Em vigor desde 23 de março, o decreto n°64864 determinou que todas as atividades escolares fossem suspensas no estado de São Paulo. Com a pandemia de COVID-19 instalada no país, uma nova realidade estava diante das escolas: a necessidade de adequação ao isolamento social.
Com as atividades escolares pausadas e sem previsão
de retorno para o presencial, inicialmente, as escolas sentiram-se
desamparadas. Adaptar-se ao ensino a distância era a única alternativa para dar
continuidade aos conteúdos do ano letivo. Para tornar possível essa realidade e
diminuir os prejuízos aos alunos, foi preciso buscar maneiras de mobilizar
ferramentas, reestruturar salas de aula, preparar professores, entender a
realidade de cada um e montar cronogramas semanais.
A crise provocada pela COVID-19 gerou impactos no
ambiente escolar. A falta de convívio social com outras pessoas, sem a
interação no ambiente escolar e a necessidade de adequação ao ensino remoto
trouxeram desafios novos para os alunos. Além de lidar com a preocupação da
pandemia, os estudantes ficaram sem o espaço de apoio para lidar com essas
questões, muitas vezes, oferecidas no cenário escolar.
Ensino Híbrido
Sete meses após a publicação do decreto, a maioria
dos estabelecimentos do estado de São Paulo estão autorizados a retornarem suas
atividades, porém, as escolas permanecem fazendo parte do grupo com atividades
inativas. Pensando na importância de manter os vínculos socioemocionais e
garantir as medidas sanitárias aos alunos, o ensino híbrido tem se tornado uma
realidade acessível para as escolas.
Mesmo que situação de ensino das escolas públicas e
privadas sejam divergentes, é preciso levar em consideração a estrutura das
escolas particulares. O ensino híbrido pode ser aplicado para todas as faixas
etárias e pode ser avaliado individualmente, para que as famílias se sintam
confortáveis em tomarem a decisão ideal.
Na prática, a implantação do ensino híbrido no
Colégio Wellington Objetivo foi realizada de maneira simples, com o custo médio
de R$ 250,00 por salas. Foram aplicados com roteadores de internet Wi-fi,
espalhados em cada piso para atender os alunos, lousas digitais para permitir o
compartilhamento de conteúdos entre os educadores e alunos, além da gravação
das aulas para que o estudante tenha fácil acesso após o período de ensino. Já
os educadores irão precisar somente do seu dispositivo celular, fone de ouvido
e terão acesso da rede Wi-fi corporativa.
O ensino em formato híbrido deve ser tratado como
uma realidade possível e acessível para as escolas, e não um modo distante de
se alcançar. Mesmo em um cenário pós-pandemia será uma ferramenta indispensável
nos reforços e avaliações que mostraram não ter obrigatoriedade presencial para
funcionar, onde o professor pode amparar o aluno em dúvidas de forma mais
autônoma. É essencial que essa modalidade seja inserida no cotidiano dos
alunos, para que o retorno presencial seja aplicado da melhor maneira possível.
Maria
Salete Folster - A professora Maria Salete
Folster é pedagoga e diretora geral do Colégio Wellington Objetivo, localizado
na Freguesia do Ó, na cidade de São Paulo. Há 55 anos, o colégio tem o
compromisso de formar futuros cidadãos. Inova na educação desde 1965,
garantindo o desenvolvimento intelectual, físico, emocional, social e cultural.
A proposta da escola é estar alinhada com a formação de pessoas críticas, autônomas,
responsáveis consigo mesmas e com o mundo. Atualmente, a escola possui mais de
1000 alunos em turmas que vão da educação infantil ao ensino médio. Mais
informações no www.colegiowellington.com.br