolver são maiores?

VERDADE. O histórico familiar e genético desempenha um papel importante no risco de um homem desenvolver câncer de próstata. Quanto maior o grau de parentesco (pai e irmão), maiores são as chances. Um parente de primeiro grau com a doença duplica a chance. A partir de dois parentes com a enfermidade, o risco aumenta em cinco vezes. Para quem tem casos na família, o recomendado pela Sociedade Brasileira de Urologia é procurar um urologista a partir dos 45 anos.

 

- A atividade sexual aumenta o risco de desenvolver a patologia.

MITO. Não há evidências científicas que comprovem a associação do número de ejaculações com a proteção ou o aumento do risco do desenvolvimento do câncer de próstata.

 

- O sedentarismo e obesidade podem aumentar o risco para o surgimento dessa enfermidade.

VERDADE. A prática de exercícios físicos aliados a uma alimentação saudável, com peso corporal adequado, são fatores que influenciam positivamente na redução do desenvolvimento dessa doença, assim como outras enfermidades.

 



HSANP


Como a homeopatia pode ser associada à odontologia

Homeopatia odontológica é reconhecida como especialidade no Brasil desde 2015

 

A homeopatia existe como ciência terapêutica há mais de 200 anos. É reconhecida como uma medicina alternativa e complementar na promoção e recuperação da saúde. Segundo relatório do ano passado divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a homeopatia é usada oficialmente em 100 países. Poucas pessoas sabem, mas no Brasil, essa ciência é especialidade médica desde 1980. Em 2015, a homeopatia também foi reconhecida como especialidade odontológica. A presidente da Câmara Técnica de Homeopatia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Jussara dos Santos Giorgi , explica que a homeopatia tem uma forma bastante humanizada de atendimento. “Na odontologia homeopática, para se medicar e tratar um indivíduo adoecido é necessário saber primeiramente quem é este paciente e como ele está passando pelo problema apresentado.”

A abordagem terapêutica do cirurgião-dentista homeopata é feito da mesma forma do que a convencional, porém é acrescentada uma anamnese própria, capaz de conhecer mais o paciente. “A homeopatia nos oferta a possibilidade de tratar as patologias bucais de forma suave, duradoura e mais acessível, já que os medicamentos homeopáticos são mais baratos."

A especialista destaca que a homeopatia nunca irá substituir um medicamento químico necessário, como um antibiótico, em caso de infecção, mas poderá atuar conjuntamente, melhorando assim os resultados. “A homeopatia busca levar o equilíbrio ao paciente, a sua homeostase. Diante desse equilíbrio proporcionado pelo tratamento homeopático, o paciente terá uma melhora da sua saúde e sua qualidade de vida”, explica.




Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

www.crosp.org.br

 

Gravidez na adolescência: pré-natal é fundamental para prevenir parto prematuro

Especialista reforça a importância de acompanhamento multidisciplinar durante a gestação.

 

As condições de saúde de uma adolescente ao engravidar associada à baixa idade ginecológica podem dificultam o desenvolvimento do feto. Segundo dados do Programa Parto Seguro, gerenciado pelo Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" (CEJAM) em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, e presente em oito maternidades de São Paulo, cerca de 15% dos partos realizados, de janeiro a setembro de 2020, são de mães com menos de 19 anos.

Em adolescentes menores de 16 anos, o risco de insuficiência útero-placentária aumenta, impactando diretamente na nutrição do bebê. "É por isso, é essencial o acompanhamento adequado no pré-natal com dieta balanceada e prevenção das possíveis intercorrências na gestação como, por exemplo, o tratamento de infecções as quais as jovens mães estão propensas", explica Ana Maria da Cruz, médica supervisora do Parto Seguro.

Além das questões biológicas, existem aspectos sociais importantes que devem ser observados durante a gravidez na adolescência, como a aceitação da família, abandono escolar e os aspectos emocionais da mãe. "A gravidez na adolescência é um fenômeno biopsicossocial. Existe a questão do organismo estar mais propenso a doenças como infecção urinária e anemia. Além disso, há o aspecto emocional da adolescente e crises da própria faixa etária associada à gravidez. Portanto, é fundamental um acompanhamento multidisciplinar durante o pré-natal, cuidando da jovem em toda a sua complexidade", contextualiza a especialista.

Para a prevenção do parto prematuro, é necessário fazer o acompanhamento pré-natal adequado, para a constatação de qualquer anormalidade durante a gestação, o mais precoce possível. "A condição de saúde da gestante adolescente é um sinal importante para o profissional detectar do risco de prematuridade e tratá-la rapidamente para evitar o parto prematuro", salienta a médica.

Nos hospitais que possuem o Parto Seguro, as mães adolescentes são acolhidas pela equipe, que oferece todo o suporte de enfermagem e cuidados para detectar os riscos da jovem durante o trabalho de parto e reduzir qualquer intercorrência. "Durante o pré-natal e o parto é essencial que a jovem tenha acompanhamento de seu parceiro ou familiares, para ganhar confiança e todos receberem a correta orientação sobre os cuidados no pré-parto, durante e pós- parto", conclui. No momento da alta, o Programa Mãe Paulistana realiza o agendamento das consultas de acompanhamento na Unidades Básica de Saúde para mãe e o bebê.

 



Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" (CEJAM)


Sobrepeso é epidêmico no Brasil, diz IBGE



Pesquisa mostra que 61,7 dos adultos estão acima do peso e por isso correm mais risco de doenças oculares. Entenda. 


Em meio à pandemia de coronavírus a população brasileira adulta enfrenta uma verdadeira epidemia de sobrepeso e obesidade. A PNS 2019 (Pesquisa Nacional de Saúde) divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que a partir dos 20 anos 61,7% dos brasileiros estão acima do peso. Nos últimos 10 anos o percentual de mulheres com sobrepeso passou de 51,1% para 63%. Já a obesidade feminina quase dobrou no País, saltando de 18% para 30,2%. No mesmo período o número de homens acima do peso passou de 51,8% para 60% e a obesidade subiu de 13,1% para 22,8% entre eles.

Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier parte desta epidemia está relacionada ao isolamento social e às restrições nas atividades físicas que estamos vivendo. O pior, observa, é que a pandemia de coronavírus dificultou tomar sol 20 minutos/dia.  A exposição é essencial para metabolizar a vitamina D que fortalece a imunidade, controla a miopia e fixa o cálcio nos ossos, afirma

Como se não bastasse uma revisão de estudos da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostra que estar acima do peso é um importante fator de risco para desenvolver graves doenças oculares. Não quer dizer, comenta, que pessoas magras estejam livres dessas comorbidades nos olhos. Isso porque, algumas estão relacionadas ao diabetes e às alterações cardíacas que podem ser causadas por herança genética, sedentarismo e hábito de fumar, explica.

 

Aumento de radicais livres

A OMS estabelece como sobrepeso o IMC (Índice de Massa Corpórea) entre 25 e 29,9, enquanto a obesidade equivale a 30 ou mais de IMC. O cálculo do IMC corresponde à divisão do peso pela altura ao quadrado. Queiroz Neto afirma que quando estamos acima do peso nosso organismo tem dificuldade de combater os radicais livres, substâncias formadas por oxigênio que aceleram a degeneração das células. Por isso, temos o dobro de risco de contrair degeneração macular seca, causa número 1 de perda irreparável da visão que atinge a mácula, parte central da retina, responsável pela visão de detalhes.

O aumento de radicais livres, ressalta, também pode antecipar a formação da catarata que é caracterizada pelo turvamento do cristalino e responde no Brasil por 49% dos casos de perda da visão reversível. A única forma de tratar a catarata é através de uma cirurgia em que o cristalino opaco é substituído por uma lente intraocular.

 

Retinopatia diabética

O oftalmologista ressalta que quanto mais alto o IMC, maior o risco de contrair diabetes tipo 2, uma resistência das células à insulina produzida pelo pâncreas que faz a glicemia acumular na corrente sanguínea. Para se ter ideia, o IMC acima de 30 aumenta em 10 vezes a chance de contrair diabetes tipo 2. Já o risco entre pessoas com IMC superior a 35 é 80 vezes maior. O médico afirma que após 10 anos de convivência com o diabetes a maioria das pessoas desenvolve retinopatia diabética. A doença é caracterizada pela formação de neovasos que dificultam a nutrição da retina. A boa notícia a destruição precoce destes neovasos com aplicação de laser e o acompanhamento médico com aplicação de injeção que controla a formação desses vasos permite manter a visão em 90% dos casos.

 

Oclusão da veia central e retinopatia hipertensiva

O sobrepeso e a obesidade também favorecem a elevação do colesterol e a hipertensão arterial. O colesterol alto pode enrijecer as artérias da retina, levar à obstrução da veia central ou de seus ramo e extravasamento de liquido que resulta na perda da visão.

A hipertensão arterial sem controle pode alterar  os vasos da retina e causar retinopatia hipertensiva retinopatia  que também leva à perda da visão se não tiver acompanhamento periódico.

 

Prevenção

Queiroz Neto afirma que muitas doenças oculares surgem depois dos 40 anos e podem passar despercebida nos estágios iniciais. Por isso, a recomendação é consultar um oftalmologista a cada 2 anos até os 59 anos e anualmente a partir dos 60 anos. “É muito comum pacientes descobrirem que têm diabetes ou hipertensão arterial durante exame de fundo do olho que faz o mapeamento da retina  e o diagnóstico de alterações nos vasos da retina. Independente do peso, os exames periódicos são indicados para todos.


Novembro azul: entenda os principais fatos relacionados ao câncer de próstat

Gustavo Genelhu explica as principais causas e tratamentos que acometem essa doença


Assim como o Outubro Rosa, o Novembro Azul também foi criado para alertar da importância dos exames de prevenção e o diagnóstico precoce deste tumor. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que para cada ano do triênio (2020-2022), sejam diagnosticados mais de 65 mil casos dessa doença que atinge a próstata. Além disso, ainda segundo o instituto, essa é a segunda principal causa de morte por câncer em homens, levando em consideração que a cada 41 homens, um falecerá por esse motivo.

Por esses motivos, é sempre importante ressaltar os principais fatores e informações referentes a esse assunto, mostrando como o Novembro Azul pode ajudar homens a lidar com isso.

"Entre algumas das condições que facilitam o surgimento desse tipo de câncer estão a idade avançada, genética familiar e raça negra. É comum, que homens acima de 60 anos tenham mais predisposição e pelo fato de não existir um autoexame, torna-se mais importante as consultas médicas pelo menos uma vez por ano", explica Gustavo Genelhu, médico geriatra e fundador do Hospital de Transição Royal Care.

Além disso, o médico ainda afirma que o uso de hormônios com base na testosterona pode precipitar o surgimento desse tumor maligno.

Apesar de muitas vezes esse câncer ser assintomático, é sempre bom estar atento a micção frequente, fluxo urinário fraco ou interrompido, vontade constante de urinar durante a noite e sangue na urina e no sêmen. Caso ocorra dores em outras áreas do corpo, como quadris, coxas, costas, ombro ou algo semelhante, pode indicar que a doença se disseminou.

Dependendo do estágio da doença, o tratamento pode ser clínico, com radioterapia e quimioterapia, ou cirúrgico. As chances de cura também variam, mas caso seja feito um bom diagnóstico e antecipado, pode reduzir até 70% o risco de morte.

"O exame de toque retal é essencial. Tanto a Associação Americana de Urologia, quanto a Sociedade Americana do Câncer recomendam o screening anual (exame completo para detecção de tumor na próstata", comenta Genelhu.

O que muito se acontece, atualmente, é a vergonha de realizar esse exame, por ele ser mais invasivo. No entanto, ao evitá-lo, o homem pode estar colocando sua saúde em risco.

"Além disso, existem algumas medidas que até os mais jovens podem tomar para prevenir, como atividades físicas, manter o peso adequado, diminuir o consumo de álcool e não fumar. O cuidado com a nossa vida deve sempre ser a prioridade, e com isso levar essas informações e os exames a sério podem evitar problemas mais graves no futuro", finaliza o médico.

 


Hospital Royal Care


Proteína é apontada como essencial em neuroinflamação e pode ser alvo para tratamento de doenças neurodegenerativas

 Em parceria com universidade da Dinamarca, equipe do Instituto de Ciências Biomédicas da USP identificou uma mutação na proteína sódio-potássio ATPase capaz de reduzir a neuroinflamação em experimentos em animais.


A proteína sódio-potássio ATPase (Na+/K+ ATPase) é responsável pelo equilíbrio iônico das células, transportando íons de potássio e sódio para seu interior e exterior. Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) estudaram o papel da Na+/K+ ATPase na neuroinflamação e descobriram que a subunidade alfa-2 dessa proteína é essencial para o processo neuroinflamatório. Dessa forma, a equipe sugere que a alfa-2 pode ser um alvo eficiente para o tratamento de doenças neurodegenerativas. Coordenado pelo professor Cristoforo Scavone, o estudo foi conduzido pela pesquisadora Jacqueline Alves Leite durante seu doutorado, em parceria com a Universidade de Aarhus, Dinamarca, e publicado na revista Scientific Reports. Atualmente, ela é professora do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás.

O grupo de Scavone já havia demonstrado em outro estudo in vitro que, com a deleção da alfa-2 da proteína sódio-potássio ATPase, ocorre uma redução da inflamação no sistema nervoso. Essa inflamação é induzida por fragmentos de bactéria gram-negativa, que contêm uma endotoxina chamada lipopolissacarídeo (LPS). O LPS é utilizado para modelos de inflamação sistêmica, mas outros estudos já mostraram que essa inflamação também pode atingir o sistema nervoso central.

O próximo passo, que resultou na publicação atual, foi fazer o mesmo teste em camundongos com e sem mutação na alfa-2. Quatro horas após a administração do LPS, os animais que tinham deficiência na alfa-2 apresentaram uma redução do processo neuroinflamatório agudo, devido a uma menor sinalização de LPS. "Houve uma redução de citocinas inflamatórias tanto no sistema nervoso central quanto no periférico dos animais com a deficiência. Já aqueles sem deficiência tiveram uma maior perda de memória e sintomas como febre ou hipotermia, cansaço e menor locomoção, o que chamamos de sickness behavior [comportamento doentio]", aponta Jacqueline Alves.

Isso significa que os animais com deficiência na alfa-2 apresentam uma resposta inflamatória menor. "A resposta inflamatória é algo positivo, envolve uma resposta adaptativa. Não ter essa resposta é ruim; é a perda de uma forma de ativação e comunicação entre células da glia e neurônios, que gera adaptações positivas. Por outro lado, como a neuroinflamação é importante em doenças neurodegenerativas, esse conhecimento pode ajudar a estudar compostos que tenham como alvo a alfa-2 ou outra subunidade da proteína", diz o professor. Além de doenças neurodegenerativas, a proteína sódio-potássio ATPase pode ser estudada no âmbito do envelhecimento, quando a neuroinflamação também é recorrente. Alves complementa: "A inflamação é um processo fisiológico importante para a manutenção do equilíbrio do nosso organismo. E alterações na resposta inflamatória, seja para menos ou para mais, logo no início de uma infecção, pode levar uma má adaptação desse processo".

Scavone e sua equipe pretendem dar continuidade ao trabalho e avaliar os efeitos da deficiência da alfa-2 na inflamação a longo prazo, após 24 horas da administração do LPS. No caso dos seres humanos, essa mutação é rara e pode provocar enxaqueca familiar hemiplégica, que tem como principal característica a paralisia de um lado do corpo. Os parceiros da Universidade de Aarhus, Dinamarca, que forneceram os modelos animais para o estudo, pesquisam terapias gênicas para melhorar o quadro desses pacientes. 


Com a chegada do Verão, é importante ter atenção redobrada com o consumo de água


Médico dá dicas especiais para que as pessoas não deixem de beber água diariamente


Pode parecer bobagem, mas muitos de nós não consumimos a quantidade de água diária indicada para uma vida muito mais saudável. Com os dias mais quentes, é fundamental manter-se hidratado para o bom funcionamento do organismo. “A água tem papel importantíssimo no nosso corpo, porém muitos não conseguem ingerir a quantidade mínima indicada, que é de 2 a 3 litros por dia. Essa falta de hidratação pode gerar diversos problemas”, comenta o Dr. Aier Adriano Costa, coordenador da equipe médica do Docway

Segundo o especialista, 72% do nosso organismo é composto de água, o que torna o consumo ainda mais importante. “As pessoas precisam entender a importância do consumo da água. É um assunto muito batido, mas percebemos que o hábito de se hidratar com água ainda encontra muita resistência. Um corpo hidratado corre muito menos riscos de sofrer com inúmeros problemas”, detalha o médico.

E se você ainda não está convencido disso, o Dr. Aier elencou cinco motivos pelos quais devemos beber água todos os dias:

 

1 - Evita doenças: quando não consumimos a quantidade recomendada, podemos ter quadros de desidratação crônica, que levam ao envelhecimento precoce e podem colaborar com o aparecimento de doenças como as alergias (como a asma), doenças intestinais, enxaqueca e artrite reumatóide.

 

2 - Auxilia no controle da pressão sanguínea: a água tem papel importante na densidade do nosso sangue, quando consumimos pelo menos o mínimo recomendado (2 litros diários), ela se torna um importante regulador da nossa pressão sanguínea.

 

3 - Regula o intestino: ela ajuda na hidratação das fibras alimentares, auxiliando no bom funcionamento do intestino. A não ingestão de água pode levar a prisão de ventre e outras doenças intestinais e metabólicas.

 

4 - Melhora o funcionamento dos rins: a ingestão de água é uma das melhores formas de evitar as temidas pedras nos rins. A ingestão na quantidade indicada facilita o trabalho dos órgãos na excreção de nutrientes desnecessários.

 

5 - Transporta nutrientes: além das outras funções, a água facilita o transporte de nutrientes e algumas vitaminas pelo nosso corpo. A baixa ingestão pode dificultar essa tarefa, evitando que esses nutrientes cheguem de forma adequada a todas as células, deixando-as enfraquecidas.

 

Novembro Azul: urologista fala sobre a importância dos cuidados com os homens com deficiência intelectual

Especialista do CENSA Betim, instituição que tem mais de 56 anos de trajetória no atendimento a pessoas com deficiência intelectual e autismo, Dr. Luiz Antônio alerta que todos os homens acima de 45 anos devem se submeter ao exame preventivo da próstata uma vez ao ano


Novembro Azul foi criado para ajudar na conscientização das pessoas a respeito da necessidade da prevenção e diagnóstico do câncer de próstata. A campanha é realizada anualmente e reforça que a enfermidade é um dos tumores mais comuns no mundo. Mas uma grande preocupação dos especialistas está nas pessoas com deficiência física e intelectual, por isso, o Dr. Luiz Antônio, médico urologista parceiro do CENSA Betim, instituição com 56 anos de história nos cuidados a pessoas com deficiência intelectual e autismo, explica detalhadamente sobre como é feito o atendimento a essas pessoas com estas condições.

De acordo com o médico, os protocolos de prevenção e diagnóstico do câncer de próstata em pessoas com deficiência seguem as diretrizes previstas para o público masculino. “Primeiramente, paciência associada ao respeito, procurando entender o paciente da melhor maneira possível. No CENSA, o trabalho que fazemos é em consonância com a Sociedade Brasileira de Urologia, com exames em homens acima de 40 anos que tem histórico familiar de câncer de próstata e da raça negra. E, no geral, pessoas do sexo masculino com mais de 45 anos de idade”, explica.

Segundo o especialista, os sintomas observados em pessoas com deficiência intelectual, que podem trazer um alerta para responsáveis e cuidadores, estão em questões simples do dia a dia. Por isso, ele lembra dos exames que devem ser feitos sempre. “Geralmente os sintomas observados estão na dificuldade para urinar, retenção urinária, hematúria e frequente infecção urinária. Quanto aos exames, é indicado e necessário fazer o PSAL/PSAT (PSA Livre e PSA Total) e EAS (Exame de urina). É essencial também, se for possível, fazer o ultrassom da pelve com resíduo urinário ou se necessário, biópsia em caso suspeito de câncer de próstata”, indica.


Exame de toque

Questionado sobre o exame de toque, algo ainda visto com certo preconceito por muitos homens, o urologista  que atende os educandos do CENSA Betim lembra que no caso das pessoas com deficiência, a situação não é diferente, e todos os exames são realizados normalmente para a prevenção do tumor. Ele ainda reforça que todos os homens devem se prevenir.  “No caso das pessoas com deficiência, não temos problemas [para a realização dos exames], até porque eles comportam bem. O que faço questão de reforçar é que todos os homens, acima de 45 anos devem se submeter ao exame preventivo da próstata uma vez ao ano. Fazendo isso, fica mais fácil detectar e resolver quaisquer problemas precocemente”, conclui.

 



CENSA Betim - Centro Especializado Nossa Senhora D'Assumpção

Endereço: Rodovia Fernão Dias, Km 494 - S/N | Betim – MG

E-mail: contato@censabetim.com.br

 

Dia mundial de Combate a DPOC

7 dicas práticas de como controlar as crises respiratórias


A doença é uma condição progressiva e pode ser tratada e prevenida, mas não curada¹; ampliar as opções de tratamento da doença são um dos desafios para pacientes com DPOC

 

Doenças respiratórias, como a DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), também conhecida por enfisema, e a asma afetam a qualidade de vida dos pacientes, por produzirem sintomas como tosse crônica, expectoração e falta de ar, que muitas vezes impedem a realização de atividades básicas do dia a dia² ³.

No caso da DPOC o impacto é muito profundo: quatro brasileiros morrem por hora, 96 por dia, 40 mil todos os anos no país4. Estima-se que a doença pulmonar será a terceira maior causa de morte no mundo em 2020 5. A doença é uma condição progressiva e séria que limita o fluxo de ar nos pulmões. Por isso, é grande a importância de discutir amplamente sobre o assunto, conscientizar a população sobre o problema e aumentar o acesso a medicamentos que tratem a condição, visto que o percentual de subdiagnóstico em indivíduos com fatores de risco atendidos na atenção primária ainda é muito elevado (71,4%) 6. Isto resulta no fato que 50% dos pacientes já estão em estágio moderado da doença no momento da definição da doença7.

O diagnóstico precoce através da promoção do conhecimento dos sinais de alerta associado a prevenção, através do investimento na cessação tabágica e o tratamento adequado diminuem as taxas de exacerbação (crises respiratórias onde a falta de ar piora subitamente), podem reduzir os números de internação hospitalar - ainda mais em tempos de pandemia - e a mortalidade, especialmente em pacientes entre 50 a 70 anos de idade. 8

Com esse cenário o médico pneumologista e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora - MG, o Dr. Júlio Abreu lista 7 dicas práticas que pacientes com doenças respiratórias crônicas, como a DPOC, podem seguir para reduzir a frequência dessas crises respiratórias que comumente os afetam:

1. Seguir regularmente o tratamento prescrito; 


2. Vacinar contra gripe anualmente e contra a pneumonia de acordo com a orientação médica; 


3. Realizar atividades físicas regularmente, seguindo plano de orientação médica;
4. Caso seja fumante, parar com o uso do cigarro; 


5. Seguir uma dieta com baixo teor de carboidratos se estiver com sobrepeso ou obeso; 


6. Discutir com seu médico um plano de ação caso haja uma piora dos sintomas; 


7. Procurar um serviço de saúde se não apresentar melhora seguindo o plano de ação proposto no item 6, principalmente se estiver com aumento significativo da falta de ar.


O tratamento ajuda a retardar a progressão da doença, mas a DPOC geralmente piora lentamente com o tempo. Por causa da exposição a fumaças orgânicas (ex. queima de lenha) ou devido ao início precoce do hábito de fumar, uma série de casos de DPOC são diagnosticados em pessoas entre 40 e 50 anos de idade levando a uma perda acelerada da capacidade pulmonar e ocasionando em alto custo sócio econômico, na perda da qualidade e da expectativa de vida¹.

Uma das principais metas no tratamento da DPOC é aumentar a qualidade de vida do paciente e mantê-lo ativo por mais tempo, independentemente da gravidade da doença. Por isso a importância do diagnóstico acurado e do tratamento precoce para retardar a progressão da doença reduzir os riscos de exacerbação e, desta forma, mudar definitivamente o cenário da DPOC no Brasil e no mundo.² ³




Boehringer Ingelheim

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