Pesquisar no Blog

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Uso de hashtags sobre cirurgia plástica preocupam cirurgiões plásticos

SBCP fez levantamento com o objetivo de desmitificar as propagandas milagrosas de “antes e depois”, dando sequência ao alerta sobre fake news nas redes sociais envolvendo promessas de resultados em procedimentos estéticos

 

Como continuidade à campanha “Cirurgia Plástica: não existe milagre. Existe Ciência, Responsabilidade e Especialização!”, que realiza nas redes sociais e canais de comunicação, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) fez um levantamento das principais hashtags postadas quando se envolve este tipo de procedimento médico.

 

Entre os principais assuntos pesquisados e/ou postados no Instagram estão #harmonizaçãofacial, #preenchimento, #botox, #plastica, e #abdominoplastia. “O que chama a atenção, é que a maioria dos perfis que usa essas hashtags é de não médicos ou não especialistas, que fazem propagandas de cirurgias plásticas como se fossem objetos simples de consumo”, afirma o presidente da SBCP, Dr. Dênis Calazans.

 

Perfis de cirurgiões dentistas e até de clínicas de estética são os mais assíduos usuários da Hashtag #harmonizaçãofacial. Já a #preenchimento é utilizada por perfis de odontólogos, biomédicos e dermatologistas. A #plastica foi encontrada em postagens em perfis de dermatologistas, odontólogos e até de fisioterapeutas. Por fim, #abdominoplastia foi usada por perfis de fisioterapia, estética e ginecologia.

 

“O perigo de se ter hashtags, como as apontadas, usadas por perfis de não médicos ou não especialistas é que se cria no paciente a falsa expectativa de resultados milagrosos, com essas fotos de antes e depois. Mesmo para médicos e especialistas, a resolução CFM 1.974/11 (artigo 9), determina que o médico deve evitar sua autopromoção e sensacionalismo, preservando, sempre, o decoro da profissão. A resolução também proíbe a publicação nas mídias sociais de autorretrato (selfie), imagens e/ou áudios que caracterizem sensacionalismo, autopromoção ou concorrência desleal. Ou seja, o médico precisa ser extremamente criterioso ao publicar selfies em suas páginas de trabalho”, reforça o presidente da SBCP.

 

A campanha “Cirurgia Plástica: não existe milagre. Existe Ciência, Responsabilidade e Especialização!” conta com vídeos de entrevistas com diversos especialistas sobre os riscos da realização de procedimentos com profissionais sem formação em Cirurgia Plástica; postagens semanais em suas redes sociais sobre o processo de tratamento, manipulação de imagens (truques como: ângulo, iluminação e maquiagem usados por profissionais não médicos); e tutoriais com informações relevantes de como escolher o cirurgião plástico para uma cirurgia plástica mais segura.


 

Ficha técnica


Campanha: “Cirurgia Plástica: não existe milagre. Existe Ciência, Responsabilidade e Especialização!”

Agência: Selles Comunicação

Cliente: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)

Produto: Institucional 

Veiculação: 

Instagram: https://www.instagram.com/sbcpoficial/?hl=pt-br e Facebook: https://www.facebook.com/sbcpoficial 

Site: https://www.naoexistemmilagres.com.br

Vigência: Até dezembro de 2020


Ptose infantil: saiba como identificar a condição no seu bebê

Cirurgia de correção deve ser realizada antes dos 6 anos


A ptose, ou queda da pálpebra, é uma condição comum e relativamente conhecida quando se trata de pessoas adultas, podendo se desenvolver naturalmente pelo envelhecimento ou por causa de traumas e tumores. Porém, o que muita gente não sabe é que ela pode ser congênita, ou seja, existir desde o nascimento.

Nestes casos, se trata de uma má formação do músculo que levanta a pálpebra, podendo obstruir parcialmente ou totalmente o campo de visão, o que é prejudicial para o desenvolvimento do olho afetado. Segundo doutor André Borba, especialista em oculoplástica pela Universidade da Califórnia, o tratamento é cirúrgico, o que pode ser de difícil aceitação para os pais, porém é importante realizar esta correção antes dos seis anos para que a criança não desenvolva novos problemas, como a ambliopia, também conhecida como vista preguiçosa, que pode afetar a pessoa durante toda a vida.

“Quando há desenvolvimento da visão de apenas um dos olhos, perde-se a noção de profundidade, e em casos mais graves, a visão do olho com ptose palpebral torna-se deficiente, comum para quem lida com a condição”, alerta doutor André.

Mas sendo assim, é fácil identificar uma ptose no bebê, já que a pálpebra caída é bem evidente? Nem sempre. O especialista esclarece que por vezes a queda pode não ser muito significativa, e ocorrer tanto nos dois olhos quanto em um só, então também é bom observar se a criança está fazendo um esforço desproporcional para enxergar. “Os sinais são uma inclinação grande da cabeça e fazer muita força para elevar as sobrancelhas”, complementa.

Por mais que a condição possa causar pânico na maioria dos pais, a cirurgia precoce garante mais benefícios quando realizada com pouca idade. “Quanto mais cedo for diagnosticada a ptose e realizada a cirurgia, menos chances existem de danos à visão,” aconselha. “Em geral, os bebês têm olhos muito expressivos e atentos, então a principal dica é se atentar a qualquer assimetria ou mudança neste quadro”, finaliza.

 


Dr.André Borba – Médico Oftalmologista e Cirurgião Oculoplástico, especialista em Cirurgia Reconstrutiva e Estética das Pálpebras e Via Lacrimal, com doutorado em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP). Revisor científico da Pan-American Journal of Ophthalmology dos EUA. Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular (SBCP) e membro titular da Sociedade Portuguesa de Medicina Estética (SPME).


Pediatras reforçam importância de atividades físicas e alimentação saudável para crianças

Prática de esportes é fundamental
(Marcelo Matusiak)
Preocupação, veio à tona com o longo período de distanciamento social no qual as crianças tiveram de ficar por um tempo muito maior em casa

A obesidade é um dos distúrbios nutricionais mais prevalentes entre crianças e adolescentes, em todos os países. A obesidade tem origem multifatorial e resulta da associação de fatores genéticos e ambientais. A pediatra e nutróloga integrante do comitê de nutrologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Claudia Hallal Alves Gazal, ressalta que entre os fatores de risco modificáveis para o aumento dos casos de obesidade infantil nos últimos anos, estão as modificações do estilo de vida das famílias e da sociedade incluindo a inatividade física, a alimentação não saudável, modificações nos padrão do sono, entre outros.

“É importante ressaltar que devemos prevenir a ocorrência da obesidade infantil identificando crianças mais vulneráveis. O pediatra deve monitorar as curvas de crescimento desde o nascimento com intuito de identificar precocemente modificações no ganho de peso e índice de massa corporal (IMC)”, afirma.

Durante muitos anos, houve um esforço para que as crianças permanecessem menos tempo em frente às telas, porém no cenário do distanciamento social este cuidado ficou prejudicado.

“A recomendação segue para evitar exposição a “tela” para crianças com menos de 2 anos de idade e nas crianças maiores restringir a no máximo 2 horas por dia. Esta ideia baseia-se na associação com obesidade, padrão sono irregular, piora nos hábitos alimentares além de retardo desenvolvimento linguagem e cognitivo. Com a necessidade do distanciamento social, a exposição a “telas” deve ser monitorada para não exceder estas recomendações. Isto é possível através da manutenção de rotina saudável de acordo com a faixa etária da criança e adolescente”, completa.

Entre os cuidados a serem estabelecidos está a inclusão de horários estabelecidos para refeições (incluindo desjejum), horários para atividades recreativas de acordo com faixa etária (lazer ativo – jogar bola, andar bicicleta, dançar, pular corda, “amarelinha” entre outras), horários para atividades de leitura em livros impressos, horário para os estudos escolares, horários para uso de “telas” e, também, horário para dormir garantindo um adequado tempo e qualidade do sono. A diminuição na duração do sono é associada ao desenvolvimento da obesidade. Crianças de 1 a 5 anos precisam cerca de 10 a 14 horas por dia, dos 6 aos 13 aos cerca de 9 a 11 horas por dia enquanto adolescentes devem dormir de 8 a 10 horas por dia.


Alimentação

Alimentação saudável
(Marcelo Matusiak)
De acordo com a pediatra e nutróloga integrante do comitê de nutrologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Claudia Hallal Alves Gazal, seguindo a “regra de ouro” do Guia Alimentar para População Brasileira publicada pelo Ministério da Saúde deve-se sempre preferir alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados.

Para que seja seguida esta regra é fundamental o engajamento dos pais ou cuidadores para um planejamento da alimentação semanal da família. Nas compras de mercado ou feiras incluir alimentos in natura ou minimamente processados que serão consumidos nas refeições através de preparações caseiras! Como feijões, lentilhas, arroz, carnes, ovos, leite, legumes, verduras e frutas da estação.

Já os alimentos processados são adicionados geralmente sal ou açúcar ou outra substância de uso culinário aos alimentos in natura para torná-los duráveis e mais agradáveis ao paladar. O consumo destes alimentos deve ser limitado pois os métodos de processamento utilizados na fabricação alteram de modo desfavorável a composição nutricional.

Os alimentos ultraprocessados feitos em geral por indústrias de grande porte envolvem diversas etapas e técnicas de processamento e muitos ingredientes, incluindo sal, açúcar, óleos e gorduras e substâncias de uso exclusivamente industrial. Estes ingredientes dão cor, sabor, aroma, textura e durabilidade o que diminui geralmente o custo. Estes “alimentos” devem ser evitados na alimentação infantil pois alteram o paladar e podem levar a um hábito alimentar desfavorável.
Forma prática de distinguir alimentos ultraprocessados é consultar a lista de ingredientes, a presença de um número elevado de ingredientes (frequentemente cinco ou mais) e de ingredientes com nomes pouco familiares, não usados em preparações culinárias caseiras.


Fatores de Risco:

Crianças vulneráveis:
Pais obesos
Prematuros
Pequeno para a idade gestacional (PIG)
Grande para idade gestacional (GIG)
Interrupção precoce do aleitamento materno
Diabetes gestacional materna
História familiar de diabetes
Alimentação e merenda escolar inadequada
Ansiedade materna, mãe jovem

 


Marcelo Matusiak


Doenças reumáticas autoimunes na pandemia: um cuidado a mais

Fórum do Departamento de Reumatologia da APM discute vulnerabilidade dos pacientes em relação à COVID-19


Durante a pandemia, os pacientes com doenças reumáticas autoimunes - como miosite, esclerodermia, síndrome de Sjögren, lúpus eritematoso sistêmico, entre outras – tornaram-se alvos da COVID-19. Devido ao tratamento, em muitos casos, ser realizado através de drogas imunossupressoras, esses indivíduos enfrentam uma situação ainda mais sensível ao coronavírus e suas consequências à saúde.

O Fórum de Reumatologia, realizado pela Associação Paulista de Medicina (APM), em 27 de outubro, tratará especificamente dessa questão: como oferecer o melhor atendimento possível a esses indivíduos durante a pandemia viral.

“Nós costumamos realizar o Fórum para abordar temas que são pouco discutidos ou praticamente inexistentes nas rodas de conversa de Congressos e eventos da área. Com o avanço da COVID-19, percebemos que ela pode provocar várias síndromes reumatológicas e o especialista precisa estar preparado”, afirma dra. Ivone Meinão, coordenadora científica do Departamento de Reumatologia da APM.

Artrites e artralgias de longa duração e a Síndroma da Fadiga Crônica, as quais podem ser causadas em consequência da COVID-19, são algumas das preocupações dos profissionais da área, bem como a vacinação em dia para os pacientes com doenças reumáticas autoimunes. Todos esses tópicos serão abordados na discussão, que se destina não apenas aos reumatologistas, mas também a clínicos, infectologistas e demais especialistas interessados.

A abertura do debate será às 20h, feita pelo presidente do Departamento de Reumatologia da APM, dr. Henrique Carriço. Em seguida, dra. Ivone fará a apresentação dos temas e os doutores Marcelo Pinheiro e Edgard Torres – respectivamente, presidente da Sociedade Paulista de Reumatologia (SPR) e professor adjunto da Disciplina da Disciplina de Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – darão início aos trabalhos.


O tratamento personalizado para cada paciente com diabetes é a chave para prevenir complicações nesta pandemia

·        9 mil médicos de 15 países ouvirão especialistas em abordagem clínica para oferecer um enfoque personalizado a cada tipo de paciente com diabetes

·        América Latina se prepara para abrir portas para novos tratamentos de última geração

 

Cidade do México – O atendimento personalizado aos pacientes com diabetes pode evitar que essas pessoas sofram complicações por outras condições de risco, como o vírus SARS-Cov-2 ou influenza, além de ajudá-los a manter sua qualidade de vida com níveis de açúcar no sangue sob controle, é o que consideram especialistas que participarão do maior congresso médico digital sobre diabetes que já foi realizado na América Latina: o Diabetes Latam Summit 2020, organizado pela Sanofi no México.

Com a participação de aproximadamente 9 mil médicos de 15 países, o seminário virtual será composto por 48 horas de experiência digital e 6 horas de atividade acadêmica ao vivo, com especialistas internacionais da Argentina, Brasil, Costa Rica, Estados Unidos e México. O foco: falar sobre a importância de se ter um tratamento personalizado para cada tipo de paciente, de forma que ele consiga a adesão, o controle de sua doença e leve progressivamente à contenção da epidemia de diabetes em nível global.

"Pacientes com diabetes estão no ‘olho do furacão’ desde o início da pandemia da Covid-19, porque correm maior risco de desenvolver complicações se contraírem o vírus. Por isso, este congresso é tão relevante, uma vez que é essencial para garantir que a comunidade médica tenha acesso às informações acadêmicas mais atualizadas sobre os tratamentos disponíveis para os pacientes, tanto aqueles com diabetes tipo 1 como tipo 2 ”, explicou a Dra. María Elena Sañudo, diretora médica da Sanofi General Medicines no México.

O diabetes é uma doença causada pela falta de insulina no corpo (tipo 1) ou pela falha do corpo em usar a insulina que o pâncreas produz (tipo 2). Esta doença tem crescido de tal forma que se tornou uma epidemia mundial. Na América Latina, mais de 45 milhões de pessoas foram diagnosticadas com diabetes. Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes, o México e o Brasil estão entre os 10 países com maior número de pessoas com diabetes no mundo, em 5º e 6º lugares, respectivamente, com 16,8[1] e 12,8[2] milhões de casos.

As recomendações para o manejo clínico de pacientes com diabetes incluem: primeiro, sensibilizá-los sobre a importância de manter o controle metabólico - pressão arterial e lipídios - com a terapia que melhor atenda às suas necessidades específicas. Além disso, os pacientes devem aderir ao seu tratamento com disciplina e estar em contato frequente com o médico especialista, mesmo remotamente com ferramentas de telemedicina, de acordo com as condições do novo normal.

“Existe um arsenal terapêutico para os vários tipos de pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2, mas o mais importante é que o médico proponha aquele que é mais adequado para sua condição particular”, disse o Dra. Sañudo. “A Sanofi desenvolve insulinas há quase 100 anos. Temos um portfólio muito completo de medicamentos, incluindo terapias para baixar os níveis de açúcar no sangue”, acrescentou o especialista.

No Brasil, a Sanofi desenvolveu uma ferramenta para auxiliar pessoas com diabetes, o App Dits. Gratuito, o app apoia o paciente em três momentos importantes da rotina de manejo da doença: a alimentação, o controle da glicemia e a aplicação de insulina. O App Dits auxilia o paciente na adesão do ajuste do tratamento insulínico que acontece de acordo com a orientação médica de cada paciente.

Além disso, nos próximos meses chegarão novas opções para o tratamento de pacientes com diabetes tipo 2 com a insulina glargina, que é uma insulina de nova geração muito semelhante à insulina humana, para o Hemisfério Sul, com o objetivo de facilitar a obtenção pelos pacientes seus objetivos metabólicos e ter seu diabetes sob controle.

“O diabetes pode afetar qualquer parte do corpo. A boa notícia é que os pacientes podem prevenir quase todos esses problemas mantendo a glicose (açúcar no sangue) sob controle, comendo de forma saudável, praticando atividades físicas e indo ao médico para manter a pressão arterial e o colesterol saudável”, explicou. Dr. Fernando Lavalle, endocrinologista, acadêmico, pesquisador e chefe da Clínica de Diabetes do Hospital Universitário da Universidade Autônoma de Nuevo León, no México.

O Diabetes Latam Summit acontecerá nos dias 23 e 24 de outubro e incluirá apresentações de especialistas da Associação Latino-Americana de Diabetes (ALAD) e líderes de opinião internacionais, como os renomados médicos americanos Vivian A. Fonseca, David Kerr e William Polonsky, assim como os latino-americanos Rosario Archevaleta, Leonardo Mancillas e Guillermo González e Fernando Lavalle do México, Adrián Proietti da Argentina, Chi Hao Chen Ku da Costa Rica, entre outros.

 

Sanofi

 

 

[1] Contorno demográfico e geográfico. Federação Internacional de Diabetes (2019). Disponível em: https://www.diabetesatlas.org/en/sections/demographic-and-geographic-outline.html. Acesso em 21 de outubro de 2020

[2] Contorno demográfico e geográfico. Federação Internacional de Diabetes (2019). Disponível em: https://www.diabetesatlas.org/en/sections/demographic-and-geographic-outline.html. Acesso em 21 de outubro de 2020

 

O uso correto da farmácia caseira

Fonte: Pixabay

A farmácia caseira é bem comum no Brasil como forma de ajudar nas emergências do dia a dia. Ao mesmo tempo, significa acesso mais fácil a remédio diante de alguma necessidade e, geralmente, sem a devida orientação do(a) clínico geral ou do(a) especialista para saber se seria adequado ao paciente.

Em 2019, uma pesquisa do Instituto Datafolha encomendada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) constatou que o hábito de manter uma farmácia caseira é comum a 77% dos brasileiros que fizeram uso de medicamentos nos últimos seis meses. Deles, 47% se automedica pelo menos uma vez por mês e 25%, diariamente ou ao menos semanalmente.

No entanto, a automedicação aumenta o risco para outros problemas. Segundo o site do CFF, uma pesquisa feita por um grupo de farmacêuticos aponta que 52,8% das intoxicações registradas no Brasil entre 2010 e 2017 aconteceram por ingestão de medicamentos. Foram 298.976 casos de intoxicação, conforme o DataSus, sendo que a automedicação correspondeu a 17.923 dos registros, ou seja, 15,15%.


Cuidados com medicamentos em casa

O ideal é que as pessoas tenham em casa curativos, esparadrapos, luvas, termômetros, bolsa térmica, antissépticos, algodão, ataduras, compressas, soro fisiológico em frascos com tampas, álcool, tesoura de ponta arredondada.

Além dos medicamentos dos tratamentos feitos pelos moradores da casa, muitos estoques incluem antitérmicos, analgésicos, xaropes, anti-inflamatórios, antialérgicos, antigases, antiácidos, etc.

Todos devem ficar acondicionados em local com temperatura ambiente, longe de ambientes muito quentes; separados de alimentos, em compartimento ou caixa trancada, para evitar a ingestão acidental por crianças. Alguns exigem refrigeração, portanto, devem ser guardados na geladeira, mas não na porta, nem perto do congelador.

As caixas e bulas originais devem ser mantidas para ajudar a identificar as datas de validade e a finalidade de cada um. O ideal é verificar constantemente. Medicamentos vencidos ou que mudaram de cor e consistência devem ser descartados. Há redes de farmácias que realizam a coleta apropriada.

Medicamentos que já foram utilizados por qualquer razão não devem ser ingeridos novamente sem a orientação de um especialista. Na mesma linha, não é recomendado tomar remédios que funcionaram com vizinhos e conhecidos, pois cada organismo reage de forma específica. A dose que funciona com uma pessoa pode causar desde alergias a intoxicações graves em outra.

Além disso, o uso de medicação por conta própria pode mascarar sintomas e levar ao agravamento do quadro. A associação a outra medicação pode ser ainda mais perigosa: pode impedir o efeito ou causar uma reação cruzada diante da combinação das substâncias ingeridas.


Orientação médica

No caso onde não for possível o atendimento presencial, para avaliação do médico ou da médica, uma opção em tempos de pandemia causada pelo novo coronavírus é utilizar a teleconsulta

Coberto pelos planos de saúde, o atendimento permite que o paciente converse com o especialista por meio de videochamada. A agilidade oferecida pelo formato remoto contribui para solucionar dúvidas e receber orientações sobre o que fazer conforme a situação.

Nos casos de emergência, como suspeitas de infarto, AVC, fraturas, etc, sintomas mais graves da Covid-19, a teleconsulta não é indicada. A pessoa deve procurar imediatamente o pronto socorro ou atendimento de emergência no hospital para receber o atendimento correto.


COVID-19 faz crescer busca por alternativas de combate à obesidade

Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada nesta quarta-feira (21), mostra que proporção de obesos acima dos 20 anos mais que dobrou no Brasil


A pandemia está trazendo uma herança incômoda para muita gente: o excesso de peso. Quem não engordou neste período, ao menos conhece alguém ou ouviu algum relato de quilos a mais ganhos nos últimos meses. Cenário delicado quando já se sabe que a obesidade é um fator de risco elevado para quem contrai a COVID-19.  De acordo com boletins epidemiológicos do coronavírus de várias secretarias de saúde pelo Brasil, cerca de 7% dos pacientes que morreram pela doença tinham a obesidade como fator de risco.

Os números da Pesquisa Nacional de Saúde, divulgados nesta quarta-feira (21/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o universo de pessoas com esse fator de risco já era enorme antes da pandemia. De acordo com a pesquisa, entre 2003 e 2019, mais do que dobrou a proporção de obesos na população com 20 anos ou mais no país - saltando de 12,2% para 26,8%. Os números do IBGE também mostram que um em cada quatro brasileiros de 18 anos ou mais estava obeso em 2019 - o que equivale a 41 milhões de pessoas.  

Um estudo divulgado em julho, na página da Associação Brasileira Para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), mostrou que quanto maior o Índice de Massa Corporal (IMC) de uma pessoa, maior é a probabilidade do quadro de COVID-19 se complicar. Quem tem um IMC entre 30 e 35 kg/m2 apresenta um risco 1,4 vez maior que uma pessoa saudável, enquanto indivíduos com IMC entre 35 e 40 kg/m2 têm 1,8 vez mais risco. Já um paciente com IMC maior de 40 kg/m2, o risco se eleva para 2,6 vezes.

O cirurgião do aparelho digestivo Caetano Marchesini, especialista em cirurgia bariátrica do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba, explica o porquê dessa relação perigosa entre obesidade e coronavírus. “O excesso de gordura é uma inflamação crônica do corpo, que leva à imunossupressão, à redução da capacidade do sistema imunológico. Ou seja, com a imunidade afetada, o organismo do obeso tem mais dificuldade em combater o vírus”, diz. Marchesini conta que, na época do vírus H1N1, de 37 a 47% dos pacientes obesos infectados pelo vírus evoluíam a doença para quadros mais graves. Agora, com o coronavírus, a estatística quase dobrou. De 70 a 80% dos obesos infectados pela COVID-19 evoluem para sintomas graves da doença.


Bariátrica

Uma das alternativas médicas para o combate da obesidade, em pacientes com alto IMC, é a cirurgia bariátrica. Marchesini conta que muitos pacientes obesos lhe procuraram preocupados em emagrecer, por entenderem o risco que a obesidade lhes trazia frente ao coronavírus. 

O chef de cozinha Vavo Krieck, 48 anos, passou pelo procedimento que seguiu todos os rigorosos protocolos de segurança sanitária adotados pelo hospital. O paciente tinha 134 quilos (oito dos quais ganhou na pandemia), mas já perdeu 20, após pouco mais de 45 dias da cirurgia. “A pandemia serviu como um grande espelho na vida de todo mundo. Coisas que antes a gente achava que conseguia controlar, o tempo em casa mostrou que não dava mais pra varrer a sujeira para baixo do tapete. Eu achava que a hora que eu quisesse, eu conseguiria emagrecer. Mas notei que não é bem assim”, diz Vavo.

Além dos aspectos psicológicos, o chef de cozinha ainda se deparou com outros problemas: hipertensão, pré-diabetes, apneia e a falta de fôlego para brincar com os filhos gêmeos de cinco anos, que agora estavam em tempo integral dentro de casa. Conversando com o cardiologista, Vavo constatou que, no seu caso, a cirurgia bariátrica era a opção mais indicada para emagrecer e melhorar a saúde. “Já estou praticando atividade física três vezes por semana, meu fôlego já está melhorando, minha pressão arterial voltou completamente ao normal. Não poderia ter tido decisão melhor. Todos os aspectos da vida começaram a melhorar”, analisa o paciente.


Nutrição

Mas nem todas as pessoas acima do peso necessitam de cirurgia bariátrica. De acordo com a nutricionista Andressa Troles, da equipe de check up do Hospital Marcelino Champagnat, a cirurgia começa a ser indicada para pessoas com IMC maior que 35 para pacientes com comorbidades (diabetes, pressão alta) e 40 aos pacientes com obesidade mórbida. Ainda assim, cada caso é analisado individualmente. Abaixo desse patamar, o indicado é o controle nutricional. Desde o começo de setembro, ela vem recebendo muitos pacientes relatando que aumentaram o peso na pandemia. Até mesmo homens, que dificilmente procuravam ajuda com a alimentação, estão indo para o consultório da nutricionista em busca de qualidade de vida. E, segundo Andressa, eles costumam ser mais dedicados na dieta do que as mulheres em geral.

As alegações no consultório de Andressa para o ganho de peso são muitas: pacientes que tiveram que começar a fazer comida em casa, outros que não sabiam cozinhar e partiram para o fast food, alguns que comiam no restaurante da empresa, com cardápio balanceado e  passaram a improvisar em casa porque não dá tempo de cozinhar no intervalo de almoço do home office. Outras, ainda, passaram a dar mais “porcarias” para as crianças em casa e acompanharam a comilança. Sem contar a ansiedade, que muitos descontaram na comida.

A média de ganho de peso por pessoa no consultório da Andressa tem sido de 10 quilos na pandemia. É onde se encaixa a paciente Aline Bento, de 29 anos. Com filho recém-nascido, ela “emendou” a licença-maternidade na pandemia. Buscou acompanhamento nutricional e já sente os resultados. “Ao contrário do que imaginava, me sinto mais disposta e meu sono está melhor”, conta. Mas independente da quantidade ou do motivo, a nutricionista dá algumas dicas que podem ser seguidas por qualquer pessoa que queira emagrecer:

- Fazer trocas saudáveis – a bolacha pela fruta com granola, cookies integrais, iogurte natural, por exemplo

-  Aumentar o consumo de frutas e verduras ao dia, entre 3 e 5 porções 

- Troque tudo o que tem farinha branca pela integral (pães, bolachas, macarrão, arroz)

- Acrescente ovos mexidos, frutas, aveia, granola no café da manhã e lanches intermediários 

- Adicione oleaginosas (castanhas) e sementes na alimentação

- Não tem tempo pra cozinhar? Organize para ir à feira ou ao supermercado no fim de semana. Cozinhe marmitas para a semana toda (frango desfiado, carne moída, arroz integral, legumes diversos, sopas) e congele para ir consumindo na semana

- Não quer ter trabalho com o preparo? Ao invés de fast food, opte pelas marmitas fitness

 


Hospital Marcelino Champagnat


No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas têm osteoporose, doença que pode ser prevenida ainda na infância

A osteoporose é uma patologia que deixa os ossos frágeis em razão da diminuição da densidade óssea, comum ao longo da vida, atingindo homens e mulheres. No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas sofrem com a doença e 14% apresentam algum tipo de fratura que leva a internações.

Segundo o ginecologista Cláudio Hypólito, da Santa Casa de Mauá, a osteoporose pode ser prevenida ainda na infância, com hábitos saudáveis e a prática de esportes para a construção de ossos mais fortes.

O pico de ganho de massa óssea ocorre até os 30 anos e, a partir dos 45 anos, a perda é de 0,5% e ocorre em grande velocidade. Nas mulheres, essa degeneração tem início aos 45 anos, em razão da menopausa e da diminuição dos hormônios. Nos homens, a partir dos 70 anos com a queda das taxas de testosterona, mas podem existir casos onde as alterações iniciem mais cedo. 

A osteoporose ocorre a partir de duas células envolvidas no processo de renovação, a osteoclastos, a qual promove a absorção óssea e o osteoblastos, formação dos ossos por meio do cálcio e da vitamina D. A primeira fase da degeneração óssea é a osteopenia e tem início com o desequilíbrio dessas duas células e, em seguida, vem a osteoporose que pode levar a fraturas do quadril e fêmur, as mais frequentes.

Os sintomas são difíceis de serem detectados, já que a doença é silenciosa e somente na fase avançada, quando aparecem as dores pelo corpo, deformações ósseas e fraturas espontâneas, acaba sendo diagnosticada.  

De acordo com o especialista, quanto menor o peso de uma pessoa mais propensa a ter osteoporose e, quanto menor a altura, também são maiores as chances de desenvolver a doença. “Para o diagnóstico é muito importante analisar o histórico de fraturas, uso de álcool, fumo e uso de corticoide. A confirmação da patologia ocorre pelo exame de densitometria óssea, medindo a densidade óssea e comparando com os dados de uma pessoa normal, com mesma idade, sexo, altura e raça. Os exames devem ser realizados de forma periódica, em caso de detecção da doença e repetidos entre um e dois anos, mas se não houver alterações o intervalo pode ser maior”, explica Cláudio Hypólito.

Entre as principais causas da osteoporose estão o envelhecimento em função da idade, pré-disposição genética, dieta pobre em cálcio e vitamina D, sedentarismo e abuso de álcool e fumo. É importante destacar que esses dois últimos inibem a produção de osteoblastos, o monóxido de carbono expelido pelo cigarro diminui em 15% a capacidade de transporte do oxigênio o que colabora para essa diminuição. O abuso de corticoide também coopera para o aparecimento, além de doenças endócrinas, como diabetes, tireoide e renais. 

Na osteopenia, início do desequilíbrio, é possível tratar a doença com ajuste da dieta, cálcio, vitamina D, exercícios físicos com impacto que estimulam a formação óssea - entre as melhores opções estão a caminhada, corrida e musculação para o ganho de massa muscular, que ajudam na prevenção de fraturas – e caso não seja suficiente, é preciso complementar com medicamentos.

Quando já está instalada a doença, é importante seguir todas as recomendações acima e entrar com a medicação. Na menopausa, a reposição hormonal é recomendada especialmente no primeiro ano após a última menstruação, mas é preciso avaliar a possibilidade de outras doenças como câncer de mama e embolia. “Vale lembrar que uma vida adulta saudável é consequência dos hábitos adquiridos durante a infância que desenvolverá ossos fortes”, orienta o médico.

Também há casos de crianças e adolescentes que desenvolvem a osteoporose, que pode ser primária também conhecida como osteogênese imperfeita ou doença de Lobstein -  uma deficiência na produção do colágeno tipo 1; a secundária – decorrente de doenças gastrointestinais, reumáticas, pulmonares e endócrinas, intolerância à lactose, uso de medicamentos e imobilizações prolongadas. Em pacientes na pré-adolescência ou adolescência,  pode ocorrer a osteoporose juvenil idiopática, na qual a perda de massa óssea pode durar até seis anos. 

O corpo precisa de 1000 mg de cálcio por dia, o que representa cerca de quatro porções lácteas - derivados do leite, vegetais de folhas verdes escuras, sardinha, salmão, grãos – exposição solar diária - 15 minutos sem protetor solar para favorecer a vitamina D, a qual absorverá o cálcio.


Isolamento faz busca por remédio abortivo crescer 91% durante a pandemia


Plataforma Consulta Remédios identificou grande crescimento na procura por medicamentos como misoprostol, viagra, pílula do dia seguinte e pílula anticoncepcional.


Um levantamento realizado pela plataforma Consulta Remédios, o maior portal de medicamentos do Brasil, identificou que as buscas pelo Misoprostol, princípio ativo de um medicamento abortivo, apresentaram o crescimento de 91% de abril a julho, em comparação com os meses de janeiro a março. O medicamento, que não é comercializado pela plataforma, nem liberado para compra pelo consumidor final, possui venda restrita no país.

“As buscas apareceram na plataforma pois disponibilizamos em torno de 30 mil bulas para consulta. No caso do Misoprosol, o aumento das pesquisas foi na página de bula do princípio ativo e do medicamento relacionado, pois essas são as únicas informações disponíveis, já que é um medicamento de uso restrito hospitalar. Porém, a busca por informações sobre, indica um comportamento a ser investigado nesse momento de pandemia”, diz Francielle Mathias, farmacêutica responsável pela plataforma.

No total foram mais de 500 mil buscas no período de pandemia e o aumento deve ser visto com preocupação, segundo a especialista. “Por mais que seja um medicamento de venda restrita, o que preocupa é o fato de as pessoas estarem buscando se informar sobre um produto proibido, provavelmente para saber como age e como é possível adquirí-lo ”, diz Francielle. No Brasil, o aborto só é permitido em casos específicos, e recentemente, o caso da menina de 10 anos no Espírito Santo que teve o aborto autorizado pela justiça trouxe à tona o debate sobre a prática. Para se ter ideia, somente nos primeiros 15 dias de agosto, o número de buscas pelo Misoprostol foi de 73.521.

A pílula do dia seguinte também apresentou aumento considerável. A busca pelo medicamento aumentou 104% no mesmo período. Foram 35% a mais apenas no mês de julho, se comparado com junho deste ano. Na mesma crescente, a famosa pílula azul, o Viagra, registrou uma busca maior na plataforma de consultas sobre medicamentos de 74%.

Já na prevenção à gravidez, a busca por pílulas anticoncepcionais também teve 116% de aumento na plataforma Consulta Remédios.

“Isso nos mostra que é um período que as pessoas estão mais em casa e provavelmente tendo mais relações sexuais. A preocupação é com as consequências que esses medicamentos podem ter à saúde – até mesmo os anticoncepcionais – quando tomados sem o acompanhamento de um profissional da saúde”, alerta Francielle.

 

Consulta Remédios

www.consultaremedios.com.br

App para Android https://goo.gl/bchW8u

App para iOS: https://goo.gl/pJ1JRY

Substâncias do meio ambiente podem aumentar o risco de Câncer

A Iarc (Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer), ligada à OMS, mantém uma lista com todas as substâncias com potencial de provocar a doença comprovado em estudos com seres humanos. Essa relação é muito grande e inclui: agentes presentes naturalmente no ambiente (como gás radônio, metais pesados, a radiação ultravioleta e a radiação ionizante que vem do espaço), hormônios (como estrogênio natural ou sintético), agentes infecciosos (como vírus e bactérias) e a extensa lista de poluentes (fumaça emitida pelos veículos ou pelos cigarros) ou componentes químicos usados na indústria ou em certas ocupações (como agrotóxicos, solventes, amianto, poeira de couro, madeira ou sílica). 

Os metais pesados são elementos químicos que na sua forma pura se encontram sólidos e que as vezes  são tóxicos para o organismo quando consumidos e podem causar danos em vários órgãos do corpo, como pulmões, rins, estômago e até cérebro.  “Geralmente, os metais pesados não causam sintomas quando entram pela primeira vez em contato com o organismo, no entanto, têm a capacidade de ir se acumulando dentro das células do organismo, provocando problemas como alterações renais, lesões cerebrais e existe a suspeita de que também possa aumentar o risco de câncer,” alerta a Nutricionista Luanna Caramalac.

Em relação aos agentes infecciosos, são os microrganismos responsáveis por causar doenças com potencial de transmissão para outros seres vivos, da mesma espécie ou não. Existem evidências suficientes de que algumas contaminações crônicas estão associadas ao desenvolvimento de alguns cânceres, sendo responsáveis por 15% dos casos no mundo.

De acordo com Caramalac, a transmissão pode se dar pelo contato de um indivíduo com outro através de relação sexual, placenta, pele ou secreções corporais, por meio de mordedura de animais ou picadas de insetos. “Pode ocorrer transmissão também por uma fonte de água que abastece uma localidade, por exemplo,” acrescenta a nutricionista.

Ao colocar o alimento cru em óleo ou chapa muito quentes (com temperatura aproximada de 300ºC a 400°C), são formadas aminas heterocíclicas - substâncias que contêm fatores mutagênicos e estimulam a formação de tumores. "Esse processo leva a uma multiplicação celular muito maior do que o normal e, em consequência, pode aparecer algum tipo de tumor, “finaliza Luanna Caramalac

 


  

Dra. Luanna Caramalac Munaro - CRN-3 49383 - Atua na área da saúde integrativa com o foco em prevenção e tratamentos de patologias como doenças autoimunes, depressão, infertilidade, compulsão alimentar e emagrecimento.

Pós graduada em nutrição clínica funcional- VP, pós graduada em adequação nutricional e manutenção da homeostase, pós graduanda em nutrição comportamental- IPGS, formação em modulação intestinal.


5 fatos que você precisa saber sobre inseminação artificial

 

Especialista desvenda mitos e verdades sobre o procedimento


A inseminação artificial ou intrauterina (UII), pode ser uma solução para diversos casais que enfrentam dificuldades na hora de engravidar. O tratamento consiste em escolher os melhores espermatozoides para serem colocados no útero da mulher, próximo ao dia da ovulação.

Pode parecer simples, mas como qualquer processo de reprodução assistida, existem muitas variáveis a serem consideradas. A infertilidade é um problema que aflige 15% da população mundial e a grande quantidade de informações pode acabar gerando dúvidas e, por vezes, mitos sobre o funcionamento do procedimento.

O doutor Fernando Prado, ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana da Clínica Neo Vita, esclarece o que é verdade quando se fala sobre inseminação artificial.

 

É a única solução para problemas de concepção

Mito. Primeiro, é realizada uma investigação acerca do porquê a concepção não está ocorrendo, para ambos os parceiros, e em alguns casos não é necessário nenhum tipo de reprodução assistida. Uma mulher pode não estar ovulando por um problema de ovários policísticos, por exemplo, e após o tratamento, o ciclo voltará ao normal.

Além disso, a UII é mais recomendada para casais onde o homem apresente alterações leves. Dependendo da situação, a fertilização in vitro deve ser recomendada, onde ambos óvulos e espermatozoides são tratados em laboratório.

 

São utilizados medicamentos para aumentar a fertilidade

Verdade. Por vezes, é necessário administrar oralmente ou via injeções, medicamentos para a indução da ovulação. Porém, cada paciente é um caso diferente, e a medicação pode não ser necessária caso ela tenha uma boa produção de óvulos. Por isso acaba sendo mais comum em mulheres que já passaram do seu período mais fértil.

 

A inseminação artificial resultará em concepção com certeza

Mito. As chances da concepção via UII variam, em média, de 10 a 20%. Mas quando se trata de gravidez, variações como idade, saúde, genética, doenças crônicas ou que deixaram alguma sequela, irão alterar estas chances, tanto em quem contribui com o óvulo quanto com o espermatozoide.

 

As chances de conceber gêmeos aumentam com o tratamento

Verdade. Porém, esta probabilidade é muito pequena e ocorre em casos do uso de medicamento para induzir a ovulação. De qualquer maneira, o obstetra escolhido irá monitorar a quantidade de óvulos produzidos e realizará a inseminação de acordo, diminuindo ainda mais a probabilidade. 

 

A inseminação artificial é realizada com anestesia

Mito. A UII é considerada um procedimento de baixa complexidade, onde os espermatozoides selecionados são injetados no colo do útero, deixando-os mais próximos do óvulo, mas realizando a fecundação em si de maneira natural. O processo é rápido e indolor, e no mesmo dia a paciente pode retornar às suas atividades normalmente. 


Neste sábado (24/10) é lembrado o Dia Mundial do Combate à Poliomielite

Especialista explica o que é a doença, sintomas e como preveni-la

 

Você sabe o que é a poliomielite e o que pode provocar nas crianças? A médica da família e pediatra Milen Mercaldo explica. De acordo com ela, a doença, também conhecida como "paralisia infantil" é altamente infecciosa e causada pelo Poliovírus, que invade o sistema nervoso e pode acarretar um quadro clássico de paralisia de início súbito.

Ela acrescenta que a maior parte das infecções apresenta poucos sintomas (forma subclínica) ou nenhum e estes são parecidos com os de outras doenças virais ou semelhantes às infecções respiratórias como gripe - febre e dor de garganta - ou infecções gastrintestinais como náusea, vômito, constipação (prisão de ventre), dor abdominal e, raramente, diarreia. "Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte", pontua a especialista do Hospital Anchieta de Brasília.

Dra Milen continua: "em geral, a paralisia se manifesta nos membros inferiores de forma assimétrica, ou seja, ocorre apenas em um dos membros. As principais características são a perda da força muscular e dos reflexos, com manutenção da sensibilidade no membro atingido", ressalta. "Embora ocorra com maior frequência em crianças menores de quatro anos, também pode acometer adultos", complementa. 



Forma de Transmissão 


O vírus da poliomielite é transmitido por pessoa para pessoa, principalmente através da boca, com material contaminado com fezes (contato fecal-oral), o que é crítico quando as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. "Crianças mais novas, que ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença", destaca. Conforme a pediatra, o Poliovírus também pode ser disseminado por contaminação da água e de alimentos por fezes. A doença também pode ser transmitida pela forma oral-oral, através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar.

Ela explica: o vírus se multiplica, inicialmente, nos locais por onde ele entra no organismo (boca, garganta e intestinos). Em seguida, vai para a corrente sanguínea e pode chegar até o sistema nervoso, dependendo da pessoa infectada. Desenvolvendo ou não sintomas, o indivíduo infectado elimina o vírus nas fezes, que pode ser adquirido por outras pessoas por via oral. A transmissão ocorre com mais frequência a partir de indivíduos sem sintomas. 



Prevenção e Cobertura Vacinal 


Dra Milen alerta que a poliomielite não tem cura e pode deixar sequelas permanentes. Segundo a profissional, a melhor maneira de prevenção é a vacina, mas a medida só é eficaz quando a cobertura vacinal alcança pelo menos 95%. Dados do Ministério da Saúde, mostraram que em 2019, a cobertura vacinal contra a poliomielite no DF, em menores de 2 anos, atingiu 89,2%. Este ano, até abril, apenas 69,8% das crianças foram vacinadas.

Ela aponta que o calendário de vacinas do SUS preconiza três doses da Vacina Inativada de Poliomielite, a VIP, com administração nas crianças aos 2, 4 e 6 meses e reforço com duas doses da Vacina Oral de Poliomielite, a VOP, aos 15 meses e 4 anos. "É considerado protegido, o indivíduo, maior de cinco anos, que tenha pelo menos cinco doses da vacina contra a doença. Também é necessário vacinar-se em todas as campanhas", pondera.

Além das vacinas, é preciso atenção com medidas preventivas contra doenças transmitidas por contaminação fecal de água e alimentos. "As más condições habitacionais, a higiene pessoal precária e o elevado número de crianças numa mesma habitação também são fatores que favorecem a transmissão da poliomielite", diz. "Logo, programas de saneamento básico são essenciais para a prevenção da doença", adiciona a profissional.

"Ajude a manter nosso país livre da circulação do vírus e seu filho bem longe da doença! A campanha se estenderá até 30 de outubro, mantenha o cartão de vacinação da criança sempre em dia!", conclui Milen Mercaldo, médica da família e pediatra do Hospital Anchieta de Brasília.


Encerra neste domingo (25) o prazo para a prestação de contas parcial nas Eleições 2020

 Especialista alerta sobre o uso de recursos do Fundo Partidário e Eleitoral


De acordo com o calendário eleitoral 2020, neste domingo (25) encerra prazo para partidos políticos, coligações e candidatos divulgarem o relatório discriminando as transferências do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (Fundo Eleitoral), sobre os recursos estimáveis e recebidos em dinheiro, bem como os gastos realizados. A prestação de contas parcial deve bem discriminar o uso das fontes financeiras, desde o início da campanha até o momento.

Aos eleitores e apoiadores das campanhas, esse é o momento em que se pode avaliar, antes das urnas, se a conduta dos candidatos está de acordo com as suas propostas. A origem e a destinação dos recursos são atributos palpáveis no processo de definição dos votos.

Segundo o professor da Pós-Graduação em Direito Eleitoral da Universidade Estadual de Londrina, Guilherme Gonçalves, especialista na área e fundador do GSG Advocacia, o Fundo Partidário serve para custear atividades rotineiras das legendas, como pagamentos de despesas básicas (água, lua e aluguel), passagens aéreas, entre outros. “A prestação de contas é um instrumento fundamental, para que o eleitor saiba quanto e como os partidos estão gastando os recursos públicos que receberam, além de saber sobre as doações de pessoas físicas. Os valores, repassados às siglas anualmente, advêm de dotações orçamentárias da União, multas e penalidades pecuniárias de natureza eleitoral, doações de pessoas físicas diretamente nas contas dos partidos e demais recursos que, eventualmente, forem atribuídos por lei”, explica.

O mau uso dos recursos coloca os partidos sob judice, forçando a devolução dos valores corrigidos e atualizados, podendo, inclusive, implicar em suspensão dos repasses. Irregularidades na aplicação do Fundo Partidário nas campanhas de 2014 somam hoje um débito de mais de R$27 milhões, que deverão ser devolvidos aos cofres públicos. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 31 dos 32 partidos registrados naquele ano não utilizaram as verbas de maneira adequada.

O Fundo Especial de Financiamento de Campanha, também chamado de Fundo Eleitoral, é liberado em anos eleitorais desde 2018. A partir da proibição, em 2015, do financiamento por parte de pessoas jurídicas, o fundo passou a ser uma das principais fontes de receita para a realização das campanhas eleitorais e é distribuído aos diretórios nacionais dos partidos políticos observando diretrizes estabelecidas pelo TSE”, finaliza Guilherme Gonçalves.

 

Posts mais acessados