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sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Primavera: Conheça os alimentos da estação e seus benefícios

Nutricionista do São Cristóvão Saúde sugere cardápio saudável
composto pelos alimentos da época


A estação mais colorida do ano chegou, e com ela as frutas, legumes e verduras da época. Os alimentos sazonais além de estarem mais frescos e com maior qualidade, podem ser encontrados em abundância e a preços mais atrativos. Para aproveitar essa variedade, fazer uma refeição colorida e saborosa, a nutricionista Cintya Bassi do São Cristóvão Saúde, sugere um cardápio e fala sobre os benefícios dos alimentos comuns na Primavera.


Primeiro vamos conhecer as frutas, legumes e verduras da estação:


Frutas: abacaxi pérola, acerola, banana-nanica e prata, caju, jabuticaba, kiwi, laranja lima, pera, maçã fugi e gala, mamão, manga, maracujá, melão, mexerica, morango, pêssego e tangerina.


Legumes: abóbora, abobrinha brasileira, alcachofra, batata-doce, beterraba, ervilha torta.


Verduras: almeirão, aspargos, brócolis, chicória, couve, couve-flor, endívias, erva-doce, escarola, espinafre, mostarda, nabo e rabanete.

De maneira geral, as frutas, verduras e legumes, são peças fundamentais quando se fala de alimentação saudável, pois são alimentos que fornecem vitaminas e minerais como potássio, zinco, cálcio e magnésio. Além disso, esses alimentos também são fontes de diferentes tipos de fibras que ajudam a reduzir o colesterol ruim e a glicemia, equilibrando o funcionamento intestinal e aumentando a saciedade. Esses alimentos possuem substâncias antioxidantes como os flavonoides, que são nutrientes importantes para a proteção das células e que combatem a ação dos radicais livres.

"Cada alimento também possui nutrientes e benefícios específicos, por exemplo, o abacaxi possui uma enzima conhecida como bromelina que auxilia na digestão, assim como a enzima papaína presente no mamão; já o brócolis, possui luteína e zeaxantina, que auxiliam na manutenção da visão; a abóbora, é rica em carotenoides; o espinafre possui luteína; e frutas como laranja, kiwi e morango são ricas em vitamina C, que além de antioxidante é um fortalecedor do sistema imunológico.", explicou a nutricionista.

O cardápio de uma dieta deve ser preferencialmente construído de forma individual, levando em conta diversos fatores como o objetivo, hábitos alimentares, estrutura física, sexo, entre outros fatores. "Da mesma forma é necessário ter cuidado com o jejum, ele pode ser uma boa opção para dieta, mas não em todos os casos e para qualquer pessoa, por isso, é sempre necessário avaliar individualmente. Mas o que funciona para todos os organismos é uma dieta saudável, baseada em alimentos diversificados e com grande quantidade de nutrientes que é o exemplo que deixo abaixo:"


Café da manhã:

1 copo de suco de laranja

• 1 fatia de pão integral com geleia sem açúcar


Lanche da Manhã:

• 2 fatias de abacaxi ou 1/2 xícara de frutas desidratadas sem açúcar


Almoço:

• Salada de folhas verdes (almeirão, mostarda, chicória, couve) com cebola, tomate cereja e ovos de codorna

Peixe ao forno

• Arroz integral

Lentilha

Brócolis ao forno


Lanche da tarde:

• Iogurte grego com 1 colher de chá de aveia


Jantar:

• Salada de palmito, escarola e rabanete

Filé de frango grelhado com molho de limão

Batata doce assada com alecrim

• Espinafre refogado

• Arroz integral

• Feijão

 

PROTESTE faz alerta sobre o consumo de sódio: moderação é a palavra-chave

Você sabia que alimentos com grande quantidade de sódio prejudicam sua saúde e podem ser considerados grandes vilões?


Todo mundo sabe (ou já ouviu dizer) que o consumo de sal em excesso causa retenção de líquidos, hipertensão arterial sistêmica , doenças cardíacas e renais. No entanto, muitos alimentos que consumimos normalmente, especialmente industrializados, contêm sódio em sua composição.

Assim, juntamente com outros preparos que naturalmente utilizam o sal de cozinha, esses produtos acabam fazendo com que o sódio seja ingerido em quantidades superiores às recomendadas, o que pode trazer vários danos à saúde. "Há alguns aditivos alimentares que contribuem para aumentar o sódio nos produtos. O ideal é se basear na quantidade informada na tabela nutricional", explica Fernanda Taveira, especialista PROTESTE.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ideal é consumir até 2.000 mg de sódio por dia, para reduzir o risco de pressão alta e, consequentemente, de doenças cardiovasculares e renais . Porém, em doses adequadas, a substância é importante para a saúde. "O sódio regula o volume dos fluidos corporais, como o líquido que se encontra no exterior das células e o sangue, e tem uma grande atuação na função neuromuscular do organismo", destaca Fernanda.


Quais alimentos contêm sódio?

Quer alguns exemplos de itens que contêm altas doses de sódio e acabam despercebidos na alimentação diária? Temperos prontos, caldos de carne ou de legumes e alimentos em conserva (como o milho em lata) são alguns dos vilões. Mas, não se engane acreditando que apenas os alimentos com sabor salgado contêm sódio em excesso - você sabia que bisnaguinhas e biscoitos recheados também têm a substância?

Por causa do consumo excessivo da substância e seu envolvimento com as doenças crônicas , o Ministério da Saúde ( e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) assinaram um termo de compromisso, em 2011, para reduzir o teor nos alimentos processados, com a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), a Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima), a Associação Brasileira da Indústria de trigo (Abitrigo) e a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip). Desde então, as vigilâncias sanitárias estaduais realizam o monitoramento das metas de redução de sódio em alimentos processados.

Mesmo assim, é importante que o consumidor tenha atenção aos rótulos dos produtos e evite o consumo excessivo. Acompanhe os resultados do estudo da PROTESTE, que analisou o teor de sódio em alguns alimentos.


Macarrão instantâneo

Em sete embalagens analisadas pela PROTESTE, foram observados o teor médio de sódio de 1.586 mg em 100 g, variando de 1.336 a 1.839 mg. Duas marcas mostraram valores um pouco acima do limite estabelecido pelo Ministério da Saúde e Associações. O consumo de um pacote fornece mais de 60% de sódio, de acordo com a OMS. Veja a porção do alimento, além da quantidade de sódio da tabela nutricional, na qual alguns produtos informam a metade da quantidade em um pacote.


Presunto, peito de peru, mortadela, bacon e paio

Muitas pessoas consomem peito de peru e incluem esse alimento na dieta por ser uma opção considerada "leve". Mas você sabia que quatro fatias de peito de peru podem conter 460 mg de sódio? Além disso, o alimento possui glutamato monossódico em sua composição, um grande causador de retenção hídrica e de enxaqueca.


Queijos

Dependendo do queijo que você escolher, pode consumir mais sódio do que imagina. Cerca de uma fatia e meia de queijo sabor cheddar light (com menos calorias) contém cerca 319 mg de sódio. O queijo prato pode conter de 175 mg a 319 mg de sódio em uma fatia e meia. Observe também que o sal é o segundo ingrediente em maior quantidade na tabela nutricional desse tipo de queijo.


Caldos e temperos prontos

O estudo da PROTESTE verificou, em cinco rótulos de produtos, que uma colher de chá (5 g) dos caldos em cubo ou pó fornece em média 906 mg de sódio. Foram analisados também os rótulos de sete temperos em pasta e de três amaciantes de carne. Em média, uma colher de chá (5 g) fornece 1.281 mg e 1.093 mg de sódio, respectivamente. Os produtos têm mais de 40% de sódio, conforme a OMS.


Maionese

O estudo observou a quantidade de sódio no rótulo de dez marcas de maionese. O teor médio foi de 323 mg, variando de 270 a 380 mg em 100 g do produto. Também verificamos o sódio em duas marcas de maionese vegana. As concentrações informadas foram 297 mg e 417 mg/100g, ou seja, um pouco maiores do que na maionese tradicional. Os valores são altos, de acordo com a indicação da OMS.


Milho em conserva

Foram avaliados o conteúdo de sódio em três marcas de milho em conserva. Segundo a tabela nutricional, uma xícara de chá (130 g) pode fornecer entre 200 mg e 386 mg. Além disso, é possível observar na lista de ingredientes a presença de água e sal, e não somente milho e água, como era de se esperar.


Bisnaguinhas

Nas cinco marcas de bisnaguinhas testadas, a PROTESTE verificou que o teor médio de sódio nas informações nutricionais foi de 320 mg em 100 g do produto, variando entre 262 e 344 mg.

O valor é alto, uma vez que essa categoria de produtos é oferecida ao público infantil. Cinco unidades (100 g) correspondem a 16% da recomendação máxima diária de sódio (2.000 mg).


Biscoitos recheados

A PROTESTE avaliou os rótulos de seis biscoitos doces recheados diferentes. O teor médio de sódio observado foi de 212 mg em 100 g do produto, variando entre 180 e 263 mg.

Biscoitos de água, água e sal e cream cracker

Foram verificadas as informações de sódio de 12 marcas. O teor médio de sódio visto foi de 576 mg em 100 g do produto, variando de 420 até 1.100 mg. Vale ressaltar que o segundo termo de compromisso assinado entre o Ministério da Saúde e associações prevê que essa categoria de biscoitos deveria atingir o teor máximo de 699 mg por 100 g até 2014. Na média, os produtos cumprem a meta, mas uma das marcas apresentou valores acima do limite.


Pipoca de micro-ondas

Foram avaliados os rótulos de sete marcas, com a constatação de que o teor de sódio varia entre 116 e 293 mg.

 



PROTESTE

http://www.proteste.org.br


Adolescentes x Estudos em casa - Especialistas dão dicas para manter uma rotina eficiente e saudável

Em tempos de pandemia e quarentena, a rotina de estudos dos adolescentes e jovens candidatos que prestarão vestibular foi alterada. Para evitar aglomeração de pessoas como uma forma de combate à Covid-19, desde o dia 23 de março as aulas presenciais em escolas, universidades e cursinhos estão suspensas. Ainda que a suspensão seja necessária para saúde e bem-estar de todos, os alunos e pais precisaram se adaptar a este “novo normal”. Para manter a qualidade dos estudos remotamente e pensando em minimizar os impactos negativos deste intervalo na rotina em ano de vestibular, Debora Stelzer, orientadora pedagógica do Cursinho da Poli e Gilberto Alvarez, diretor do Cursinho da Poli, dão dicas para que os jovens estruturem suas agendas de forma eficiente e saudável.


Tenha uma rotina

“Se houver a possibilidade, siga uma rotina semelhante à que tinha quando ia à sua instituição de ensino: acorde cedo, tome o café da manhã, siga os conteúdos programáticos que estão sendo trabalhados, e não acumule matérias. Evite acompanhar as aulas na cama e ainda de pijama. Tenham um calendário que ocupe o tempo de segunda à sexta-feira”, afirma Alvarez.


Divida seu dia em 3


·         Estudo

·         Momentos com a família

·         Lazer


Estudo:

“Reserve de quatro a seis horas de estudos por dia, divididos entre as disciplinas cobradas no Enem e vestibulares. Cada disciplina com uma hora de estudos e dez minutos de intervalo. É útil que os horários das refeições sejam bem estabelecidos, para que durante essa hora do estudo, haja dedicação total ao aprendizado, sem distrações”, explica Gilberto Alvarez.


Momento com a família

O momento com a família é importante em qualquer ocasião, uma convivência de qualidade entre as pessoas que moram com o estudante é essencial para manter a saúde emocional em dia. É indicado ter momentos de conversas, reflexões, compartilhamentos de experiências e expectativas, que ajudarão a diminuir o estresse e a ansiedade.

“A ansiedade frente aos vestibulares é recorrente neste período, o mais importante é manter a calma e confiar nos estudos e aprendizados que o candidato está recebendo, e a participação da família é essencial para dar o apoio que o estudante precisa. É bom ressaltar que os familiares não precisam cobrar com tanto afinco, já que o estudante geralmente já se cobra o suficiente. É interessante fomentar perguntas de desenvolvimento: “Como estão os estudos?”, “Você precisa de ajuda?”, assim o aluno se sente acolhido por seus familiares”, diz Stelzer.


Lazer

Momentos de lazer são igualmente importantes para que os estudantes possam desestressar e manter o equilíbrio emocional. Para Gilberto nestes momentos o recomendado é relaxar, “assistir séries, filmes, acompanhar as redes sociais, marcar conversar com os amigos online, jogar videogame, ver vídeos, fazer atividades relaxantes nesses momentos de distração. Os pais podem ficar tranquilos, pois mantendo um equilíbrio entre as horas de estudo (4h-6h), o tempo em família e lazer, o jovem tem condições de ter um bom desempenho com qualidade de vida”.


Disciplina é a chave do sucesso

Para além das dicas de estudos mantendo a organização, com uma rotina disciplinada de conteúdos que a sua instituição lhe fornece, e buscando o apoio e compreensão dos familiares neste delicado momento, fica o lembrete para não desistir.

“Desistir não é uma opção, é indispensável aproveitar a oportunidade de estudar e alcançar os sonhos e objetivos traçados, vale refletir sobre o caminho que percorreu até agora e, no final perceber que valeu a pena todo o esforço e dedicação que teve durante esse período. Se você chegou até aqui, agora falta pouco para chegar no final. Conte com o apoio de quem acredita potencial”, finaliza Stelzer.



 

Super dicas:

·    Ajuste a sugestão de cronograma semanal abaixo de acordo com os seus horários, lembrando sempre em dividir seu dia em 3: estudos, momentos com a família e lazer;

·    Nos estudos lembre-se de dedicar de 4-6h diárias, dessas horas divida 1h para cada matéria, com intervalo de 10 minutos entre as mesmas;

·     Durante as matérias evite distrações como o uso do celular ou televisão ligada. Exercite a disciplina;

·    Se tiver dificuldade de se concentrar, experimente criar uma playlist com música clássica barroca, que possui como principais compositores Bach, Mozart, Beethoven Vivaldi entre outros. Escolha as músicas menos agitadas e veja se lhe ajudam a melhorar a concentração durante os estudos;

·    Respeite os horários das refeições – “saco vazio não para em pé!”;

·    Em um momento propício, converse com seus familiares e amigos próximos e compartilhe suas expectativas e planos;

·    Inclua em sua rotina um tempo para assistir sua série favorita, mas cuidado para não extrapolar e acabar maratonando na madrugada e prejudicar seus estudos no dia seguinte! É preciso ter disciplina tanto nos estudos quanto nos momentos de lazer;

·    Tenha um ciclo para estudar, procure iniciar pela apostila, seguindo para videoaula, e depois conclua os exercícios. 

 

5 dicas para lidar de forma saudável com seu dinheiro

O Brasil tem cerca de 4,6 milhões de endividados; entender como lidar com o dinheiro é essencial para construir uma nova realidade


Dinheiro é um assunto que interessa muita gente, especialmente, quando o objetivo é ter mais recurso e saber lidar corretamente com ele. Para ter uma vida financeira saudável, a educação financeira é primordial, considerando a sequência de economizar, ganhar mais e investir melhor. 

Precisa de ajuda para melhorar sua forma de lidar com o dinheiro? Confira 5 dicas para ter uma vida financeira verdadeiramente saudável:

 

1. Poupe sempre que puder. Segundo a Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), somente 38% dos brasileiros poupou algum dinheiro em 2019. A economia é conquistada a partir de pequenas disposições, como escolher o frete mais barato nas compras online, optar por uma marca mais barata de um produto commodity para testar, reduzir períodos no chuveiro para economizar água e luz, e assim por diante. Pequenas escolhas do dia a dia podem ajudar a poupar muito.

 

2. Economize com propósito. O fato de conseguir poupar não significa que os reais “a mais” estão livres para serem gastos de outra maneira qualquer, deliberadamente. Para ter uma vida financeira saudável é importante ter planos a curto, médio e longo prazo. Ao economizar dinheiro é interessante decidir o que fazer com ele. Entre as melhores opções é possível investir em projetos futuros; ou até mesmo acumular na conta e comprar algo à vista com desconto, por exemplo.

 

3. Gaste no débito. Com dinheiro na conta, você tem a liberdade de comprar no débito ou de sacar para comprar à vista e, com isso, obter desconto. Esse poder de compra te livra das altas faturas do cartão de crédito, bem como dos juros de possíveis atrasos. Ao tornar a economia um hábito, toda a trajetória das finanças muda; pois compras por impulso são evitadas e novas aquisições são calculadas a partir dos objetivos de curto, médio e longo prazo já estabelecidos.

 

4. Faça mais dinheiro. Obter renda extra pode parecer um grande problema para algumas pessoas. Contudo, com criatividade e disposição é possível ampliar os recursos faturados no mês e mudar sua realidade financeira. Vender livros, roupas, acessórios e objetos que já não utiliza com regularidade é uma ótima forma de fazer renda extra. Ferramentas gratuitas como aplicativos de mensagem e relacionamentos são ótimos canais de divulgação. Além disso, a criatividade para identificar oportunidades de negócio como venda de marmitex e sobremesas também é muito válida para garantir um pouco mais de dinheiro no fim do mês.

 

5. Comece a investir. Lembra-se dos propósitos de ganhar e usar o dinheiro? Quais são os planos que te fazem levantar todas as manhãs para trabalhar? Para tirá-los do papel é preciso levar este propósito a sério e fazer esse dinheiro já conquistado render, e para isso os investimentos são os melhores caminhos. Seja em renda fixa ou variável, lidar com o dinheiro de forma saudável é, na verdade, não ser refém dos recursos, mas gerenciá-los de forma a conquistar seus objetivos.


Covid-19 é tema de 172 mil decisões judiciais no Brasil

Mais da metade das liminares (97 mil) estão relacionadas ao auxílio emergencial


A judicialização da Covid-19 já soma mais de 172 mil liminares, e mais da metade (aproximadamente 97 mil) estão relacionadas ao auxílio emergencial, de acordo com o monitoramento da Plataforma Nacional Interinstitucional de Dados Abertos sobre o novo Coronavírus, que integra o Observatório Nacional sobre Questões Ambientais, Econômicas e Sociais de Alta Complexidade e Grande Impacto e Repercussão.  As fontes com números mais expressivos são: AGU (Advocacia Geral da União), que responde por 44,81% das ações (97 mil), CNJ (Conselho Nacional de Justiça) participa com mais 42,08% (91 mil) e 9,82% (21 mil) são processos concentrados pela DPU (Defensoria Pública da União). 

A Plataforma Nacional Interinstitucional de Dados Abertos relativos às liminares envolvendo o tema Covid-19 foi desenvolvida graças à integração inédita entre os órgãos e participação de pesquisadores do Instituto de Pesquisas Aplicadas (Ipea), da Universidade Positivo (UP) e outras entidades. A construção continua a acontecer por meio de reuniões semanais online do Comitê de Crise constituído pela Presidência do CNJ, por meio da portaria CNJ 57/2020. 

De acordo com a professora da Escola de Direito e Ciências Sociais da UP e coordenadora do projeto, Dra. Maria Tereza Uille Gomes, o objetivo da iniciativa é prestar auxílio em decisões estratégicas dos órgãos que integram o sistema de Justiça e servir como instrumento para a academia, jornalistas e sociedade civil. Maria Tereza é conselheira do CNJ, ex-secretária de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado do Paraná e Procuradora-Geral de Justiça do Estado do Paraná. “A crescente judicialização da Covid-19 fica mais evidente com o Painel, sendo que a maioria é referente ao auxílio emergencial. Contudo, com a organização da base de dados e o cruzamento de informações com o uso de BI (Business Intelligence), já foram reprocessados mais de 20 mil pedidos”, informa Maria Tereza.

Coleta de dados feita em 28 de setembro de 2020.

Plataforma Nacional Interinstitucional de Dados Abertos - Covid-19 está disponível em: https://observatorionacional.cnj.jus.br/observatorionacional/index.php/coronavirus-covid19/acoes-judiciais 

 

 

Universidade Positivo

www.up.edu.br   

 

Cinco reflexões sobre a nota de R$ 200

 Opinião

Em meio a uma pandemia global que atinge todo o planeta de maneira devastadora, contaminando mais de 26 milhões de pessoas e matando quase 900 mil, e durante uma das mais intensas crises econômicas já vividas nas últimas décadas, com o PIB do 2º trimestre caindo a -9,7%, o brasileiro encontrou uma maneira de rir e fazer meme.

E a responsabilidade é de ninguém menos que o próprio Banco Central, que resolveu lançar uma nova cédula de real, no valor de R$ 200, tendo como símbolo o lobo-guará, animal que faz parte de nossa fauna e que, agora, integra o ‘time’ de representantes de nossa moeda, formado também por tartaruga-de-pente (R$ 2), garça branca (R$ 5), arara vermelha (R$ 10), mico-leão dourado (R$ 20), onça-pintada (R$ 50) e garoupa (R$ 100).

Nosso querido beija-flor, que ilustrava a nota de R$ 1, saiu do grupo em 2005, quando a cédula deixou de ser fabricada no Brasil.

Não bastasse toda a ‘campanha’, tipicamente brasileira, clamando pelo uso do vira-lata caramelo como mascote da cédula de R$ 200, o debate sobre a nova nota foi muito além. E isso nos traz cinco grandes reflexões.


O deboche como estratégia de marketing

Se o brasileiro quer o vira-lata caramelo como protagonista da nova nota, afinal, nenhum outro bicho representa tão bem o nosso país, o Banco Central, debochado, criativo e inteligente, usou o famigerado a seu favor. Primeiramente, ao dizer que cogitava, sim, trazer o canino para a cédula. Mas, na verdade, a ‘ação relacionada ao animal’, citada pela diretora de administração do BC, Carolina de Assis Barros, referia-se à campanha de lançamento, divulgada nas redes sociais do órgão. Na peça, um vira-lata caramelo pede para a população receber o lobo-guará (ou 'caramelo do serrado') com carinho.


É sempre bom lembrar a importância do branding

Entre os assuntos mais comentados após a divulgação da nova cédula, seu layout foi, com certeza, o principal. E aqui, não estou falando – ainda, fica para o próximo item – sobre estética, mas sim sobre branding e alinhamento de marca. A diferença entre fontes, elementos tamanho e estrutura é bastante perceptível em relação às demais notas. Nunca é demais relembrar que nós, profissionais de comunicação e marketing, temos um compromisso com a identidade de nossas marcas e produtos, e, geralmente, os reflexos causados por desalinhamentos de KV são imediatos.


Não subestime a estética

E agora sim, além do branding, a estética como um todo. O lobo-guará utilizado na representação está em uma posição desfavorável, com aplicação que remete a imagens de baixa qualidade e com composição que prejudica sua visualização. Isso, claro, sem citar o ‘arbusto’ destoante localizado acima da grafia ‘duzentos reais’. Independentemente de questões de segurança – que são, claro, absolutamente indispensáveis -, não podemos subestimar a estética de qualquer item, seja marca, produto, embalagem ou acessório.


Qual a necessidade disso... agora?

São diversos os argumentos utilizados para justificar a criação da nota de R$ 200 neste momento. Mas, não podemos desconsiderar a crise econômica pela qual o Brasil está passando. E com isso, vem a pergunta: precisávamos destes custos de produção na Casa da Moeda em pleno período de pandemia? E ainda sobre o lançamento da nova cédula, deixo para os colegas de compliance a reflexão sobre potencial aumento de crimes como corrupção e lavagem de dinheiro, que são comumente facilitados com uso de notas de maior valor.


Use a ‘fábrica de memes’ a seu favor

E por último, o principal aprendizado: planejar uma boa estratégia de marketing no Brasil sem levar em consideração que somos a maior fábrica de memes do planeta é quase impossível. Nesse sentido, o Banco Central soube aproveitar muito bem a repercussão – que poderia ter tomado uma conotação negativa – a seu favor. Trazer o vira-lata caramelo para sua campanha de lançamento foi uma das maiores sacadas da publicidade brasileira em 2020.

Se depois de seis meses de isolamento social e de números tão assustadores (seja na pandemia ou na economia) nós encontramos na nova nota de R$ 200 razões para nos distrairmos, que assim seja.

 



Cristiano Caporici - diretor de Comunicação e Marketing da Tecnobank

 

Deep Fake: A nova ameaça do século XXI


Se as Fake News se tornaram um grande problema no Brasil, principalmente em relação à política, o Deep Fake fará um estrago ainda pior.

Através de Inteligência Artificial, Machine Learning e com ferramentas de código aberto pode se criar um algoritmo para treinar uma Rede Neural a mapear o rosto de uma pessoa, e então, substituir os movimentos labiais, expressões do rosto e piscar dos olhos, e até o rosto por completo, no corpo de outra pessoa. Em muitos casos, a qualidade fica impressionante.

A mecânica de funcionamento é bem simples: o software trabalha analisando primeiro os movimentos faciais de um alvo, cuja aparência será usada no vídeo falso. Após mapear a cabeça, o movimento e o piscar dos olhos, os detalhes da boca e demais movimentos o software analisa essas mesmas marcações no vídeo original e então mescla os movimentos. Isso cria um vídeo falso surpreendentemente realista.

Para potencializar isso, duas aplicações podem rodar simultaneamente, uma sendo lançada contra o outra, sendo uma para criar e outra para analisar, em uma série de milhões de ajustes de ida e volta. Isso torna o processo de aprendizado mais rápido e mais preciso do que se um ser humano analisasse cada uma das tentativas.

Políticos como Obama, Trump e Puttin já foram vítimas do Deep Fake. Celebridades como Ariana Grande, Cameron Diaz, Emma Watson, Angelina Jolie e Miley Cirus são vítimas constantes em sites de pornografia, vídeos utilizando seus rostos são facilmente encontrados.

A Faculdade de Washington promoveu um estudo e publicou o vídeo em que o software após horas de análise conseguiu criar movimentos labiais perfeitos do ex-presidente americano Obama. Uniram dois vídeos diferentes, em um aproveitaram o áudio e em outro aproveitaram a imagem. A rede neural recorrente aprende o mapeamento de recursos de áudio brutos para formas de boca.

No caso do estudo usaram a voz original, mas poderiam facilmente utilizar um imitador ou unir diferentes áudios para formar uma frase. O que poderia acarretar graves problemas políticos de nível mundial.

O Twitter baniu qualquer conteúdo que promova o assunto, como também vídeos que utilizem desta tecnologia. O site pornô, Pornhub, também fez o mesmo, banindo qualquer vídeo que utilize esta tecnologia. No Brasil, ainda não temos nenhuma iniciativa que impeça a proliferação de conteúdo Deep Fake.

A falsificação de imagens e vídeos não é nenhuma novidade, existem aplicativos para smartphones que facilmente mudam o rosto de pessoas. No entanto, o ponto em questão é o realismo. A manipulação de imagens e vídeos usando Inteligência Artificial pode se tornar um fenômeno de massa perigoso.

Outro caso em que esta tecnologia está sendo usada é a “pornografia de vingança” onde o rosto de pessoas comuns são aplicados em vídeos de pornografia, para que alguma extorsão seja realizada.

A base desta aplicação usa o TensorFlow, do Google. Uma biblioteca de código aberto para aprendizado de máquina aplicável a uma ampla variedade de tarefas. É um sistema para criação e treinamento de redes neurais para detectar e decifrar padrões e correlações, análogo à forma como humanos aprendem e raciocinam. A concepção do TensorFlow jamais foi pensada em possibilidades tão obscuras.

Neste ano de 2020, contaremos com eleições para prefeitos e vereadores e certamente poderemos ter casos de Deep Fake sendo usado no Brasil para denegrir a imagem de um determinado político.

Em relação ao mundo corporativo, o Deep Fake também pode ser um grave problema. Vídeos falsos de presidentes de grandes corporações podem ser espalhados com o objetivo de denegrir a imagem do indivíduo ou da empresa. Até que a informação verdadeira seja revelada, um estrago enorme pode ser feito afetando vendas, marketing, relação com investidores entre outras frentes.

Por isso, é de extrema importância certificar-se da procedência da mensagem antes de compartilhar e ter como base, fontes confiáveis de notícias. A informação é a principal moeda do século XXI.

 


TRIWI

www.triwi.com.br

Como está a sua autogestão para o novo mundo?

O mundo pós-pandemia recomeçará com muitos aprendizados para o ser humano. Enfrentamos uma das maiores crises da história recente da humanidade. São milhares de vítimas, de desempregados, crianças sem aula, trabalho remoto e economia impactada. Diante desses desafios, começamos a vivenciar um "novo normal” em que um novo protocolo define a forma de como nos relacionamos com outras pessoas.

A expectativa é grande. Todos se perguntam como vai ser essa nova versão, que mundo vão encontrar quando as portas forem abertas. E você, está preparado para encarar como vai reagir aos novos modelos de trabalho, de relacionamento e diversas outras ações após a pandemia? Quais foram os seus aprendizados e o que pode ser deixado para trás?

O novo mundo que vai se abrir diante dos nossos olhos depende exclusivamente do nosso comportamento que fará toda a diferença para haver grandes transformações. A forma como vamos lidar com as novas situações será fundamental nesse processo. Não adianta pensarmos num novo mundo, se a mudança não partir de nós mesmos.

No campo profissional, será preciso adaptar-se ao home office que permanecerá como opção das empresas. Para isso, você vai ter de gerenciar o seu tempo com esse novo modelo de trabalho, principalmente porque há uma sobra nesse tempo, por não haver mais deslocamento, mas há outras mudanças, como alimentação e família em um mesmo ambiente. Como você está trabalhando essas questões internamente?

Você está preparado para lidar com seu chefe à distância? Caso estava acostumado com um chefe que ficava sempre no seu “cangote”, como você está lidando com a autogestão nesse distanciamento? Você vai ser mais proativo? Determinar suas prioridades?

No relacionamento pessoal, também vamos encontrar pessoas que não querem mais contatos físicos por motivos óbvios e como você vai encarar isso?  Vai tratar como rejeição ou aceitar o novo estilo de vida da pessoa?

O novo mundo vai exigir mais empatia e mais respeito às novas escolhas daqueles que vão optar por limites mais rígidos do que antes, como uso de máscaras, maior distanciamento, sem beijos e abraços. Portanto, você vai precisar refletir sobre uma série de aspectos para definir quais contribuições vai querer trazer para o mundo. É hora de pensar como seu comportamento de fato vai reconfigurar e transformar tudo o que não estava funcionando em oportunidade de recomeçar.

 


Karin Panes - treinadora, master coach especialista em Psicologia Positiva e Neurocientista e CEO da Ato Solutions, empresa especializada em Consultoria, Treinamento e Desenvolvimento Humano.

Multiparentalidade: a possibilidade da múltipla filiação

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reconhece desde 2016, pelo provimento número 63, a existência da multiparentalidade ou o parentesco socioafetivo que se caracteriza como o reconhecimento de uma pessoa que não é o pai ou mãe biológica da criança, mas criou um laço afetivo com ela devido à convivência.

No Brasil, podemos pegar como exemplo a multiparentalidade no caso de um padrasto ou madrasta, um tio, ou até mesmo um amigo, que tem relação socioafetiva com determinada criança e identifica-se como pai ou mãe dela.

O estopim para essa decisão do CNJ foi na Paraíba a partir de uma ação que reconheceu o vínculo sociofetivo de uma criança criada por um casal que tinha falecido. Na ocasião, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que eles eram pais dessa criança e, então, ela teria direitos sucessórios nos bens, ou seja, direito à herança deles. A partir dessa decisão, o CNJ editou o provimento número 63 em 2016, autorizando os cartórios de todo o Brasil a reconhecerem extrajudicialmente estas relações.

Nesse tipo de reconhecimento, é inserido na certidão de nascimento, além dos nomes dos pais biológicos, o nome da pessoa que também é considerada pai ou mãe dessa criança.

No entanto, essa decisão gerou polêmica, uma vez que todos enquadrados nesse direito poderiam ir aos cartórios fazer esse reconhecimento, independentemente da idade dos filhos. Entre 2016 e 2019, mais de 44 mil pessoas tiveram nome de um segundo pai ou mãe inseridos na certidão de nascimento.

A partir de 14 de agosto do ano passado, com o provimento número 83, o CNJ junto com Ministério Público inseriu algumas regras para esse tipo de situação e agora não se pode mais reconhecer extrajudicialmente filhos sociofetivos menores de 12 anos. Para a Justiça, com a idade de 12 anos a criança já entende o que é um pai e mãe. Além disso, também é preciso demonstrar para a sociedade que essas pessoas vivem numa situação de pai e filho ou mãe e filho, por meio de foto de aniversários juntos, de passeios, entre outras ações.

Esse tipo de reconhecimento também acontece para casal homossexual. Por exemplo, um deles teve filho fruto de um casamento heterossexual, mas a relação não deu certo e essa pessoa casa-se novamente, mas com um outro homem que tem convívio e ligação afetiva com a criança. É possível fazer esse reconhecimento como outro pai da criança.

Apesar da Justiça ainda não ter determinado claramente a questão da divisão da herança na multiparentalide também está incluído a questão inversa, ou seja, quando o filho falece primeiro, o ascendente tem direito a herança até o fim. Outro fato importante é que os avós e irmãos ainda não estão incluídos nesse reconhecimento de situação de pai ou mãe.

Portanto, esse direito é legítimo para quem convive com uma criança e tem uma relação socioafetiva e uma afinidade com ela há um bom tempo. É bem diferente da adoção em que a criança não tem pais biológicos vivos ou em condições de dar os devidos cuidados a ela. Na adoção, o processo é muito mais complicado e não há convivência com a pessoa que o deseja adotar. Além disso, ao término do processo de adoção, a criança herda o sobrenome dos pais adotivos, assim como a certidão de nascimento inclui apenas o nome dos pais adotivos.

 


Dra. Catia Sturari - advogada especializada em Direito de Família, atuando há 12 anos na área. Formada pela IMES (Hj, USCS), em São Caetano do Sul, atualmente cursa pós-graduação em Direito de Família pela EBRADI. Condutora do programa Papo de Quinta, no Instagram, voltado às questões que envolve o Direito de Família, também é palestrante em instituições de ensino e empresas e é conhecida pela leveza em conduzir temas difíceis de aceitar e entender no ramo do Direito de Família.

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