Pesquisar no Blog

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Associações de médicos, psicólogos, engenheiros, condutores de veículos e pedestres lançam manifesto aos candidatos às Eleições de 2020

O trânsito é um dos principais fatores de morte não natural no Brasil. Além do alto número de óbitos, os acidentes também causam sequelas que retiram a saúde e a qualidade de vida de milhares de pessoas todos os anos no país. Atentas à necessidade de fortalecer os esforços para a educação no trânsito e a prevenção de acidentes, representações de médicos, psicólogos, engenheiros, condutores de veículos, pedestres, além de associação de assistência à criança deficiente e organizações em prol da valorização da vida lançaram nessa terça-feira (10) um manifesto dirigido aos candidatos às eleições de 2020 - prefeitos e parlamentares - propondo um compromisso público pela vida no trânsito.

O documento, proposto pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET), reúne a chancela de outras 21 instituições de credibilidade reconhecida e importante atuação no cuidado à saúde da população: Associação Médica Brasileira (AMB), Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), Associação Brasileira de Psicologia de Tráfego (ABRAPSIT), Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (ABRACICLO), Associação Brasileira dos Condutores de Ambulância (ABRAMCA) e Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).

Também compõe o rol de signatárias a Associação Brasileira de Pedestres (ABRASPE), Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (ABRAVA), Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos (ABTLP), Associação Nacional de Detrans (AND), Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP), Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), ONG Criança Segura, Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Fórum Nacional dos Conselhos de Trânsito (FOCOTRAN), Fundação Thiago de Moraes Gonzaga, Instituto de Engenharia, Instituto de Tecnologia para o Trânsito Seguro (ITTS), Movimento Não Foi Acidente e Trânsito Amigo.

LEIA O MANIFESTO AQUI

"Toda eleição é uma oportunidade de pensarmos o país que desejamos e estabelecer uma agenda com os temas que merecem atenção e prioridade tanto de gestores quanto de parlamentares nos diversos níveis da federação. Alertar e mobilizar prefeitos e vereadores é essencial para construir avanços e melhorar a vida nas cidades brasileiras", justifica o dr. Antonio Meira Junior, presidente da Abramet. "A preservação da vida é um tema que interessa a todos nós, um objetivo que deve unir toda a sociedade", acrescenta.

A redução dos indicadores de acidentes com vítimas fatais é uma das prioridades na atuação da Abramet, entidade que representa mais de oito mil médicos do tráfego no Brasil. No manifesto, a Abramet propõe aos candidatos que assumam o compromisso de zelar pela vida da população nas vias e rodovias do país.

Plataforma de ação - Apontado com um dos mais violentos do mundo, o trânsito brasileiro compõe um quadro permanente de epidemia, com mortes diárias e alto custo para o sistema de saúde público e privado, conforme mostram alguns números. Para esclarecer os candidatos, o documento informa, entre outros dados, que:

• De 2009 a 2019, estatísticas do Ministério da Saúde registram 1.636.878 vítimas de acidentes de tráfego com ferimentos graves. Em 2017, 35,3 mil pessoas morreram em decorrência de acidentes de transporte terrestre;

• Internações e outros procedimentos médicos realizados com vítimas de acidentes nos serviços da rede pública de saúde custaram cerca de R 3 bilhões na última década.

A entidade destaca que o Brasil não cumpriu a meta estabelecida pelas Nações Unidas para a Primeira Década de Ação pela Segurança no Trânsito, que previa a redução em 50% do número de mortes no trânsito em todo o mundo. E frisa a importância da atuação dos prefeitos e vereadores para a formulação e execução efetiva de políticas públicas eficazes para a promoção da saúde da população e redução dos acidentes nas vias brasileiras.

A Abramet propõe aos candidatos medidas que devem ser apropriadas em seus programas de governo e plataforma de gestão, se eleitos, como: o apoio a políticas públicas de combate a acidentes; a melhoria dos mecanismos de acompanhamento e avaliação dos acidentes de trânsito; a destinação de recursos para ações de educação no trânsito e prevenção a acidentes; a adoção de mecanismos robustos de fiscalização e um maior diálogo coma sociedade.

"Precisamos apostar na conscientização da sociedade e a participação de prefeitos e vereadores é fundamental pra que possamos produzir avanços", diz o presidente da Abramet. Segundo ele, é preciso entendimento e vontade política nos municípios para que os esforços pela preservação da vida no trânsito tenham efetividade.

Legislação eleitoral no contexto pandêmico: democracia x saúde

A pandemia da Covid-19 trouxe inúmeros desafios para a sociedade e as eleições certamente não ficariam de fora das transformações e adaptações. Neste ano atípico, serão escolhidos os representantes municipais de todos os estados do país, o que impôs à Justiça Eleitoral a necessidade de criar procedimentos específicos para que os brasileiros possam ir às urnas com segurança, sem arriscar sua saúde, contraindo o vírus. 

A mudança mais divulgada tem sido a alteração na data da votação: o primeiro turno, que seria no dia 4 de outubro, passou para 15 de novembro; já o segundo turno, nas localidades onde houver, passou de 25 de outubro para 29 de novembro. Com isso, todos os prazos eleitorais previstos foram prorrogados em 42 dias, proporcionalmente ao adiamento da votação. 

Essa prorrogação, aconselhada por especialistas em saúde e que faz parte do Plano de Segurança Sanitária criado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teve como objetivo fazer os brasileiros exercerem seu direito ao voto apenas quando a curva de mortes por coronavírus estivesse mais baixa. A ideia foi eficaz, visto que o número de casos e mortes realmente diminui, todavia, os cuidados básicos não devem ser deixados de lado até o desenvolvimento de uma vacina. 

Outra ação importante decidida pelo TSE para as eleições de 2020 foi a suspensão da identificação por biometria na hora de votar, pois o leitor biométrico não poderia ser higienizado corretamente com frequência, o que aumentaria a possibilidade de infecção. Os horários também foram alterados; agora, os eleitores terão das 7h até às 17h para exercerem seu dever democrático, lembrando que o horário das 7h às 10h foi reservado preferencialmente para eleitores com 60 anos ou mais e demais pessoas que fazem parte do grupo de risco da Covid-19.

Algumas medidas são mais óbvias, como a obrigatoriedade do uso de máscara nos locais de votação, respeitar o distanciamento nas filas de ao menos um metro entre os eleitores e a higienização das mãos com álcool em gel antes e depois do uso da urna, que, infelizmente, não será higienizada após a passagem de cada eleitor. O TSE também recomenda que cada pessoa leve sua própria caneta (da cor preta ou azul) para registrar a assinatura.

Importante ressaltar que os mesários e eleitores que estiverem com sintomas de coronavírus não devem comparecer ao local de votação. A ausência poderá ser justificada posteriormente na Justiça Eleitoral. 

A eleição é o pilar fundamental da democracia, portanto, todas essas adaptações, que garantem mais condições sanitárias para a realização do pleito, são cruciais para conservar nossa sociedade e assegurar a saúde coletiva em meio a uma pandemia sem precedentes.

 



Caroline Cavet - Atuando há mais de 10 anos como advogada, é fundadora do escritório Caroline Cavet Advocacia, que atua nos direitos civil, médico, empresarial e de novas tecnologias. É presidente da Comissão de Juizados Especiais da OAB/PR, membro das Comissões de Inovação e Gestão; do Pacto Global; e da Saúde, ambas da OAB/PR.  Desenvolve pesquisas e escreve sobre responsabilidade civil, direito médico e novas tecnologias. É vice-presidente da Pontos com Amor, associação que promove o desenvolvimento social e a sustentabilidade. Atua também como vogal na Junta Comercial do Paraná e como conselheira no Conselho de Consumidores da Copel. Uma advogada que faz do seu trabalho uma iniciativa transformadora.


Procon-SP constata alta de 2,13% na cesta básica de outubro

O grupo Alimentação foi o que mais contribuiu para a alta no período


O Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP constatou que em outubro o valor da cesta básica paulistana teve alta de 2,13%. Levantamento, feito em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revela que o preço médio no dia 30 de setembro era R 930,19 e passou para R 949,98 em 30 de outubro.

O grupo de alimentação foi o que apresentou maior variação, 2,26%. Higiene Pessoal registrou 1,55% e limpeza, 0,76%. A variação no ano é de 21,15% (base: dezembro/2019).

No mês de outubro, os produtos que mais subiram foram:

Batata (kg) 20,31%

Óleo de soja (900 ml) 12,15%

Frango resfriado inteiro (kg) 9,00%

Arroz (5 kg) 7,62%

Papel Higiênico Fino Branco (com 4 unidades) 5,82%

As maiores quedas foram:

Cebola (kg) -16,74%

Alho (kg) -5,44%

Leite UHT (litro) -4,23%

Farinha de trigo (kg) -3,93

Ovos brancos (dúzia) -3,75

Dos 39 produtos pesquisados, na variação mensal, 21 apresentaram alta e 18 diminuíram de preço.


Veja a pesquisa completa

 


Procon-SP

 

Reforma da Previdência completa um ano e pesquisa aponta que aposentadoria continua sendo preocupação para brasileiros

 O estudo foi desenvolvido pela Onze, primeira PrevTech do Brasil, e mostra que apenas 18% dos entrevistados acreditam que terão uma aposentadoria confortável

 

Neste mês de novembro, a Reforma da Previdência Social completa um ano. As novas regras para a aposentadoria não atingem quem já estava aposentado. Entre as mudanças, homens passam a ter direito à aposentadoria pública a partir dos 65 anos (com pelo menos 20 anos de contribuição), e mulheres, aos 62 (com 15 anos de pagamento, no mínimo). O valor também passou a incluir a média de todo o histórico do trabalhador, levando em conta as remunerações mais baixas.

Um ano depois, o que se viu foi que, mesmo com a Reforma, os gastos previdenciários do governo aumentaram em R 65 bilhões no primeiro semestre de 2020, o que representa um aumento de 23% em relação a igual período do ano passado.

 Fonte: Portal da Transparência


Na outra ponta, muita gente ainda tem dúvidas se terá uma aposentadoria tranquila. Segundo a pesquisa "Estresse Financeiro do Brasileiro", desenvolvida pela Onze, primeira PrevTech do Brasil, apenas 18% dos entrevistados acreditam que terão uma aposentadoria confortável. O estudo ouviu 5.058 pessoas com idades entre 18 e 32 anos e moradores de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O mesmo estudo mostra que 73% dos entrevistados acreditam que a Reforma da Previdência reduziu as chances para a aposentadoria. Porém, apenas 39% está investindo e poupando para garantir o conforto para quando for preciso parar de trabalhar.

"A necessidade de uma nova reforma é bastante provável. Esse diagnóstico é consolidado no meio financeiro devido a tendência demográfica do país e dinâmica fiscal. O tempo para isso é incerto, mas estima-se que entre 5 a 15 anos teremos uma nova reforma. Nos próximos 2 anos acredito que esse tema não voltará a ser pauta, pois devemos presenciar discussões sobre outras reformas como a administrativa e tributária", afirma Jonas Chen, diretor de investimentos da Onze.

De fato: apenas 13% das pessoas que responderam à pesquisa acreditam que não haverá uma nova reforma antes deles se aposentarem.

Entre os brasileiros que estão se preparando para o futuro, há uma parcela que resolveu investir na previdência privada. De acordo com a Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência e Vida), o número de investidores na Previdência Privada Aberta continua crescendo: chegou a 13,5 milhões de investidores no final de 2019, o que representa um aumento de 400 mil novos investidores em relação ao mesmo período de 2018.

Por outro lado, a pandemia trouxe consequências alarmantes, gerando o aumento do desemprego, que já atinge quase 14% da população economicamente ativa (ou 13 milhões de pessoas), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Resultado: os resgates dos fundos de previdência privada no primeiro semestre deste ano bateram recorde, com R 40 bilhões. O volume representa um aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2019. Os dados são da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi).

Outros fatores podem também estar relacionados ao aumento de resgates da previdência, como o fraco desempenho dos investimentos oferecidos pelos 5 maiores bancos - onde estão 90% dos R 950 bilhões investidos hoje em previdência privada no país.

Outro levantamento da Onze traz um dado interessante. Foram reunidos os 10 fundos de renda fixa e os 10 multimercado que pior performaram em 12 meses (de agosto de 2019 a agosto de 2020). Foram analisados apenas fundos que cobram, no mínimo, 1% de taxa de administração e que têm ao menos R 20 milhões em patrimônio. Juntos, os esses fundos de previdência têm cerca de R 17 bilhões de patrimônio líquido e pertencem aos 5 maiores bancos do país (Caixa, Santander, Bradesco, Itaú e Banco do Brasil). Segundo o levantamento, os piores fundos de renda fixa renderam menos de 1,6% em 12 meses, ou 40% do CDI, enquanto que os piores fundos multimercado tiveram um rendimento ainda pior: abaixo de 1,3%, ou 33% do CDI no período.

"Uma instituição financeira que tenha taxa de administração de 3% precisa entregar 250% do CDI para ter rendimento final de 100% do CDI para o cliente", afirma Jonas Chen.



Governo federal lança a Retomada do Turismo

Liderada pelo Ministério do Turismo, iniciativa promove o retorno seguro e gradual do turismo em parceria com instituições públicas, privadas e terceiro setor


O governo federal lançou, na terça-feira (10.11), a Retomada do Turismo, aliança nacional que, com segurança e responsabilidade, busca acelerar a recuperação do setor e reduzir o impacto socioeconômico da Covid-19 após a paralisação das atividades. Em cerimônia no Palácio do Planalto, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, lançou ainda a campanha “Viaje com responsabilidade e redescubra o Brasil”.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, ao citar os impactos da pandemia no setor, destacou o empenho do governo federal em socorrer a cadeia produtiva que atua no segmento. “A economia é vital. Quando se destrói um setor todos sofrem. Temos que buscar mudanças. Temos como mudar o destino do Brasil”, declarou o presidente.

Liderada pelo Ministério do Turismo, a Retomada do Turismo é uma aliança do setor que reúne esforços dos setores público e privado, terceiro setor e Sistema S para que o turismo retome plenamente as atividades de maneira gradual e planejada, voltando a gerar emprego e renda no país.

“Nós podemos afirmar que o turismo brasileiro está preparado para recebê-lo. Procure os estabelecimentos que contenham o Selo Turismo Responsável. São mais de 23 mil estabelecimentos em todo o Brasil obedecendo os protocolos de biossegurança e demonstrando que se preocupam verdadeiramente com a saúde do turista e com o desenvolvimento econômico do país”, destacou o ministro do Turismo ao se dirigir aos turistas brasileiros.

O presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA Brasil), Marco Ferraz, em nome do trade turístico, agradeceu o apoio do governo federal e a liderança para a retomada das atividades. “Agradeço as medidas tomadas que nos ajudaram em um momento tão difícil. Hoje vamos assinar um documento feito a muitas mãos e tentamos retomar o nosso turismo. Já vemos aviões voando e hotéis cheios em finais de semana. Temos um caminho grande a ser percorrido”, destacou.

Durante a cerimônia, o ministro Marcelo Álvaro Antônio assinou portaria ministerial que institui os eixos de atuação e os parâmetros para o desenvolvimento de programas, projetos e ações para a Retomada do Turismo.


REPRESENTATIVIDADE - O setor de turismo responde por cerca de 8,1% do PIB e emprega cerca de 7 milhões de pessoas direta e indiretamente no Brasil. As restrições impostas pela pandemia de Covid-19 fizeram com que milhares de brasileiros cancelassem suas viagens, colocando em risco a sobrevivência do setor e o emprego de quem tira da atividade o seu sustento.

No primeiro semestre de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado, a Receita Cambial Turística acumulou queda de 37,2%; o saldo entre contratações e demissões na economia do turismo foi negativo em 364.044 postos de trabalho formais; e o faturamento das atividades turísticas, medido pela Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, teve retração de 37,9%. Agora, o turismo brasileiro se organiza para viver sua retomada de maneira consistente e segura, contribuindo para a recuperação econômica do país.


RETOMADA DO TURISMO - A iniciativa reúne um conjunto de programas, projetos e ações que buscam resultados efetivos até 31 de julho do próximo ano. As ações são organizadas em quatro eixos: preservação de empresas e empregos no setor de turismo; melhoria da estrutura e da qualificação de destinos; implantação dos protocolos de biossegurança; e promoção e incentivo às viagens.

As ações vão desde o reforço na concessão de linhas de crédito para capitalizar empresas do setor e preservar empregos, até realização de obras de melhoria da infraestrutura dos destinos turísticos. Também estão previstas ações de qualificação dos trabalhadores e prestadores de serviços tanto na oferta de cursos para a adoção aos protocolos sanitários que garantam segurança para turistas e trabalhadores do segmento, quanto para melhoria de atendimento, considerando as tendências do mercado.

Para promover a Retomada do Turismo, a campanha “Viaje com responsabilidade e redescubra o Brasil” começa a ser veiculada em todo o país e conta com uma série de vídeos voltada à promoção dos destinos turísticos brasileiros. Serão veiculados materiais específicos de cada estado do país, além do Distrito Federal.


PARTICIPAÇÃO - A adesão à aliança Retomada do Turismo já conta com 32 entidades nacionais ligadas à cadeia produtiva do turismo (conheça AQUI todas elas). Dentro deste planejamento, cada instituição possui uma atribuição voltada para o retorno das atividades turísticas no país, apoiando, por exemplo, a promoção das campanhas lançadas pelo governo federal.

Entre as atividades desenvolvidas pelos órgãos públicos, entidades do terceiro setor e Sistema S estão incentivar a adoção do “Selo Turismo Responsável” e demais protocolos de biossegurança contra a Covid-19 pelos prestadores de serviços turísticos, turistas e comunidades receptoras, bem como difundir informações sobre linhas de crédito disponíveis, por meio do Fundo Geral do Turismo (Fungetur).


Já as empresas privadas, além de aderirem aos protocolos de biossegurança e aperfeiçoarem os seus produtos e serviços à realidade pós-pandemia, devem fornecer orientações aos turistas quanto ao cumprimento dos protocolos estabelecidos em seus estabelecimentos, incentivando a conduta responsável de cada cidadão.

As instituições públicas e privadas também devem incentivar as viagens pelo Brasil, em especial as viagens a lazer, de forma responsável e segura; definir medidas para a retomada do turismo de negócios e eventos, como feiras e congressos e convenções, que também já se prepara para retornar; e adotar medidas para melhor distribuição de turistas pelo país, priorizando o turismo em áreas naturais – visto que é uma tendência mundial no cenário pós-Covid-19.

Cabe registrar que todos os brasileiros podem participar deste movimento. Quem se prepara para viajar e aqueles moram em destinos turísticos podem, desde já, adotar condutas responsáveis e cumprir os protocolos de biossegurança, detalhados no Guia do Viajante Responsável, desenvolvido pelo Movimento Supera Turismo Brasil – que reúne entidades representativas do setor de viagens e turismo –, em parceria com o Ministério do Turismo. Clique AQUI e saiba mais sobre como você, sua empresa ou instituições pode participar.


AÇÕES JÁ REALIZADAS – Enquanto os turistas tiveram que dar uma pausa nas viagens, o Ministério do Turismo lançou um tripé de ações para proteger o setor. A primeira delas foi focada na manutenção dos postos de trabalho, por meio do pagamento de auxílio emergencial, da flexibilização da jornada de trabalho e suspensão temporária do contrato de trabalho (MP 936/2020). O governo também atuou em defesa dos direitos do consumidor e impedimento de falência em massa das empresas do setor do turismo (MP 948/2020), estabelecendo regras para cancelamento e remarcação de reservas tanto no turismo como na cultura. E, ainda, criou a campanha “Não cancele, remarque”, indicando o site consumidor.gov.br para conciliação.


Por fim, o Ministério do Turismo disponibilizou o crédito histórico para o setor na ordem de R$ 5 bilhões, com condições especiais, com foco no capital de giro das empresas (MP 963/2020). Estes recursos do Fungetur deram fôlego ao setor e garantiram o funcionamento das empresas neste período, preservando mais de 26 mil empregos.

Concluída a etapa de preservação do setor, o Ministério do Turismo iniciou um planejamento para a retomada das atividades turísticas no país. O Brasil foi um dos 10 primeiros países no mundo a estabelecer protocolos de biossegurança específicos para a volta em segurança de 15 atividades do setor, por meio do Selo Turismo Responsável, que já conta com mais de 23 mil adesões. Agora, a Retomada do Turismo é mais uma ação para apoiar o setor e permitir que os brasileiros redescubram o Brasil com segurança e responsabilidade.


52% dos consumidores utilizam Programas de Pontos de Acúmulo, uma grande oportunidade para os varejistas

Estudo da SBVC mostra que 52% dos consumidores utilizam Programas de Pontos- Acúmulo nas compras em lojas físicas. Em contrapartida, somente 17% das empresas oferecem esse tipo de iniciativa promocional


Ferramentas de alavancas promocionais, que proporcionam fidelização do consumidor, vêm apresentando uma grande expansão, um movimento que foi impulsionado no pós-Covid. De acordo com o estudo “Alavancas Promocionais – na visão das empresas e dos consumidores”, desenvolvido pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) em parceria com a Toluna, fornecedora líder de insights do consumidor sob demanda, a adoção de ferramentas promocionais foi acelerada pela pandemia: 72% dos consumidores afirmam ter aumentado o uso desse tipo de ferramenta em suas compras online e lojas físicas. 

Descontos/ Promoções (63%), Programa de Pontos - Acúmulo (52%) e Cashback (48%) são as principais iniciativas promocionais utilizadas pelo consumidor. Por outro lado, as empresas varejistas ainda precisam lidar com esses efeitos do coronavírus, e que alteraram o perfil desse consumidor, apenas 17% oferecem Programa de Pontos - Acúmulo, e nenhuma empresa (0%) oferece Cashback.  Para Descontos/ Promoções as empresas são dominantes, 94% delas oferecem. 

“O Covid-19 acelerou a transformação digital do varejo e a adoção de novos hábitos pelos consumidores, é importante as empresas entenderem os consumidores e se conectarem com novo hábitos”, afirma Eduardo Terra, Presidente da SBVC. 

O estudo fez uma radiografia das principais alavancas promocionais que são utilizadas por consumidores e empresas do setor, mostrando que ganharam espaço na fidelização desses consumidores. Para as lojas físicas, 71% das empresas afirmam crescimento de sua base de consumidores fiéis em mais de 5% com Programas de Pontos da loja. Equiparados a loja online, Frete Grátis ganhou 43% de sua base de consumidores fiéis em mais de 5%.

 

O estudo mostra que a ferramenta Cashback (21%) em compras online é a mais utilizada pelos consumidores, e somente 7% das empresas oferecem esse tipo de serviço. Uma boa oportunidade para empresas do setor captarem novos clientes e fidelizá-los. 

O estudo ainda verificou que 80% dos consumidores concordam com a afirmação: “As ferramentas citadas fazem com que eu compre novamente com essa loja/ marca.”, ou seja, a compra recorrente com a loja/ marca é maior quando há o uso de iniciativas promocionais. E 75% concordam com a afirmação: “A combinação de mais ferramentas resultaria no aumento de minhas compras online.”.

 

Metodologia 

O estudo ouviu os mais importantes segmentos do varejo nacional, entre eles Eletromóveis, Materiais de construção, Supermercados, Drogarias e Perfumarias, Foodservice, Lojas de departamento, Moda e Calçados, e outros segmentos em uma amostra composta, na maioria, por grandes varejistas, com faturamento acima de R$ 1 bilhão anual. Também foram entrevistados 1018 consumidores em todo o País, dos quais 90% compram online e 10% realizaram suas primeiras compras durante o período de isolamento social.

 


Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC)

www.sbvc.com.br

http://sbvc.com.br/estudo-alavancas-promocionais-sbvc-2020


Justiça de Campinas extingue cobrança de aluguel, condomínio e encargos de lojista de shopping no período da pandemia

Pedido foi feito por um comércio de bijuteria que ficou fechado por quatro meses

 

Sentença proferida pela da 2ª Vara Cível de Campinas extinguiu a cobrança de quatro meses de taxa de alugueres, condomínio e demais encargos de um lojista de comércio de bijuterias em um shopping de Campinas (SP). Na decisão (processo 1002265-02.2020.8.26.0084), o Magistrado Egon Barros de Paula Araújo também fixou em 7% o pagamento atual do aluguel sobre o faturamento mensal, até que a empresa recomponha financeiramente seu caixa e atinja 70% de seu faturamento normal. A decisão foi tomada com base nos prejuízos provocados pela pandemia da Covid-19, com o estabelecimento fechado por cinco meses, sem receitas. 

Na ação impetrada em defesa do cliente, o advogado Gustavo Maggioni, do escritório E. Faigle & Maggioni Advogados, de Campinas, alegou que o estabelecimento localizado no shopping, por não se enquadrar em serviços “essenciais”, ficou fechado desde o início da pandemia e sem nenhum faturamento. Além das despesas com o empreendimento, teve de arcar com custos de funcionários no período, fatores que provocaram grande desequilíbrio financeiro do cliente.

Em sua sentença, o juiz julgou procedente os pedidos para declarar a inexigibilidade dos alugueres e demais encargos contratuais previstos no instrumento contratual firmado entre as partes, no que tange ao período em que o shopping center esteve fechado em virtude da pandemia. 

O Juiz também determinou, na sentença (ainda passível de recurso), “que o Fundo de Promoção seja calculado e cobrado de modo proporcional a redução no faturamento mensal da Autora; e o 13º aluguel deve ser cobrado utilizando-se como parâmetro a média de faturamento da operação da requerente, excluindo-se do referido cálculo, os meses em que o shopping center esteve fechado e foi impossibilitado o acesso da Autora ao referido estabelecimento, observando que tais parâmetros deverão ser utilizados para cálculo até que seja alcançado 70% do faturamento normal da Autora ou seja decretado o fim da pandemia ou do estado de calamidade publica, o que ocorrer primeiro”. 

Para o advogado Gustavo Maggioni, a decisão é importante, uma vez que os lojistas estabelecidos dentro de shoppings centers sofreram severamente com o isolamento social e a paralisação das atividades por quase cinco meses. “Além disso, os shoppings continuam com restrições de capacidade de atendimento, apesar de abertos”, lembra.


Brasil exporta 4,1 milhões de sacas de café e bate novo recorde histórico para o mês de outubro


·         Volume em outubro foi 11,5% maior do que o mesmo mês em 2019

·         No ano civil (jan-out), Brasil exportou 35 milhões de sacas de café, o melhor resultado histórico para o período

·         País também demonstra ótimo desempenho nos valores de receita cambial gerada no ano civil - em dólares (US$ 4,4 bilhões) e na conversão em reais (R$ 22,7 bilhões)

 

Em outubro, o Brasil exportou 4,1 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. O volume embarcado registrou um aumento de 11,5% em relação a outubro de 2019 e se destaca como um novo recorde em exportações do produto para o mês e o segundo maior embarque mensal deste ano. Os dados são do Cecafé - Conselho dos Exportadores de Café do Brasil. 

No décimo mês deste ano, a receita cambial gerada pelos embarques foi de US$ 509,6 milhões, aumento de 8,5% em relação a outubro do ano passado. Na conversão em reais, o valor atingiu R$ 2,9 bilhões, a maior receita dos últimos cinco anos, com crescimento de 49,4% em relação ao mês de 2019. Já o preço médio da saca de café no mês foi de US$ 124,52. 

Com relação as variedades embarcadas no mês, o café arábica representou 81,4% do volume total exportado, equivalente a 3,3 milhões de sacas. O café conilon (robusta) atingiu a participação de 11,5%, com o embarque de 471,8 mil sacas e o café solúvel representou 7,1% das exportações, com 288,4 mil sacas exportadas. Entre as variedades, o café arábica se destacou pelo aumento de 12,4% nas vendas em comparação a outubro de 2019 e o conilon apresentou crescimento de 31,4%. 

"As exportações de café no mês de outubro tiveram ótima performance, destacando-se historicamente como o melhor resultado para o mês. Com embarques acima de 4 milhões de sacas, pelo segundo mês consecutivo, o país obteve um desempenho histórico inédito que culminou no melhor resultado no 5º bimestre, com o volume acumulado no período (set/out) de 8,3 milhões de sacas e as expectativas são da manutenção desses volumes nos próximos dois meses” afirma Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé. 

“Esse resultado significa uma relevante injeção de reais para o agronegócio café brasileiro, bem como confirma a tendência de expansão de seu market-share, atendendo com excelência, qualidade e sustentabilidade os 122 países de destinos importadores e, principalmente, destacando-se na capacidade do país em suprir a forte iniciativa de cafés arábicas certificados, junto à Bolsa de Café de Nova Iorque”. 

Para Carvalhaes, “é importante enfatizar que apesar do cenário desafiador que vem se apresentando desde março deste ano, com o advento da Covid-19, a cadeia do agronegócio café do Brasil continuou se mostrando consistente, segura, com alta qualidade e sustentabilidade, lembrando que a saúde de todos os colaboradores faz parte e é fundamental na responsabilidade social do setor. As questões de logística, como falta de contêineres no porto e espaço nas embarcações, estão se normalizando aos poucos e com as correções que se procedem após o fechamento, o mês de outubro tende a se destacar ainda mais e se tornar recorde nas exportações para um único mês”, explica.

 

Ano civil 

Mesmo em um ano atípico, as exportações de café brasileiro no ano civil até o momento (de janeiro a outubro de 2020) são as maiores em termos de volume e receita dos últimos cinco anos. De janeiro a outubro, o Brasil exportou 35 milhões de sacas de café, aumento de 1,9% em relação ao período de janeiro a outubro do ano passado. A receita cambial atingiu US$ 4,4 bilhões, alta de 3%. Em reais, a valor foi equivalente a R$ 22,7 bilhões, crescimento de 35,2%. Vale destacar que, além do volume exportado, a receita cambial deste ano também foi a maior dos últimos cinco anos para o período. Já o preço médio foi de US$ 126,6, aumento de 1% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Entre as variedades embarcadas no ano civil, o café robusta se destaca pelo aumento de 23,4% nas exportações, se comparado ao volume da variedade exportado de janeiro a outubro de 2019. A variedade de café correspondeu a 12% do volume total embarcado no período, equivalente a 4,2 milhões de sacas. Já o café arábica teve participação de 78,4% nas exportações, com 27,5 milhões de sacas, enquanto que o café solúvel correspondeu a 9,5% dos embarques de janeiro a outubro, com 3,3 milhões de sacas.

 

Principais destinos 

No ano civil, os dez principais países consumidores de café brasileiro foram, respectivamente: Estados Unidos, que importaram 6,4 milhões de sacas (18,4% do total embarcado no período); Alemanha, com 5,9 milhões de sacas (16,8%); Bélgica, com 2,9 milhões de sacas (8,2%); Itália, com 2,5 milhões de sacas (7,3%); Japão, com 1,8 milhão de sacas (5,1%); Turquia, com 1,1 milhão de sacas (3,2%); Federação Russa, com 1 milhão de sacas (2,9%); México, com 897 mil sacas (2,6%); Espanha, com 784 mil sacas (2,2%); e Canadá, com 708 mil sacas (2%).

Entres os destinos, a Bélgica se destacou pelo crescimento de 33,5% na compra do produto brasileiro na comparação com o ano passado; a Federação Russa, a Turquia e o México também registraram aumento significativo no consumo do café brasileiro, de 14,3%, 13,1% e 12,8%, respectivamente; enquanto que a Espanha e Alemanha apresentaram crescimento de 7,5% e 3,5%, nesta ordem.

Já entre os continentes e blocos econômicos destacam-se o crescimento de 32,4% nas exportações para os países da América do Sul; 49,3% para a África; 78% para a América Central; 23,8% para os países do BRICS; 22,3% para o Leste Europeu, 8,1% para os países árabes, além do aumento de 38,6% nos embarques para os países produtores de café. Vale destacar também a elevação de 57% nas exportações brasileiras de café verde para países produtores no período, equivalente a 1,8 milhão de sacas.

 

Diferenciados

Da quantidade total de café brasileiro exportado para o mundo no ano civil (jan-out/2020), 6 milhões de sacas, equivalente a 17,2%, foram de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis). Trata-se do segundo maior volume do tipo de café exportado para o período nos últimos cinco anos. A receita cambial gerada com a exportação de cafés diferenciados foi de US$ 980,4 milhões, representando 22,1% do valor total gerado com as exportações neste ano até agora. 

Os principais destinos dos cafés diferenciados, que representam 78,8% dos embarques com diferenciação, foram, respectivamente: EUA, que importaram 1,2 milhão de sacas (20,2% do volume total embarcado no ano civil); Alemanha, com 856,1 mil sacas (14,2%); Bélgica, com 779,3 mil sacas (12,9%); Japão, com 506,6 mil sacas (8,4%); Itália, com 444,5 mil sacas (7,4%); Reino Unido, com 215,1 mil sacas (3,6%); Espanha, com 211,2 mil sacas (3,5%); Suécia, com 187,5 mil sacas (3,1%); Canadá, com 178,7 mil sacas (3%); e Países Baixos, com 152,8 mil sacas (2,5%).

 

Ano-Safra 2020/21 

Nos quatro primeiros meses do Ano-Safra 2020/21 (jul-out), assim como no caso do ano civil e mês de outubro, o Brasil registrou a melhor performance dos últimos cinco anos em termos de volume de café exportado. No período, foram embarcados 15 milhões de sacas de café, crescimento de 8,1% em relação ao mesmo período da safra anterior. As exportações de café arábica de julho a outubro foram de 11,7 milhões de sacas (crescimento de 8,4% em relação a mesma base comparativo de 2019). Já os embarques de café conilon foram de 2,1 milhões de sacas (aumento de 17% em relação ao período da safra passada) e os de solúvel foram de 1,3 milhão. 

Vale destacar também a receita cambial no Ano-Safra até agora, que foi de US$ 1,8 bilhão, alta de 4,9% no período. Na conversão, a receita atingiu o equivalente a R$ 10 bilhões, aumento de 42,6% em relação aos quatro primeiros meses do Ano-Safra 2019/20.

 

Portos

O Porto de Santos segue na liderança da maior parte das exportações no ano civil de 2020, com 77,9% do volume total exportado a partir dele (equivalente a 27,3 milhões de sacas). Em segundo lugar estão os portos do Rio de Janeiro, com 14,7% dos embarques (5,1 milhões de sacas).

 

 

Cecafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil

http://www.cecafe.com.br/

 

Gerenciamento de empresas no setor imobiliário: 3 tendências para o “novo normal”

Mesmo em meio a pandemia causada pelo COVID-19, o mercado imobiliário começa a retomar e respirar com mais tranquilidade. Após anos de gargalo, enfrentados principalmente na recessão de 2014 a 2016, o setor começa a aquecer devido a medidas do governo, ampliação do crédito e taxas mais baixas de juros, como a Selic que está em 2% ao ano, menor patamar desde 1999. Para se ter uma ideia, as vendas no primeiro semestre de 2020 foram as maiores para o período desde 2014. Foram mais de 61.600 imóveis vendidos entre janeiro e junho, o que representa um crescimento de 10,6% em relação aos primeiros seis meses de 2019. O mês de maio foi o melhor desde março de 2015, com 12.707 imóveis vendidos, segundo a Abrainc e a Fipe. 

É necessário verificar se esses imóveis se enquadram em todas as medidas de segurança e legislação. Para garantir a manutenção das operações e eliminação de multas, além de prejuízos financeiros e de reputação da marca, é necessário que imóveis de uso comercial e industrial estejam legalizados nos Órgãos Públicos. É preciso ter uma clara visualização das necessidades de cada imóvel, realizando o estudo de viabilidade do empreendimento, é possível analisar detalhadamente a legislação afim de obter todo o histórico do imóvel perante aos Órgãos Públicos e os próximos passos na legalização da atividade do cliente. 

O mercado imobiliário e as empresas do setor também devem adotar medidas para se enquadrar na cultura e tendências de um “novo normal”. Tudo se torna cada dia mais digital, o home office passou a ser visto com bons olhos, assim como medidas mais flexíveis de trabalho. As pessoas buscam ainda mais relações humanizadas, de qualidade e com o auxílio da tecnologia, por isso tanto as construtoras, consultorias e incorporações devem adotar processos de qualidade interna e com os clientes.

Abaixo, listo três tendências e pontos que o mercado deve se atentar e adotar para o “novo normal”. Confira: 

 

1 - Análise da Regularidade Documental do Imóvel: quem aluga imóveis para instalação de suas atividades deve verificar se o local está com as suas licenças em dia e atendendo todas as exigências legais. É preciso verificar se o projeto está aprovado na prefeitura e possui toda documentação atualizada, como o Habite-se, por exemplo. Além disso, fique atento, com documentos como o Auto de Vistoria do corpo de bombeiros, Projeto aprovado em Prefeitura e se a atividade pretendida é permitida na zona do imóvel. 

 

2 - Utilização da tecnologia: com a revolução tecnológica, torna-se necessário adoção de ferramentas em diversos setores - no setor imobiliário isso não foi diferente. Pensando nisso foi desenvolvido um software pela empresa levando em consideração todas as necessidades do cliente para o gerenciamento dos seus ativos imobiliários próprios e locados, sendo eles Bens de Uso – BDU ou Bens Não de Uso – BNDU. O PropertyDocs permite acesso em tempo real aos imóveis da carteira, além da centralização e facilidade no controle da situação patrimonial de cada imóvel com relatórios e análises gráficas, também permite o controle das pendências e obrigações, assegurando a mitigação de multas e associadas às irregularidades dos imóveis. 

 

3 - Mais humanização e qualidade nos processos internos: com o crescimento do setor e a migração para o digital é necessário garantir a otimização de processos e a agilidade no desenvolvimento de produtos para levar satisfação aos clientes, colaboradores e empresas. A tendência de crescimento do setor é uma realidade, por isso é importante adotar a ISO 9001, um sistema de gestão da qualidade, focado em garantir que o negócio forneça um nível consistente de qualidade aos seus clientes, oferecendo processos e procedimentos bem definidos e regularmente revistos. Esse sistema também se integra aos procedimentos de negócios já presentes e ainda se torna parte da cultura dentro da organização. 

Também é preciso olhar para oito princípios essenciais de negócios, entre eles: foco no cliente, liderança, envolvimento de pessoas, processos de abordagem, abordagem do sistema à gestão, melhoria contínua, abordagem factual para a tomada de decisões e relações mutuamente benéficas com fornecedores. Além disso, é preciso focar na gestão do negócio assim como na gestão das demandas dos clientes. 

 

 

Regis Souza - CEO da Property Management, ,empresa que recebeu o selo de certificação ISO 9001 e que atua no segmento de consultoria e legalização imobiliária. Oferecem aos clientes soluções técnicas e velocidade na legalização de imóveis.


Pesquisa mostra entendimento dos estudantes sobre o ensino a distância na pandemia e visão sobre o futuro do ensino no Brasil

 

Estudo da Minds & Hearts ouve estudantes e mostra que 2/3 estão odiando a experiência. 


Levantamento traz percepções sobre avanços na educação, Enem e cursos complementares


A vivência do ensino durante a pandemia trouxe nova perspectiva sobre a educação para os estudantes brasileiros. A experiência das aulas remotas, no modelo atual, está longe de agradar a maioria deles, evidenciando o anseio dos alunos por profundas mudanças no sistema educacional. Se o ensino a distância (EAD) já era uma realidade para muitos, pais, filhos e professoras precisaram viver uma nova forma de educação. O estudo Expectativas do Ensino no Brasil, da Minds & Hearts, empresa da holding HSR Specialist Researchers, mostra 2/3 dos estudantes estão odiando a experiência.

O levantamento também percebeu que esses alunos passaram a ter novas expectativas com relação ao futuro ensino, como a criação de novos métodos de avaliação, melhor remuneração dos professores, maior interatividade nas aulas, participação dos pais no processo educacional, entre tantos aspectos. Essas percepções ficam evidenciadas na pesquisa que teve como objetivo entender como os alunos veem o ensino nos próximos anos e o que eles mudariam se fossem responsáveis por melhorar a educação do Brasil, bem como estão percebendo as mudanças pelas quais a educação está passando. O estudo foi realizado com 1.099 alunos da rede pública e privada de todo o País, com idade entre 15 e 44 anos.

Uma das principais expectativas - para 60% dos entrevistados - é o desenvolvimento de novos métodos de avaliação dos alunos que não sejam apenas provas convencionais. Mais da metade dos estudantes (60%) também afirma que seria importante se os professores fossem mais valorizados, principalmente pelo pagamento de melhores salários. Para 56%, o caminho está em romper com o modelo mais convencional de aulas, mais interativas, com maior troca de ideias entre alunos e professores. Já para 52%, o ensino deveria contribuir com a conscientização social, promovendo mais ações para combater o racismo de qualquer espécie e esse mesmo percentual respondeu que melhoraria a capacitação dos professores e que integraria o ensino médio às experiências corporativas, aumentando a vivência para escolha de uma profissão.

Os entrevistados também acreditam que a participação dos pais na educação dos filhos, desde o começo dos estudos, pode fazer a diferença no seu desenvolvimento, no seu processo educacional, bem como pode contribuir para ampliar a sua visão de mundo: 82% reforçaram a relevância de acompanhar a vida escolar dos filhos desde o início. Já 85% acreditam que os pais deveriam estimular a leitura na infância e 74% acreditam que os pais deveriam incentivar os filhos a conviverem com diversidade de pessoas e pensamentos

Enem, diploma superior e cursos técnicos - O diploma universitário continua sendo muito valorizado para entrada no mercado de trabalho. Perguntados sobre a sua necessidade, 91% consideram que o diploma universitário é importante ou muito importante para entrada no mercado de trabalho. Somente 4% não acham relevante e 5% são indiferentes. Os alunos de escola pública são os que veem maior diferencial no diploma: 94% contra 84%.

A pesquisa apurou que 62% dos que estão no ensino médio pretendem fazer Enem. (Exame Nacional do Ensino Médio), entre janeiro e fevereiro do ano que vem, sendo que 45% apontaram como principal razão seria poder ter acesso a bolsas de estudos ou programa de financiamento. Fazer parte do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), para ser selecionado por alguma instituição pública, foi a resposta de 31% dos entrevistados. Além disso, 24% afirmaram que iriam fazer somente para ter uma primeira experiência com a prova e não para entrar na faculdade.

A pesquisa Expectativas do Ensino no Brasil ainda verificou a intenção de fazer algum curso complementar (nível técnico) ainda neste ano. Inglês ou outro idioma foi apontado por 45% dos entrevistados. A área de tecnologia e informática/tecnologia da informação é o desejo de 19%, seguida de gestão e negócio (13%) e design (9%). Para o próximo ano, 19% disseram que não pretendem fazer um curso técnico. Dos 81% que disseram sim, 44% também farão outro idioma.

Ensino e a pandemia - A pesquisa também abordou como a pandemia da Covid-19 mudou o ensino de uma hora para outra. O isolamento social impôs muitas adaptações e uma das áreas com maiores mudanças foi a educação. Se o ensino a distância (EAD) já era realidade para alguns, pais, filhos e educadores precisaram viver uma nova forma de educação. O estudo revela que 66% dos estudantes estão odiando a experiência.

Somente 8% das pessoas entrevistadas já estudavam remotamente, enquanto 90% conheciam apenas cursos presenciais. Agora, 47% dos estudantes passaram a ter cursos online, 17% por vídeo-aula, 16% fazem ambas as formas e 3% afirmaram ter aulas tanto online, com professor, quanto presencial. No total, 13% disseram que estão com as atividades educacionais interrompidas. Quando perguntados se estão gostando ou não das aulas online, 66% confessaram que estão odiando ou curtindo quase nada. Interessante perceber que alunos de escolas públicas são os que reclamam menos do sistema remoto.

Bom ou ruim - O estudo também perguntou quais seriam as partes positivas da educação online. Para 29% dos entrevistados o destaque positivo fica por conta dos recursos de tecnologia utilizados. Além disso, didática/metodologia foram apontadas por 16% dos estudantes. Já 14% afirmaram que conseguem se concentrar mais, mesmo percentual dos que destacaram o preparo.

Em contrapartida, quando questionada a parte ruim, ficou evidente que as aulas online deixam a desejar. Para 45% dos pesquisados, esse modelo faz com que aprendam menos. Na opinião de 42%, o problema é a falta de concentração. Ademais, 40% reclamam do excesso de tarefas e 37% sentem falta das aulas práticas, incluindo laboratórios e educação física, entre outros aspectos. Nos casos de 36% dos estudantes, a dificuldade é não conseguir tirar dúvidas.

Na avaliação do aprendizado, 67% revelaram estar aprendendo menos do que antes da pandemia. De acordo com 20% está igual e 9% acreditam que aprenderam mais nesse período. Adicionalmente, o levantamento questionou sobre o modelo ideal de ensino depois da pandemia. Entre os entrevistados, 47% gostariam que não existissem aulas online/EAD e 46% esperam um modelo híbrido, com aulas online e presenciais.

"Todos fomos lançados em um novo patamar, em um novo momento econômico e social e isso não foi diferente para escolas, estudantes, educadores e pais de alunos. Este novo momento deixou ainda mais evidente as fragilidades do sistema educacional e a urgência da realização de mudanças, assim como convida todos os elementos da cadeia educacional a iniciarem um diálogo mais produtivo e transformador com a sociedade. Muitas oportunidades apresentam-se neste novo momento para o setor educacional e deixá-las passar seria interromper uma evolução que está sendo demandada", conclui Naira Maneo, sócia-diretora da Minds & Hearts e responsável pelo estudo.

Metodologia - Para realizar a pesquisa Expectativas do Ensino no Brasil, a Minds & Hearts ouviu, de 13 de setembro a 5 de outubro, 1.099 pessoas, incluindo homens e mulheres, entre 15 e 44 anos, das classes A, B, C e D. Todos são estudantes dos ensinos médio e superior, nas principais capitais e interior do Brasil, abrangendo escolas públicas e privadas e cursos extracurriculares.


Posts mais acessados