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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

CÂNCER DE FÍGADO: UM PROBLEMA SILENCIOSO E PERIGOSO

  Caracterizado por ser uma doença com poucos sintomas em sua fase inicial, ele pode ser fatal, principalmente se não for diagnosticado no início do quadro

 

O hepatocarcinoma (câncer primário de fígado mais comum) é o quinto tumor maligno mais frequente e o segundo câncer que mais mata no mundo. Ocorre principalmente em pessoas com cirrose. 

De acordo com a hepatologista do Hospital Brasília Natália Trevizoli, qualquer paciente com cirrose tem risco de ter carcinoma hepatocelular, independentemente de a causa da cirrose ser por hepatite B ou C, álcool, gordura no fígado (a chamada doença hepática gordurosa não alcoólica), ou outras causas menos comuns. Em alguns casos, ele pode ocorrer mesmo na ausência de fibrose avançada.

“O consumo de álcool e alimentos contaminados por aflatoxina, a obesidade e o diabetes aumentam o risco de desenvolvimento desse tumor” explica.

Caracterizado por ser uma doença silenciosa, em geral não apresenta sintomas nas fases iniciais da doença. A médica explica que, para pacientes com doença no fígado já estabelecida, a indicação é realizar frequentemente exames de rastreio para o tumor (em geral, ecografia a cada 6 meses). Ela enfatiza também que pessoas que já têm diagnóstico de doença no fígado devem manter acompanhamento médico regular.

É possível prevenir a doença. Segundo Trevizoli, a vacinação universal para hepatite B e o controle dos demais fatores de risco para doenças hepáticas são essenciais. “Evitar uso abusivo de álcool, buscar estilo de vida saudável, evitar compartilhamento de objetos pérfuro-cortantes, fazer uso de preservativo em relações sexuais e otimizar controle de doenças como obesidade e diabetes contribuem positivamente para prevenir a doença”, recomenda. “Em pacientes já portadores de doenças no fígado, dados recentes sugerem que o consumo de café (até três xícaras por dia) pode ajudar a reduzir o risco do desenvolvimento deste tumor”, alerta.

O tratamento em geral envolve uma equipe multidisciplinar, composta por hepatologistas, cirurgiões, radiologistas intervencionistas e oncologistas. A médica explica que, a depender do estágio da doença, pode ser indicada cirurgia para retirada do tumor, transplante de fígado, uso de métodos de destruição local do tumor (tais como radioablação e quimioembolização) ou quimioterapia (que neste caso geralmente é realizada com medicamento oral).

 


Hospital Brasília


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