Considerado o
segundo tipo mais comum da doença que acomete os homens, é superado apenas pelo
câncer de pele
A campanha do Novembro Azul é um movimento mundial,
que teve início na Austrália em 2003 e foi lançada no Brasil em 2011 pelo
Instituto Lado a Lado pela Vida, com o objetivo de chamar a atenção da
sociedade para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata.
É o segundo tipo mais comum da doença em homens,
superado apenas pelo câncer de pele não melanoma. A cada seis indivíduos, um é
portador da doença. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA),
são estimados 65.840 casos novos para 2020, com 15.391 óbitos.
Essa enfermidade não apresenta sintomas em sua fase
inicial, por isso, é de extrema importância que os homens realizem
periodicamente os exames para identificá-la o mais cedo possível. Para
investigar os sinais e sintomas do câncer de próstata é necessário realizar:
- Exame de PSA: Trata-se
de uma análise sanguínea, que mede a quantidade da proteína produzida pela
próstata - Antígeno Prostático Específico (PSA). Os níveis elevados dessa
proteína podem indicar câncer ou doenças benignas da próstata, como a
prostatite.
- Exame de toque retal: O
especialista avalia o tamanho, forma e textura do órgão, além de procurar
eventuais nódulos endurecidos que possam sugerir o câncer de próstata.
Infelizmente, mesmo com diversas campanhas e ações
de conscientização, esse tema de grande relevância ainda é um tabu para muita
gente. Para esclarecer as dúvidas, o urologista Dr. Eduardo Barros, do Hospital
HSANP, explica o que é mito ou verdade:
- É uma doença só de idosos.
MITO. O câncer de próstata costuma aparecer em homens
mais velhos. No entanto, todos devem estar atentos aos fatores de risco e
conversar com o médico para a realização de exames que permitam identificar o
quanto antes a doença, que deve ser investigada a partir dos 45 anos para
aqueles com antecedentes familiares de primeiro grau (pai e irmão) e 50 anos em
homens sem o fator hereditário.
- Sempre apresenta sintomas.
MITO. A doença, geralmente, não apresenta sintomas em
sua fase inicial, por isso, muitos indivíduos recebem o diagnóstico
tardiamente. Não existem sinais e sintomas próprios relacionados ao câncer
de próstata, e, quando relatados, são mais inespecíficos como perda de peso,
dor óssea e muscular, além de poder apresentar sintomas urinários.
- Homens afrodescendentes apresentam maior risco
para o desenvolvimento da doença.
VERDADE. De acordo com estatísticas
médicas, a incidência é 60% maior e a taxa de mortalidade é três vezes mais
alta. No entanto, no Brasil, pela sua grande miscigenação de raças, há uma
dificuldade de observação.
- O aumento da próstata tem relação com o câncer.
MITO. O envelhecimento é um fator de risco inerente a
qualquer homem para o crescimento da próstata. Tal evento é conhecido como
hiperplasia benigna da próstata, doença que pode ser tratada com medicações
orais ou mesmo com cirurgias endoscópicas. No entanto, não há relação
entre o aumento do volume prostático com o risco de desenvolvimento do câncer
de próstata.
- Se um homem da minha família já teve câncer de
próstata, minhas chances de desenvolver são maiores?
VERDADE. O histórico familiar e
genético desempenha um papel importante no risco de um homem desenvolver câncer
de próstata. Quanto maior o grau de parentesco (pai e irmão), maiores são as
chances. Um parente de primeiro grau com a doença duplica a chance. A partir de
dois parentes com a enfermidade, o risco aumenta em cinco vezes. Para quem tem
casos na família, o recomendado pela Sociedade Brasileira de Urologia é
procurar um urologista a partir dos 45 anos.
- A atividade sexual aumenta o risco de desenvolver
a patologia.
MITO. Não há evidências científicas que comprovem a
associação do número de ejaculações com a proteção ou o aumento do risco do
desenvolvimento do câncer de próstata.
- O sedentarismo e obesidade podem aumentar o risco
para o surgimento dessa enfermidade.
VERDADE. A prática de exercícios físicos
aliados a uma alimentação saudável, com peso corporal adequado, são fatores que
influenciam positivamente na redução do desenvolvimento dessa doença, assim
como outras enfermidades.
HSANP
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