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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Como os novos prefeitos e vereadores podem atuar pela conservação da natureza e tornar as cidades mais resilientes e sustentáveis

 Às vésperas do primeiro turno das eleições municipais, estudos mostram que cidades que investem na preservação do meio ambiente têm muito a ganhar nos âmbitos social e econômico

 Foto: Parque Yanweizhou, na cidade de Jinhua, na China, onde existe o encontro de dois grandes rios que provocavam constantes enchentes. Os rios foram renaturalizados, áreas foram transformadas em parques que a população. poderia usufruir e foi possível armazenar água nos períodos chuvosos. O resultado foi potencializado pelo uso de ferramentas como calçamento permeável, teto-verde, praçapiscina e parques alagáveis. (Divulgação)


O primeiro turno das eleições municipais acontece no dia 15 de novembro, com milhares de candidatos aos cargos de prefeito e vereador nas 5.570 cidades do país. No Brasil, a Constituição de 1988 reconheceu os municípios como entes federativos, dando-lhes grande poder de autonomia sobre certos aspectos da vida em sociedade. É o poder público municipal o responsável por tomar decisões referentes, por exemplo, à mobilidade urbana, à ocupação do solo, à educação infantil e fundamental e à proteção do patrimônio histórico-cultural local.

“Todas essas áreas têm em comum o fato de estarem ligadas diretamente à conservação da natureza. Com isso, o Executivo e o Legislativo municipais têm a capacidade de se tornarem grandes condutores de desenvolvimento nas cidades e importantes agentes de transformação na vida de seus moradores”, explica o gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, André Ferretti.

De acordo com ele, as Soluções Baseadas na Natureza (SBN) têm papel relevante nesse cenário, oferecendo oportunidades para melhorar o bem-estar humano, com benefícios econômicos, sociais e ambientais. Um dos pontos primordiais para as cidades brasileiras se tornarem sustentáveis é no ordenamento territorial, por meio do planejamento do uso, parcelamento e ocupação do solo, ajudando-as a evitar as consequências de eventos climáticos extremos.

“A infraestrutura urbana pode contar com áreas naturais como parte do sistema de drenagem. Além disso, a criação de sistemas de produção sustentável de alimentos tem o potencial de amplificar a segurança alimentar da população ao mesmo tempo que pode contribuir para a segurança hídrica. Outra iniciativa que deve ficar no radar de prefeitos e vereadores é a adoção de parques lineares nas margens de rios, de maneira a evitar que enchentes e inundações possam afetar a vida da população de forma negativa, gerando maior segurança frente aos impactos”, diz o especialista. A Fundação Grupo Boticário lançou recentemente um documento sobre Cidades baseadas na Natureza e o uso da infraestrutura natural para a resiliência urbana, com ações que podem ser aplicadas nos municípios e exemplos de sucesso no mundo.


O caso de Nova York

Na década de 1990, a cidade de Nova York enfrentou uma grande crise hídrica e considerou duas alternativas para solucionar o problema. A primeira e mais comum seria a utilização de uma grande obra de engenharia convencional que custaria US$ 5 bilhões e a segunda alternativa, a escolhida, foi utilizar a natureza como parte da solução com um custo de US$ 500 milhões.

Foram compradas terras ao redor das represas para garantir qualidade e quantidade de água para abastecer a cidade. Além disso, foram investidos esforços para sustentabilidade na produção de alimentos em propriedades rurais particulares que estão a até 200 quilômetros de distância, para o fortalecimento do cinturão verde por meio de sistemas integrados e para a intensificação sustentável da agricultura e pecuária. A utilização da natureza como parte da solução foi tão efetiva que o único tratamento de água utilizado na cidade até hoje é o de filtragem, sem necessidade de gastos com bombeamento. Para cada US$ 1 investido na natureza foi possível economizar US$ 7, demonstrando a efetividade dessas iniciativas.

Nova York também investiu em identificar vazamentos nas tubulações centenárias e em materiais educativos para a população e estudantes, para conscientizar sobre a importância da conservação da natureza e do cuidado com o entorno e áreas verdes urbanas. Hoje, a cidade possui um programa chamado PlaNYC, cuja meta é oferecer a cada habitante um espaço público verde a no máximo dez minutos de caminhada de sua casa até 2030.


Áreas rurais

Embora alguns problemas tenham em sua origem o rápido crescimento populacional característico das grandes metrópoles, as médias e pequenas cidades também se beneficiam ao colocarem a natureza no centro de seu planejamento, estejam elas em áreas urbanas ou rurais. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de todos os municípios do Brasil, apenas 49 têm mais de 500 mil habitantes e somente 17 passam de 1 milhão.

Nas áreas rurais, por exemplo, é importante a utilização de técnicas sustentáveis de agricultura, como o plantio direto ou a rotação de culturas, de forma a reduzir a perda de solo por erosão, manter ou até melhorar a fertilidade do solo e evitar problemas como a compactação e até a desertificação. A questão hídrica também é considerada, especialmente em municípios que pertencem a regiões metropolitanas. "Muitas vezes, a mesma bacia hidrográfica que abastece uma cidade grande serve também às menores. Nesse caso, uma população depende uma da outra. O mesmo ocorre com a poluição da água, do solo ou do ar. Não adianta uma cidade cuidar bem das nascentes e rios e ter um grande programa de conservação de solo, se as outras cidades que estão na mesma bacia hidrográfica ou rio acima não conservarem esses recursos também, pois os impactos da erosão e da poluição das águas afeta a todos que estão rio abaixo ou que dependem da água daquela bacia", diz Ferretti.

Outro ponto a ser observado é o saneamento básico. O alto custo para a universalização desse serviço essencial acaba prejudicando os municípios menores, que geralmente não têm orçamento suficiente para arcar com os custos de uma obra de infraestrutura. Sem coleta e tratamento de água e esgoto, muitos dejetos e outros materiais poluentes acabam indo parar nos rios e oceanos, colocando em risco a biodiversidade marinha.

É também nas cidades menores que se localiza boa parte do patrimônio cultural e natural do país, havendo, portanto, a necessidade de que essas prefeituras criem esforços para proteger esses bens. Uma das soluções que os especialistas em conservação costumam defender é a integração dos patrimônios às atividades, como o turismo de natureza, criando uma situação em que a proteção dessas áreas resulte na geração local de emprego e renda.


Educação

Investir em educação é outra ação importante que prefeitos e vereadores devem tomar para construir cidades mais inteligentes. Em 2016, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) publicou o Relatório de Monitoramento da Educação Global. Segundo o documento, numa pesquisa com 119 países, pessoas com mais escolaridade foram mais capazes de identificar fatores ambientais em 58% das nações. Ainda de acordo com o estudo, indivíduos com acesso às ferramentas de comunicação também são mais conscientes, demonstrando a importância da informação e das tecnologias de comunicação na educação ambiental.

“É preciso promover uma integração das crianças com os ambientes, levando os alunos para os espaços públicos, as áreas verdes, conhecer os patrimônios naturais, históricos e culturais da cidade em que eles vivem. Sem conhecimento, não há conservação”, diz Ferretti, ressaltando a importância de os eleitores conhecerem e cobrarem de seus candidatos estratégias e planos de governo que tenham soluções baseadas na natureza entre as ações.

Ele destaca que a ampliação de áreas verdes nas cidades, além de gerar mais opções de lazer e melhorar a qualidade de vida das pessoas, se traduz em maior resiliência diante de eventos climáticos extremos, como tempestades e estiagens, e mais benefícios econômicos para os cofres públicos. Um estudo do Serviço Florestal dos Estados Unidos mostrou que residências em ruas arborizadas adicionava, em média, US$ 9 mil ao preço dos imóveis na cidade de Portland. Num cenário que considera todas as casas em ruas arborizadas, a arrecadação da prefeitura com impostos prediais teria um incremento de US$ 54 milhões por ano.

 

Como fortalecer as cidades por meio da conservação da natureza

 

  • Gestão integrada por bacia hidrográfica: nem sempre a solução para o desafio que o município enfrenta está no próprio município. Muitas vezes, a preservação de áreas naturais no entorno dos mananciais em uma cidade vizinha é o que pode garantir a segurança hídrica em todos os territórios.
  • Integração entre políticas já existentes: já existem diversas leis que regem o ordenamento territorial urbano. As Soluções baseadas na Natureza (SbN) devem ser integradas não somente nas políticas ambientais, mas também nas políticas de ordenamento territorial, mobilidade, saúde e saneamento. Planos diretores devem avaliar as áreas mais vulneráveis da cidade e manter a infraestrutura urbana e a população em uma distância segura das áreas de enchente, por exemplo. O ordenamento territorial em cidades na zona costeira deve considerar os impactos da mudança do clima, como elevação do nível do mar, intrusão salina, enchentes e ressacas mais intensas e frequentes.
  • Inovação: Mecanismos inovadores de gestão do capital natural devem ser estimulados e utilizados, tais como programas de Pagamento por Serviços Ambientais, estímulo a investimentos de Impacto Social e Ambiental, utilização de instrumentos previstos em lei, como o potencial construtivo para a manutenção de áreas verdes em centros urbanos.
  • Proteção e recuperação das áreas de vegetação natural das bacias hidrográficas: com estas ações, é possível adequar e regularizar ambientalmente os imóveis localizados no entorno dos mananciais. Esta regularização, dentre outros benefícios, propiciará ao município uma maior garantia da manutenção dos níveis dos mananciais e redução dos custos com tratamento e distribuição de água à população.
  • Implementar projetos em parceria com o setor privado e a academia: O conceito de SbN é relativamente recente e sua implementação nas áreas urbanas é ainda mais incipiente. A pesquisa sobre a integração das SbN nas áreas urbanas, como parte da infraestrutura, pode trazer argumentos e resultados importantes em relação a essa abordagem multifuncional dos serviços ecossistêmicos.

 


 

Fundação Grupo Boticário


5 dicas para adquirir seguro para o seu carro

Azul Seguros concede dicas para escolher o produto mais adequado às necessidades do motorista


Adquirir um veículo é uma grande conquista, porém como proteção do patrimônio, é importante procurar um seguro adequado ao seu perfil. A contratação de um seguro automotivo oferece proteção ao motorista, carro e até mesmo outras vantagens, como valores reduzidos na manutenção. Mas como escolher o melhor seguro para o seu veículo? O diretor executivo da Azul Seguros, Gilmar Pires, concedeu cinco dicas para auxiliar motoristas nessa escolha.


Procure uma seguradora de confiança

Escolher uma seguradora que ofereça proteção no momento em que você mais precisar, é essencial. Por isso, esse deve ser o primeiro passo: selecionar empresas de confiança e, assim, avaliar seus produtos e coberturas. Para isso, pesquise e converse com o seu Corretor.


Proteção essencial do veículo

Focar na proteção é essencial. Conhecer as coberturas para colisão, furto e roubo, além da proteção de terceiros em caso de acidente, deve ser um dos focos principais nesse momento, ressalta Gilmar. “Saber que o veículo está protegido para diferentes situações é um dos aspectos mais importantes de um seguro automotivo, por isso, converse com o seu Corretor para uma melhor escolha”, explica.


Analisar os serviços opcionais de acordo com a sua necessidade

Opte por serviços que ofereçam apenas o que for realmente útil para você. Para aqueles que dependem do carro diariamente para trabalhar ou exercer seus afazeres, por exemplo, além das coberturas essenciais de proteção ao veículo, é importante pensar também na contratação de um carro reserva, para que em caso de algum sinistro com seu veículo, você possa continuar se deslocando com todo o conforto e comodidade. Já para aqueles que só utilizam o veículo para lazer ou viagens, faz sentido investir em um plano de assistência 24h com uma extensão de guincho mais abrangente.


Seja sincero no momento da contratação

Preencher corretamente a proposta de contratação do seguro é essencial para garantir a indenização em caso de sinistro. Declare exatamente quem é o principal condutor do veículo, o endereço residencial, a finalidade principal de uso do veículo e se tem garagem ou não, pois informações incorretas podem acarretar na negação por parte da seguradora.


Vantagens que vão além do seguro

A Azul Seguros por exemplo, oferece vantagens que vão além da proteção do veículo, como o Cartão de Crédito Porto Seguro. Aderindo ao cartão, o cliente ganha desconto na contratação do Azul Seguro Auto e ainda pode parcelar o valor em até 12 vezes sem juros. Para conhecer os benefícios basta entrar em contato com a seguradora ou Corretor de confiança.

 


Azul Seguros 

 

Urbanismo que abre caminhos: como tornar uma cidade inteligente

Dentro da área de Arquitetura e Urbanismo, quando falamos em projeto, é comum pensar no começo de algo, em um início do zero. Mas, quando isso entra no âmbito das cidades e do planejamento público, a reformulação e adaptação podem ser a chave que abrirá portas para a mobilidade e o bem-estar da população, critérios essenciais em uma smart city.

A Frost and Sullivan, uma empresa de pesquisa de mercado, prevê que, até 2025, o mundo terá, pelo menos, 26 grandes cidades inteligentes. E o impacto desses posicionamentos deve se refletir em outras metrópoles, que também precisarão se adaptar para melhorar o padrão e a qualidade de vida de suas populações. Para isso, o segredo é básico e único, mas, muitas vezes, foge da pauta de quem pensa em iniciar esse projeto: humanização. 

Estratégias que transformem o espaço público e comum, por exemplo, são uma maneira de envolver todos os públicos da cidade com uma só ação. Uma das iniciativas interessantes para ajudar os gestores públicos nessa tarefa é a ferramenta gratuita Parques para Todas e Todos, do Instituto Semeia e do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS). A proposta reúne informações e sugestões para promover a inclusão no espaço público. 

Outros aspectos do Urbanismo que transformam uma metrópole são a locomoção e a mobilidade urbana. Ainda tabu e muito controversa, a dinâmica de organização entre pedestres, ciclistas e motoristas é uma questão que, se analisada de forma inteligente, pode solucionar problemas em diversas áreas. Em Seul, por exemplo, a cidade optou por demolir sua auto estrada, que ficava sobre o rio Cheonggyecheon, por onde transitavam, aproximadamente, 160 mil veículos, e construir um parque no lugar. A mudança reduziu a poluição sonora e a temperatura ao redor do local e ainda proporcionou um novo espaço de lazer para os cidadãos. 

Com uma ideia menos futurista, distante daquela que imagina cidades com carros voadores, máquinas por todo lado e robôs exercendo todas as funções, o contato com a população e o conhecimento sobre os pontos de melhoria de cada lugar são critérios diretamente envolvidos com o desenvolvimento de uma cidade inteligente. O real segredo de como o Urbanismo e a gestão pública podem transformar uma cidade é a participação de quem irá desfrutar das melhorias. Para isso, a tecnologia é o melhor caminho, mas sempre aliada à mente pensante do ser humano. 

 

 

Fabrício Ormeneze Zanini - diretor-presidente do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI)


Você conhece a Geração C? Estudo inédito revela o comportamento dessa nova geração unida por conexão, curadoria, criatividade e comunidade

Estudo global da FleishmanHillard apurou que 71% deles estão mais propensos a recomendar uma empresa, em vez da taxa média de 45%, e para 32% deles é importante o CEO tomar uma posição sobre as questões relacionadas à desigualdade racial

 

Pela primeira vez na história temos uma geração conectada pelo comportamento de vida e mentalidade e não pela faixa etária: Geração C. Conexão, curadoria, criatividade e comunidade esses são os 4 C’s que unem essa geração, de acordo com o relatório "Gen C: Nova Sensatez Virtual", estudo inédito realizado pela FleishmanHillard, agência global líder em Relações Públicas. O levantamento explora uma nova mudança cultural e traz percepções sobre como nossos comportamentos e expectativas de marca estão se transformando em meio à pandemia e devem permanecer no pós-covid.

Neste cenário 73% dos entrevistados dizem que a pandemia mudou a forma como eles veem o mundo, 52% pretendem que as mudanças em seus comportamentos de compra continuem quando a pandemia acabar, 39% estão se exercitando mais e 26% pararam de comprar delivery não saudáveis. 



Geração C e o relacionamento com as marcas 

A mudança de onde e como socializar, divertir, comprar e consumir está colocando diferentes demandas nas indústrias e continuará fazendo isso. Seja facilitando novos hobbies ou ajudando na aquisição de habilidades, as marcas precisam pensar estrategicamente sobre como criar impressões que podem se tornar associações positivas. O levantamento identificou 306% maior valor vitalício em clientes com relacionamento emocional com uma marca; e 71% mais propensos a recomendar uma empresa, em vez da taxa média de 45%.

Digital ou não, a pandemia oferece uma oportunidade de simplesmente pensar fora da caixa. As marcas estão sendo aplaudidas (e vaiadas) sobre se estão atendendo às expectativas de necessidade e união social: 62% das pessoas consideram como uma empresa se comporta ao responder a questões de raça ou gênero antes de comprar produtos e 32% dizem que é importante para o CEO tomar uma posição sobre as questões relacionadas à desigualdade social.

"A Gen C busca conexões autênticas e se envolve em todas as telas e mídias, ou seja, não há uma receita de como alcançá-los. Terão mais chances de conquistar o engajamento autêntico dos consumidores, as marcas que apostarem em amplificar seus valores em torno de inclusão e propósito", informa Alessandro Martineli, diretor geral da FleishmanHillard. 



Comportamento de compra da Geração C 

Com o consumo priorizado de acordo com as necessidades mais básicas, houve o aumento da compra de categorias ter prioridade sobre a compra de marcas. Os consumidores estão comprando ativamente produtos de origem local e artesanais, enquanto apoiam as lojas da comunidade. As categorias de produtos com a maior taxa de teste para novas marcas são: 24% bens embalados e bebidas; 20% produtos de higiene doméstica; 13% alimentos frescos e orgânicos; e 13% produtos de cuidado pessoal.

Nas redes sociais, o relatório identificou que 25% das postagens referentes à compra online durante a pandemia foram relacionadas a problemas com entrega, estoque e disponibilidade. Sobre o comportamento de consumo: 70% continuariam com a frequência de pedidos de delivery pós-pandemia; 33% têm ou planejam apoiar empresas locais durante a pandemia; e 36% utilizaram serviço de entrega ou retirada. 



Prioridades da Geração C 

O levantamento ainda mostra que 16% das pessoas ouvidas planejam jogar menos videogames, passar menos tempo nas redes sociais, consumir menos TV ou filmes e não comprar itens não essenciais online, na contrapartida 20% dizem que planejam assistir a mais cobertura de notícias, mais serviços de streaming e vídeos; 26% planejam continuar socializando com a família; e 40% planejam continuar se exercitando após a pandemia.

No tripé vida, trabalho e sociedade, a Gen C encontrou novas maneiras de viver, eles substituíram sucesso por equilíbrio, mobilidade por mutualidade, consumo por cultura e crescimento por propósito. A pandemia acabará por desaparecer, mas as memórias e emoções em torno de como as marcas agiram durante esse período não desaparecerão facilmente. Confira outros dados desse relatório pelo link http://web.fleishman.com.br/geracao-c.

 

O olhar estratégico para o negócio é essencial para decolar

Desde a escolha do local físico para sua empresa, até a embalagem dos produtos, cuidando de detalhes como; a melhor compra de mercadoria, logística (entrega), custo de produção, lucro, enfim, cada detalhe é importante na constituição do seu negócio, mas atenção, é fundamental alinhar bem o planejamento estratégico.


Você sabe o que é um planejamento estratégico?

É ele que vai “traçar” a evolução de sua empresa ou negócio, objetivando etapas e desenvolvendo oportunidades para que seu produto ou serviço seja reconhecido e consiga ter um espaço no mercado de forma sólida e constante.

Ter um olhar estratégico faz toda diferença na conclusão de cada etapa, porque ele antecipará situações que poderão impedir você de tomar decisões equivocadas ou erradas na condução de seu projeto.

 Não importa o tamanho de seu empreendimento, seja vendendo um cachorro quente, pipoca de diversos sabores, sanduiche gourmet, roupas, bijuterias, peças exclusivas, carros de luxo, cada um deles merece um olhar direcionado para que seu projeto prospere!

Atenção e cuidado respeitando todos detalhes é essencial, não importa o tamanho de sua empresa, ideia ou projeto, pois, muitas vezes as ideias que menos esperamos se transformam em uma grande oportunidade de negócios.

Foco, determinação, planejamento e estratégia, irão compor os passos para seu sucesso.

Se reconhecer dentro de seu projeto, auxiliará muito, pois, sua intuição e olhar atento a cada detalhe farão toda diferença, e todos saberão o que você deseja em seus produtos e/ou serviços mantendo sua verdade, feeling e foco.


Não se esqueça:

Tenha sempre um olhar estratégico conquistando a cada dia uma etapa do seu sucesso!

 


Conceiyção Montserrat - CEO da Montserrat Consultoria, empresa especializada em gestão e desenvolvimento de negócios.

 

Até quando a mulher, vítima de estupro, será humilhada no Brasil?

Nos últimos dias, a sociedade foi surpreendida por mais uma violência sofrida por uma mulher no Brasil. Desta vez, a agressão foi no ambiente de um tribunal virtual. O caso da influencer Mariana Ferrer ganhou as páginas dos principais veículos de comunicação, após o portal The Intercept Brasil revelar vídeo de audiência, no qual o advogado Claudio Gastão Filho, que defende o empresário André Camargo Aranha, acusado do crime de estupro contra a influencer em 2018 em Santa Catarina, tratou com agressividade a vítima durante o julgamento virtual. Os ataques ocorreram sem intervenções incisivas dos outros participantes da audiência, como o juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis. 

Nas imagens publicadas pelo portal, o advogado, de forma agressiva, ataca a vítima dizendo que as imagens publicadas pela influenciadora nas redes sociais, segundo sua opinião, estariam em posições ‘ginecológicas’. E diz mais: “peço a Deus que meu filho não encontre uma mulher que nem você”. “Mariana, vamos ser sinceros, fala a verdade. Tu trabalhava no café, perdeu o emprego, está com aluguel atrasado há sete meses, era uma desconhecida. Vive disso. Isso é seu ganha pão né Mariana? É o seu ganha pão a desgraça dos outros. Manipular essa história de virgem”. 

Além da agressão moral contra a vítima, este caso ganhou repercussão nacional porque o réu foi absolvido e ao noticiar todo este imbróglio, o portal The Intercept Brasil rotulou a decisão judicial como "estupro culposo". 

Importante esclarecer, então, que o réu não foi absolvido por estupro culposo. Na verdade, o Ministério Público entendeu que não haviam provas suficientes de que ele teria como saber que ela não poderia naquele momento responder por seus atos. Ou seja, ele não teve como perceber que ela estava bêbada ou drogada ao ponto de estar incapacitada de responder se queria ou não o sexo. O juiz entendeu, por isso, que o réu agiu com culpa e não dolo. E por não haver modalidade de culpa no crime de estupro, não poderia condena-lo. Ou seja, como não há estupro culposo, não há punição. Até aí é uma tese, esdrúxula, injusta, mas é uma tese.

Realmente, foi uma infelicidade do portal utilizar essa expressão "estupro culposo". E mais infeliz foi a tese utilizada para absolver o réu. Entretanto, o que chocou toda a sociedade, na verdade, foi o tratamento dado a vítima na audiência, mais uma vez a inversão de valores e a culpabilização da vítima no caso de estupro. 

O que o advogado do acusado fez na audiência foi cruel. Desmedido, desumano. Já não bastasse todo o sofrimento e trauma causado na vítima e seus familiares com o estupro em 2018, durante o processo todo houve a revitimização e a tentativa de culpar a vítima pelo estupro que sofreu. Tratamento que vai contra a Constituição Federal no ponto sobre a dignidade da pessoa humana e contra o tratamento das partes no processo. Como a própria Mariana Ferrer disse na audiência, nem um criminoso condenado seria tratado como ela estava sendo. Chegou ao ponto da influencer ter que implorar por respeito e, ainda assim, não foi atendida. 

Este caso chocou a sociedade pela agressividade e falta de respeito e também pela omissão do juiz e do promotor que ouviram tudo sem dar uma palavra. É dever do magistrado conduzir a audiência e limitar os atos de quem quer que seja. Que o Conselho Federal de Justiça (CJF) faça a Justiça contra essas omissões e não provoque uma insegurança jurídica ainda maior para os casos de estupro pelo Brasil afora.  

Esse caso não pode ser tratado como apenas um caso esporádico. A mulher, na maioria das vezes, já é humilhada na delegacia ao denunciar o estupro sofrido. Roupa curta, excesso de bebida e estar na rua tarde da noite, entre outras ações, não autorizam sexo sem permissão. A mulher jamais pode levar a culpa pelo estupro independentemente das circunstâncias. A lei brasileira que pune o estupro de vulnerável deve ser aplicada e respeitada, principalmente pelos operadores do direito e magistrados, que deviam ser os principais guardiões da Justiça no país. Fica aqui uma questão: Até quando a mulher, vítima de estupro, será humilhada no Brasil?

 


Mayra Vieira Dias - advogada, sócia do escritório Calazans e Vieira Dias, líder local do projeto Justiceiras, membro voluntário do Grupo Mulheres do Brasil e idealizadora do Instagram @advogadacomproposito

 

No STF, maioria entende pela não incidência de ICMS sobre software

Especialista aponta segurança jurídica com decisão que tributa o licenciamento e cessão de direito de uso de software como serviço, com incidência de ISS


O STF formou maioria ontem contra a cobrança de ICMS sobre as operações com software. O julgamento foi suspenso devido a pedido de vista apresentado pelo presidente da Corte, ministro Luiz Fux, mas, como o placar já estava em seis votos contrários à incidência do ICMS, o voto dele não mudará o entendimento. Fux afirmou que colocará o tema novamente em pauta na sessão seguinte à posse de Kassio Nunes Marques, que ocorrerá amanhã.

Em seu voto, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que “nas operações com software, o que se adquire é um pacote de serviços, uma prestação dinâmica.” Cinthia Benvenuto, sócia da Innocenti Advogados e responsável pela área de direito tributário de escritório, explica que o software sempre foi tributado como serviço, pelo ISS, ficando uma pequena parcela reservada aos Estados, restrita tão somente ao seu suporte físico.

“A decisão é extremamente importante. Ela traz segurança jurídica ao setor que, finalmente, tem a confirmação de que o imposto incidente sobre licenciamento e cessão de direito de uso de software é o ISS, não havendo que se falar em circulação de mercadoria. Além disso, mostra que os ministros entenderam a necessidade de se debruçar novamente sobre a questão da tributação do software, já que a realidade que tínhamos em 1998, última vez que o assunto havia sido debatido pela Corte, já não existe mais e era preciso evoluir na discussão”, comemora a tributarista.

Há cerca de dois anos, os estados começaram a tributar a integralidade das operações com software pelo ICMS, que tem uma alíquota bem superior. No entanto, manteve-se o pagamento de ISS para as prefeituras, caracterizando bitributação.

As alíquotas do ISS são mais baixas, de até 5%, enquanto a do ICMS é, em média, de 18%. A advogada esclarece que, quando o STF se pronunciou sobre o assunto, levou em consideração o conceito de software de prateleira, que hoje praticamente não existe mais. “Além disso, trata-se de propriedade intelectual, então não há transferência de propriedade e, consequentemente, circulação de mercadoria, não podendo ser admitir incidência de ICMS”, afirma.

O tema está sendo julgado por meio de duas ADIs, de autoria da CNS (Confederação Nacional dos Serviços), elaboradas a pedido das empresas de software. Elas se somaram a uma ADI mais antiga que foi proposta em 1999 pelo PMDB para contestar a cobrança em Mato Grosso.


Black Friday deverá ter edição recorde em 2020

 Buscas de varejistas por dados alternativos cresceu 40% para vendas no comércio eletrônico, de acordo com levantamento da TransUnion


O próximo 27 de novembro promete ser como nenhum outro. Data já bem conhecida pelos brasileiros por conta das inúmeras promoções do varejo nacional que antecedem o período de compras do Natal, a Black Friday deste ano deverá ter contornos diferentes dos anteriores. Isso porque o cenário atual é de pandemia e de uma lenta retomada da economia.

De acordo com a TransUnion, companhia global de soluções de informação e insights de dados, o comércio online no Brasil deu um salto de quase 40% nas buscas de informações para confirmação cadastral no período de janeiro a agosto de 2020. Em julho, o mês mais movimentado para o e-commerce até agora, o crescimento chegou a 150% sobre julho do ano passado. Os dados fazem parte de um levantamento da companhia e mostram o impacto da pandemia no comportamento do consumidor no país. Em contrapartida, no mesmo período, a busca de dados por empresas do setor de viagens, por exemplo, caiu em ¼ (menos 25%), sendo um dos segmentos mais afetados pela crise, segundo monitoramento da solução ZipOnline, sistema de validação de dados da TransUnion.

“Se o aumento de 150% nas consultas verificado em julho de 2020 sobre julho de 2019 se mantiver, teremos o maior fim de ano do e-commerce de todos os tempos, pelo menos em número de transações”, avalia Geovane Ferrarini Zanetti, head de Analytics & Data Insights da TransUnion. E complementa: “Parte do crescimento das transações até agosto desse ano pode ser explicado pela migração de compras de itens básicos e de supermercado para o comércio eletrônico, mas que podem retornar ao meio físico à medida em que as lojas estão sendo reabertas pelo país. Porém, existe uma tendência do consumidor que comprou online pela primeira vez nos últimos meses, mesmo que reticente a princípio, continuar comprando nas lojas em que teve uma boa jornada de compra, sentindo-se bem atendido e satisfeito. Especialmente na Black Friday, quando os descontos devem ser um grande chamariz”.

A Black Friday trará uma janela de oportunidade para os varejistas recuperarem ou consolidarem os resultados de suas operações em um ano cheio de desafios. Para isso, devem estar preparados para lidar com o novo formato de negócios digitais e com dois perfis de consumidores: aqueles em fase de aprendizado e adaptação ao e-commerce e os já acostumados a este “novo” mundo, muitas vezes com um grau de exigência superior em termos de atendimento e qualidade de produtos. Outros fatores que devem ser levados em consideração são os desafios logísticos, de riscos de perdas com fraudes ou com processos operacionais não estruturados.

Com uma base de milhares de clientes, de diferentes portes e segmentos, buscando dados de consumidores e empresas e tomando decisões a partir das soluções da TransUnion Brasil, a companhia tem observado as mudanças na economia trazidas pela Covid-19. No que diz respeito ao comércio digital, a empresa estima que metade das buscas dos varejistas por dados de consumidores para validação cadastral de novos compradores passa pelas suas soluções.

 

Estímulo financeiro do governo deve ter pouca influência na Black Friday

É relevante a avaliação da companhia de que o movimento recorde online esperado para a Black Friday de 2020 tem pouco a ver com o estímulo gerado pelo governo. Dentre os mais de 65 milhões de brasileiros que receberam o Auxílio Emergencial nos últimos meses, a TransUnion encontrou 36% sem nenhum indicador de atividade econômica formal prévia à pandemia. O mesmo ocorre com os quase 20% que também estão cadastrados no Bolsa Família e que também receberam o Auxílio. Essa parcela de consumidores deve continuar usando o valor do voucher para atender a necessidades básicas e despesas correntes, sobrando pouco para aumentar as despesas de consumo na Black Friday.

Adicionalmente, mais de 8% das pessoas que estavam registradas como trabalhadores na iniciativa privada antes da pandemia receberam o Auxílio Emergencial, o que pode indicar que perderam seus empregos e precisam do Auxílio para manter suas contas em dia, em vez de comprar produtos de consumo na Black Friday, pelo menos enquanto não voltarem ao mercado formal de trabalho.

Por fim, os demais públicos que receberam o Auxílio Emergencial e que são, na sua maioria, microempreendedores, autônomos e informais, provavelmente também tiveram suas fontes de renda reduzidas em 2020 e devem buscar compensar as perdas com o uso dessa verba extra para fazer frente às despesas diárias.

 

Números que falam por si

As compras on-line na Black Friday deste ano poderão ultrapassar os R$3.2bilhões estimados pela EbitNielsen em 2019, se não houver queda significativa do gasto médio do consumidor que foi de R$602. Ainda, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), desde o início da pandemia, mais de 135 mil lojas aderiram às vendas pelo comércio eletrônico para continuar vendendo e mantendo-se no mercado, aumentando o leque de ofertas ao consumidor. A média mensal antes da pandemia era de dez mil lojas por mês. A instituição diz que os setores mais aquecidos na abertura de estabelecimentos virtuais são os de moda, alimentos e serviços. Segundo dados do índice MCC-ENET - desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), as vendas do setor mais que dobraram em junho de 2020. Em comparação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 110,52%, o que corrobora com a previsão da TransUnion Brasil de uma Black Friday com provável edição recorde em 2020.

 

Segurança em primeiro lugar

Com um aumento representativo das transações online, não apenas no Brasil mas no mundo todo, outra preocupação das empresas tem sido o aumento do risco de fraudes e como isso pode impactar seus negócios. Um novo estudo da TransUnion descobriu que o phishing, ou roubo de identidade online, é o principal esquema de fraude digital em todo o mundo neste período de crise, por conta da COVID-19. Entre o total de respondentes da pesquisa que relataram terem sido alvos de golpes digitais em todo o mundo, 27% disseram que foram lesados durante o período de pandemia. No caso específico do Brasil, entre os tipos de fraudes digitais, aquelas que acometem a maior parte dos entrevistados (26%) são o roubo de cartão de crédito e cobranças fraudulentas.

“Uma das preocupações das empresas neste momento é como trabalhar o ambiente digital para manutenção e ampliação de seus negócios, garantindo a satisfação dos clientes sem aumentar a suas perdas com fraudes”, complementa o diretor Marcelo Leal.

Para atuar neste novo cenário, superar os desafios e direcionar os seus negócios para retomada ou mesmo manutenção de crescimento, as empresas devem contar com parceiros e fornecedores confiáveis e com experiência encurtando a curva de aprendizado, compartilhando as melhores práticas de mercado e acelerando o processo de retomada ou consolidação de negócios”.

 


TransUnion

Prevenção à Fraude http://transu.co/6001GFrr3

Marketing Services http://transu.co/6005GFrrf

Informação http://transu.co/6002GFrT0

http://www.transunion.com.br

 

Candidatos não olham para eleitores idosos, alerta especialista

 Doutora em publicidade afirma que, apesar de representar cada vez mais eleitores, terceira idade é excluída das imagens de eleitores ativos



Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que 30 milhões de eleitores são idosos, o que representa 20% do eleitorado, o maior percentual desde 1992. O número de eleitores com 70 anos ou mais pulou de 11,3 milhões para 13,5 milhões, na comparação entre 2016, ano da última eleição municipal, para 2020, quando a população volta às urnas para escolher prefeitos e vereadores. Isso significa um universo de 8.784.004 idosos entre 70 a 79 anos; 4.658.495 idosos de 80 a 99 anos; e ainda 65.589 idosos com mais de 100 anos que estão com as obrigações eleitorais em dia e podem ir às urnas.

Christiane Monteiro Machado, coordenadora do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Positivo (UP), destaca que os eleitores idosos vão aumentar a cada eleição, pois a população brasileira está envelhecendo. “Então por que os candidatos ainda não prestaram atenção a esse público?”, questiona a professora, que defendeu recentemente a tese de doutorado intitulada “Estereótipos e novos retratos do envelhecimento na publicidade - marcas brasileiras e o desafio de criar identificação com o público da terceira idade”, na Universidade Fernando Pessoa, na cidade do Porto, em Portugal. 

“Ao mesmo tempo em que representam uma parcela importante da população, são ainda muito excluídos das imagens de consumidores e eleitores ativos. Ainda mais agora, na pandemia, os idosos são mostrados como coitadinhos, frágeis, não como gente que pensa e escolhe”, analisa. A pesquisadora constatou que as pessoas vão construindo interpretações sobre o envelhecimento desde muito cedo, a partir daquilo que veem e ouvem. “Esse olhar de que ser idoso é ficar recolhido em casa, isolado socialmente, com dificuldade de aceitar novidades e incapacidade de aprender era mais frequente há uns 50 anos. Mais recentemente, quem pesquisa o tema já tem percebido que essa interpretação está mudando. Mas essa mudança é lenta – mais lenta do que a mudança na estrutura demográfica. Teremos uma população envelhecida antes que os preconceitos tenham sido reduzidos significativamente”, lamenta a professora.

Ela chegou à conclusão que a publicidade atua da mesma forma. “Toda mensagem publicitária precisa ser entendida como verdadeira para que as pessoas prestem atenção ao que está sendo dito. Se uma peça de campanha mostra algo que não parece real, toda a mensagem fica comprometida. Então, se as pessoas ainda têm essa visão antiga sobre o envelhecimento, a publicidade acaba repetindo isso, e mostrando, em alguns casos, pessoas idosas de maneira estereotipada e preconceituosa. Além disso, há estudos que dizem que algumas marcas evitam associar suas imagens à de pessoas idosas por medo de parecer “marca de velho”, mesmo que esse seja um segmento importante de consumidores”, especifica a professora, ressaltando que “é preciso um olhar mais consciente por parte dos publicitários e dos anunciantes, para evitar esse 'piloto automático' que mostra idosos dessa maneira tão antiga”. 

A tese de doutorado de Christiane aborda desde questões de contextualização sobre a terceira idade e sobre a publicidade, até uma pesquisa que analisa todas as postagens feitas no Facebook e no Youtube pelas marcas dos 10 maiores anunciantes do Brasil (empresas donas de 244 marcas) ao longo de um ano. Ela verificou que das quase 5 mil mensagens, apenas cerca de 100 tinham idosos

Para o cientista político Francis Ricken, professor da Escola de Direito e Ciências Sociais da Universidade Positivo, apesar de não ser um público homogêneo, mas representar 20% de eleitores, os idosos podem mudar o rumo de uma eleição. “O candidato que se atentar a isso daqui pra frente pode sair em vantagem em relação aos concorrentes, quando criar políticas públicas voltadas a essa população”, explica. Christiane ressalta que, no Brasil, faltam iniciativas públicas e privadas que garantam condições de um envelhecimento de qualidade. “O país ainda engatinha em relação a políticas públicas direcionadas aos idosos. Existem leis e discussões sobre o tema, mas raramente algum avanço prático. Isso também tem relação com a desvalorização da pessoa idosa de forma mais ampla”, finaliza.

 

"Pedagogia de TikTok" vira tendência durante pandemia

Professores adotam plataformas que vão das redes sociais a programas de simulação utilizados pelo MIT para estimular o aprendizado


Quando, em março, as aulas foram suspensas devido à pandemia de Covid-19, o professor Thuann Wueslley Medeiros, que leciona para a 1ª série do Ensino Médio do Colégio Positivo - Joinville, sentiu que precisaria de mais do que apenas a criatividade para despertar o interesse dos alunos nas aulas on-line. Separados por algumas telas de distância, os estudantes tinham à disposição uma infinidade de opções mais atraentes que o conteúdo de Biologia, por mais dedicado que fosse o professor. 

Para ganhar a atenção e, mais que isso, o interesse de sua plateia agora virtual, Medeiros foi buscar na tecnologia e nas redes sociais a inspiração para continuar ensinando os conteúdos em plataformas que os adolescentes já utilizam diariamente para o entretenimento. Com o celular na mão, passou a produzir alguns vídeos sobre biologia para o TikTok. “Hoje em dia chamar a atenção da garotada está se tornando cada vez mais difícil, por isso acredito que explorar as novas tecnologias é super importante para chegar um pouco mais próximo dessa galera e da linguagem que eles estão acostumados a usar”, explica.

Com mais de dois mil seguidores na rede, o professor compartilha conhecimentos usando a estética de vídeo que conquistou os mais jovens por lá. O aplicativo, que tem mais de 100 milhões de usuários, é uma plataforma de vídeos curtos em que os desafios são muito populares.


TikTok para todas as idades

Mas ele não é o único que descobriu no TikTok uma maneira de manter o foco dos estudantes durante a quarentena. Luciane Denise Gualdezi trabalha com Educação Infantil no Colégio Positivo - Master, em Ponta Grossa. Não demorou para que ela entendesse que só teria a participação da turminha, na faixa dos cinco anos, se estivesse onde eles gostavam de estar. Assim, ela também aderiu à plataforma para abordar alguns conteúdos.

Foi com um desafio que a professora conseguiu um engajamento surpreendente da turma. “A aula era sobre óculos e, para ser mais atrativa, eu disse que seriam óculos mágicos. Coloquei os meus e mostrei que, com eles, eu podia estar em um reino de princesas, com os dinossauros ou no Egito antigo. Editei e passei para os alunos, que depois precisavam gravar um vídeo para me mostrar o que eles imaginavam com os óculos deles”, conta.

Outra adepta do TikTok é a professora Vanessa Antunes Marinho Rodrigues, que trabalha com o 1º ano no Colégio Positivo - Jardim Ambiental. “Quando trazemos ferramentas diferentes, proporcionamos uma ampliação da visão dos estudantes. Existem outras formas de vivenciar os conteúdos. Assim, a aula se torna mais atrativa, mais interessante e mais significativa”.


Simulação nível Harvard

Além do aplicativo mais comentado no momento, o professor Medeiros começou a trabalhar com os estudantes utilizando o Labster, uma plataforma on-line que simula situações de laboratório e é usada por instituições de renome internacional como o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e a Universidade de Harvard. “Como a disciplina conta com aulas práticas, foi interessante levar esse cenário virtual aos alunos. Por ser uma forma dinâmica e interativa de aprendizado, eles têm um desafio ainda maior”, explica o professor.

No Labster estão disponíveis conteúdos digitais não apenas da área da Biologia, mas também de Química, Física, Medicina e Engenharia. Dentro dos materiais de simulação da seção de Biologia estão mitose e meiose, hematologia e clonagem molecular. Dessa forma, os estudantes podem ter uma ideia melhor de como os processos biológicos acontecem, fixando o conteúdo com mais facilidade.


Luz, câmera, ação

Por sua vez, o professor Leonardo de Araujo, que leciona para crianças e adolescentes do sexto ao nono ano do Colégio Positivo, lançou mão de um recurso há muito utilizado pela indústria do cinema, o chroma key. De costas para um fundo verde, ele passou a dar aulas não mais na sala de casa, mas em ambientes tão diversos quanto uma caverna, o fundo do mar ou uma metrópole movimentada.

“Os recursos audiovisuais não servem apenas para um fim estético, mas para fazer o olho da criança brilhar enquanto ela está em casa. Servem para que ela se sinta em um ambiente de aprendizado, mesmo que isso saia do físico e vá para a imaginação”, avalia. Além de seu inseparável chroma key, Araujo também adquiriu uma mesa digitalizadora e, com ela, passou a desenhar durante as aulas.


Snap Camera

Sempre que Patricia Zettel começa uma aula, seus alunos do Infantil V do Colégio Positivo - Jardim Ambiental já ficam esperando para ver o que vai aparecer no rosto da professora. Desde que as aulas on-line começaram, ela passou a utilizar regularmente o Snap Camera, aplicativo dos mesmos criadores do Snapchat que permite a aplicação de filtros e outros recursos visuais. “Há alguns dias, eu estava dando uma aula sobre aracnídeos e aí coloquei uma aranha no meu rosto. As crianças acham o máximo, participam muito mais da aula”, conta.

Dedicada a encontrar formas lúdicas de desenvolver os conteúdos e, ao mesmo tempo, tornar mais leve este momento complexo para a Educação, Patricia também usa plataformas de jogos durante as aulas. Ela garante que, depois de um período de adaptação, hoje estão todos habituados a esses recursos. “Dependendo das brincadeiras, posso escutar os pais dando risada junto”, diverte-se.


Vinte mil léguas sem sair de casa

Se a tecnologia é uma ferramenta nova e poderosa para transportar as crianças para outras realidades e garantir um aprendizado mais sólido, a professora Crisleine Nóbrega, que leciona para o 4º ano do Ensino Fundamental, descobriu que a imaginação continua sendo uma aliada tão poderosa quanto. Usando recursos de vídeo, ela decidiu dar suas aulas por meio de viagens virtuais.

Ainda que, neste momento, levar sua turma fisicamente para outros lugares não seja possível, a professora partiu para uma abordagem interdisciplinar que conta com muita imaginação e uma boa pitada de tecnologia. “Eu monto roteiros de avião e consigo englobar muitos conteúdos. Por exemplo, vamos viajar pela tela para observar o relevo do Brasil, então vou colocando as imagens da planície, do planalto, das montanhas. Exploramos os sotaques, os biomas, a história de cada lugar”, explica.

Dessa forma, Crisleine tem conseguido a participação mesmo de alunos que costumavam ser mais quietos nas aulas presenciais. “Eu percebo que algumas crianças, que são muito tímidas na escola, falam bastante no ambiente virtual, se soltam, se expressam e aprenderam muita coisa neste período”.

De todas as experiências, uma conclusão é unanimidade: a pandemia possibilitou uma verdadeira revolução nas aulas desses professores, que agora garantem que vão continuar utilizando esses recursos mesmo depois que ela passar. “Ironicamente, a tecnologia está aí para deixar a aula mais humana”, completa o professor Leonardo. 

 

O turismo brasileiro e a nova forma de hospedar

 

Que a forma de fazer turismo não será mais a mesma nós já sabemos. Agora pensar que o brasileiro conhecido por sua hospitalidade, acolhimento, e também por ser esse povo ‘quente’ e do abraço amigo, ainda está longe de voltar a sua normalidade, coloca em reflexão que o contato e calor humano faz falta para o turismo nacional. 

A hotelaria está passando por um momento de revolução, e que inevitavelmente é o meio mais usado no turismo, mas que acaba sendo o mais afetado em termos de mudanças ou adequações, visto que precisa evitar aglomerações e o contato físico, o que traz uma grande revolução na maneira de hospedar e hospitalizar, mudando a cultura hoteleira. 

Pensando nisso, vale entender como será para o turismo nos denominados ‘meios de hospedagem’, que desenvolvido pelo Ministério do Turismo (Mtur) com o sistema brasileiro de classificação de meios de hospedagem (SBClass) englobando hotel, pousada, resort, hotel fazenda, bed and breakfast ou cama e café, hotel histórico, flat ou apart-hotel, hostel ou albergue, casas de aluguel, guest house, pensão e motel e que se dividem em sete tipos de categorias dependo dos serviços oferecidos. 

Assim, como diz Camargo no livro Hospitalidade: Oportunidades e Desafios. “A Hospitalidade recomenda que o hotel entenda que tem uma dupla tarefa para bem atender ao seu hóspede: propiciar o maior conforto interno possível e o melhor contato possível com a comunidade visitada. Outra contribuição da hospitalidade para a hotelaria é mostrar que o elemento humano é tão ou mais importante que a qualidade da estrutura física. 

Fazendo com que atualmente a grande pergunta seja em como fazer com que os turistas e hóspedes se sintam confortáveis e acolhidos mantendo o distanciamento? Como única resposta, a resiliência de que encontraremos uma nova maneira, que com criatividade aprenderemos um novelo modelo para sobressair desta crise. E com a compreensão de que nenhuma tecnologia ou modernização isoladas irão encantar mais que a experiência humana do hóspede perceber o quão especial ele é para aquele lugar em que ele escolheu se hospedar. 

Grandes áreas como a de Alimentos e Bebidas (A&B) sofrem alterações e adaptações, padrões de segurança, limpeza, tudo se faz necessário para reconquistar a confiança dos turistas, que mesmo com receios já mudaram um pouco ao estarem voltando aos poucos ao que estavam acostumados. Então, mesmo com certa dificuldade ou receio de contato, o atendimento especializado se faz ainda mais essencial agora. 

É a recepção e o atendimento que fará a diferença da concorrência. O mundo inteiro entende que a hospitalidade é a razão da hotelaria, e quem melhor para compreender isso senão os brasileiros, que lá no início, quando surgia este termo, já compreendiam essa maneira de hospitalizar, agradar, fazer o ‘sentir-se em casa’? 

Pois bem, a junção desta grande tecnologia, que fará com que, seu serviço ou produto seja, visto, somado ao jeito ‘abrasileirado’ de servir, fará a nova forma de turismo. Conforme diz Claudemir Oliveira, presidente e fundador do “Seeds of Dreams Institute”, devemos ter cuidado para que o serviço oferecido tenha um equilíbrio entre o high tech (automação/tecnologia) e o high touch (toque humano). 

Estamos voltando aos poucos, os turistas em viajar, e nós, guias de turismo, hoteleiros ou agentes de viagens, ao cuidar e preparar uma nova e única experiência para todos. 

 



Simone Andrade Barata - formada em Turismo e Sócia Diretora da Meri’s Viagens & Lazer. Com grande experiência no turismo corporativo e de lazer, Simone tem mais de 30 anos de experiência trabalhando nas maiores Operadoras do mercado como Rextur, TSB – Travel Solutions Brazil, 55Destinos (Alatur), ADV Tours, Ambiental, entre outras. 

 

Distorções em reforma tributária pode onerar mais a saúde e provocar desassistência generalizada

A APM - Associação Paulista de Medicina e o SindHosp- Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, representando todos os serviços de saúde e médicos do estado de São Paulo, alertam para os riscos de uma reforma tributária equivocada, que pode provocar forte aumento de impostos e desassistência em saúde aos cidadãos brasileiros.

Ambas as instituições integram manifesto público de denúncia de 72 entidades do setor de serviços. O documento registra que “as principais propostas em discussão pela PEC 45/2019 e PL 3887/2020 apontam para forte aumento de tributos, com impactos bastante negativos nos setores de serviços, em especial que atendem a consumidores que não aproveitam créditos, no setor rural, em parte expressiva das pequenas e médias empresas e em diversas outras situações”.  Os representados buscam consenso nacional.

“Quando mais de 75% do setor divergem das propostas tributárias apresentadas, é preciso que as lideranças políticas parem para ouvir e refletir”. Alertam sobre as gravíssimas consequências das propostas de reforma tributária em discussão. Serão prejudicados os consumidores, que arcarão com a maior parte do aumento de custos e o setor saúde, que sofrerá extinção de milhares de postos de trabalho.

Hospitais e médicos unem-se contra a proposta de reforma

Estudo do SindHosp, mostra que o imposto pago pelas empresas de saúde do país vai subir de R$ 11 bilhões para R$ 15,6 bilhões.

Para Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, a proposta de reforma tributária como se coloca hoje no Congresso trará desemprego, fechamento de serviços de saúde, aumento dos preços de planos de saúde e afetará a qualidade do atendimento. “Lamentamos que justamente o setor da saúde- que tem papel fundamental no enfrentamento da pandemia- seja afetada drasticamente pela proposta de uma reforma irresponsável e perversa”, alerta o médico. 

A Associação Paulista de Medicina tem atualmente a Reforma Tributária como uma de suas preocupações mais urgentes. Mudanças equivocadas, sem um aprofundado estudo de impactos econômicos/sociais, tendem a provocar desdobramentos graves para a assistência aos pacientes, ao exercício adequado da medicina, assim como desequilíbrio financeiro de todo o setor da Saúde, com desestruturação de empresas e de mais desemprego. “Somos a favor de uma reforma tributária que organize a carga de impostos sem aumentá-la, onerando um setor que já enfrente imensa dificuldade", alerta o presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral.

Ensinamentos de Sócrates aos palpiteiros

Palpite é opinião amadora. Palpiteiro é aquele que gosta de dar opinião sobre o que não conhece. O mundo moderno, com suas amplas possibilidades de comunicação e redes sociais, tornou palco primoroso para opiniões sem fundamento, sem estudo e sem conhecimento. Ou seja, uma sociedade de palpiteiros. Por que tenho de ter opinião sobre alguma coisa? Deveríamos fazer um voto de abstinência em matéria de opinião, principalmente sobre temas que não conhecemos e não estudamos.

Não há consequência negativa quando os palpites são sobre temas irrelevantes. A coisa fica séria quando os palpites versam sobre leis, políticas públicas, assuntos técnicos e outros com consequências para os indivíduos e a sociedade. Palpites sobre quem é o melhor jogador de futebol da história, se Pelé ou Messi, ou sobre qual candidata ganhará o concurso de miss universo, têm tanta importância quanto o nada.

Sobre isso, gostei da resposta dada pelo cientista político e escritor português João Pereira Coutinho, quando perguntado sobre o que ele achava do casamento gay. “Esse assunto desperta em mim o mais profundo bocejo”, disse ele. Ou seja, se não afeta minha vida nem a vida da sociedade, cada um decide com quem se casar, pouco importa se são duas pessoas do mesmo sexo ou não. Ademais, por que razão o Estado deve vedar isso? O assunto é íntimo e pessoal. Nossa opinião a respeito é irrelevante.

Na Grécia, por volta do século VI antes de Cristo, vigorou a escola sofística, cujos discípulos – os sofistas – cultivavam a gramática, a retórica e a dialética, e elaboravam seus argumentos e justificativas com oratória empolgante, independentes do conteúdo científico e factual. Ou seja, o político demagogo, de fala fácil, bonita, empolada e enfática, nasceu ali.

Sócrates (469-399 a.C), considerado o pai da filosofia, foi crítico duro dos sofistas, por duas razões pelo menos. A primeira porque os sofistas agiam com base em opinião, não em conhecimento. A segunda porque eram filósofos da natureza (a physis), focados em astronomia, sobretudo cosmologia, quando antes era preciso entender o ser humano.

Assim, Sócrates defendia substituir a opinião pelo conhecimento obtido por estudos e pesquisa, e que a filosofia deveria priorizar o estudo do ser humano. “Conhece-te a ti mesmo”, a famosa frase de Sócrates o coloca como um antropólogo (antropologia é ciência que estuda a origem, evolução e desenvolvimento físico, psicológico, racial, social e cultural do homem). E ele dizia que a base do conhecimento é fazer perguntas. Seu método dialético era perguntar, perguntar e perguntar.

Se um político falasse sobre a necessidade de fazer leis justas, Sócrates o bombardeava com perguntas: Por que isso é necessário? O que são leis? Para que servem? O que é justiça? E a cada resposta, ele emendava um novo “por quê?”. Invariavelmente, o interlocutor acabava se enrolando, caía em contradição e se irritava. E ele seguia indagando sobre o que é a irritação, por que nos irritamos... enfim, Sócrates devia ser irritante, no mínimo um chato.

Hoje vivemos sob um perigo: há muitos palpiteiros e idiotas em condições de impor suas opiniões, ideias e atos sobre os outros e sobre a sociedade. É o caso dos governantes, autoridades públicas, políticos e legisladores. Idiota aqui é no sentido de pessoa vaidosa, sem inteligência, sem conhecimento, sem discernimento, ignorante cheio de opiniões.

Thomas Jefferson (1743-1826), um dos autores da Constituição dos Estados Unidos, disse que a Constituição deveria ser à prova de idiotas, pois em algum momento os idiotas vão governar. Nelson Rodrigues (1912-1980), grande escritor brasileiro, dizia que “os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos”. Por tudo isso e pela Lei dos Grandes Números (LGN), sempre tive um pé atrás com reformas tributárias. Elas nunca diminuem a carga de impostos.

A LGN é um teorema da teoria das probabilidades, segundo o qual um experimento tende a se aproximar do resultado esperado à medida que o número de tentativas aumenta. Ou seja, se existe a probabilidade de um evento ocorrer, quanto maior o número de tentativas, maior a chance de que de fato ocorrerá. Por exemplo, se houver apenas 5% de chance de um político ter uma ideia idiota e transformá-la em lei, a chance de a lei ser idiota é de 5% por cento, logo, pouco provável. Mas, com 110 mil leis existentes, a chance de haver 5.500 leis idiotas (5% do total) é enorme. Enfim, após 2.500 anos, Sócrates é mais atual do que nunca. Devíamos aprender com ele.

 


José Pio Martins - economista, reitor da Universidade Positivo


Especialista aponta quais os principais impactos da pandemia para clínica e hospitais

CEO de consultoria voltada para a área da saúde, Dr. Éber Feltrim, explica que instituições precisaram se reinventar, mesmo aquelas que possuem boa gestão e margem de segurança


É certo dizer que a pandemia do coronavírus pegou todos os setores de negócio de surpresa, causando alvoroço e até mesmo desespero, mas nenhum outro foi tão impactado quanto o da saúde. Uma série de protocolos precisaram ser instaurados para manter médicos e toda a equipe em segurança, além é claro de evidenciar questões relacionadas a gestão desses ambientes. 

O CEO da SIS Consultoria e especialista em marketing na área da saúde, Dr. Éber Feltrim, explica que tudo depende da preparação para os riscos nesse setor. “Até mesmo hospitais que possuem uma boa gestão, e margem de segurança, precisaram se reinventar por conta da COVID-19, então o principal fator para o sucesso desses negócios é uma readequação veloz e eficiente para a situação de pandemia”, relata.

Mas quando se trata de gestão, é importante destacar que existem diversos setores dentro de uma empresa e todos precisam ser avaliados individualmente. Há duas ferramentas que ajudam nessa tarefa, e que são ideais para analisar os riscos em todos os departamentos, sendo elas a análise SWOT, método que permite analisar um ambiente e apontar fraquezas e qualidades, e o PDCA, técnica que ajuda a identificar um problema e sugerir como deve ser solucionado. “Aqueles que não possuem esse material bem desenhado, tem o costume de apagar incêndios ao invés de trabalhar com o cálculo de riscos e gestão de crises”, comenta Feltrim.

Por conta do distanciamento social, algumas soluções foram essenciais para preservar o atendimento médico o que, segundo Éber, geraram lições importantes para os profissionais da saúde. Isso porque com a quarentena, o atendimento via internet se tornou cada vez mais comum e necessário. Além disso, os pacientes também costumam gostar dessa modalidade de consulta, uma vez que é prática no dia a dia e evita o risco de contaminação pela doença.

“A internet se tornou um meio de comunicação fundamental durante a pandemia para os médicos e até mesmo para os dentistas. Mas quando falo sobre a simplicidade que ela oferece, não se trata apenas da teleconsulta, mas também da agilidade para o agendamento e confirmação de atendimentos, exames e até mesmo um gerenciador financeiro que melhore a vida do paciente”, Éber ressalta.

Ainda assim, existe grande interesse do setor de levar os clientes de volta aos consultórios e para isso é essencial se apoiar no marketing do negócio. Isso significa colocar em prática um planejamento extenso e direcionado para pacientes que já estão cadastrados nas clínicas e clientes em potencial, com o uso de marketing digital, gestão de consultas, um bom site institucional e contato constante.

“Na SIS, ressaltamos principalmente a importância de reforçar o contato com o paciente, mas de forma eficaz, seja por telefone, WhatsApp ou até uma cartinha, para que ele volte a realizar agendamentos e retome o atendimento. Quanto mais pessoal melhor, porque assim se entende qual a real necessidade do cliente e evidenciamos a importância do seu retorno para completar o tratamento”, finaliza o especialista.

 



Dr. Éber Feltrim - Especialista em gestão de negócios para a área da saúde começou a sua carreira em Assis. Após alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento e gestão de clínicas.

 

SIS Consultoria

https://www.sisconsultoria.net/

instagram @sis.consultoria

 

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