Fonte: Pixabay
A farmácia caseira é bem comum no Brasil como forma
de ajudar nas emergências do dia a dia. Ao mesmo tempo, significa acesso mais
fácil a remédio diante de alguma necessidade e, geralmente, sem a devida orientação
do(a) clínico
geral ou do(a) especialista para saber se seria adequado ao paciente.
Em 2019, uma pesquisa do Instituto Datafolha
encomendada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) constatou que o hábito de
manter uma farmácia caseira é comum a 77% dos brasileiros que fizeram uso de
medicamentos nos últimos seis meses. Deles, 47% se automedica pelo menos uma
vez por mês e 25%, diariamente ou ao menos semanalmente.
No entanto, a automedicação aumenta o risco para
outros problemas. Segundo o site do CFF, uma pesquisa feita por um grupo de
farmacêuticos aponta que 52,8% das intoxicações registradas no Brasil entre
2010 e 2017 aconteceram por ingestão de medicamentos. Foram 298.976 casos de
intoxicação, conforme o DataSus, sendo que a automedicação correspondeu a
17.923 dos registros, ou seja, 15,15%.
Cuidados com medicamentos em casa
O ideal é que as pessoas tenham em casa curativos,
esparadrapos, luvas, termômetros, bolsa térmica, antissépticos, algodão,
ataduras, compressas, soro fisiológico em frascos com tampas, álcool, tesoura
de ponta arredondada.
Além dos medicamentos dos tratamentos feitos pelos
moradores da casa, muitos estoques incluem antitérmicos, analgésicos, xaropes,
anti-inflamatórios, antialérgicos, antigases, antiácidos, etc.
Todos devem ficar acondicionados em local com
temperatura ambiente, longe de ambientes muito quentes; separados de alimentos,
em compartimento ou caixa trancada, para evitar a ingestão acidental por
crianças. Alguns exigem refrigeração, portanto, devem ser guardados na
geladeira, mas não na porta, nem perto do congelador.
As caixas e bulas originais devem ser mantidas para
ajudar a identificar as datas de validade e a finalidade de cada um. O ideal é
verificar constantemente. Medicamentos vencidos ou que mudaram de cor e
consistência devem ser descartados. Há redes de farmácias que realizam a coleta
apropriada.
Medicamentos que já foram utilizados por qualquer
razão não devem ser ingeridos novamente sem a orientação de um especialista. Na
mesma linha, não é recomendado tomar remédios que funcionaram com vizinhos e
conhecidos, pois cada organismo reage de forma específica. A dose que funciona
com uma pessoa pode causar desde alergias a intoxicações graves em outra.
Além disso, o uso de medicação por conta própria
pode mascarar sintomas e levar ao agravamento do quadro. A associação a outra
medicação pode ser ainda mais perigosa: pode impedir o efeito ou causar uma
reação cruzada diante da combinação das substâncias ingeridas.
Orientação médica
No caso onde não for possível o atendimento
presencial, para avaliação do médico ou da médica, uma opção em tempos de
pandemia causada pelo novo coronavírus é utilizar a
teleconsulta.
Coberto pelos planos de saúde, o atendimento
permite que o paciente converse com o especialista por meio de videochamada. A
agilidade oferecida pelo formato remoto contribui para solucionar dúvidas e
receber orientações sobre o que fazer conforme a situação.
Nos casos de emergência, como suspeitas de infarto,
AVC, fraturas, etc, sintomas mais graves da Covid-19, a teleconsulta não é
indicada. A pessoa deve procurar imediatamente o pronto socorro ou atendimento
de emergência no hospital para
receber o atendimento correto.
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