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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Problemas de suor excessivo? Entenda o que é hiperidrose e como tratar

A transpiração é um fluido excretado pelo corpo, e que possui um papel importante na manutenção da temperatura corporal. Porém, algumas pessoas podem desenvolver um distúrbio que leva a uma produção excessiva de suor, chamado de hiperidrose. No Brasil, a doença atinge de 1% a 3% da população. Por isso, entender quais os tipos de condições existentes e as opções de tratamento pode ajudar a diminuir os sintomas, evitando assim o constrangimento social, profissional e emocional que acomete as pessoas portadoras dessa condição.

O suor excessivo é o principal sintoma da hiperidrose, que pode ser classificada como: primária focal, aparecendo na infância ou adolescência, normalmente nas axilas, mãos, pés, cabeça e rosto; ou secundária generalizada, que pode aparecer na fase adulta, por conta de uma condição médica ou por efeito colateral de medicações. Diferente da primária focal, as pessoas com a secundária podem suar em todas as áreas do corpo, ou em locais incomuns. Em ambos os casos, o diagnóstico deve ser realizado por um dermatologista, que poderá conduzir a melhor forma de tratamento.

Além das alternativas profissionais de ajuda, que serão abordadas mais adiante, existem recomendações comportamentais que podem melhorar a qualidade de vida dos pacientes, como: evitar calor excessivo, buscar um profissional que auxilie o controle emocional (ansiedade, nervosismo), evitar alimentos picantes e consumo de álcool. Deve-se também evitar roupas apertadas, tecidos sintéticos, calçados fechados; aumentar as trocas frequentes de meias e sapatos, usar palmilhas absorventes, talco para os pés, e meias de algodão.


Tratamentos disponíveis

Antitranspirantes: são amplamente utilizados. Fazem parte desse grupo os antiperspirantes tópicos, com hexa-hidrato de cloreto de alumínio, medicação eficaz que é usada para aliviar sintomas leves a moderados. A ampla disponibilidade, custo-benefício e facilidade de uso o torna um tratamento de primeira linha. Porém em algumas pessoas pode causar irritação da pele e/ou alergia.


Medicamentos orais: reservados para casos resistentes, os anticolinérgicos inibem a estimulação da secreção das glândulas sudoríparas. Porém, os efeitos colaterais forçam um terço dos pacientes a interromper o tratamento, pois causam secura na boca e olhos, visão embaçada, hipertermia, hipotensão ortostática, problemas gastrointestinais, retenção urinária, taquicardia, sonolência, tontura e confusão mental.


Iontoforese: tratamento seguro e econômico, que utiliza corrente galvânica (eletricidade) com o objetivo de bloquear a glândula do suor das mãos e dos pés, onde é mais eficaz. Os efeitos colaterais incluem desconforto, secura, formigamento, vermelhidão, bolhas, rachaduras, e podem ser melhorados com hidratantes, creme tópico de corticosteróide, diminuição da frequência ou intensidade do tratamento.


Toxina Botulínica: é uma substância segura e eficaz para hiperidrose focal. São injeções administradas nas áreas afetadas com a intenção de bloquear a sudorese intensa por um longo período (em média 7 meses). A queixa mais comum é a dor causada pelas injeções. Após o procedimento pode haver formação de pequenos hematomas pelo trauma da agulha que em média dura de 2 a 4 dias. Para quem tem fobia a agulhas, a aplicação pode ser realizada através de um dispositivo pressurizado.


Tratamento cirúrgico: é considerado quando os tratamentos conservadores não funcionam. As técnicas cirúrgicas incluem excisão, curetagem, lipoaspiração das glândulas sudoríparas ou uma combinação dessas técnicas. A simpatectomia é um dos últimos recursos, pois o procedimento tem como objetivo interromper os sinais que avisam ao corpo para suar excessivamente, e podem levar a inúmeras complicações pós-operatórias, além de sudorese compensatória, quando o corpo começa a suar em outras áreas.

Embora não seja uma doença grave, a hiperidrose compromete a qualidade de vida das pessoas que a possuem. Buscar ajuda profissional é uma forma de tentar reparar a produção excessiva de suor. Lembrando sempre que o tratamento depende do diagnóstico, da localização, gravidade, segurança e efeitos colaterais, e que as opções mais "conservadoras" devem ser realizadas antes das opções mais agressivas e invasivas.

 


Dra. Lilian Odo - dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Academia Americana de Dermatologia. Fez especialização em Laser na Universidade de Hokkaido, Japão; e de Cicatrização na Universidade de Boston, EUA. Atualmente, é convidada para ministrar aulas em Congressos de âmbito Nacional e Internacional. http://clinicasodo.com.br/index.php/dra-lilian/


DEVO ME PREOCUPAR 24H COM A MINHA POSTURA?

 

Segundo fisioterapeuta, o segredo da postura ideal é respeitar as curvas naturais da coluna.

 

Antes de continuar lendo essa matéria, pare e avalie a sua postura. Como você está sentado agora? Faz tempo que está parado na mesma posição? Ao fim do dia você sente dores? Seu rendimento está baixo? Essas são algumas questões importantes antes de começarmos a falar sobre a postura ideal. De acordo com a fisioterapeuta Ana Luísa Marçal, diretora do Instituto Pilates, unidade de Guarulhos, infelizmente muitas pessoas acham que o correto é manter a espinha ereta, quase em um ângulo de 90º. “Na verdade, o segredo da boa postura está exatamente em respeitar as curvas naturais da coluna” – explica a especialista. 

No entanto, a fisioterapeuta orienta que não podemos esquecer que permanecer muito tempo em uma mesma posição é ruim, mas no geral quando nos damos conta, lá estamos nós, sentados no trabalho ou em frente à televisão por horas seguidas. Mas, calma. Não é preciso se desesperar! Ana aconselha que nesse caso o ideal é apenas lembrar-se de revezar entre momentos parados e em movimento, além disso, investir em uma atividade física é sempre importante. 

“A atividade física é um dos fatores que o ajudará a manter a postura sempre em dia, de maneira natural. Durante uma aula de Pilates, por exemplo, o aluno começa a entender que a postura é primordial para uma coluna saudável.” – Destaca. Através de um trabalho consciente do centro do corpo e da musculatura das costas, o praticante dessa atividade vai criando uma consciência corporal maior e assim o corpo começa a se alinhar progressivamente. “Esses exercícios atuam na musculatura do abdômen e das costas e promovem também maior mobilidade articular para a coluna vertebral” – Explica a fisioterapeuta. 

Ainda segundo a profissional, o Pilates é um ótimo exercício pois busca oferecer o condicionamento dos músculos do tronco através de exercícios para a coluna lombar, torácica e cervical trazendo ao aluno uma consciência corporal fantástica. 

Para começar, Ana Luísa deixou algumas técnicas do pilates para que você comece a praticá-las agora mesmo: 

1 – Utilize a respiração para soltar a tesão do corpo (inspire e solte o ar devagar);

2 - Movimente-se;

3 - Mantenha sua a mente livre.  


 

Ana Luisa Marçal - fisioterapeuta (Crefito: 127346-F) e atua como Diretora Clínica da Unidade de Guarulhos, do Instituto Pilates. A profissional possui formação em pilates solo e aparelhos para patologias da coluna e estabilização segmentar vertebral; além de especialização em fisioterapia Neurofuncional pela Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Saiba mais em: www.instpilates.com.br


Dente do siso: todo mundo precisa tirá-lo?

 Cirurgião bucomaxilofacial explica em quais situações é importante fazer a sua extração


Os dentes do siso, também conhecido como "dente do juízo" pela idade que normalmente erupcionam na cavidade bucal, são os últimos dentes a aparecer na boca, e a sua extração é uma cirurgia que causa muito receio às pessoas e geram questionamentos se a remoção é sempre necessária.

De acordo com um estudo publicado na Revista Surgeon, no Reino Unido, aproximadamente 152 mil pessoas realizam essa cirurgia, no Brasil não existe um dado exato, mas seguindo a estimativa desta pesquisa, considerando o número de habitantes brasileiros, 480 mil pessoas realizam a cirurgia de extração do siso.

A sua principal função é aumentar a eficiência mastigatória dos alimentos mais sólidos e duros. No entanto, com as mudanças dos hábitos alimentares, a partir da introdução de alimentos cozidos e industrializados, que são mais fáceis de serem mastigados, esses dentes foram perdendo sua função e muitas pessoas nascem inclusive sem eles.

"60 a 70% da população são indicados para fazer essa extração, só no consultório onde eu atuo, são aproximadamente 100 exodontias por mês. Por isso é importante sempre fazer uma radiografia para verificar se eles realmente não estão presentes, pois podem estar dentro do osso e às vezes o paciente nem sabe da sua existência", comenta o cirurgião bucomaxilofacial Dr. Fábio Ricardo Loureiro Sato.

Quando o siso começam a nascer, principalmente em pacientes em que os dentes são grandes para uma arcada dentária pequena, acontece de não ter espaço para eles saírem completamente e acabam ficando presos dentro da gengiva, e associados com a dificuldade de higienização por estarem localizados no fundo da boca, podem gerar um processo inflamatório no local, causando mau hálito, dor e inchaço.

"Esses dentes também podem estar associados ao aparecimento de cistos e tumores nos maxilares. Por isso, em muitos casos, a extração dos dentes do siso é recomendada. Entretanto, se caso o dente consiga erupcionar totalmente e o paciente consiga manter uma boa higienização, a sua extração não é obrigatória", explica o Dr. Fábio Sato.

A infecção na região é causada normalmente por acúmulo de restos alimentares abaixo da gengiva que recobre o dente, esse problema é chamado de pericoronarite e a principal preocupação é que ele pode evoluir para situações de maior gravidade, com infecções que podem inclusive levar a morte.

A idade ideal para a remoção é entre 16 a 20 anos, quando a raiz não está totalmente formada e o osso ainda apresenta menor rigidez, o que facilita a extração e evita possíveis complicações, como fraturas de mandíbula e parestesia, que é uma dormência persistente após a realização do procedimento cirúrgico por alguma lesão nos nervos da região.

"Muito da preocupação que se tinha no passado em relação ao procedimento cirúrgico é minimizada hoje em dia com a utilização de técnicas avançadas, que melhoram a recuperação no pós-operatório. Uma cirurgia para extração dos dentes do siso raramente ultrapassa 1 hora", afirma o cirurgião.

Além disso, ele complementa que os pacientes podem ser sedados, diminuindo o seu nível de ansiedade, tanto antes como depois da cirurgia, trazendo muito mais conforto. Isso possibilita a realização da extração dos quatro dentes do siso em uma única sessão. Em casos especiais, devido a algumas condições sistêmicas de saúde ou mesmo risco de fratura da mandíbula, esse procedimento pode ser realizado em ambiente hospitalar.

Em relação ao pós-operatório, ele costuma ser bem tranquilo, e depende muito da colaboração do paciente, respeitando as recomendações do profissional. A maioria das pessoas que passam por essa cirurgia relata praticamente ausência total de dor no pós-operatório.

"Para isso, é recomendado que nos primeiros três dias a dieta seja gelada e pastosa, e que atividades físicas mais intensas e a exposição ao sol sejam evitadas. Dessa forma, em poucos dias o paciente se recupera e já pode retornar às suas atividades normais do cotidiano", finaliza o Dr. Fábio Ricardo Loureiro Sato.

 


Dr. Fábio Sato - Formado pela Odontologia na USP, é mestre e doutor em Cirurgia Bucomaxilofacial. Sua atuação é principalmente no tratamento da Disfunção Temporomandibular através de procedimentos minimamente invasivos, Cirurgia Ortognática para Correção das Deformidades Dentofaciais, além de outros procedimentos como Enxertos Ósseos, Implantes Dentários e demais relacionados à área.


Respostas sobre as 4 principais dúvidas na reabilitação pós-COVID-19

Para alguns pacientes que tiveram COVID-19, os sintomas da doença podem continuar após a infecção ter terminado. Esses “de longa viagem”, que têm o que é conhecido como síndrome pós-COVID, podem precisar de reabilitação para voltar às atividades diárias e ao trabalho. Para ajudar esses pacientes, a Mayo Clinic lançou o Programa de Reabilitação de Atividade da COVID, ou CARP por suas siglas em inglês, para ajudar os pacientes a retornarem a suas vidas diárias e ao trabalho. O Dr. Greg Vanichkachorn, especialista em medicina preventiva, ocupacional e aeroespacial da Mayo Clinic, lidera o programa CARP (Programa de Habilitação de Atividade da Covid-19) e respondeu a alguns questionamentos comuns:


Quais são os sintomas da síndrome pós-COVID?

“Eu diria que a característica mais definitiva que vemos nesses pacientes é a fadiga. E não qualquer fadiga, mas sim uma fadiga profunda. Por exemplo, as pessoas dizem: ‘Eu cochilo de quatro a cinco horas após fazer uma coisa simples como lavar a roupa ou caminhar um quarteirão.’ É impressionante o quão esgotadas as pessoas se sentem com apenas um pouquinho de atividade. Eu diria que o segundo sintoma que vemos com alguma frequência é falta de ar, o que faz sentido. Nós sabemos que a COVID pode causar mudanças de longo prazo nos pulmões, como doenças pulmonares e afins, e pode levar à dispneia de longo prazo. Isso aparece com bastante frequência. Vemos também dores de cabeça, acredite ou não. Cerca de 30 por cento das pessoas reclamam de algum tipo de problema neurológico de longo prazo, seja dor de cabeça, tontura ou fraqueza. Mas dores de cabeça parecem ser definitivamente parte desse quadro.” 


A síndrome pós-COVID afeta somente pessoas que tiveram a doença aguda?

“Vemos isso acontecer com pessoas que não tiveram problemas em gerenciar seus sintomas em casa ou que tiveram sintomas amenos ou vemos até mesmo pacientes ficarem pior com o passar do tempo, cerca de duas semanas após a infecção. Parece haver uma relação com a idade e isso pode refletir que talvez os indivíduos apenas sejam mais sensíveis à infecção ao passo que envelhecem, o que, claro, vimos nas notícias. Mas, novamente, qualquer pessoa pode ter. Eu acho que esse é o ponto de destaque disso. Tivemos indivíduos que estavam com a saúde ótima antes da sua infecção e eles também tiveram dificuldades em se recuperarem.” 


Qual é o objetivo do Programa de Reabilitação de Atividade da COVID?

“É importante notar que o CARP não é apenas para pessoas que estão tentando voltar ao trabalho, mas para todos que estão tentando voltar à sua vida padrão. E eu destaco isso, porque vai ser diferente para todo mundo, pois alguns indivíduos são corredores de maratona, outros são pilotos comerciais, outros querem apenas voltar a serem capazes de andar com o cachorro pelo quarteirão. E trabalhamos com todos esses indivíduos para entender quais são seus objetivos.” 


Quanto tempo leva a recuperação da síndrome pós-COVID e os pacientes se recuperam completamente?

“Isso também é novo e estamos essencialmente construindo o avião e voando ao mesmo tempo. Nossos tratamentos são guiados por nossas experiências prévias, de novo, com o Vírus Respiratório do Oriente Médio bem como a SARS. Mas posso dizer para você empiricamente, neste momento, os pacientes estão gostando muito do programa. Eles estão vendo benefício. Estão relatando melhor resistência com atividades, redução na dispneia e aos poucos se recuperando. Tivemos indivíduos que voltaram ao trabalho por meio dos programas. Por sorte, ninguém ficou preso nessa situação, o que eu fico feliz em salientar. A maioria dos pacientes está se recuperando, eu diria que ao largo de cerca de seis a 12 semanas após o início da sua infecção.”

 


 Mayo Clinic


Dia Mundial da Psoríase: dois milhões de brasileiros convivem com a doença[1]

 Consulta pública para incorporação de medicamento biológico no rol da ANS está aberta até 21 de novembro

 

Pele com lesões avermelhadas cobertas por escamas brancas, que podem aparecer em qualquer lugar do corpo, porém, são mais comuns no couro cabeludo, joelhos e cotovelos e unhas[2,3]. Esses são os sintomas da psoríase, doença cutânea e crônica, de grande impacto na qualidade de vida dos pacientes[2,3]. No mundo, cerca de 60 milhões de pessoas convivem com essa condição[3]. Para aumentar o conhecimento sobre a doença e tratamentos disponíveis, o dia 29 de outubro foi instituído como o Dia Mundial da Psoríase. No Brasil, desde 2016, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove uma campanha nacional durante todo o mês de outubro para combater o preconceito com os pacientes que convivem com a doença, assim como, melhorar a vida dos mesmos.

"Levantar discussões sobre a psoríase é de extrema importância, pois estamos falando de uma doença que afeta muito mais do que a pele. Há um impacto social e emocional relevante na vida dos pacientes em decorrência das lesões aparentes[4]", explica Ricardo Romiti, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologista.

A pesquisa CLEAR[5] mostra que 96% dos pacientes brasileiros já foram humilhados discriminados por causa da doença e 64% apresenta alguma condição psicológica, como depressão e ansiedade. Romiti afirma que a falta de informação sobre a doença faz com que pessoas ao redor do paciente com psoríase não entendam suas características.

"A psoríase é uma doença inflamatória que faz com que as células da pele se multipliquem aceleradamente. O processo que demoraria cerca de um mês para acontecer, em pacientes psoriásicos, leva poucos dias[6]. O que as pessoas muitas vezes não sabem é que como esse é um processo do sistema imunológico do paciente, as lesões não são contagiosas", esclarece o dermatologista.


Quando diagnosticada de forma precoce, paciente pode se beneficiar com uma pele sem lesão

O diagnóstico da psoríase é clínico, ou seja, o médico irá examinar o paciente no consultório, checar o seu histórico, olhar os sintomas na pele. Em alguns casos poderá pedir uma biopsia para eliminar a suspeita de outras doenças similares[7,8]. A psoríase em placas é a forma mais comum, atingindo cerca de 85-90% dos pacientes[9].

"Com o diagnóstico em mãos é possível iniciar um tratamento adequado à gravidade da doença. Existem diferentes tipos de medicamentos que podemos prescrever, dependendo do paciente. Temos os de uso tópico (pomada e cremes), orais (sintéticos), a fototerapia ou os injetáveis (imuniobiológicos)[10,11]. Com o uso dos medicamentos biológicos, cerca de 80% dos pacientes com psoríase moderada a grave muitas vezes consegue atingir uma pele sem ou quase sem lesão[9]", finaliza Romiti.


Consulta Pública para incorporação de medicação biológica na rede privada está aberta

Um dos desafios é ter acesso a tecnologias avançadas que ajudam no controle da doença. No caso dos pacientes que possuem planos de saúde, para que eles tenham o tratamento coberto por seu plano, esse medicamento ou procedimento precisa ser incorporado ao Rol de Procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A boa notícia é que, para a atualização do rol em 2021, a ANS está avaliando a incorporação de secuquinumabe, medicamento biológico já incorporado no sistema público via SUS, para acesso privado com cobertura dos planos de saúde. Uma das etapas do processo é uma consulta pública para que a ANS escute a opinião da sociedade sobre essas inclusões.

A consulta é pública, ou seja, aberta a todas as pessoas da sociedade que queiram dar o seu parecer sobre o tratamento. Caso tenha interesse em participar, acesse o site da ANS através do link http://www.ans.gov.br/participacao-da-sociedade/consultas-e-participacoes-publicas de 08 de outubro a 21 de novembro.

 


Novartis

http://www.novartis.com

 

 

Referências

1- Romiti R, Amone M, Menter A, Miot HA.Prevalence of psoriasis in Brazil - a geographical survey. Int J Dermatol. 2017 Aug;56(8):e167-e168.

2- Psoríase Brasil. Relatório global sobre a psoríase. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/204417/17/9789241565189-por.pdf. Acesso em 01/10/2020.

3- Sociedade Brasileira de Dermatologia. Disponível em: http://www.sbd.org.br/psoriasetemtratamento/noticias/tratamento/ong-psoriase-brasil-promove-ato-para-chamar-a-atencao-sobre-a-falta-de-tratamento-da-doenca/. Acesso em 01/10/2020.

4- Rapp SR, Feldman SR, Exum ML et al. Psoriasis causes as much disability as other major medical diseases. J Am Acad Dermatol 1999; 41(3 Pt 1):401-7.

5- Clear Psoriasis Patient Survey. Disponível em http://saude.novartis.com.br/psoriase/a-psoriase-no-brasil/. Acesso em 30/01/2019

6- O que é e quando ela ocorre? Novartis. Disponível em: http://saude.novartis.com.br/psoriase/psoriase/saiba-o-que-e-a-psoriase-e-quando-ocorre/. Acesso em 02/10/2020.

7- National Psoriasis Foundation. About Psoriasis. Disponível em: http://www.psoriasis.org/about-psoriasis. Acesso em junho de 2016.

8- Mayo Clinic. Psoriasis. Disponível em: http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/psoriasis/basics/tests-diagnosis/con-20030838. Acesso em junho de 2016.

9- EMEA - CHMP. Guideline on Clinical Investigation of Medicinal Products Indicated for the Treatment of Psoriasis. Disponível em http://www.ema.europa.eu/docs/en_GB/document_library/Scientific_guideline/2009/09/WC500003329.pdf. Acesso em 30/01/2019.

10- Sociedade Brasileira de Dermatologia. Consenso Brasileiro de Psoríase 2012 - Guia de avaliação e tratamento. Disponível em http://www.ufrgs.br/textecc/traducao/dermatologia/files/outros/Consenso_Psoriase_2012.pdf. Acesso em 30/01/2019.

11- National Psoriasis Foundation. Psoriatic disease: about psoriasis. Disponível em www.psoriasis.org/about-psoriasis. Acesso em 30/01/2019.


Consulta Pública pode incorporar tratamento para asma grave na ANS

Processo que está aberto ao público pela internet avalia inclusão de terapia para asma grave eosinofílica, o que atenderia a grande maioria dos pacientes pelos planos de saúde

 

Até o dia 21 de novembro, médicos e sociedade civil podem participar da Consulta Pública (CP) da ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar - que avalia a incorporação de novas terapias para asma grave nos planos de saúde. No entanto, no momento, só um tratamento para asma grave alérgica foi recomendado para incorporação de maneira preliminar pela ANS, o que na prática significa que apenas 34,9% dos asmáticos graves estariam atendidos1.

Apesar de não ter sido recomendado inicialmente para incorporação pela ANS, o Nucala® (Mepolizumabe 100mg SC, da GSK), tratamento para asma grave do tipo eosinofílica, ainda pode entrar no rol dos convênios médicos ao final da Consulta Pública, a partir da participação da sociedade discordando da recomendação inicial do processo que é aberto ao público. A asma grave do tipo eosinofílica acomete mais de 70% dos asmáticos graves no Brasil2. O tratamento exerce papel importante sobre o impacto na vida dos pacientes, principalmente em relação à diminuição das exacerbações (crises) e das idas emergenciais ao pronto-socorro, que tanto comprometem a qualidade de vida de quem tem a doença. A consulta pública está disponível pelo link: http://bit.ly/3dJTn0r

O Nucala® (Mepolizumabe 100mg SC), terapia imunobiológica de última geração, diminui em média, 88% o uso de corticoide oral e, em cerca de 80%, as internações hospitalares e as visitas à emergência causadas pelas crises de asma grave eosinofílica.3,4 A dificuldade de acesso ao tratamento é um dos entraves na busca de uma melhor qualidade de vida pelos pacientes com asma grave. Este cenário foi constatado na pesquisa "A Voz do Paciente", da Associação Brasileira de Asma Grave (ASBAG) e Casa Hunter, feita com 200 pacientes que têm asma grave, nas cinco regiões do Brasil, entre janeiro e abril deste ano. A pesquisa mostrou que a maioria dos indivíduos relatou dificuldade de acesso ao tratamento, que consiste em tentar controlar a asma grave através de medicação oral e inalatória.


Sobre a asma grave

A asma grave é caracterizada por quadros de exacerbações frequentes, mesmo com o tratamento adequado, que inclui altas doses de corticoide diariamente, é responsável por mais de 50% do custo total dos investimentos em tratamento da asma no mundo.5,6 Da população total acometida pela asma, cerca de 20 milhões, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)6, estima-se que 5% a 10% apresentem a forma mais grave da enfermidade respiratória crônica.6


Sobre Nucala® (Mepolizumabe 100mg SC)

A evolução no manejo da asma grave para o tratamento eficaz da doença inclui a terapia imunobiológica Nucala® (Mepolizumabe 100mg SC), anticorpo monoclonal humanizado anti-IL-5 da GSK - que pode impactar positivamente na qualidade de vida do paciente. De acordo com os estudos clínicos, o medicamento diminui, em média, 88% o uso de corticosteroides orais e 80% as internações hospitalares e as visitas à emergência causadas pelas crises.3,4

 

 

GSK

 http://www.gsk.com.br

 

Referências:

• MELLO, LM, et al. Severe asthma and eligibility for biologics ni a Brazilian cohort. Journal of Asthma, 2020: http://doi.org/10.1080/02770903.2020.1748049

• Alves, A.M. et al. J Bras Pneumol. 2020;46(3)

• KHURANA, S. et al. Long-term safety and clinical benefit of mepolizumab in patients with most severe eosinophilic asthma: the Cosmex study. Clin Ther, 41: 2041-56, 2019.

• TAILLÉ, C. et al. Mepolizumab in a population with severe eosinophilic asthma and corticosteroid dependence: results from a French Early Access Programme. Eur Respir J: doi: 10.1183/13993003.02345-2019, 2020.

• ANTONICELLI, L., et al. Asthma severity and medical resource utilisation. European Respiratory Journal 23-34: 723-729, 2004.

• CHUNG, KF. et al.International ERS/ATS guidelines on definition, evaluation and treatment of severe asthma. Eur Respir J; 43(2):343-73, 2014

• Sociedade Brasileira de Pneumologia. Disponível em: http://sbpt.org.br/portal/publico-geral/doencas/asma-perguntas-e-respostas/. Acessado em 29 de Julho de 2020.

• Global Initiative For Asthma (GINA). Pocket Guide For Asthma Management and Prevention. Disponível em: . Acessado em 29 de Julho de 2020.

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Câncer de mama: como lidar com os efeitos adversos do tratamento?

Náuseas, constipação e anemia estão entre as reações mais comuns, mas podem ser evitadas


O Outubro Rosa coloca em pauta a importância do acompanhamento preventivo para o câncer de mama. É um dos meses de conscientização mais emblemáticos do calendário da saúde, principalmente por causa da incidência desse tipo de tumor no Brasil. Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), serão mais de 66,2 mil novos casos em 2020, com taxa de mortalidade superior a 25%. “O câncer de mama é o que mais acomete mulheres, mas o rastreamento adequado permite a identificação de lesões menores, que talvez precisem de tratamentos menos intensivos”, explica o coordenador do Serviço de Oncologia do Hospital Santa Cruz, Dr. Guilherme Stelko (CRM-PR 29.049, RQE 1.584).

Há alguns anos, a cirurgia de retirada completa das mamas, por exemplo, já não é a abordagem mais indicada para a maioria dos casos. Nem todo mundo precisa fazer quimioterapia ou protocolos muito extensos de radioterapia. “Existem mais de 100 tipos de tratamento, cada um com suas indicações e reações. Ainda contamos com um arsenal enorme de terapias de apoio que ajudam a amenizar os impactos e tornam mais leve a realização dos procedimentos”, destaca o médico. Toda essa evolução tem papel muito importante no combate ao câncer, pois ajuda as pacientes a se manterem fortes na luta contra a doença.

Durante o tratamento, no entanto, é importante procurar entender as rotinas e os efeitos colaterais de cada intervenção. Quanto mais cedo o médico souber de desconfortos ou intercorrências, mais cedo será possível intervir e adaptar a abordagem terapêutica. Por isso, o diálogo é fundamental. “Parece óbvio, mas a maioria das pessoas acredita que os efeitos são os mesmos para todo mundo. Isso não é verdade”, enfatiza Dr. Guilherme. Pensando nisso, listamos aqui os principais pontos de atenção e como encara-los ao longo do caminho até a cura:

 

Náuseas e vômitos

Comuns durante os protocolos de quimioterapia, podem perdurar por dias após a aplicação. Segundo Dr. Guilherme, existem medicamentos muito eficientes e capazes de abrandar esses problemas, mas que precisam ser indicados pelo médico e tomados corretamente, antes e depois das sessões. O efeito não é imediato, por isso o uso precisa ser programado de forma adequada e preventiva.

 

Constipação

Também é bastante comum e pode estar relacionada ao uso dos remédios para prevenção de náuseas e vômitos. “É importante informar ao médico com rapidez para que as doses sejam ajustadas e o intestino volte a funcionar”, explica o oncologista. Além disso, aumentar o consumo de água, sucos naturais e manter uma dieta rica em fibras, em especial nos dias que antecedem a quimioterapia, pode aliviar os sintomas.

 

Alterações sanguíneas

A quimioterapia age sobre o tumor, mas também pode afetar o sistema de defesa e as células de defesa do sangue. Para evitar o problema, existem medicamentos de suporte que ajudam a impedir a queda excessiva dessas células e a necessidade de mais intervenções, como transfusões de sangue e uso de antibióticos.

 

Alergias

Alguns tipos de quimioterapia podem gerar crises alérgicas, principalmente em pacientes que já apresentam histórico de hipersensibilidade ou reações na pele e mucosas. “Essas reações infusionais podem acontecer, mas são mais comuns em classes específicas de medicamentos de quimioterapia. Antes de decidir quais remédios serão usados, é preciso investigar alergias, considerar ocorrências prévias e até mesmo incluir antialérgicos na rotina da paciente”, explica Dr. Guilherme.

 

Mucosite

É uma inflamação na mucosa da boca que acaba gerando lesões parecidas com aftas. Segundo do. Dr. Guilherme, surgem como efeito colateral de alguns medicamentos quimioterápicos específicos e demandam cuidados locais, com apoio de dentista especializado, pois podem prejudicar a alimentação.

 


Hospital Santa Cruz

www.hospitalsantacruz.com


Outubro Rosa: Omint reforça a importância do autocuidado e atenção para a saúde integral da mulher durante a pandemi


·        O diagnóstico postergado compromete a sobrevida dos pacientes, diminuindo a chance de cura


·        Omint reforça a necessidade dos exames e consultas de rotina, com os devidos cuidados necessários durante a pandemia


informações sobre o câncer de mama. Apesar da participação massiva de entidades, unidades de saúde e profissionais da área em todo o país para divulgar dados relevantes sobre o assunto, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a pandemia do novo coronavírus provocou uma queda de aproximadamente 75% no número de atendimento para rastreamento e tratamento para câncer de mama entre março e abril de 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Dra. Débora Alchorne, ginecologista obstetra credenciada Omint, reforça que, mesmo em período de pandemia, as mulheres devem seguir com as suas consultas de rotina para evitar diagnósticos tardios. “É fundamental procurar o seu médico, não apenas se encontrar alguma alteração na palpação, mas também para os exames de rotina já que eles são em sua maioria preventivos, como papanicolau, mamografia, ultrassom transvaginal, ultrassom da mama, checagem de hemograma, colesterol, glicemia, função renal e hepática”, orienta.

Para dar suporte a essa rotina, em situações de dúvidas e orientações pontuais, a Omint ainda disponibiliza a Central de Atendimento e o Dr. Omint Digital, plataforma de orientação médica por videoconferência, que colocam à disposição da cliente um médico da rede credenciada apto a prestar orientações médicas de forma simples e conveniente. 


Acompanhamento médico e rastreio são fundamentais para um bom prognóstico

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCa), o câncer de mama é o segundo tipo de neoplasia mais freqüente no mundo e o mais comum entre as mulheres, representando uma das principais causas de morte. Para o Brasil, estima-se que um total de 66.280 casos novos de câncer de mama para cada ano do triênio 2020-2022. Esse valor corresponde a um risco estimado de 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres.

Segundo o Dr. Murilo Brazan, mastologista credenciado Omint, apesar de importante, o autoexame feito como única forma de prevenção não é o método mais eficaz para detectar o câncer de mama. “Isso porque é possível apalpar o nódulo cancerígeno quando ele já está em estágios avançados. Portanto, se você tem 40 anos ou mais, deve fazer mamografia todos os anos, associada ao exame clínico, como ultrassonografia e ressonância magnética, quando necessários”, explica.

Para o especialista, embora a ultrassonografia seja muito mais confortável, não é eficaz para rastreamento como método isolado. Apesar de amplamente utilizado, o seu principal papel é complementar a mamografia, que é ainda o principal exame para a detecção do câncer de mama. O médico também alerta que pacientes com fatores de risco devem antecipar a fase de rastreio. “O objetivo é buscar lesões assintomáticas, que não seriam perceptíveis pela paciente. Para as mulheres que possuem histórico familiar positivo, a recomendação é iniciar os exames cerca de 10 anos antes de quando o parente de 1º grau ou 2º grau teve o câncer de mama.”


Prevenção e tratamento

De acordo com o mastologista, é importante observar cada mudança no corpo, além de preservar a saúde com uma boa alimentação e práticas de exercício. “Algumas decisões cotidianas, como praticar atividade física, manter um peso adequado à altura e ingerir bebida alcoólica apenas moderadamente podem atuar em benefício da mulher. Além disso, para a prevenção do tumor de mama, é fundamental manter uma alimentação de boa qualidade e variedade”, afirma.

O especialista ressaltou ainda que o diagnóstico postergado compromete a sobrevida dos pacientes, diminuindo as chances de cura. “Pacientes que possuem indicação de tratamento, mesmo em distanciamento social, a orientação é seguir com o atendimento respeitando todos os cuidados e precauções necessários. Se a paciente ainda não começou a quimioterapia, é possível indicarmos alternativas como a hormonioterapia. Se a única indicação for a quimioterapia, o risco de não tratar a doença é muito maior”, explica.


CÂNCER DE FÍGADO: UM PROBLEMA SILENCIOSO E PERIGOSO

  Caracterizado por ser uma doença com poucos sintomas em sua fase inicial, ele pode ser fatal, principalmente se não for diagnosticado no início do quadro

 

O hepatocarcinoma (câncer primário de fígado mais comum) é o quinto tumor maligno mais frequente e o segundo câncer que mais mata no mundo. Ocorre principalmente em pessoas com cirrose. 

De acordo com a hepatologista do Hospital Brasília Natália Trevizoli, qualquer paciente com cirrose tem risco de ter carcinoma hepatocelular, independentemente de a causa da cirrose ser por hepatite B ou C, álcool, gordura no fígado (a chamada doença hepática gordurosa não alcoólica), ou outras causas menos comuns. Em alguns casos, ele pode ocorrer mesmo na ausência de fibrose avançada.

“O consumo de álcool e alimentos contaminados por aflatoxina, a obesidade e o diabetes aumentam o risco de desenvolvimento desse tumor” explica.

Caracterizado por ser uma doença silenciosa, em geral não apresenta sintomas nas fases iniciais da doença. A médica explica que, para pacientes com doença no fígado já estabelecida, a indicação é realizar frequentemente exames de rastreio para o tumor (em geral, ecografia a cada 6 meses). Ela enfatiza também que pessoas que já têm diagnóstico de doença no fígado devem manter acompanhamento médico regular.

É possível prevenir a doença. Segundo Trevizoli, a vacinação universal para hepatite B e o controle dos demais fatores de risco para doenças hepáticas são essenciais. “Evitar uso abusivo de álcool, buscar estilo de vida saudável, evitar compartilhamento de objetos pérfuro-cortantes, fazer uso de preservativo em relações sexuais e otimizar controle de doenças como obesidade e diabetes contribuem positivamente para prevenir a doença”, recomenda. “Em pacientes já portadores de doenças no fígado, dados recentes sugerem que o consumo de café (até três xícaras por dia) pode ajudar a reduzir o risco do desenvolvimento deste tumor”, alerta.

O tratamento em geral envolve uma equipe multidisciplinar, composta por hepatologistas, cirurgiões, radiologistas intervencionistas e oncologistas. A médica explica que, a depender do estágio da doença, pode ser indicada cirurgia para retirada do tumor, transplante de fígado, uso de métodos de destruição local do tumor (tais como radioablação e quimioembolização) ou quimioterapia (que neste caso geralmente é realizada com medicamento oral).

 


Hospital Brasília


7 fatos sobre o AVC que talvez você não conheça

Apesar de ser a segunda causa de morte no Brasil¹, doença ainda gera dúvidas sobre prevenção, tratamento e impactos na vida das pessoas

 

Todo mundo já ouviu falar e conhece alguém que teve, seja vizinho, amigo, parente, conhecido ou até mesmo celebridade. Esse contato dos brasileiros com o acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido popularmente como derrame, se explica em números: a doença é a segunda maior causa de morte no Brasil¹ e estima-se que, a cada seis segundos, uma pessoa morra por essa causa no mundo². Por aqui, são aproximadamente 400 mil casos por ano que resultam em 100 mil mortes³ - bem mais do que os cânceres de mama (18,4 mil)5 e de próstata (16,7 mil)v, por exemplo.

Mesmo com o aumento do fluxo de informações nos últimos anos quanto às principais causas do AVC, como preveni-lo e a importância de procurar atendimento médico nos primeiros sinais da doença, muitas dúvidas ainda rondam a população, e a informação segue como o principal meio de evitar que mais pessoas corram esse risco. Com o auxílio do Dr. Hélio Penna, médico especialista em emergência e presidente da ABRAMEDE (Associação Brasileira de Medicina de Emergência), listamos abaixo 7 fatos sobre o AVC que devem ser amplamente difundidos para conscientização do público: 



1- Existem dois tipos 


O AVC pode ocorrer de duas formas. "Quando há a obstrução do vaso e interrupção do fluxo sanguíneo em uma área do cérebro, é conhecido como AVC isquêmico. Já quando ocorre um rompimento do vaso e extravasamento do sangue, temos um AVC hemorrágico", explica o Dr. Hélio. Enquanto o primeiro representa a grande maioria dos casos, 84%, o segundo é mais raro, mas tem impactos mais complicados e um maior índice de óbitos¹. 



2- É uma doença multifatorial 


Não há uma causa definida para a ocorrência do AVC, e sim vários fatores correlacionados: doenças do coração, sedentarismo, diabetes, pressão alta, tabagismo, colesterol descontrolado, sexo, história de doença vascular prévia, uso de anticoncepcional, abuso de álcool e drogas, entre muitos outros¹. 



3- Ao primeiro sinal, é necessário procurar ajuda médica 


Os sintomas mais comuns são paralisia de um lado do corpo, dificuldade para falar, desequilíbrio, vertigem, alterações da visão e da sensibilidade. Se você estiver dentro de um dos fatores de risco e sentir algum desses sintomas, procure ajuda médica imediata¹. O tempo é crucial quando se trata da doença: uma vez com o quadro instaurado, uma pessoa com AVC pode perder até 2 milhões de neurônios por minuto por falta de oxigenação5. 



4- AVC e COVID-19 podem ter uma relação perigosa 


Muitos fatores de risco para o desenvolvimento de um AVC são os mesmos para casos graves de infecção pelo coronavírus, tais como diabetes, tabagismo, obesidade e doenças cardiovasculares. Para além disso, há uma relação direta da COVID-19 com o AVC: "o coronavírus aumenta a coagulação do sangue e, consequentemente, a formação de trombos, que podem, eventualmente, causar AVC", revela o médico. O vírus também é responsável por instaurar um quadro de inflamação que pode descompensar condições - como as cardíacas e o diabetes - o que acaba aumentando as chances de um acidente vascular cerebral. 



5- Algumas doenças do coração estão diretamente relacionadas aos casos de AVC 


Pacientes com arritmias, como a fibrilação atrial, espécie de descompasso nos batimentos cardíacos, têm até cinco vezes mais chances de sofrer um AVC6. No Brasil, cerca de 1,5 milhão de pessoas convivem com essa doença, que é responsável por 20% dos casos de AVC 7, 8 . 



6- 90% dos casos poderiam ser evitados com prevenção 


O uso de anticoagulantes, como parte do tratamento da fibrilação atrial, reduz em aproximadamente 60% a incidência de AVC nos pacientes9. Estima-se que a extensão ampliada a outros fatores de risco poderia ampliar para até 90% a proteção para o AVC10 . "Isso inclui o tratamento correto e recorrente de arritmias, outras doenças cardíacas e do diabetes, além da redução do tabagismo, sedentarismo e estímulo de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e atividade física regular", detalha Penna. 



7- Nem 30% dos pacientes chegam ao hospital em 3 horas 


Do primeiro sinal de AVC ao início do atendimento de emergência, o paciente deve levar, no máximo, três horas para evitar sequelas mais graves e até o óbito. Entretanto, apenas 22% conseguem atendimento médico dentro do período recomendado. "Em tempos de pandemia, temos percebido que as pessoas tendem a postergar ainda mais uma ida ao hospital com medo do contágio, mas é imprescindível que se procure a emergência imediatamente ao perceber algum dos sinais", reitera o especialista.


Boehringer Ingelheim

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1 Protocolo de tratamento AVC - Espírito Santo Agosto/2001.
2 de Carvalho JJ et al. Stroke Epidemiology, Patterns of Management, and Outcomes in Fortaleza, Brazil. Stroke. 2011 Dec;42(12):3341-6. doi: 10.1161/STROKEAHA.111.626523. Epub 2011 Nov 3
3 Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares.
4 WHO. International Agency for Research on Cancer. The Global Cancer Observatory. Disponível em: http://gco.iarc.fr/today/data/factsheets/populations/76-brazil-fact-sheets.pdf. Acesso em 30 de março de 2020.
5 WebMD. Timeline of a Stroke. Disponível em http://www.webmd.com/stroke/stroke-symptoms-timeline. Acessado em 08/07/2020
6 Mansur Ade P1, Favaratto D1. Trends in Mortality Rate from Cardiovascular Disease in Brazil, 1980-2012. Arq Bras Cardiol. 2016 Jul;107 (1) 20-5. Doi:105935/abc.20160077.Epub2016 May 24.
7 Zimerman LI, Fenelon G, Martinelli Filho M, Grupi C, Atié J, Lorga Filho A, et al; Sociedade Brasileira de Cardiologia. 8 Diretrizes brasileiras de fibrilação atrial. Arq Bras Cardiol. 2009;92(6 supl 1):1-39 - acesso em: 19 de setembro de 2017.
8 Gouveia CA, Filho RL, Fantini FG, fantini PR. Rev Bras Neurol, 45 (1): 5-11. 2009.
9 Granger C B , Armaganijan L V Circulation 2012;125:159-164.
10 Secretaria de Saúde do Distrito Federal. AVC pode ser evitado em 90% dos casos. Disponível em http://www.saude.df.gov.br/avc-pode-ser-evitado-em-90-dos-casos. Acessado em 28/04/20.

 

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