Pesquisar no Blog

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

7 Mitos e Verdades sobre a relação entre a Obesidade e a Saúde do Coração

No contexto dos cuidados cardiovasculares e no Mês Nacional de Prevenção à Obesidade, especialista prepara lista desmistificando a doença que atinge mais da metade dos brasileiros 

 

Em 11 de outubro é comemorado o Dia Nacional de Prevenção à Obesidade, com objetivo de conscientizar a população sobre a importância de cuidar da doença que afeta pessoas de todas as idades e de todos os grupos sociais nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, alcançando 650 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).  

É um alerta sobre a necessidade da adoção de hábitos saudáveis a fim de evitar o excesso de peso e as doenças desencadeadas pela obesidade.  De acordo com o Vigitel, do sistema de Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis do Ministério da Saúde, a porcentagem de brasileiros obesos passou para 20,9% no ano passado. Ou seja, dois a cada dez brasileiros hoje sofrem com esse problema.   

“Considerada uma doença crônica e inflamatória e que pode ter múltiplas causas, podendo ser genéticas, ambientais ou psicológicas, a obesidade é um tema que merece atenção da sociedade brasileira. Sabemos que a obesidade é um dos principais fatores de risco para várias doenças não transmissíveis (DNTs), como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão, acidente vascular cerebral e várias formas de câncer”, afirma a cardiologista Rica Buchler, da Clínica Buchler.  

Em um momento de quarentena, quando os exercícios físicos foram limitados e as questões de saúde mental, como a ansiedade e depressão, perante a crise dificultam o controle da alimentação, escapar do sobrepeso é ainda mais difícil. Pensando nisso, a especialista preparou uma lista com mitos e verdades sobre a relação da obesidade e o coração com dicas importantes. 

“O esclarecimento sobre o tema é extremamente relevante, principalmente, diante do atual panorama da pandemia e também em que as notícias falsas estão constantemente sendo disseminadas por meio de aplicativos e redes sociais. Por isso, reforçamos a importância de sempre buscar fontes seguras antes de propagar as informações recebidas e preparamos uma lista de esclarecimentos”, finaliza a cardiologista Rica Buchler. 

 

Apenas os obesos têm problemas no coração 

Mito! A obesidade pode sim levar as pessoas a desenvolver a hipertensão e o diabetes e, também, que tenham elevados níveis de colesterol, por exemplo. E todos esses são fatores de risco para o desenvolvimento de uma cardiopatia. É a chamada Síndrome Metabólica, quando o indivíduo com excesso de peso e algum desses outros fatores tem mais chance de sofre um derrame ou infarto. Porém, qualquer indivíduo que seja sedentário ou que fume, independentemente de ser gordo ou magro, tem chances elevadas de ter problemas de coração. 

 

Alguns alimentos favorecem a saúde do coração 

Verdade! Alguns alimentos favorecem a saúde do coração, como os vegetais, legumes e carboidratos integrais. Assim como proteínas, especialmente provenientes de peixes como salmão, rico em Ômega 3. Devemos reduzir as gorduras saturadas e eliminar frituras. As frutas frescas também são excelentes para a saúde cardiovascular. 

 

Não é possível prevenir problemas de coração, então é indiferente ser gordo ou magro 

Mito! Fazer um checkup periodicamente diminui bastante as chances de se desenvolver uma doença do coração. Recomenda-se que se faça um monitoramento anual a partir dos 35 anos, mas o ideal é que esses cuidados comecem ainda antes, ainda mais se tiver predisposição para problemas cardíacos. Afinal, nosso bem-estar geral está intimamente ligado à saúde do coração. 


Pessoas que praticam atividade física frequentemente estão livres das doenças cardíacas 

Mito! As atividades físicas são essenciais para proteger o sistema cardiocirculatório, porém essa proteção não é 100%. A prática acarreta alterações benéficas para o funcionamento cardiovascular e também no metabolismo lipídico, além de ser coadjuvante da dieta para perda de peso. Porém, a partir do momento que a pessoa para de praticar, essa proteção acaba. 

 

A alimentação equilibrada realmente é um dos pilares para evitar doenças cardíacas
Verdade! Em conjunto, a atividade física e alimentação saudável proporcionam a redução do excesso de gordura e o aumento da massa magra, além de diminuir os riscos de doenças como a obesidade. O estilo de vida equilibrado promove a melhora na condição física e no funcionamento biológico, reduz o estresse, melhora o humor e diminui o risco de doenças cardiovasculares. 

 

Retirar o sal das refeições já reduz a obesidade e riscos de aumento da pressão arterial 

Mito! O consumo de sal está relacionado ao aumento no risco de doenças cardiovasculares e da hipertensão arterial, porém não é o único motivador da pressão alta. É preciso ressaltar a importância do uso contido de sal, porém também da prática de atividades físicas regulares e também uma alimentação equilibrada. 

 

Ser obeso é o maior risco para ter problemas cardíacos 

Verdade! Não é o único fator, porém a obesidade e o excesso de peso causam mudanças importantes na estrutura e no tamanho do coração, além de comprometer seu funcionamento. Das seis doenças que mais levam à óbito no Brasil, quatro estão diretamente ligadas à obesidade: acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, diabetes e hipertensão. Quando associadas, elas são responsáveis por cerca de 72% dos casos de morte. 

 

Saiba os direitos previdenciários de quem contraiu o Covid-19 e de seus familiares

A pandemia refletiu em uma grave crise sanitária e econômica no Brasil e no mundo. E os trabalhadores dos diversos setores foram atingidos direta ou indiretamente pelo vírus. Aqueles que o contraíram, além de passar por problemas de saúde, também foram afetados financeiramente, pela impossibilidade de realizar sua atividade profissional no período de internação ou de quarentena. E esse período é variável, pois depende da gravidade em que a doença afeta o organismo de cada pessoa. E o trabalhador, segurado do Instituto Nacional do Seguro Social Social (INSS), tem direito a alguns benefícios previdenciários, que podem auxiliar a atravessar este momento difícil.

E, infelizmente, tive como exemplo um caso de família. Meu pai é médico do serviço público, tem 70 anos de idade, e contraiu o Covid-19 em um de seus plantões. Já se passam 30 dias que ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e com um quadro grave, que requer cuidados. Mas temos (a família) fé que ele sairá ainda mais forte dessa batalha.

Ocorre que já faz mais de 15 dias que ele não está trabalhando, em razão de sua incapacidade ocasionada pelo coronavirus. Mensalmente ele contribui para o sistema previdenciário, portanto, deve neste momento ele e sua família terem a prestação securitária que lhe é devida.

Assim como meu pai, os profissionais que estão na linha de frente do combate ao Covid diariamente estão expostos ao risco de contágio. São inúmeros casos de médicos, enfermeiros e técnicos, fisioterapeutas, técnicos de laboratório, maqueiros, responsáveis pela limpeza, terapeutas ocupacionais, agentes de saúde, motoristas de ambulância, dentre outros profissionais que se contaminaram, e muitos desconhecem seus direitos para enfrentarem este difícil momento.

Os profissionais, que estão incapacitados pela doença, têm direito aos seguintes direitos previdenciários:

- Auxílio-doença (ou auxílio por incapacidade temporária):  o benefício édevido ao trabalhador que precisa se ausentar do trabalho por mais de 15 dias em razão da doença, onde deve ser constatado por perícia que a incapacidade para o trabalho é temporária.

O benefício terá um redutor de 9% (91% do salário de benefício), e vou explicar abaixo como pedir o benefício e sobre o pagamento emergencial, que está ocorrendo neste momento de pandemia. Este benefício pode ser acidentário, quando é causado em razão do trabalho, como no caso dos profissionais da saúde. A Portaria 2.384, de 8 de setembro deste ano, relacionou novamente o Covid-19 como uma doença do trabalho.

- Aposentadoria por invalidez (ou aposentadoria por incapacidade permanente): Este benefício é devido quando a incapacidade do trabalhador for permanente, ou seja, atestada por perícia que não existe um prazo certo para a recuperação, podendo durar até o seu final de vida. Este benefício também pode ser acidentário. Ou seja, caso o Covid-19 traga sequelas graves, que impeçam o trabalhador de retornar ao seu trabalho, o benefício devido será a aposentadoria por incapacidade permanente.

Se o benefício for considerado como acidentário (causado no trabalho) o seu valor será diferente, pois ele será de 100% o valor do salário de benefício (diferente do comum, que será de 60%, mais 2% a cada ano contribuído a partir de 15 anos de trabalho para mulheres e 20 anos de trabalho para homens). Portanto, o valor na maioria dos casos será maior, por isso a importância de comprovar se foi decorrente do trabalho ou não. Este mesmo cálculo também se aplica no caso de pensão por morte em decorrência do vírus.

Para solicitar estes benefícios, o segurado poderá agendar sua perícia presencial em uma das agências do INSS que estiverem prestando este serviço, pelo telefone 135 ou pelo site (https://meu.inss.gov.br ). E é bem simples, basta criar um cadastro e senha.

Neste momento de pandemia, caso o trabalhador esteja em isolamento, poderá receber de forma emergencial, onde lhe será pago um salário mínimo por mês e posteriormente o INSS vai pagar a diferença de valores (após perícia presencial). Para isso, ele deverá enviar pelo site do INSS um atestado médico que está com a doença, suas eventuais complicações, sem rasuras, com assinatura do médico e com o prazo de afastamento (mesmo que estimado). Basta uma foto do atestado e não precisa transformar o arquivo em pdf (pelo celular fica bem simples de cadastrar e enviar).

Já os familiares que tiveram o dissabor de perder seu ente querido pelo Covid-19, que era segurado do INSS, terão direito a pensão por morte. Trata-se de um benefício pago pelo INSS (ou pelo Regime Próprio que o trabalhador está vinculado) para os dependentes do segurado. O pedido é realizado via internet ou pelo telefone 135, não sendo necessário o comparecimento presencial em uma agência do INSS, exceto quando necessária eventual comprovação.

Como dito acima, se o coronavírus foi causado em razão do trabalho, o cálculo será de 100% o salário de benefício e não existe número mínimo de contribuições para o seu pagamento. O cálculo, em caso de acidente no trabalho, terá mais um detalhe, pois ele será de 100% também sobre as cotas, pois com a reforma da Previdência passamos a ter um valor inicial de 50%, mais 10% para cada dependente, quando não decorrer de acidente.

Muitos desconhecem um direito: mesmo que a esposa, por exemplo, receba aposentadoria, ela terá direito também a pensão por morte do seu marido que veio a óbito.

Além dos benefícios previdenciários acima, o trabalhador com Covid-19 e seus dependentes também possuem direitos securitários e trabalhistas, tais como:

- indenização por dano moral;

- indenização por danos materiais (ex: compra de remédios, fisioterapia e gastos hospitalares);

- estabilidade acidentária no caso de retorno ao trabalho (pelo período de 12 meses);

- recolhimento do fundo de garantia (FGTS) durante o afastamento;

- pensão mensal, paga pelo empregador, aos dependentes em caso de falecimento;

- recebimento de eventual seguro de vida profissional (caso a empresa oferecesse aos funcionários).

Vale ressaltar que em abril deste ano o Covid-19 19 foi considerado pelo STF como doença ocupacional, quando suspendeu em decisão liminar a eficácia de dois artigos da Medida Provisória 927/2020, que autoriza empregadores a utilizar medidas excepcionais para tentar manter o vínculo trabalhista de seus funcionários durante a pandemia do novo coronavírus.

Segundo a decisão, o artigo 29 ficou sem validade, pois ele não considerava doença ocupacional os casos de contaminação de trabalhadores por Covid-19. A decisão retira o ônus do trabalhador em comprovar que a infecção por coronavírus foi ocupacional, o que seria inviável na prática, visto que ninguém consegue comprovar o momento exato da infecção. O Supremo, ao reconhecer o Covid-19 como doença ocupacional, permite que trabalhadores de setores essenciais que forem contaminados possam ter acesso a benefícios previdenciários e trabalhistas. Uma justa vitória do cidadão.

Para que o Covid-19 não seja considerada uma doença ocupacional, o encargo probatório passou a ser do empregador e este por sua vez, terá que demonstrar a inexistência do nexo causal, ou seja, que a enfermidade adquirida pelo empregado não foi no ambiente de trabalho ou decorrente do exercício da atividade laboral.

O empregador também terá que comprovar a adoção de todas as medidas de segurança, medicina e higiene do trabalho, além da entrega de equipamentos de proteção individual (EPI's), bem como orientar seus empregados quanto às ações necessárias a fim de conter a contaminação e propagação do vírus.

 



João Badari - advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados.


7 dicas de segurança digital para casas inteligentes

As smart homes azem parte da Internet das Coisas (IoT), uma infraestrutura tecnológica onde a segurança cibernética desempenha um papel predominante para a privacidade, segurança e integridade da informação.

 

Na casa conectada é fundamental que as famílias estejam cientes dos riscos cibernéticos e ajam de forma adequada para não comprometer a segurança das redes locais. A inteligência nas residências é apoiada por sensores e sistemas que analisam dados, mas também pode ser a porta de entrada para vulnerabilidades. Estudos de ataques cibernéticos mostraram como webcams, termostatos, geladeiras e outros equipamentos podem se tornar um alvo atraente para criminosos cibernéticos.

Essa tecnologia também pode expor as informações pessoais dos usuários a ataques cibernéticos indesejados. Os ataques vão desde o uso de babás eletrônicas para espionar famílias até grandes riscos financeiros. Os hackers podem roubar suas informações pessoais (detalhes do cartão de crédito, data de nascimento e até mesmo número do seguro social) para colocá-lo em situações de risco de vida. Os dados pessoais são vulneráveis ​​se transmitidos ou armazenados em um dispositivo Internet das Coisas sem criptografia.

Os consumidores devem ter o direito de assumir, ao adquirir um aparelho IoT, que ele é seguro e protegido, garantido por leis e regulamentos. No entanto, atualmente, elas ainda são muito poucas. Apesar dos fabricantes sofrerem pressão de governos para incorporar segurança ao desenvolvimento destes produtos, a responsabilidades ainda está nas mãos do usuário final. É por isto que consumidores precisam estar atentos e se proteger. Veja sete dicas da DigiCert que irão ajudar você e sua família nesta missão: 


1.     Pesquise antes de comprar

Antes de adquirir um dispositivo procure se informar sobre suas vulnerabilidades, que tipo de dados são coletados, como são protegidos e compartilhados. Leia a política de privacidade e veja quanto controle você tem sobre suas informações e como elas são usadas. Evite produtos sem histórico de segurança; é muito importante priorizar a privacidade sobre o preço. Se todos os consumidores fizessem isso, os fabricantes não teriam escolha a não ser fazer da seguridade uma prioridade.


2.     Nunca use senhas padrão

Senhas padrão são aquelas pré-fabricadas no produto pelo fabricante, às vezes aparecem até mesmo escritas no manual do usuário. Sempre que isto acontecer, os consumidores devem alterá-las e criar uma senha nova baseada em boas práticas. Mesmo com recursos de segurança fortes, o uso de senhas padrão pode colocar seus dados em risco porque os torna um alvo fácil. Em vez disso, opte por aquelas longas e fortes e mude-as a cada seis meses. Use autenticação de dois fatores ou multifator sempre que possível. Você também pode considerar um gerenciador de senhas e um aplicativo de autenticação, o que tornará muito mais difícil para o hacker invadir sua rede.


3.     Mantenha os softwares atualizados

As atualizações ajudam seu dispositivo a executar os patches de segurança e proteção mais recentes. Alguns equipamentos oferecem atualizações automáticas, mas verifique se você precisará atualiza-lo manualmente. Isso é crítico porque à medida que os hackers evoluem e encontram novas vulnerabilidades, estes updates fornecem patches de segurança mais modernos e preparados para evitar ataques. Quando as atualizações do fabricante forem lançadas, certifique-se de instalá-las e de estar executando o software mais atualizado.


4.     Sempre verifique as permissões

Desative todas as configurações desnecessárias, como acesso remoto ou configurações de localização. Conceda permissões apenas para as configurações necessárias e não conecte automaticamente o aparelho à rede, a menos que seja necessário. O fato dele poder se conectar à internet direto não significa que você deva. Também não conecte seus dispositivos a redes públicas ou suspeitas; o Wi-Fi público nem sempre é seguro.


5.     Não se esqueça do seu telefone

Muitos dispositivos inteligentes se conectam a aplicativos, então proteja seu smartphone. Se você o perder ou for roubado, evita que hackers acessem sua casa inteligente por meio de seus aplicativos.


6.     Monitore seus dispositivos

Saiba o que e quem está conectado à sua rede. Cada novo equipamento conectado à sua internet doméstica é uma nova vulnerabilidade e é necessário apenas um dispositivo para comprometer sua rede inteira. Use apenas o que você precisa e certifique-se de remover dispositivos antigos e obsoletos da rede. Mas quando você se livrar dos antigos, certifique-se de redefini-los para as configurações de fábrica para que o próximo usuário não possa acessar seus dados ou rede.


7.     Opte por redes separadas

Se você conhecimento técnico para fazer isso, poderá criar uma rede separada e segura para seus produtos IoT. Você pode separa-las com informações confidenciais para aumentar a segurança.

No futuro, espera-se que os fabricantes ajam com responsabilidade e desenvolvam a segurança durante as fases de design do dispositivo. Eles podem e devem fazer mais para garantir a seguridade de seus dispositivos. Enquanto isto não acontece, seguir essas etapas pode ajudar a proteger os dispositivos usados casa ou espaços pessoais. Mesmo entidades como os departamentos cibernéticos da polícia nacional na América Latina recomendam e reiteram a importância de proteger os equipamentos inteligentes.

Resumindo, as máquinas que usam a Internet das Coisas podem ser muito úteis e facilitar a vida de todos. No entanto, elas também trazem grandes riscos. Isso não significa que eles não devam ser utilizados, apenas que o consumidor precisa estar atento na hora de usar e fazer as coisas certas para garantir que os benefícios superem os riscos.

 



CertCentral®

@digicert


Planejar disponibiliza e-book gratuito com orientações sobre planejamento financeiro

 Material foi elaborado por profissionais CFP®️ e apresenta orientações curtas, diretas e práticas para ajudar as pessoas e famílias a lidarem com suas finanças


No contexto da pandemia, momentos desafiadores foram vivenciados em isolamento social, como: redução de salário, fechamento de comércios e auxílio emergencial. O cenário imprevisível junto às incertezas econômicas exigiu uma adaptação e flexibilidade mais assertiva e cuidadosa das finanças. Foi pensando nesses novos tempos e nos desafios que essa nova realidade trouxe que a Planejar - Associação Brasileira de Planejadores Financeiros disponibilizou o e-book “Planejamento Financeiro em tempos de incerteza”, material com orientações práticas sobre planejamento financeiro.

O material está disponível no site na Planejar, no link.

O conteúdo gratuito foi dividido em três tópicos: 1) Cuide Você, 2) Zele pela sua Organização Financeira e 3) Pense no seu Futuro, agrupando as informações de forma facilitada para a consulta do leitor.

O e-book foi lançado no dia 07 de outubro, data em que é celebrado o Dia Mundial do Planejamento Financeiro (World Financial Planning Day – WFPD), que têm como objetivo orientar as pessoas e famílias a lidarem e conhecer mais sobre planejamento financeiro. O arquivo também conta com uma versão em inglês compartilhada com o FPSB - Financial Planning Standards Board, órgão responsável pela certificação CFP®, como uma contribuição da Planejar para a comunidade global.

Falar de finanças é um tema que pode ser considerado complexo, mas o e-book busca orientar da forma mais direta para ajudar a pessoa física a compreender como funciona esse universo. “A intenção do e-book é trazer um apoio de maneira simples, leve e direta para as pessoas que estão passando por problemas financeiros decorrentes da pandemia, orientando sobre como atuar melhor na própria vida financeira em momentos específicos de maior crise e estresse”, afirma Angela Nunes, planejadora financeira CFP® e coordenadora da Comissão de Comunicação e Marketing da Planejar.

 

Príncipe William lança prêmio ambiental de 50 milhões de Libras

  • Ao todo, serão concedidos cinco prêmios de um milhão de libras por ano ao longo dos próximos 10 anos, buscando pelo menos 50 soluções para os maiores problemas ambientais do planeta até 2030.
  • Cinco Earthshots – objetivos universais para recuperar o planeta até 2030 – serão divulgados e ganharão vida em uma nova série de curtas-metragens
  • A partir da abertura das indicações em 1° de novembro de 2020, será realizada uma cerimônia de premiação 2021

O príncipe William, membro da família real britânica, acaba de lançar o Earthshot Prize, o prêmio ambiental de maior prestígio já realizado, com divulgação dos cinco desafios universais para recuperar o planeta até 2030. O novo prêmio ambiental tem como missão incentivar mudanças e contribuir para recuperar o nosso planeta nos próximos dez anos – uma década decisiva para a Terra.

O lançamento é a culminação de um projeto de dois anos do príncipe William e da Fundação Real do Duque e da Duquesa de Cambridge, que idealizou uma iniciativa de apoio aos esforços globais para proteger e recuperar o meio ambiente. Além de identificar soluções cientificamente embasadas para os maiores problemas ambientais enfrentados pelo planeta, o Earthshot Prize visa transformar o pessimismo atual sobre questões ambientais em otimismo quanto à capacidade humana de superar os maiores desafios da atualidade.

O prêmio, a maior inciativa já empreendida tanto pelo príncipe William quanto pela Fundação Real, teve seu lançamento em 31 de dezembro de 2019. Desde então, formou-se uma coalizão internacional de pessoas físicas, empresas e organizações com o intuito de potencializar o impacto da premiação – coalizão esta que continuará a se consolidar nos próximos meses e anos.

Inspirado na expressão “Moonshot”, utilizada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, para mobilizar milhões de pessoas em torno do objetivo de colocar o homem na lua, em um projeto que impulsionou o desenvolvimento de novas tecnologias na década de 1960, o prêmio Earthshot Prize está estruturado em cinco “Earthshots” – objetivos simples mas ambiciosos para o planeta que, se alcançados até 2030, promoverão melhorias na vida de todos, nesta e nas próximas gerações.

Os cinco Earthshots, divulgados hoje, são:

  • Proteger e restaurar a natureza
  • Limpar o ar que respiramos
  • Recuperar os oceanos
  • Construir um mundo sem resíduos
  • Melhorar o clima

Cada Earthshot se apoia em metas cientificamente embasadas, incluindo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e outras iniciativas internacionalmente reconhecidas para ajudar a recuperar nosso planeta. Juntos, formam um conjunto de desafios com base científica que visam promover novas formas de pensar, assim como novas tecnologias, sistemas, políticas e soluções. Ao consolidar essas cinco questões urgentes, o prêmio reconhece a interconectividade entre os diversos desafios ambientais, e a necessidade urgente de solucioná-los simultaneamente. 

Ao longo do dia (quinta-feira, 8 de outubro), será divulgada uma série de cinco curta-metragens retratando cada um dos Earthshots. Produzidos pela aclamada produtora de documentários sobre vida selvagem, Silverback Films, os curtas-metragens são narrados por jovens ativistas do clima, como Bindi e Robert Irwin.

O Earthshot Prize busca encontrar novas soluções que equacionem os problemas ambientais em todas as suas dimensões, tenham um efeito positivo nas mudanças ambientais, e melhorem as condições de vida de pessoas em todo o mundo, principalmente daquelas mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas. Serão contempladas pessoas físicas, equipes ou parcerias – entre cientistas, ativistas, economistas, projetos comunitários, líderes, governos, bancos, empresas, cidades e países – que proponham soluções viáveis e que possam contribuir de forma significativa para alcançar os Earthshots.

Entre 2021 e 2030, o príncipe William e o conselho do Earthshot Prize, com representantes dos seis continentes, selecionarão todos os anos cinco vencedores do prêmio, um para cada Earthshot. Serão divulgados ainda hoje membros do Conselho do Earthshot Prize mundialmente reconhecidos nas áreas ambiental, filantrópica, empresarial, esportiva e de entretenimento, em um vídeo que estreará na internet às 08h00, no horário do Brasil.

No vídeo, o príncipe William destaca que: “O propósito do plano é estimular e reunir as melhores mentes, as melhores soluções possíveis, visando remediar e enfrentar alguns dos maiores desafios ambientais do mundo. Somos convocados a colocar nossa engenhosidade e capacidade de inventar em ação. Os próximos dez anos representam uma década crítica para a mudança. O tempo é essencial, e acreditamos que este ambicioso prêmio global ambicioso é o único caminho a ser considerado”.

Além do conselho do prêmio, o Earthshot Prize contará com o apoio da Global Alliance, uma rede de organizações em todo o mundo que partilham do objetivo de recuperar nosso planeta. A rede terá participantes nos quatro cantos do mundo, incluindo

  • Parceiros Fundadores da Global Alliance: um grupo de filantropos e organizações líderes no mundo que trabalharão conosco para que sejam alcançados o objetivo, a escala e o alcance almejados do prêmio, contribuindo com recursos e por meio da união de objetivos.
  • Organizações Parceiras da Global Alliance: organizações sem fins lucrativos nas áreas de meio ambiente e desenvolvimento sustentável que, além de contribuir com sua experiência e alcance global, atuarão como organizações indicadoras a cada ano.
  • Membros da Global Alliance: reúnem algumas das maiores e mais influentes empresas e marcas do mundo, que apoiarão nossos Earthshots, além de implementar mudanças ambiciosas internamente e contribuir para acelerar as soluções vencedoras.

Os primeiros Parceiros Fundadores da Global Alliance são a Rede de Desenvolvimento Aga Khan, Bloomberg Philanthropies, DP World em parceria com EXPO 2020 Dubai, Jack Ma Foundation, Marc e Lynne Benioff, e Paul G. Allen Family Foundation, e serão anunciados outros nomes nos próximos meses.  Entre as organizações parceiras da Global Alliance estão o WWF, The Green Belt Movement, Greenpeace e Conservation International (confira a lista completa nas Notas para redações). Os Membros da Global Alliance serão anunciados oportunamente.

O processo de 5 etapas para selecionar o vencedor de cada Earthshot foi elaborado em parceria com o Centre for Public Impact e diversos especialistas internacionais. As indicações passarão por um processo de triagem e avaliação independente conduzido pela Deloitte, nosso parceiro de implementação. Um painel de especialistas reconhecidos prestará apoio ao processo de julgamento, apresentando pareceres ao conselho do Prêmio, que fará a seleção final dos vencedores.

Serão realizadas cerimônias de premiação em diferentes cidades do mundo, no período entre 2021 e 2030, premiando a cada ano os vencedores dos cinco Earthshots, selecionados dentre 15 finalistas. A primeira cerimônia de premiação acontecerá em Londres, no segundo semestre de 2021. 

Após a premiação, cada vencedor passará a contar com uma plataforma global e ampla visibilidade, divulgando suas conquistas ao longo da década com o objetivo de que suas soluções sejam adotadas e replicadas em massa e em grande escala. O prêmio de £ 1 milhão em dinheiro será destinado ao apoio a projetos ambientais e de conservação acordados com os vencedores. Os indicados selecionados também contarão com apoio individualizado e terão a oportunidade de receber assistência na implementação da solução em escala, além de acesso a um ecossistema de pessoas e organizações com ideias semelhantes. Nos próximos meses, serão divulgadas outras informações sobre as características do prêmio físico a ser recebido por cada um dos vencedores. 

O Earthshot Prize procurará, ao longo da próxima década, identificar e reconhecer as soluções mais inspiradoras para os maiores desafios do mundo. O prêmio vai além de reconhecer conquistas – é uma década de mobilização que tem como objetivos: conectar o mundo ambiental a fontes de financiamento, empresas e empreendedores, potencializando o impacto e a escala das soluções; reconhecer as pessoas e os lugares que estão promovendo mudanças; e inspirar pessoas em todo o mundo a trabalharem juntos para recuperar o planeta.

 

Redes sociais: @earthshotprize / @kensingtonroyal / #EarthshotPrize

Os curtas-metragens dos cinco Earthshots estão em: www.earthshotprize.org.

Os membros do Conselho do Earthshot Prize foram anunciados no Facebook, Youtube e no site www.earthshotprize.org.


Os narradores dos curtas-metragens sobre os Earthshots, divulgados hoje, são:

  • Proteger e restaurar a natureza – Bindi e Robert Irwin
  • Limpar o ar que respiramos – Javier Cang
  • Recuperar nossos oceanos – Bertie Gregory
  • Construir um mundo sem resíduos – Malaika Vaz
  • Melhorar o clima – Maya Penn


Os Parceiros da Global Alliance são:

 Conservation International

  • ORG
  • Fauna and Flora International
  • Green Belt Movement
  • Greenpeace
  • National Geographic Society
  • One Earth
  • Paradise Foundation
  • Project Everyone
  • Sustainable Markets Initiative
  • TED Countdown
  • Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
  • Pacto Global
  • World Wildlife Fund (WWF)
  • WRAP

Para mais informações, acesse: www.earthshotprize.org


Três tetos, e uma área de serviços

Há, na pratica, um consenso sobre o fato do Brasil gastar muito acima de suas receitas e, principalmente, gastar mal, aí incluídos juros reais elevados. Isto se reflete num déficit primário que é coberto com a emissão de papeis, o que aumenta a relação dívida/PIB, até que o endividamento cresça a ponto de impedir o governo de investir, dificulte a rolagem da dívida, aumente os juros e se torne um óbice para o crescimento do país.

Esta tendência, que tem sido uma constante histórica, tem levado, sucessivamente, diversos governos a tentar limitar os gastos públicos através de leis específicas. Assim instituímos a regra de ouro, o superávit ou déficit primário constam no PLOA-Projeto de Lei Orçamentária Anual, a lei da responsabilidade fiscal ameaça prender o governante que gastar mais do permitido até que, em desespero de causa, o governo inscreveu na constituição o teto dos gastos como solução final para o problema.

Mas, quando a lei fecha uma porta, encontra-se outra saída, diz um velho ditado italiano e o fato é, que as boas intenções dos autores da lei e dos legisladores, nem sempre resultam em boas soluções. Na prática, as restrições das leis anteriores acabaram sendo burladas, de um jeito ou de outro, e a lei do teto dos gastos, entendida como uma solução draconiana e definitiva, ameaça criar mais problemas dos que pretendia resolver.

De fato, esta lei, ao obrigar que o total da despesa pública permaneça constante em valores reais, ao longo dos próximos anos, torna a disputa pela fatia de cada uma das despesas do orçamento uma luta, onde as corporações e lobbies mais fortes aumentam suas fatias do bolo em detrimento dos setores ou interesses menos organizados. Em termos práticos, até agora, quem perdeu espaço foram os investimentos e, em menor grau, saúde e educação.

As boas intenções dos autores da lei eram utópicas, imaginando que, face ao crescimento vegetativo de certas despesas, como as da Previdência Social, os legisladores reduziriam os privilégios de alguns para manter ou até aumentar as despesas de interesse social como saúde, educação e transferências de renda. Entretanto, na prática, entre cortar aposentadorias integrais ou benefícios descabidos, ou cortar o SUS, é o SUS que irá pagar o pato.

Há uma sensação crescente que a lei é inexequível, além de não ser defensável, num país pobre como o Brasil, congelar o montante dos gastos com a saúde, educação, segurança e demais serviços públicos, pelos próximos anos desconhecendo o crescimento da população e suas carências mais prementes. Assim é imperativo alterar a lei, apesar da chantagem do “mercado” que recorre ao terror da insolvência e a outros espantalhos para manter o teto intocado.

Se, como é reconhecido, os principais problemas estão nos altos salários de parte do funcionalismo, em seus privilégios e penduricalhos, nas altas aposentadorias e pensões que recebem, seria mais lógico que fossem estabelecidos três tetos, para as despesas diretas e indiretas com pessoal ativo e inativo, de cada um dos três poderes. Isto limitaria a luta pela fatia do bolo “interna corporis” sem que fossem canibalizados os setores inorganizados da sociedade.

Para evitar que os funcionários com salários mais baixos acabassem por pagar a conta, deveria ser estabelecido um piso salarial, abaixo do qual não haveria cortes e/ou congelamentos. Nestas condições, os tetos iriam progressivamente garantir a redução progressiva do peso, nas contas públicas, dos salários elevados, aposentadorias, pensões, e dos benefícios dos escalões mais altos do Legislativo, Judiciário e Executivo.

Como governar não se resume a cortar despesas, seria conveniente aproveitar a mudança da lei para criar uma área de serviços, que pudesse utilizar os ganhos com a redução de despesas propiciados pelos três tetos, para criar um orçamento separado para os investimentos públicos em infraestrutura, em projetos de baixa viabilidade econômica mas de alto retorno social,  e para organizar um sistema de renda mínima, que resgate os brasileiros da pobreza absoluta.

Para os mais conservadores e preocupados com o fiscal: se a economia pega no tranco, a arrecadação aparece e mitiga os gastos públicos. Vale lembrar que tem efeito multiplicador do gasto, a relação da equação Dívida/PIB, não porque a dívida é alta, mas sim, porque o PIB é baixo, o Brasil precisa crescer, e só crescerá com investimentos. PRECISAMOS TRABALHAR NESSE SENTIDO.

 



João Carlos Marchesan - administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ

 

Lei municipal garante transporte de cães-guia em São Paulo

 Em âmbito nacional, Lei Brasileira da Inclusão também proíbe discriminação


Um episódio ocorrido na cidade de São Paulo, no bairro da Mooca, chamou a atenção das autoridades e da comunidade que atua em defesa das pessoas com deficiência. Na semana passada, um jovem cego de 26 anos teve a sua corrida recusada após o motorista de aplicativo constatar a presença de um cão-guia junto com o passageiro.

Na cidade de São Paulo, a Lei nº 17.323, de 18 de março de 2020, assegura à pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-guia o direito de ingressarem com cão-guia nos veículos providos de taxímetros (táxis) e em carros que atendam por meio de serviços de aplicativos. Além disso, o texto veta a exigência do uso de focinheira nos cães-guia para o ingresso nos carros e a cobrança de valores, tarifas ou acréscimos vinculados, direta ou indiretamente, ao ingresso ou à presença de cão-guia.

A advogada Diana Serpe, especializada em direitos das pessoas com deficiência e que defende o jovem que sofreu a discriminação, ressalta ainda a Lei Brasileira de Inclusão. "Em seu artigo 177, a Lei 13.146/2015 assegura à pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-guia o direito de ingressar e de permanecer com o animal em todos os meios de transporte e em estabelecimentos abertos ao público, de uso público e privados de uso coletivo".

Na cidade de São Paulo, esse tipo de crime pode ser enquadrado em ambas as leis, tanto na municipal quanto na nacional, e pode levar à pena de multa e até reclusão. Diana Serpe lembra que impedir a presença de um cão-guia significa discriminar não somente o animal, mas também a pessoa com deficiência. "Se um cão-guia é impedido de entrar em um local, a pessoa com deficiência visual também está sendo impedida, o que significa cercear o seu direito à igualdade de oportunidades em todos os âmbitos da sociedade, incluindo o direito à mobilidade".

Segundo a advogada, no caso de São Paulo, um inquérito contra o motorista de aplicativo já foi instaurado e tanto o motorista quanto a empresa deverão ser responsabilizados pelo ocorrido.

 


Diana Serpe - advogada e palestrante especialista em direitos das pessoas com deficiência. Possui atuação em ações relacionadas a negativas dos planos de saúde para o tratamento multidisciplinar do autista, fornecimento de canabidiol e de medicamentos de alto custo para doenças raras. Criadora do Autismo e Direito, perfil nas redes sociais (Instagram e Facebook) que visam informar o público sobre as questões legais referentes à pessoa autista e seus familiares.

 

Setores de comércio e serviços do Estado de São Paulo perderam mais de 300 mil empregos formais em 2020

 Pesquisa da FecomercioSP mostra retomada da empregabilidade nos setores; em agosto, comércio registrou maior crescimento mensal desde novembro passado

 
Os setores do comércio e de serviços do Estado de São Paulo registraram, juntos, um saldo negativo de 308.727 empregos formais no acumulado do início do ano até agosto, ainda em meio à pandemia do novo coronavírus, aponta a Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) da FecomercioSP. No caso do comércio, foi o pior desempenho da série histórica: a redução de 134.708 no total de empregos formais no período significou uma queda de 5% em relação ao seu estoque de vínculos.
 
A área mais impactada foi o varejo, que registrou um déficit de 104.333 vagas no período.

Já no setor de serviços, houve também pior desempenho para o período, mas a retração proporcional foi menor: 174.019 vagas a menos e um recuo de 2,81% nos primeiros oito meses do ano.
 
Ao se considerar o período de impacto da pandemia do covid-19, de março a agosto, o saldo de posto de trabalho celetista do comércio paulista foi negativo em 120.241 vagas, ao passo que o setor de serviços, negativo em outras 240.788 vagas, com reduções proporcionais respectivas de 4,52% e 3,84%.
 
Apesar dos resultados negativos em 2020, o comércio paulista apresenta os primeiros sinais de retomada: depois de fechar o mês de abril com um déficit de mais de 73 mil vagas e de seguir fechando postos de trabalho entre maio e junho, o setor teve saldos positivos de empregos celetistas em julho (7.122) e em agosto (15.339), quando registrou avanço de 0,6% proporcionalmente ao estoque – mês com maior crescimento do mercado formal entre os comerciantes do Estado, desde novembro de 2019.
 
A situação é parecida à do setor de serviços, que chegou a ter déficits de 132 mil empregos formais em abril e de 55,5 mil em maio, mas voltou a registrar saldo mensal positivo em agosto: 15.635 novas vagas e um crescimento de 0,26%.
 

GRÁFICO 1 - Saldo líquido mensal de empregos no comércio paulista




GRÁFICO 2 - Saldo líquido mensal de empregos no setor de serviços paulista




Para a FecomercioSP, apesar da queda mais acentuada no comércio nos oito primeiros meses do ano, é o setor que encabeça a retomada agora – tanto pelo impacto dos recursos emergenciais na economia, a partir de maio, quanto pela flexibilidade no atendimento e no retorno físico dos consumidores de muitas áreas do varejo. Os comerciantes também estão em vantagem na concorrência pela demanda, exemplificada pela maior busca dos consumidores por produtos nos supermercados do que serviços de restaurantes.
 
Ainda segundo a Federação, os dados recentes do comércio mostram inversão de cenário: por um lado, o crescimento do saldo em relação a julho (saldo positivo de 7.122 vagas), o maior registro positivo desde novembro de 2019 e o melhor resultado para um mês de agosto desde 2014 (22.639 vagas) servem de alento ao setor. Por outro, no entanto, 2020 é, até agora, o ano com a maior retração de vagas para o período da história do Estado, e, mesmo com uma retomada lenta, um retorno ao nível de estoque de vínculos antes da pandemia demorará meses para ser atingido.


 
Capital paulista


Os serviços paulistanos foram ainda mais impactados pela pandemia de covid-19 nos primeiros meses do ano do

que o comércio. Os dados indicam que mais da metade (57%) do saldo negativo de empregos formais, registrados no setor, em todo o Estado, se deve ao desempenho da capital, onde 99.279 vagas formais foram extintas. Só na área de alimentação da cidade, por exemplo, houve déficit de 46 mil vagas entre janeiro e agosto.
 
Atividades como de serviços administrativos e de saúde humana, por sua vez, puxaram o saldo final positivo de 3.545 empregos formais registrado em agosto – avanço de 0,13%. Para a FecomercioSP, o resultado do mês é residual, tendo em vista a retração do setor em São Paulo, e, mais do que isso, sinaliza para uma recuperação lenta aos próximos meses, impactados agora pelo reajuste dos hábitos de consumo das famílias depois da pior fase da pandemia.
 
Já no comércio da cidade, houve perda de 57.287 empregos (42% do saldo negativo estadual) formais nos oito primeiros meses do ano, com destaques negativos para o varejo (que registrou déficit de mais de 41 mil postos de trabalho), mais especificamente para as lojas de roupas e acessórios (-12,4 mil).

 

PRINCIPAIS NÚMEROS DA PESP


Saldo de empregos celetistas em comércio e serviços no Estado de São Paulo (janeiro a agosto de 2020):
-308.727
 
Saldo de empregos celetistas no comércio do Estado de São Paulo (janeiro a agosto de 2020):
-134.708 (queda de 5% em relação ao estoque de vínculos)
 
Saldo de empregos celetistas nos serviços do Estado de São Paulo (janeiro a agosto de 2020):
-174.019 (queda de 2,81% em relação ao estoque de vínculos)
 
Saldo de empregos celetistas no comércio da cidade de São Paulo (janeiro a agosto de 2020):
-57.287
 
Saldo de empregos celetistas nos serviços da cidade de São aulo (janeiro a agosto de 2020):
-99.279

 

Nota metodológica


A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo – (PESP) passou por uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.
 

Outubro Rosa: conheça os direitos das mulheres diagnosticadas com câncer de mama

 


Clara Phileto, advogada e influenciadora digital, comenta sobre como garantir esses direitos

Outubro é o mês da conscientização e prevenção do Câncer de Mama, que atinge 1 entre 4 mulheres no mundo, de acordo com dados divulgados pelo INCA, órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e coordenação das ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil.

Além da prevenção e do cuidado com a saúde da mulher, existem algumas leis que beneficiam mulheres diagnosticadas com câncer de mama e que são pouco divulgadas. Clara Phileto, advogada e influenciadora digital, comenta algumas delas.

“Temos a Lei da Mamografia, que determina que o SUS (Sistema Único de Saúde) assegure a realização de exame de mamografia para mulheres acima dos 40 anos, independente de existir doença ou não. Temos também a Lei da Reconstrução Mamária que garante a possibilidade de refazer a mama da mulher no mesmo procedimento cirúrgico da mastectomia, se assim houver condições técnicas e clínicas para tal, pois todos sabem como é difícil para o psicológico de uma mulher remover as suas mamas”, declara.

Além disso, a aposentadoria por invalidez também pode ser concedida à mulheres portadoras da doença, bem como o auxílio doença, caso a mulher tenha ficado temporariamente incapaz de trabalhar por mais de 15 dias consecutivos – em ambos os casos, a condição deve ser comprovada através do Exame Pericial do INSS.

Pacientes com câncer ou que tenham dependentes portadores da doença podem também sacar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e estarão também isentos ao Imposto de Renda relativo aos rendimentos de aposentadoria, reforma, pensão e complementações.

Entretanto, muitas mulheres ainda não possuem conhecimento dos seus direitos e não sabem como ter acesso ou garantir sua efetividade. “Nós precisamos acompanhar os políticos envolvidos nas tramitações das leis para ficarmos atualizados e algumas organizações que lutam por estes direitos. Além disso, existe a possibilidade de interferência judicial para garantir a efetividade destes direitos, porém, hoje temos a internet e com ela várias informações disponíveis. Os direitos existem, mas é preciso ir atrás. É necessário que as mulheres portadoras de câncer estejam atentas sobre o que lhes cabe juridicamente e irem atrás de seu efetivo cumprimento. Caso isso não aconteça, será dever constitucional do Poder Judiciário, quando provocado, garantir o cumprimento destes direitos”, afirma Clara.

Para mais informações, acesse o site do INCA:
www.inca.gov.br

 

Posts mais acessados