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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Por que as mulheres perdem os óvulos ?

 

Ovulação 
Divulgação

Entenda o que acontece com a reserva ovariana com o passar do tempo

Todas as mulheres já nascem com uma quantidade de óvulos para toda sua vida fértil e, com o passar dos anos, este número vai diminuindo gradualmente com o envelhecimento ovariano.


Esse processo é definido como a perda da saúde reprodutiva dos ovários e óvulos, e está associado a um declínio no número de folículos, que são liberados durante o ciclo menstrual onde dentro de um deles o óvulo amadurece. “Toda mulher nasce com um número determinado de folículos, em torno de 1 a 2 milhões, que vai diminuindo ao longo da vida. Para se ter uma ideia, essa diminuição é tão considerável que a mulher entra na adolescência com uma média de apenas 500 mil folículos na reserva ovariana”, afirma Fernando Prado, ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana da Clínica Neo Vita.


Por isso é comum algumas mulheres, ao tentar engravidar, serem diagnosticadas com baixa reserva ovariana. Os hormônios tornam-se insuficientes, falta ovulação, diminui a fertilidade, as menstruações se tornam irregulares, depois escassas e vão cessando até desaparecem completamente de forma irreversível marcando o início da menopausa, geralmente por volta dos 51 anos. “A reserva ovariana é o principal marcador da fertilidade da mulher. Seu processo de envelhecimento é muito natural, por isso sempre reforçamos que a gravidez deve acontecer até os 35 anos, porque, após essa idade, os números de óvulos caem dificultando o processo de uma gestação natural e, após os 40 anos, aumentam os riscos de síndrome genética”, complementa.


Mesmo o envelhecimento ovariano tendo causas naturais e genéticas existem outros fatores que podem influenciar negativamente neste processo como o estresse, distúrbios psicológicos, cansaço e tensões, uso de drogas, bebidas, cigarro, hábitos alimentares inadequados e noites mal dormidas. “Não existe nenhum tratamento para reposição dos óvulos perdidos, por isso o ideal é congelar ainda na fase que os folículos estão bem ativos. Com esse procedimento as chances de engravidar são as mesmas da idade que a mulher tinha quando fez a coleta dos óvulos, já que ele ajuda a restaurar o potencial fértil feminino no futuro, se tornando uma opção para mulheres que queiram realizar o desejo de ser mãe, mesmo que tardiamente”, finaliza Prado.

 

Cirurgia bariátrica: conheça os principais métodos do procedimento

 O paciente deve conversar com o médico para avaliar a melhor metodologia de redução de estômago, sendo ela by-pass gástrico, banda gástrica, gastrectomia vertical ou derivação biliopancreática




Atualmente, a obesidade é uma das condições de saúde que mais atingem a população brasileira, e pode estar ligada tanto a fatores genéticos, quanto pelos hábitos de vida pouco saudáveis, como alimentação desequilibrada e falta de exercícios físicos. Quando o paciente é diagnosticado com a condição e decide se candidatar à redução de estômago, é natural que existam dúvidas em relação ao procedimento -- sobretudo sobre os métodos utilizados e suas particularidades.

Existem quatro técnicas diferentes reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM): Gastrectomia Vertical ou Sleeve, Bypass Gástrico, Derivação Biliopancreática (menos utilizada) e Banda Gástrica Ajustável (em desuso atualmente). De acordo com o cirurgião bariátrico Thales Delmondes Galvão, a indicação da cirurgia, independente da técnica, é baseada em quatro fatores: grau de obesidade, tentativas de tratamentos anteriores, tempo de evolução da doença e a presença de doenças associadas.

“Apenas o médico junto com o paciente saberá avaliar qual o melhor procedimento para tratar a obesidade e as doenças associadas, como a diabetes, por exemplo, sem oferecer grandes riscos aos pacientes. Essa escolha é baseada em uma avaliação do caso e é individual, dependendo de inúmeras variáveis: quanto peso precisa ser perdido, se a pessoa tem idade avançada, e condições gerais de saúde, observando as doenças associadas à obesidade”, explica Dr. Thales.

Para entender melhor os procedimentos utilizados na redução de estômago, o cirurgião bariátrico explica as principais diferenças sobre as metodologias. 



Bypass gástrico 


É a técnica bariátrica mais praticada no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, corresponde a 75% das cirurgias realizadas, devido a sua segurança e, principalmente, sua eficácia. O paciente submetido à cirurgia perde de 35 a 45% do excesso de peso inicial. 


Nesse procedimento, é feito o grampeamento de parte do estômago, que reduz o espaço para o alimento, e um desvio intestino proximal, que promove o aumento de hormônios que dão saciedade e diminuem a fome. Essa somatória entre menor ingestão de alimentos e aumento da saciedade é o que leva ao emagrecimento, além de controlar o diabetes e outras doenças, como a hipertensão arterial. 



Gastrectomia vertical ou sleeve 


A gastrectomia vertical, é um tipo de cirurgia bariátrica realizada geralmente por videolaparoscopia. Consiste na retirada de parte do estômago, sendo, portanto, irreversível. É chamada de ‘vertical’ ou ‘em manga’, porque a retirada ocorre através do grampeamento de boa parte do estômago verticalmente, deixando um tubo gástrico estreito. 



Derivação biliopancreática 


É uma associação entre a Gastrectomia Vertical, com 85% do estômago retirado e o desvio intestinal. Com esse desvio, o alimento se desloque por um caminho e os sucos digestivos (bile e suco pancreático) por outro, se encontrando somente a 100 cm antes de acabar o intestino delgado, inibindo a absorção de calorias e nutrientes. Ao contrário do Bypass, a derivação biliopancreática mantém o estômago maior e encurta o intestino, ocorrendo menos restrição e mais disabsorção dos nutrientes. 



Banda gástrica ajustável 


A colocação da banda gástrica é feita com a colocação de uma cinta de silicone, com formato de anel, em volta da parte superior do estômago que divide em duas partes com tamanhos diferentes, deixando o estômago em formato de ampulheta, que é ligado a um portal, por um tubo de silicone que é implantado por baixo da pele, e possibilita o ajuste da banda gástrica a qualquer momento pelo médico.

 

No Dia Mundial da Visão, saúde ocular de crianças e adolescentes preocupa especialistas

 Dia Mundial da Visão e Dia das Crianças trazem à tona o fato de cada vez mais jovens apresentarem problemas que, se não tratados precocemente, podem se transformar em alterações oculares e visuais graves

 

O número crescente de casos de crianças e adolescentes com miopia tem preocupado profissionais que cuidam da saúde visual. Pessoas com miopia conseguem ver objetos próximos com nitidez, mas os distantes são visualizados como se estivessem embaçados, desfocados. O tema ganha ênfase nos próximos dias, uma vez que esta quinta-feira (08/10) marca o Dia Mundial da Visão, além do Dia das Crianças, comemorado nesta segunda-feira (12/10). Segundo o Conselho Brasileiro de Óptica e Optometria, a pandemia de coronavírus, que obrigou os jovens a ficarem ainda mais tempo diante de celulares, tablets e computadores, pode gerar uma onda de pessoas com problemas que, se não tratados previamente, podem se transformar em alterações oculares e visuais graves.

“O optometrista é o profissional que atua no atendimento primário da saúde da visão. Estamos observando um aumento bastante grave de casos de problemas oculares. A grande maioria é tratável, sem necessidade de intervenções invasivas. Todavia, sabemos que grande parte desses pacientes, principalmente jovens, não está tendo esse cuidado, e isso é muito preocupante, pois tem repercussão direta na vida desses adolescentes e crianças”, destaca a presidente do CBOO, Eriolanda Bretas.

De acordo com o Ministério da Saúde, 30% das crianças em idade escolar no Brasil apresentam problemas de visão, que, quando não diagnosticados, afetam o aprendizado e podem até ser causa de evasão escolar. Já a Organização Mundial da Saúde aponta a miopia como a epidemia do século e prevê que, no próximo ano, cerca de 35% da população esteja sofrendo com o problema de visão. Em 2050, o número de casos pode alcançar 52%. Mas, de acordo com a OMS, de 60% a 80% dos casos são evitáveis ou tratáveis, bastando diagnosticar e tratar precocemente.

Diferente do técnico em óptica, responsável por receber a receita e transferi-la para o equipamento que produz a lente ou os óculos, os profissionais optometristas têm formação de nível superior e estão habilitados para avaliar a condição de todo o sistema visual, aferindo sua integridade e sinais de deficiência visual que possam ser corrigidas com o uso de óculos, lentes de contato ou reabilitação visual. Esses profissionais também estão aptos a identificar doenças que necessitem da intervenção médica, quando o paciente é encaminhado ao corpo clínico.


Dicas de cuidados

  • Limitar o tempo de uso de aparelhos eletrônicos a no máximo 2 horas por dia, fazer intervalos a cada 30 minutos de uso de dispositivos eletrônicos.
  • Manter o ambiente bem iluminado e de preferência com luz natural, manter a distância de no mínimo 40 cm da tela durante o uso (quanto maior a tela mais afastada deve estar dos olhos).
  • Incentivar a prática de atividades ao ar livre.
  • Manter uma alimentação saudável rica em vitaminas.

 

Sinais de alerta

  • Coceira nos olhos
  • Dores de cabeça
  • Olhos vermelhos
  • Lacrimejamento
  • Ato de fechar um pouco os olhos para ver melhor
  • Ato de inclinar a cabeça para os lados para focar
  • Dificuldade de concentração
  • Leitura deficiente

·         Necessidade de estar próximo da TV, celular ou leitura para ver melhor

 

08/10: Dia Mundial da Visão - Pesquisa aponta que metade dos brasileiros tem medo da cegueira

 

• Entre pacientes com diabetes, 63% tem receio de perder a visão, sendo que 41% afirmam que esse é seu maior medo

• Os dados fazem parte de uma pesquisa IBOPE DTM encomendada pela Bayer

 

Metade dos brasileiros tem medo da cegueira. É o que aponta uma pesquisa do IBOPE DTM encomendada pela Bayer. A pesquisa foi realizada online, com dois mil brasileiros, na faixa etária de 16 a 65+, de todas as regiões do país. Além disso, foi realizada uma etapa complementar telefônica para alcançar 315 casos de pacientes com diabetes. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para dois mil casos e de 6 pontos percentuais para 315 casos, considerando o nível de confiança de 95%.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que entre 60% e 80% dos casos de cegueira são evitáveis e/ou tratáveis2. A questão é que a falta de conhecimento sobre doenças que podem ocasionar a perda de visão ainda é uma grande ameaça à saúde ocular, já que compromete o diagnóstico precoce e tratamento adequado. Exemplo disso é o desconhecimento sobre a retinopatia diabética (RD), a principal causa de cegueira em pessoas com idade entre 20 e 74 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)1.

Cerca de metade (54%) dos participantes da pesquisa IBOPE DTM que responderam ter diabetes, um dos principais fatores de risco para doenças da retina, nunca ouviram falar na retinopatia diabética - a porcentagem é de 63% no caso de pacientes que estão no sistema público de saúde. Com relação ao total de entrevistados, o desconhecimento sobre RD sobe para 71%.

Apesar disso, 41% dos pacientes apontaram a perda de visão como seu maior medo. Ou seja: apesar do conhecimento insuficiente sobre doenças da retina como a RD, há uma noção sobre os riscos que o diabetes - que já acomete cerca de 12,5 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde2 - traz para a saúde dos olhos.

Diabetes e cegueira evitável

"A retinopatia diabética é geralmente causada pela glicemia mal controlada nos pacientes. Esse descontrole danifica os vasos sanguíneos da retina, o que estimula o crescimento desordenado de novos vasos, que podem se romper com facilidade e fazer com que o sangue vaze para a retina e para a parte interna do olho, afetando a visão. Na grande maioria dos casos, não existem sintomas na fase inicial da doença. Já em fases mais avançadas, os sintomas mais comuns são moscas volantes, borrões, áreas escuras na visão e dificuldade de distinguir cores", explica o oftalmologista Dr. Emerson Castro, do Hospital Sírio Libanês. Outros fatores de risco da doença são hipertensão, colesterol alto, consumo de álcool, tabagismo e gravidez associados ao diabetes, além da apnéia obstrutiva do sono.

O médico ressalta que "caso as alterações decorrentes da RD não sejam detectadas a tempo, podem atingir a área central da retina, a mácula, responsável pela visão de detalhes, causando o chamado edema macular diabético (EMD), que pode provocar visão embaçada, baixa da acuidade visual (capacidade do olho para identificar o contorno e a forma dos objetos), visão distorcida ou dificuldade para diferenciar cores. O tratamento precoce se faz necessário, pois as alterações, com o passar do tempo, podem ser irreversíveis, causando a temida perda de visão".

O EMD afeta, em média, 10% dos pacientes com diabetes tipo 1 e 2 no mundo3. Mais de 90% dos pacientes com tipo 1 terão algum grau de retinopatia após 20 anos com a doença, enquanto naqueles com o tipo 2 a porcentagem é de 60%1.

O acompanhamento médico e diagnóstico precoce são essenciais para o sucesso do tratamento e prevenção da cegueira. De acordo com a pesquisa, ¼ dos pacientes com diabetes nunca foram incentivados por seu médico a avaliar a retina. Além disso, apenas 66% disseram já ter realizado algum exame para a verificação de doenças dos olhos relacionadas ao diabetes - a maioria que deu resposta positiva se encontra na saúde suplementar (76%).

Para a detecção da RD e do EMD, existem exames que vão além do popular teste de refração, em que o paciente tenta enxergar figuras ou letras no fundo da sala. O exame mais utilizado especificamente para avaliação do fundo do olho com a pupila dilatada é o mapeamento de retina, mas outros complementam o diagnóstico e também podem auxiliar no acompanhamento do tratamento. Alguns exemplos são: a angiografia, que identifica novos vasos, obstruções e outros problemas na retina; a tomografia de coerência óptica (OCT), que recria uma imagem 3D de estruturas como retina, vítreo e nervo óptico; a fundoscopia, que por meio de um feixe de luz no fundo dos olhos torna possível observar várias estruturas, como a retina; e o Phelcom Eyer, um retinógrafo portátil adaptável ao smartphone, que traz imagens de alta precisão da retina.

Algumas atitudes preventivas são a realização de atividades físicas, alimentação saudável, acompanhamento médico regular e controle do diabetes. Já o tratamento pode ser feito com laser, injeções antiangiogênicas, medicamentos corticoides e cirurgia - lembrando que o acompanhamento clínico, ou seja, controle do diabetes, hipertensão e outras doenças já existentes deve ser concomitante. "Em alguns casos, a injeção, que interrompe o crescimento de novos vasos sanguíneos anormais e consequentemente impede o vazamendo de fluido e sangue para dentro da retina, consegue não só estabilizar a doença, mas também melhorar ou recuperar a visão que já havia sido perdida", conta o médico.


Envelhecimento: outro fator de risco importante

O envelhecimento também pode acarretar doenças da retina que levam à cegueira, como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), principal causa de perda visual na terceira idade. A pesquisa da Bayer alerta a população para a conscientização nesse sentido. Isso porque 74% dos entrevistados disseram que nunca ouviram falar em DMRI, sendo que desses, 65% tem 55 anos ou mais, faixa etária mais acometida pelo problema.

A degeneração macular relacionada à idade é causada pelo envelhecimento e desgaste natural dos tecidos. A forma mais comum é a seca, provocada por depósitos de resíduo celular na mácula (área central da retina), e a mais rara e agressiva é a úmida, que acontece com o surgimento de vasos sanguíneos frágeis, cujo sangue vaza e se acumula sob a retina, fazendo com que a visão fique embaçada, escurecida e/ou distorcida. Além da faixa etária acima dos 50 anos, outros fatores de risco são o tabagismo, sedentarismo, obesidade, olhos claros e histórico familiar. O tratamento preconizado para a forma úmida é com injeções de medicamentos antiangiogênicos, com a possibilidade também de indicação de suplementação com minerais e antioxidantes para a forma seca da doença.

 


Bayer

http://www.bayer.com.br


Câncer de garganta: aprenda a identificar os sintomas precocemente

O oncologista Artur Rodrigues Ferreira, do Centro Paulista de Oncologia (CPO), esclarece as principais causas da doença e as formas de tratamento

 

No último dia 6, o lendário guitarrista e fundador da banda Van Halen, Eddie Van Halen, faleceu aos 65 anos em decorrência de um câncer na garganta. Um subtipo dos chamados tumores orofaríngeos, que podem ainda se desenvolver na língua, palato mole, amígdalas e faringe, a doença está associada em grande parte ao tabagismo e ao consumo excessivo de álcool. Outro fator evitável de incidência da doença é a infecção pelo vírus Papiloma Humano (HPV), principalmente os subtipos 16 e 18.

De acordo com o Dr. Artur Rodrigues Ferreira, oncologista do CPO Oncoclínicas, é preciso ficar atento aos sinais precoces do câncer de garganta para o diagnóstico em fases iniciais da doença. "Se pensarmos em tumor orofaríngeo, os primeiros sinais podem aparecer por meio de feridas na boca que não cicatrizam facilmente, além do aparecimento de nódulos no pescoço. Dor para mastigar ou engolir também são sintomas que não devem ser ignorados, além de problemas como tosse e dificuldade de respiração", explica.

Sinais e sintomas ligados a rouquidão persistente, manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca e bochecha, bem como lesões na cavidade oral ou nos lábios, aparecimento de pequenas verrugas na garganta ou na boca e dificuldade na fala podem revelar um possível diagnóstico da condição. Portanto, é muito importante que seja acompanhado de perto por um especialista. 



Tratamento

Quando o paciente é diagnosticado com câncer de garganta, há alguns testes realizados em etapas para verificar o estágio do tumor e assim, definir o tratamento.

De acordo com cada caso, há possibilidade de realização de cirurgia para a retirada do tumor, uso de radiação para destruir as células cancerígenas e reduzir os tumores, quimioterapia ou o tratamento combinado (quimioterapia e radioterapia usadas em conjunto).

"Em complemento, o oncologista do CPO destaca a importância do diagnóstico precoce. Falar de diagnóstico precoce é sempre importante, pois boa parte dos tipos de câncer que afetam boca, faringe e garganta podem ter sintomas silenciosos inicialmente e, por isso, muitas vezes os pacientes perdem a chance de descobrir a condição ainda na fase precoce. De forma geral, quando diagnosticado precocemente, é possível que haja uma chance de cura do câncer de de até 90%", afirma o Dr. Artur.

 

Consumo aumentado de cigarro durante a pandemia acende alerta para "herança" de câncer de pulmão

Ao menos 34% dos tabagistas indicam que passaram a fumar mais; Além de fator de risco para sintomas graves de Covid-19, hábito é o principal responsável pelo surgimento de tumores pulmonares


A preocupação acerca dos índices de câncer de pulmão, cuja incidência está ligada ao tabagismo em 85% dos casos, ganhou contornos ainda mais dramáticos diante da pandemia do novo coronavírus. Segundo estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), feito em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Estadual de Campinas, 34,3% dos entrevistados que se declararam fumantes passaram a consumir mais cigarros por dia durante o período de isolamento social: 22,8% aumentaram em dez, 6,4% em até cinco e 5,1% em 20 ou mais cigarros. Foram ouvidos 44.062 brasileiros, de ambos os sexos, de todos os níveis de escolaridade e de todas das faixas etárias a partir de 18 anos.

Para o oncologista clínico Bruno Ferrari, fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas, o aumento do tabagismo está relacionado à ansiedade gerada pelo momento inédito na história recente da saúde. "O consumo de cigarros é um problema de saúde pública que não pode ser ignorado, é preciso reforçar a mensagem de que precisamos superar essa batalha contra a Covid-19 sem deixar de lado outros cuidados com o nosso corpo. A luta contra o tabagismo não pode ser abandonada, sob o risco de termos não apenas uma onda de aumento na incidência de neoplasias malignas, entre eles o câncer de pulmão - que tem íntima relação com este hábito nada saudável - além de ao menos outros 12 tipos de tumores", explica.

Os dados são preocupantes e reforçam a relevância das campanhas de combate ao fumo voltadas à conscientização sobre as mortes evitáveis decorrentes do consumo de cigarros. A exemplo disso, o Instituto Oncoclínicas - iniciativa do corpo clínico do Grupo Oncoclínicas para promoção à saúde, educação médica continuada e pesquisa - lança no Dia Nacional de Combate ao Fumo (29/08) uma ação para alertar sobre a importância de combater o tabagismo como forma efetiva de prevenção contra o câncer de pulmão e outros tipos de tumores malignos. A iniciativa trará uma abordagem positiva nas redes sociais mostrando os benefícios sentidos pela pessoa que para de fumar.

Tipo de doença oncológica que mais mata no mundo desde 1985, o tumor de pulmão ocupa o terceiro lugar como o mais comum entre os homens e o quarto entre as mulheres. A incidência global pode chegar a 1.8 milhão de novos casos por ano, com 1.6 milhão de mortes, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, mais de 30 mil pessoas devem ser diagnosticadas com a doença em 2020, conforme levantamento do Instituto Nacional de Câncer (INCA).



Sinais de alerta

Outro aspecto que não pode ser desconsiderado é a vigilância contínua de possíveis sintomas, que podem ser facilmente confundidos com os do novo coronavírus, principalmente entre fumantes. "Os sinais iniciais do câncer de pulmão se assemelham muitas vezes aos de outras condições comuns associadas ao trato respiratório, por isso dificilmente é diagnosticado no estágio inicial. Tosse e falta de ar, sintomas amplamente relacionados ao Covid-19, também são o alerta principal para o câncer de pulmão", destaca Jacques Tabacof, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo.

Neste sentido, ele explica que vale atentar para algumas diferenças importantes: a tosse seca no Coronavírus vem associada a outros sintomas como a febre, por exemplo, e, além disso, perdura por mais ou menos 15 dias. Já no câncer de pulmão, esse sintoma, quando surge, tende a ser persistente e não apresentar melhoras após este período.

Segundo Jacques Tabacof, diante do cenário atual, tendo o novo coronavírus no centro das preocupações de toda a população, sinais clássicos do câncer de pulmão correm o risco de ser ignorados e a busca por aconselhamento especializado e exames para assegurar o diagnóstico do tumor adiados para o futuro. "Os sintomas do câncer de pulmão geralmente são mais frequentes no estágio avançado da doença, o que dificulta o diagnóstico precoce, essencial quando pensamos em chances de cura. Além da tosse e da falta de ar, dor torácica contínua, perda de peso sem motivo, rouquidão que não melhora após mais de sete dias e pneumonias recorrentes figuram entre os pontos de alerta para este tipo de tumor", comenta o médico.

E apesar de muitas pesquisas apontarem para os malefícios causados pelos cigarros tradicionais, as alternativas como os cigarros light, eletrônicos ou narguilés também podem ser prejudiciais à saúde. Por isso, os especialistas destacam que outro grande alerta que precisa ser feito é em relação ao chamado vape, que cresce em consumo principalmente entre os jovens.

"Houve um grande retrocesso. Depois de anos diminuindo o número de fumantes, principalmente entre jovens - o que é muito importante, já que a maioria dos que continuam fumando começaram nessa época da vida -, vemos também um aumento grande de pessoas usando o cigarro eletrônico. O apelo tecnológico é uma das coisas que atraem os mais novos e é preciso conscientizar a população que, mesmo eles, são potencialmente tóxicos e levam à dependência", frisa Bruno Ferrari. 



Oncoclínicas na luta contra o fumo

Com o mote "A melhor dica é viver bem", a mobilização é voltada à conscientização sobre o abandono do cigarro para uma retomada da saúde e da qualidade de vida. Direcionada à sociedade em geral, a campanha do Instituto Oncoclínicas ressalta uma importante informação: nunca é tarde demais para abandonar o cigarro. Apenas 20 minutos após interromper o vício, a pressão arterial volta ao normal e a frequência do pulso cai aos níveis adequados. Em 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue ficam regulados e o de oxigênio aumenta. Passadas 24 horas, o risco de se ter um acidente cardíaco diminui. E após 48 horas, as terminações nervosas começam a se recuperar e os sentidos de olfato e paladar melhoram.

Em até três meses, a circulação sanguínea melhora e caminhar torna-se mais fácil com a função pulmonar se recupera em até 30%. A partir de um a nove meses, os sintomas como tosse, rouquidão e falta de ar ficam mais tênues. Em cinco anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoa que fumou um maço de cigarros por dia diminui em pelo menos 50%. Quinze anos após parar de fumar, torna-se possível assegurar que os riscos de desenvolver câncer de pulmão se tornam praticamente iguais aos de uma pessoa que nunca fumou.

A iniciativa também visa a reforçar a importância do acompanhamento médico de rotina. Assintomático em fases iniciais, o câncer de pulmão costuma ser diagnosticado tardiamente, o que reduz as chances de cura. O INCA indica que apenas 16% dos tumores malignos são diagnosticados em estágio inicial.

Vale ainda ressaltar que, além de ser fator de risco para o câncer e várias outras doenças, o tabagismo é um dos hábitos que contribui para formas mais graves de infecção por coronavírus.

 

 

Olá Alida, tudo bem?

Nesta terça-feira (6/10), o lendário guitarrista e fundador da banda Van Halen, Eddie Van Halen, faleceu aos 65 anos em decorrência de um câncer na garganta.

Um subtipo dos chamados tumores orofaríngeos, que podem ainda se desenvolver na língua, boca, palato e faringe, a doença está associado em grande parte ao tabagismo e ao consumo excessivo de álcool. Outro fator evitável de incidência da doença é a infecção pelo vírus do papiloma humano 16 (HPV 16), transmitido sexualmente.

Gostaria de oferecer o Dr. Artur Rodrigues Ferreira, oncologista do CPO Oncoclínicas para explicar sobre a doença.

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Fico à disposição.

7 Mitos e Verdades sobre a relação entre a Obesidade e a Saúde do Coração

No contexto dos cuidados cardiovasculares e no Mês Nacional de Prevenção à Obesidade, especialista prepara lista desmistificando a doença que atinge mais da metade dos brasileiros 

 

Em 11 de outubro é comemorado o Dia Nacional de Prevenção à Obesidade, com objetivo de conscientizar a população sobre a importância de cuidar da doença que afeta pessoas de todas as idades e de todos os grupos sociais nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, alcançando 650 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).  

É um alerta sobre a necessidade da adoção de hábitos saudáveis a fim de evitar o excesso de peso e as doenças desencadeadas pela obesidade.  De acordo com o Vigitel, do sistema de Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis do Ministério da Saúde, a porcentagem de brasileiros obesos passou para 20,9% no ano passado. Ou seja, dois a cada dez brasileiros hoje sofrem com esse problema.   

“Considerada uma doença crônica e inflamatória e que pode ter múltiplas causas, podendo ser genéticas, ambientais ou psicológicas, a obesidade é um tema que merece atenção da sociedade brasileira. Sabemos que a obesidade é um dos principais fatores de risco para várias doenças não transmissíveis (DNTs), como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão, acidente vascular cerebral e várias formas de câncer”, afirma a cardiologista Rica Buchler, da Clínica Buchler.  

Em um momento de quarentena, quando os exercícios físicos foram limitados e as questões de saúde mental, como a ansiedade e depressão, perante a crise dificultam o controle da alimentação, escapar do sobrepeso é ainda mais difícil. Pensando nisso, a especialista preparou uma lista com mitos e verdades sobre a relação da obesidade e o coração com dicas importantes. 

“O esclarecimento sobre o tema é extremamente relevante, principalmente, diante do atual panorama da pandemia e também em que as notícias falsas estão constantemente sendo disseminadas por meio de aplicativos e redes sociais. Por isso, reforçamos a importância de sempre buscar fontes seguras antes de propagar as informações recebidas e preparamos uma lista de esclarecimentos”, finaliza a cardiologista Rica Buchler. 

 

Apenas os obesos têm problemas no coração 

Mito! A obesidade pode sim levar as pessoas a desenvolver a hipertensão e o diabetes e, também, que tenham elevados níveis de colesterol, por exemplo. E todos esses são fatores de risco para o desenvolvimento de uma cardiopatia. É a chamada Síndrome Metabólica, quando o indivíduo com excesso de peso e algum desses outros fatores tem mais chance de sofre um derrame ou infarto. Porém, qualquer indivíduo que seja sedentário ou que fume, independentemente de ser gordo ou magro, tem chances elevadas de ter problemas de coração. 

 

Alguns alimentos favorecem a saúde do coração 

Verdade! Alguns alimentos favorecem a saúde do coração, como os vegetais, legumes e carboidratos integrais. Assim como proteínas, especialmente provenientes de peixes como salmão, rico em Ômega 3. Devemos reduzir as gorduras saturadas e eliminar frituras. As frutas frescas também são excelentes para a saúde cardiovascular. 

 

Não é possível prevenir problemas de coração, então é indiferente ser gordo ou magro 

Mito! Fazer um checkup periodicamente diminui bastante as chances de se desenvolver uma doença do coração. Recomenda-se que se faça um monitoramento anual a partir dos 35 anos, mas o ideal é que esses cuidados comecem ainda antes, ainda mais se tiver predisposição para problemas cardíacos. Afinal, nosso bem-estar geral está intimamente ligado à saúde do coração. 


Pessoas que praticam atividade física frequentemente estão livres das doenças cardíacas 

Mito! As atividades físicas são essenciais para proteger o sistema cardiocirculatório, porém essa proteção não é 100%. A prática acarreta alterações benéficas para o funcionamento cardiovascular e também no metabolismo lipídico, além de ser coadjuvante da dieta para perda de peso. Porém, a partir do momento que a pessoa para de praticar, essa proteção acaba. 

 

A alimentação equilibrada realmente é um dos pilares para evitar doenças cardíacas
Verdade! Em conjunto, a atividade física e alimentação saudável proporcionam a redução do excesso de gordura e o aumento da massa magra, além de diminuir os riscos de doenças como a obesidade. O estilo de vida equilibrado promove a melhora na condição física e no funcionamento biológico, reduz o estresse, melhora o humor e diminui o risco de doenças cardiovasculares. 

 

Retirar o sal das refeições já reduz a obesidade e riscos de aumento da pressão arterial 

Mito! O consumo de sal está relacionado ao aumento no risco de doenças cardiovasculares e da hipertensão arterial, porém não é o único motivador da pressão alta. É preciso ressaltar a importância do uso contido de sal, porém também da prática de atividades físicas regulares e também uma alimentação equilibrada. 

 

Ser obeso é o maior risco para ter problemas cardíacos 

Verdade! Não é o único fator, porém a obesidade e o excesso de peso causam mudanças importantes na estrutura e no tamanho do coração, além de comprometer seu funcionamento. Das seis doenças que mais levam à óbito no Brasil, quatro estão diretamente ligadas à obesidade: acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, diabetes e hipertensão. Quando associadas, elas são responsáveis por cerca de 72% dos casos de morte. 

 

Saiba os direitos previdenciários de quem contraiu o Covid-19 e de seus familiares

A pandemia refletiu em uma grave crise sanitária e econômica no Brasil e no mundo. E os trabalhadores dos diversos setores foram atingidos direta ou indiretamente pelo vírus. Aqueles que o contraíram, além de passar por problemas de saúde, também foram afetados financeiramente, pela impossibilidade de realizar sua atividade profissional no período de internação ou de quarentena. E esse período é variável, pois depende da gravidade em que a doença afeta o organismo de cada pessoa. E o trabalhador, segurado do Instituto Nacional do Seguro Social Social (INSS), tem direito a alguns benefícios previdenciários, que podem auxiliar a atravessar este momento difícil.

E, infelizmente, tive como exemplo um caso de família. Meu pai é médico do serviço público, tem 70 anos de idade, e contraiu o Covid-19 em um de seus plantões. Já se passam 30 dias que ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e com um quadro grave, que requer cuidados. Mas temos (a família) fé que ele sairá ainda mais forte dessa batalha.

Ocorre que já faz mais de 15 dias que ele não está trabalhando, em razão de sua incapacidade ocasionada pelo coronavirus. Mensalmente ele contribui para o sistema previdenciário, portanto, deve neste momento ele e sua família terem a prestação securitária que lhe é devida.

Assim como meu pai, os profissionais que estão na linha de frente do combate ao Covid diariamente estão expostos ao risco de contágio. São inúmeros casos de médicos, enfermeiros e técnicos, fisioterapeutas, técnicos de laboratório, maqueiros, responsáveis pela limpeza, terapeutas ocupacionais, agentes de saúde, motoristas de ambulância, dentre outros profissionais que se contaminaram, e muitos desconhecem seus direitos para enfrentarem este difícil momento.

Os profissionais, que estão incapacitados pela doença, têm direito aos seguintes direitos previdenciários:

- Auxílio-doença (ou auxílio por incapacidade temporária):  o benefício édevido ao trabalhador que precisa se ausentar do trabalho por mais de 15 dias em razão da doença, onde deve ser constatado por perícia que a incapacidade para o trabalho é temporária.

O benefício terá um redutor de 9% (91% do salário de benefício), e vou explicar abaixo como pedir o benefício e sobre o pagamento emergencial, que está ocorrendo neste momento de pandemia. Este benefício pode ser acidentário, quando é causado em razão do trabalho, como no caso dos profissionais da saúde. A Portaria 2.384, de 8 de setembro deste ano, relacionou novamente o Covid-19 como uma doença do trabalho.

- Aposentadoria por invalidez (ou aposentadoria por incapacidade permanente): Este benefício é devido quando a incapacidade do trabalhador for permanente, ou seja, atestada por perícia que não existe um prazo certo para a recuperação, podendo durar até o seu final de vida. Este benefício também pode ser acidentário. Ou seja, caso o Covid-19 traga sequelas graves, que impeçam o trabalhador de retornar ao seu trabalho, o benefício devido será a aposentadoria por incapacidade permanente.

Se o benefício for considerado como acidentário (causado no trabalho) o seu valor será diferente, pois ele será de 100% o valor do salário de benefício (diferente do comum, que será de 60%, mais 2% a cada ano contribuído a partir de 15 anos de trabalho para mulheres e 20 anos de trabalho para homens). Portanto, o valor na maioria dos casos será maior, por isso a importância de comprovar se foi decorrente do trabalho ou não. Este mesmo cálculo também se aplica no caso de pensão por morte em decorrência do vírus.

Para solicitar estes benefícios, o segurado poderá agendar sua perícia presencial em uma das agências do INSS que estiverem prestando este serviço, pelo telefone 135 ou pelo site (https://meu.inss.gov.br ). E é bem simples, basta criar um cadastro e senha.

Neste momento de pandemia, caso o trabalhador esteja em isolamento, poderá receber de forma emergencial, onde lhe será pago um salário mínimo por mês e posteriormente o INSS vai pagar a diferença de valores (após perícia presencial). Para isso, ele deverá enviar pelo site do INSS um atestado médico que está com a doença, suas eventuais complicações, sem rasuras, com assinatura do médico e com o prazo de afastamento (mesmo que estimado). Basta uma foto do atestado e não precisa transformar o arquivo em pdf (pelo celular fica bem simples de cadastrar e enviar).

Já os familiares que tiveram o dissabor de perder seu ente querido pelo Covid-19, que era segurado do INSS, terão direito a pensão por morte. Trata-se de um benefício pago pelo INSS (ou pelo Regime Próprio que o trabalhador está vinculado) para os dependentes do segurado. O pedido é realizado via internet ou pelo telefone 135, não sendo necessário o comparecimento presencial em uma agência do INSS, exceto quando necessária eventual comprovação.

Como dito acima, se o coronavírus foi causado em razão do trabalho, o cálculo será de 100% o salário de benefício e não existe número mínimo de contribuições para o seu pagamento. O cálculo, em caso de acidente no trabalho, terá mais um detalhe, pois ele será de 100% também sobre as cotas, pois com a reforma da Previdência passamos a ter um valor inicial de 50%, mais 10% para cada dependente, quando não decorrer de acidente.

Muitos desconhecem um direito: mesmo que a esposa, por exemplo, receba aposentadoria, ela terá direito também a pensão por morte do seu marido que veio a óbito.

Além dos benefícios previdenciários acima, o trabalhador com Covid-19 e seus dependentes também possuem direitos securitários e trabalhistas, tais como:

- indenização por dano moral;

- indenização por danos materiais (ex: compra de remédios, fisioterapia e gastos hospitalares);

- estabilidade acidentária no caso de retorno ao trabalho (pelo período de 12 meses);

- recolhimento do fundo de garantia (FGTS) durante o afastamento;

- pensão mensal, paga pelo empregador, aos dependentes em caso de falecimento;

- recebimento de eventual seguro de vida profissional (caso a empresa oferecesse aos funcionários).

Vale ressaltar que em abril deste ano o Covid-19 19 foi considerado pelo STF como doença ocupacional, quando suspendeu em decisão liminar a eficácia de dois artigos da Medida Provisória 927/2020, que autoriza empregadores a utilizar medidas excepcionais para tentar manter o vínculo trabalhista de seus funcionários durante a pandemia do novo coronavírus.

Segundo a decisão, o artigo 29 ficou sem validade, pois ele não considerava doença ocupacional os casos de contaminação de trabalhadores por Covid-19. A decisão retira o ônus do trabalhador em comprovar que a infecção por coronavírus foi ocupacional, o que seria inviável na prática, visto que ninguém consegue comprovar o momento exato da infecção. O Supremo, ao reconhecer o Covid-19 como doença ocupacional, permite que trabalhadores de setores essenciais que forem contaminados possam ter acesso a benefícios previdenciários e trabalhistas. Uma justa vitória do cidadão.

Para que o Covid-19 não seja considerada uma doença ocupacional, o encargo probatório passou a ser do empregador e este por sua vez, terá que demonstrar a inexistência do nexo causal, ou seja, que a enfermidade adquirida pelo empregado não foi no ambiente de trabalho ou decorrente do exercício da atividade laboral.

O empregador também terá que comprovar a adoção de todas as medidas de segurança, medicina e higiene do trabalho, além da entrega de equipamentos de proteção individual (EPI's), bem como orientar seus empregados quanto às ações necessárias a fim de conter a contaminação e propagação do vírus.

 



João Badari - advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados.


7 dicas de segurança digital para casas inteligentes

As smart homes azem parte da Internet das Coisas (IoT), uma infraestrutura tecnológica onde a segurança cibernética desempenha um papel predominante para a privacidade, segurança e integridade da informação.

 

Na casa conectada é fundamental que as famílias estejam cientes dos riscos cibernéticos e ajam de forma adequada para não comprometer a segurança das redes locais. A inteligência nas residências é apoiada por sensores e sistemas que analisam dados, mas também pode ser a porta de entrada para vulnerabilidades. Estudos de ataques cibernéticos mostraram como webcams, termostatos, geladeiras e outros equipamentos podem se tornar um alvo atraente para criminosos cibernéticos.

Essa tecnologia também pode expor as informações pessoais dos usuários a ataques cibernéticos indesejados. Os ataques vão desde o uso de babás eletrônicas para espionar famílias até grandes riscos financeiros. Os hackers podem roubar suas informações pessoais (detalhes do cartão de crédito, data de nascimento e até mesmo número do seguro social) para colocá-lo em situações de risco de vida. Os dados pessoais são vulneráveis ​​se transmitidos ou armazenados em um dispositivo Internet das Coisas sem criptografia.

Os consumidores devem ter o direito de assumir, ao adquirir um aparelho IoT, que ele é seguro e protegido, garantido por leis e regulamentos. No entanto, atualmente, elas ainda são muito poucas. Apesar dos fabricantes sofrerem pressão de governos para incorporar segurança ao desenvolvimento destes produtos, a responsabilidades ainda está nas mãos do usuário final. É por isto que consumidores precisam estar atentos e se proteger. Veja sete dicas da DigiCert que irão ajudar você e sua família nesta missão: 


1.     Pesquise antes de comprar

Antes de adquirir um dispositivo procure se informar sobre suas vulnerabilidades, que tipo de dados são coletados, como são protegidos e compartilhados. Leia a política de privacidade e veja quanto controle você tem sobre suas informações e como elas são usadas. Evite produtos sem histórico de segurança; é muito importante priorizar a privacidade sobre o preço. Se todos os consumidores fizessem isso, os fabricantes não teriam escolha a não ser fazer da seguridade uma prioridade.


2.     Nunca use senhas padrão

Senhas padrão são aquelas pré-fabricadas no produto pelo fabricante, às vezes aparecem até mesmo escritas no manual do usuário. Sempre que isto acontecer, os consumidores devem alterá-las e criar uma senha nova baseada em boas práticas. Mesmo com recursos de segurança fortes, o uso de senhas padrão pode colocar seus dados em risco porque os torna um alvo fácil. Em vez disso, opte por aquelas longas e fortes e mude-as a cada seis meses. Use autenticação de dois fatores ou multifator sempre que possível. Você também pode considerar um gerenciador de senhas e um aplicativo de autenticação, o que tornará muito mais difícil para o hacker invadir sua rede.


3.     Mantenha os softwares atualizados

As atualizações ajudam seu dispositivo a executar os patches de segurança e proteção mais recentes. Alguns equipamentos oferecem atualizações automáticas, mas verifique se você precisará atualiza-lo manualmente. Isso é crítico porque à medida que os hackers evoluem e encontram novas vulnerabilidades, estes updates fornecem patches de segurança mais modernos e preparados para evitar ataques. Quando as atualizações do fabricante forem lançadas, certifique-se de instalá-las e de estar executando o software mais atualizado.


4.     Sempre verifique as permissões

Desative todas as configurações desnecessárias, como acesso remoto ou configurações de localização. Conceda permissões apenas para as configurações necessárias e não conecte automaticamente o aparelho à rede, a menos que seja necessário. O fato dele poder se conectar à internet direto não significa que você deva. Também não conecte seus dispositivos a redes públicas ou suspeitas; o Wi-Fi público nem sempre é seguro.


5.     Não se esqueça do seu telefone

Muitos dispositivos inteligentes se conectam a aplicativos, então proteja seu smartphone. Se você o perder ou for roubado, evita que hackers acessem sua casa inteligente por meio de seus aplicativos.


6.     Monitore seus dispositivos

Saiba o que e quem está conectado à sua rede. Cada novo equipamento conectado à sua internet doméstica é uma nova vulnerabilidade e é necessário apenas um dispositivo para comprometer sua rede inteira. Use apenas o que você precisa e certifique-se de remover dispositivos antigos e obsoletos da rede. Mas quando você se livrar dos antigos, certifique-se de redefini-los para as configurações de fábrica para que o próximo usuário não possa acessar seus dados ou rede.


7.     Opte por redes separadas

Se você conhecimento técnico para fazer isso, poderá criar uma rede separada e segura para seus produtos IoT. Você pode separa-las com informações confidenciais para aumentar a segurança.

No futuro, espera-se que os fabricantes ajam com responsabilidade e desenvolvam a segurança durante as fases de design do dispositivo. Eles podem e devem fazer mais para garantir a seguridade de seus dispositivos. Enquanto isto não acontece, seguir essas etapas pode ajudar a proteger os dispositivos usados casa ou espaços pessoais. Mesmo entidades como os departamentos cibernéticos da polícia nacional na América Latina recomendam e reiteram a importância de proteger os equipamentos inteligentes.

Resumindo, as máquinas que usam a Internet das Coisas podem ser muito úteis e facilitar a vida de todos. No entanto, elas também trazem grandes riscos. Isso não significa que eles não devam ser utilizados, apenas que o consumidor precisa estar atento na hora de usar e fazer as coisas certas para garantir que os benefícios superem os riscos.

 



CertCentral®

@digicert


Planejar disponibiliza e-book gratuito com orientações sobre planejamento financeiro

 Material foi elaborado por profissionais CFP®️ e apresenta orientações curtas, diretas e práticas para ajudar as pessoas e famílias a lidarem com suas finanças


No contexto da pandemia, momentos desafiadores foram vivenciados em isolamento social, como: redução de salário, fechamento de comércios e auxílio emergencial. O cenário imprevisível junto às incertezas econômicas exigiu uma adaptação e flexibilidade mais assertiva e cuidadosa das finanças. Foi pensando nesses novos tempos e nos desafios que essa nova realidade trouxe que a Planejar - Associação Brasileira de Planejadores Financeiros disponibilizou o e-book “Planejamento Financeiro em tempos de incerteza”, material com orientações práticas sobre planejamento financeiro.

O material está disponível no site na Planejar, no link.

O conteúdo gratuito foi dividido em três tópicos: 1) Cuide Você, 2) Zele pela sua Organização Financeira e 3) Pense no seu Futuro, agrupando as informações de forma facilitada para a consulta do leitor.

O e-book foi lançado no dia 07 de outubro, data em que é celebrado o Dia Mundial do Planejamento Financeiro (World Financial Planning Day – WFPD), que têm como objetivo orientar as pessoas e famílias a lidarem e conhecer mais sobre planejamento financeiro. O arquivo também conta com uma versão em inglês compartilhada com o FPSB - Financial Planning Standards Board, órgão responsável pela certificação CFP®, como uma contribuição da Planejar para a comunidade global.

Falar de finanças é um tema que pode ser considerado complexo, mas o e-book busca orientar da forma mais direta para ajudar a pessoa física a compreender como funciona esse universo. “A intenção do e-book é trazer um apoio de maneira simples, leve e direta para as pessoas que estão passando por problemas financeiros decorrentes da pandemia, orientando sobre como atuar melhor na própria vida financeira em momentos específicos de maior crise e estresse”, afirma Angela Nunes, planejadora financeira CFP® e coordenadora da Comissão de Comunicação e Marketing da Planejar.

 

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