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segunda-feira, 22 de junho de 2020

Pais de crianças em tratamento oncológico nos ensinam a tirar de letra o período de isolamento


Antes mesmo do coronavírus, pais de crianças com câncer já viviam distanciamento social para proteger a saúde dos filhos. O que podemos aprender com eles?


Priscila Antoniassi, Caroline Ruggiero e Maristela Lago contam suas experiências


Quando uma criança é diagnosticada com câncer, os desafios que os pais enfrentam são incontáveis. Todas as demandas usuais continuam e a elas soma-se uma nova rotina de tratamentos e cuidados especiais com a saúde do filho, cuja imunidade fica bastante comprometida ao longo do tratamento. A rotina rígida e restrita que vivemos hoje, cercados de cuidados em função do covid19, por exemplo, já é uma realidade para elas há tempos. E mais: estende-se por longos períodos.

A boa notícia é que a maioria das famílias se adapta muito bem, principalmente com o apoio de suas equipes de atendimento e a compreensão de amigos, familiares e comunidade.

Por que não aprendermos então, com eles, a como enfrentar o nosso período de isolamento social, imposto pela pandemia do novo coronavírus?

  1. Lidando com a incerteza
Durante a quarentena atual, a incerteza diante de um cenário que nunca vivemos e pouco podemos prever, tem gerado ansiedade nas famílias. Como, de fato, há imprevistos nesse caminho, a dica é se concentrar em viver um dia de cada vez e não paralisar as atividades à espera de uma saída.

Priscila Pires Antoniassi, mãe de Arthur, de 8 anos, que trata de um osteossarcoma no Centro Infantil Boldrini, relata que, desde que recebeu o diagnóstico do filho, há três anos, foi fundamental que a família aprendesse a lidar com as incertezas do tratamento para que todos pudessem continuar aproveitando os bons momentos de cada dia.

“Há três anos, ao receber o diagnóstico de que meu filho Arthur, então com 5 anos, tinha um osteossarcoma na perna, sabia que estava prestes a viver momentos imprevisíveis. Existiam diversos cenários possíveis à nossa frente, mas não era possível pularmos etapas, nem deixar tudo de lado até o tratamento acabar. Por isso, ao mesmo tempo em que enfrentávamos todo nosso medo e angústia, também nos esforçávamos para lembrar que uma vida bem vivida tem que ter risada e amor abundante. Meu filho nos mostra isso. Ele transborda felicidade e, mesmo após ter amputado a perninha, nada o impede de ser uma criança como as outras. Lidamos com a incerteza enfrentando cada dia de uma vez e prestando atenção no que cada um nos traz de especial”.

  1. Isolamento e saudade
Para Maristela Lago, mãe de Maria Eduarda, de 17 anos, em tratamento no Boldrini contra um linfoma Hodgkin, a saída para lidar com tempos de isolamento e a saudade (das pessoas e até na nossa antiga rotina) é aprender a ressignificar e a priorizar.

Eu, por exemplo, passei mais de um mês com a Duda em um quarto de hospital, após a realização de um transplante, sem sair de lá e sem poder receber visitas. Nesse momento tão difícil, fiz amigos no próprio hospital que lembrarei para a vida inteira. É uma experiência que muda nosso jeito de ver o mundo, de tratar as pessoas e de processar tanta informação diariamente. Na época, parei de trabalhar, mudei minha rotina, enfrentei o medo e a incerteza. Você sente saudade do que tinha antes, sente fala das pessoas, mas tem que focar no bem maior, que é a saúde. Ter foco nos dá muita força. É um amadurecimento”, conta Maristela.

  1. Pequenas coisas são apenas isso – pequenas
Com mais pessoas em casa – e por mais tempo – é comum surgirem atritos. Nesses momentos, é importante manter uma perspectiva do que é realmente significativo para nós. Trata-se de um exercício constante, pois, é claro, depois de pedir ao seu filho pela 37ª vez para ele limpar o quarto, uma “coisa pequena” vez ou outra acaba nos afetando. Mas vale lembrar: muitas vezes, problemas que nos causam tremenda agitação são mesmo .... pequenos.

  1. Estabeleça rotina: o melhor da vida é viver
Carolina Prado Ruggiero, mãe de Bruno, de 3 anos, que trata leucemia, conta que, após a doença do filho, aprendeu que o cotidiano é maravilhoso. E dá essa dica aos pais nesse período turbulento. “Quanta alegria eu perderia se não tivesse aprendido a ver a vida desta maneira? Valorizo o simples, o cotidiano, o habitual. Acordar e meu filho não ter febre, ver que ele está comendo bem. Por isso, sugiro aos pais que agradeçam pelos dias corriqueiros e cotidianos da quarentena”.

  1. Peça apoio, ensine empatia
Sobre o a época que precisou ficar isolada com a filha, recém transplantada, Maristela relembra: “A saúde é o mais importante. Poder dar colo é inestimável. O restante é pura simplicidade”.

Falar sobre nossas preocupações de uma maneira apropriada para a idade ajuda as crianças a serem mais empáticas e a abrir seus corações. Como resultado, os filhos são muito empáticos com as pessoas que passam por um período difícil ao seu redor. Eles também sabem que não há problema em falar sobre medos e preocupações. Às vezes, a melhor coisa que você pode fazer é aproveitar o momento e ouvir ... simplesmente estar presente é uma maneira forte de fornecer apoio. 

Deixar-se ser amparada, segundo Maristela, também é fundamental. “No tratamento contra o câncer, não existe cartilha. É preciso tatear caso a caso, e é difícil lidar com tamanha insegurança. Por isso, um dos maiores ganhos nessa travessia são as amizades e laços que criamos com aqueles que estão passando pelo mesmo desafio que nós. Juntos, vivenciamos dias de oração, recebemos muito amor e, principalmente, compreensão.

Temos dias tensos, temos dias de muita alegria. Dia de alegria com nosso filho e preocupação com o da colega ao lado. Celebramos conquistas. Conhecemos pessoas incríveis. Dividimos nossas mais profundas angústias e descobertas com desconhecidos que, de repente, se tornam as pessoas com quem mais convivemos por meses”.





Sobre o Centro Infantil Boldrini
Centro Infantil Boldrini − maior hospital especializado na América Latina, localizado em Campinas, que há 42 anos atua no cuidado a crianças e adolescentes com câncer e doenças do sangue. Atualmente, o Boldrini trata cerca de 10 mil pacientes de diversas cidades brasileiras e alguns de países da América Latina, a maioria (80%) pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos centros mais avançados do país, o Boldrini reúne alta tecnologia em diagnóstico e tratamento clínico especializado, comparáveis ao Primeiro Mundo, disponibilidade de leitos e atendimento humanitário às crianças portadoras dessas doenças. www.boldrini.org.br

ABLC promove campanha Proteína Básica


Ação social visa a arrecadar fundos para comprar e distribuir alimentos de alto valor nutricional a comunidades carentes


A pandemia de Covid-19 agravou a crise econômica no Brasil. Milhões de pessoas ficaram desempregadas e sem ter como se sustentarem financeiramente, com dificuldades até para comprar alimentos. Com o intuito de mitigar essa situação, pessoas físicas e organizações sociais doam cestas básicas à população mais necessitada. A Associação Brasileira Low Carb (ABLC) alerta, contudo para o baixo teor nutritivo dos alimentos presentes nessas cestas, que são compostas em sua grande maioria por carboidratos refinados, entre os quais açúcar, biscoitos, farinha de milho e trigo, fubá, macarrão etc. Em suma, uma dieta propícia para o surgimento de doenças crônicas, como diabetes, esteatose hepática e obesidade.

Nesse sentido, a ABLC está promovendo a ação social Proteína Básica, cujo intuito é arrecadar fundos para comprar e distribuir alimentos de alto valor nutricional a comunidades carentes. Conforme o médico, diretor-presidente da ABLC, José Carlos Souto, na compreensão da entidade, a cesta básica padrão apresenta deficiências de fontes de proteína de alto valor biológico, por isso a associação pretende angariar e oferecer à população alimentos como frango, carne e ovos.

A campanha surge como consequência dos valores da entidade, entre os quais a responsabilidade social, que associação coloca em prática suprindo às necessidades das pessoas referente a informações precisas e científicas sobre saúde, alimentação e qualidade de vida. "Por causa da situação atual do país, e detectando o baixo valor nutricional dos alimentos que compõem a cesta básica tradicional, a diretoria da ABLC entendeu que, além do papel informacional da instituição, fazia-se necessária uma ação concreta", esclarece Souto. Para colocar em prática o projeto Proteína Básica, a ABLC deseja contar com o auxílio da comunidade e de empresas parceiras.

Souto faz questão de salientar que o objetivo da campanha promovida pela entidade é complementar a doação de cesta básica tradicional e não combatê-la. "Ela tem o seu papel e  ainda que não seja perfeita, quem não come há varios dias irá se beneficiar dela. A doação desse tipo de cesta é, portanto, algo muito bem-intencionado", declara.


Alimentação rica em calorias e pobre em nutrientes

De acordo com o endocrinologista e diretor-científico de medicina da ABLC, Rodrigo Bomeny, o Brasil vive um paradoxo nutricional: a população está cada vez mais com sobrepeso e obesa, contudo, os índices de desnutrição aumentam. "Isso acontece porque a alimentação das pessoas é baseada em calorias vazias (carboidratos ultraprocessados e açúcares), com baixa quantidade de nutrientes. Ou seja, trata-se de uma alimentação com excesso de energia e falta de proteína", explica.

Essa alimentação de baixa qualidade, por sua vez, acarreta uma série de problemas de saúde. "Diversos estudos indicam que a deficiência de proteínas na dieta está associada a uma resposta imunológica comprometida, bem como a um risco aumentado de obesidade e doenças metabólicas, tais como diabetes", diz Bomeny. Por sua vez, é sabido que, além de idosos, indivíduos portadores dessas doenças apresentam elevado risco de desenvolver quadro mais graves da Covid-19, o que, por vezes, suscita a morte desses pacientes.

Pesquisa realizada pela Universidade de Nova York demonstra essa relação. O estudo analisou, entre março e abril de 2020, informações sobre 4103 pacientes diagnosticados com Covid-19 da cidade norte-americana, sendo que 44,6% tinham doenças cardíacas, 39, 8% apresentavam obesidade e 31,8% sofriam de diabetes. Conforme o levantamento, do total de infectados, 48,7% (1999) precisaram ser hospitalizados. Cruzando os dados de todos dos pacientes, os pesquisadores chegaram a conclusão de que comorbidades, entre as quais obesidade e diabetes, e idade são fortes preditores de hospitalização.

O médico José Carlos Souto afirma que no Brasil há uma estreita relação entre pobreza e doenças crônicas. Souto lembra que dados recentes da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), promovido pelo Ministério da Saúde, mostraram que quanto menor for a escolaridade e renda, maior a incidência de sobrepeso, obesidade e diabetes na população.

Não à toa a Covid-19 se torna mais letal à medida que avança pelas áreas mais pobres do país. Na cidade de São Paulo, por exemplo, levantamento realizado pela prefeitura municipal, com base em dados coletados até 5 de junho, indica que as regiões periféricas das Zonas Norte e Sul apresentam o maior número de mortes pela doença. Além de estarem sob condições sanitárias mais precárias, o que enfraquece as medidas de prevenção de contaminação pelo vírus, as pessoas residentes nestas localidades também apresentam saúde debilitada, muitas vezes ocasionada por um alimentação de baixo valor nutricional.

É justamente esta população que é alvo das campanhas de doação de cestas básicas típicas, cuja composição é formada em sua grande maioria por carboidratos refinados, que levam, conforme o diretor-presidente da ABLC, ao consumo excessivo de calorias com deficiência de nutrientes, e a baixa ingestão de ´proteína de alto valor biológico. "O maior problema nutricional de países como o Brasil não é a desnutrição calórica nas camadas menos favorecidas, e sim a desnutrição proteica", afirma.

Este é o motivo pelo qual a ABLC optou por enfatizar em sua campanha de doação de alimentos o que julga ser a principal deficiência nutricional em pessoas necessitadas: proteínas de boa qualidade.


No dia internacional de Combate às Drogas vamos celebrar a prevenção!



Para cada dólar investido em prevenção é provável que sejam poupados sete dólares com gastos em tratamento; a educação afetiva é a melhor forma de evitar o consumo de substâncias


No dia 26 de junho é celebrado o Dia Internacional de Combate às Drogas. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para intensificar ações de prevenção e combate ao narcotráfico no mundo. Sabemos que a dependência de drogas é um grave problema de saúde pública, com imensos prejuízos à saúde dos dependentes e dos familiares, além de um rombo nos cofres públicos.

“Os danos aos dependentes vão além da saúde: eles têm projetos interrompidos e inacabados e perdem anos de vida envolvidos com o uso de drogas. Sem falar nos agravos à família, que passam por longos períodos de instabilidade e insegurança quando dividem o teto com dependentes”, diz Alessandra Diehl, psiquiatra e vice-presidente da Associação Brasileira de Uso de Álcool e Outras Drogas (ABEAD).

A especialista salienta ainda que o caminho da recuperação é bem difícil, longo, tortuoso e, nem sempre, para todos. “É também importante lembrar que existe uma verdadeira legião de pessoas que conseguem se recuperar. Só nos Estados Unidos, alguns dados dão conta de que mais de 23 milhões de pessoas vivem hoje em recuperação de longo prazo”, informa Alessandra.

Ela alerta sobre a importância da prevenção primária: essa segue sendo a estratégia mais custo efetiva que conhecemos quando o assunto é o combate às drogas. Para cada dólar investido em prevenção é provável que sejam poupados sete dólares com gastos em tratamento segundo o National Institute on Drug Abuse. Ainda de acordo com a psiquiatra, a tendência dos programas atuais de prevenção é atuar de maneira multifatorial e multidimensional.

“Em outras palavras, é desejável que vários domínios da vida do indivíduo recebam a atenção preventiva. Os programas de prevenção devem ser planejados de modo a reforçar aspectos positivos, como atores de proteção da vida do indivíduo ou de uma determinada coletividade, e diminuir aspectos negativos, que são os fatores de risco, que possam vir a ser prejudiciais a ele e a toda a sociedade. Uma sociedade organizada poderá cobrar ações governamentais e não-governamentais que visem à disponibilização de serviços e políticas públicas que possam minimizar os riscos do uso de drogas”, acrescenta Alessandra Diehl.

Estratégias preventivas, na visão dos especialistas em dependência química, são aquelas que se dedicam à melhoria da qualidade de vida na comunidade, ao fortalecimento dos vínculos familiares e institucionais e à atenção à saúde física e emocional da população. Um estudo nacional constatou que apenas 42,5% das escolas avaliadas através dos 263 dirigentes escolares do município de São Paulo possuíam programa de prevenção ao uso de drogas. Observou-se no levantamento que, a cada ano de atuação do dirigente na educação, a chance de a escola ter um programa aumentava em aproximadamente 4%. O fato de experimentar técnicas de ensino inovadoras também aumentou em cerca de 6 vezes a chance de a escola desenvolver um programa de prevenção ao uso de drogas. As dificuldades na implantação dos programas foram mais presentes nas redes estadual e municipal, quando comparadas à rede privada, destacando-se: a falta de material didático, a falta de verba/orçamento e as demandas concorrentes para ensino de outras disciplinas.


Amedrontamento X Afeto

Alessandra Diehl defende que os modelos de prevenção baseados no amedrontamento visam fornecer informações que enfatizam as consequências negativas do uso de drogas de modo dramático. Para ela, a prevenção ao uso de substâncias nestes moldes tem pouca eficácia, pois muitas vezes o medo parece ser um argumento pouco convincente frente ao suposto prazer que o adolescente atribui às drogas.

Já o modelo da Educação baseada no conhecimento científico objetiva o fornecimento de informações sobre substâncias de modo imparcial e técnico tem mais chances de sucesso, principalmente quando é aliado ao modelo de educação afetiva. A partir destas informações os jovens podem tomar decisões críticas e bem fundamentadas sobre seu padrão de consumo.

A psiquiatra adverte também que informação em excesso e detalhista sobre os efeitos das diferentes drogas pode ter o efeito contrário do almejado, ou seja: despertar a curiosidade e, portanto, induzir à experimentação. “Lembramos que para prevenir o uso de substâncias é preciso informar os jovens, mas também abordar e discutir o prazer e os riscos que os jovens atribuem às drogas como uma forma de conscientizá-los e desmistificar algumas crenças e concepções acerca dos efeitos do seu uso”.

A metodologia da educação efetiva eficiente inclui oficinas e debates com profissionais de saúde; leitura de livros; discussão de filmes; entre outros.  A linha da educação afetiva defende que jovens emocionalmente e psicologicamente saudáveis correm menos riscos de ter um uso problemático de substâncias. “Este modelo visa o desenvolvimento interpessoal dos jovens estimulando e valorizando a autoestima, a capacidade de lidar com a ansiedade, a habilidade de decidir e relacionar-se em grupo, a comunicação verbal e a capacidade de resistir às pressões de grupos”, enfatiza Alessandra Diehl.

Ela ressalta ainda que a prevenção não uma tarefa fácil, pois exige perseverança, e sobretudo, uma vasta gama de atores e personagens interagindo entre si a fim de diminuir os fatores de risco, aumentar os fatores de proteção em diferentes domínios e em vários modelos. “O uso de drogas e o comportamento humano são questões complexas que requerem enfoque holístico de modo contínuo em vários focos. No entanto, cada pequena conquista significa muito na aquisição e na proteção de crianças, adolescentes e adultos jovens”, finaliza.


Crianças e adolescentes apresentam olhar pessimista sobre as drogas

O psicólogo Rogério Bosso e a psiquiatra Alessandra Diehl resolveram tratar desse assunto delicado junto às crianças e adolescentes para saber o que elas pensam acerca das substâncias ilícitas. Com a autorização dos pais, brasileirinhos entre 6 a 14 anos de idade responderam à pergunta: “o que é droga?” e, posteriormente, representaram a sua resposta em forma de desenho (o resultado vocês encontram na ilustração dessa matéria).

Rogério Bosso conta que, de forma geral, todos os participantes deixaram claro em suas respostas que ao falar de drogas, estão se referindo a coisas ruins e que trazem consequências danosas desde aprisionamento, isolamento social, violência e morte. “A representação do humor estampado no rosto das pessoas contidas nos desenhos, foram de tristeza e choro. Uma das imagens que mais chamou nossa atenção e deveria ficar de alerta para a população, pois foi realizado um desenho onde a representatividade da droga como algo comum e de fácil acesso ficou evidente, como se não existisse a questão ilícita das drogas”, diz Bosso.

O psicólogo argumenta que as drogas causam danos irreversíveis na população adulta, mas é muito pior quando falamos do uso de substâncias por crianças e adolescentes. “Eles ainda não possuem um cérebro totalmente formado, estão em processo de desenvolvimento e maturação desse importante órgão. Evidências nos estudos da neurociência apresentam informações que as partes mais primitivas do cérebro, aquelas ligadas ao prazer, ou seja, as estruturas acessadas quando o indivíduo se encontra em uso de drogas, se desenvolvem primeiro e apenas posteriormente é que se desenvolve as partes que vão ter o controle dos impulsos e atuar de forma inibitória sobre a área do prazer, que é a parte mais sofisticado do cérebro, a frontal ou córtex pré-frontal”, justifica Bosso.

Ele explica ainda que realizar planejamentos ou escolhas que são mais complexas, como avaliar prejuízos a longo prazo fica por conta da área pré-frontal. Essa falta de estrutura cerebral desenvolvida é a responsável pelo imediatismo presente nos adolescentes, bem como na dificuldade de controlar seus impulsos. “Por esse motivo, é de extrema importância que os responsáveis por crianças e adolescentes tenham condições de orientá-las e para adquirir essa condição, é necessário que exista uma interação no assunto e buscas por materiais que trazem informações verdadeiras sobre o uso das drogas, suas manifestações no organismo e as possíveis consequências, que incluem o desenvolvimento de transtornos mentais graves e persistentes como a esquizofrenia”, finaliza Bosso.  
  

Quando o atendimento hospitalar não pode esperar o final da pandemia


O Dr. Iuri Tamasauskas, coordenador da cirurgia geral do Hospital Albert Sabin de SP, fala sobre os cuidados hospitalares a serem adotados para procedimentos urgentes em épocas de pandemia.

Devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, muitos pacientes têm deixado de procurar atendimento médico pelo receio, e até medo de se contaminar. Contudo, existem procedimentos inadiáveis e que demandam urgência.

As principais patologias de tratamento cirúrgico consideradas urgentes, ou seja, com potencial de mortalidade caso não sejam resolvidas em tempo hábil e que, portanto, não podem ser adiadas são apendicite aguda, colecistite aguda (infecção da vesícula biliar causada por pedra na vesícula), obstrução do intestino (seja por tumor, por "torção" do intestino ou por uma hérnia abdominal encarcerada) e infecções que cursem com abscesso que necessitem drenagem cirúrgica. Vítimas de trauma (acidentes e agressões) também se encontram nesse estado.

O Hospital Albert Sabin de São Paulo, junto com uma equipe de profissionais altamente capacitada, adotou diversas medidas para garantir maior segurança e minimizar os riscos de contaminação. Tais critérios vão desde o fluxo adequado para atendimento, internação e manejo, até o pós-cirúrgico e alta dos pacientes de urgência em cirurgia geral.

“No HAS, cada paciente é avaliado individualmente, focando em sua patologia para que o melhor fluxo seja definido. No contexto atual da pandemia, pacientes cirúrgicos são internados em setores do hospital distintos daqueles destinados aos pacientes diagnosticados com a COVID-19. Além disso, há todo o preparo de internação, cirúrgico e pós-operatório no que se refere às equipes médicas e de enfermagem, transporte do paciente no ambiente hospitalar, uso de EPIs e demais cuidados”, explica o Dr. Iuri Tamasauskas, coordenador da cirurgia geral do hospital.

Recomenda-se ainda que o paciente permaneça internado sem acompanhantes, de forma a diminuir os riscos de exposição e de novos casos de COVID-19. Para aqueles que permanecerão por maior tempo de internação, deve-se também limitar a quantidade de visitas. A exceção se dá aos idosos ou indivíduos com maior grau de dependência.

“Vale lembrar que além de os pacientes de urgência em cirurgia geral serem atendidos seguindo fluxo próprio no ambiente físico, diferente daquele destinado aos casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus, as equipes médicas e de enfermagem também não são as mesmas designadas aos cuidados da COVID-19, fato esse que ajuda em muito a não propagação da doença”, finaliza o Dr. Tamauskas.

Para saber mais, assista o vídeo: https://youtu.be/HXNw5ofx0kg




Hospital Albert Sabin
Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 123 – Lapa – São Paulo – SP
Central de atendimento
(11) 3838 4655



24 DE JUNHO: DIA MUNDIAL DE PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS


Profissional da área dá dicas para evitarmos possíveis acidentes em casa


A data chamada de Dia Mundial de Prevenção de Quedas em Idosos foi criada justamente para servir de alerta para algumas ações simples que podem evitar possíveis acidentes em casa, como retirar tapetes soltos, melhorar a iluminação dos ambientes e instalar corrimãos em escadas e barras de segurança nos banheiros. Isso porque ficou comprovado em estudos que 75% das quedas acontecem dentro das próprias residências.

Um projeto apresentado pela Associação Médica Brasileira e pelo Conselho Federal de Medicina apontou que 30% a 60% da população com mais de 65 anos cai anualmente e metade apresenta quedas múltiplas. Segundo a pesquisa, dentre os fatores de risco estão problemas relacionados à idade, como a condição clínica em que o paciente se encontra, bem como os efeitos que alguns remédios causam, a falta de equilíbrio, o trauma de uma antiga queda, a diminuição da pressão arterial e a deficiência visual.

Dentre as principais dicas, Jullyanne Marques, gerontóloga diz que: “Evitar degraus, colocar utensílios em locais de fácil alcance, ter a altura da cama apropriada para que se mantenham os pés no chão quando estiverem sentados, além de ter corrimãos em escadas e banheiros, evitar tapetes e pisos escorregadios podem ser soluções que evitarão uma futura queda”, afirma. O ideal é fazermos de tudo para criar um ambiente confortável e seguro, porque caso a queda aconteça, pode causar grandes traumas e medos nos idosos, além dos problemas físicos, dificultando a convivência e a vida saudável do mesmo.


A IMPORTÂNCIA DE UM CUIDADOR

Quando o idoso já está de fato mais dependente , e apresenta risco de quedas, nas situações em que os familiares não podem estar 100% do tempo por perto, a melhor indicação é contratar os cuidadores.

A maioria das pessoas entende que um cuidador de idosos tem como objetivo cuidar da parte da alimentação, higiene e lazer desse indivíduo, porém, cuidar de um idoso vai muito além de dar banhos, comida e remédios. Segundo Jullyanne, “É importante conhecer as necessidades e fisiologia deles, prestar atenção, por exemplo, se memória ou a cognição vem sendo afetada no decorrer do tempo, identificar de forma geral os problemas que estão sendo desenvolvidos por esse paciente, para assim, poder gerar mais conforto e segurança a eles e aos seus familiares, além de toda essa questão do ambiente para que ele não corra perigo”.

Criar um laço de carinho natural e amor podem ajudar muito, principalmente na questão emocional, já que muitos passam por quadros depressivos paralelamente à esta necessidade de ser cuidado. Assim, quando cria-se um laço com o cuidador, a  convivência fica melhor e fortalece a relação de confiança entre idoso e cuidador, o que de uma forma geral, auxilia muito no cuidado.






JULLYANE MARQUES - Graduada em Gerontologia pela Universidade de São Paulo. Mestre em Gerontologia pela Universidade de São Paulo. Extensão em Gerontologia Social pela PUC. Atualmente cursando MBA Executivo em Administração: Gestão de Clínicas, Hospitais e Indústrias da Saúde pela FGV. Tem sua linha de pesquisa voltada para área da Assistência domiciliar, Gerontologia e Cuidadores de idosos. Atua há 8 anos na gestão de cuidadores e na assistência domiciliar. CEO da empresa Onix Gestão do Cuidado ao Idoso.


Perda de audição leva idoso ao isolamento, alerta fonoaudióloga


Em meio à Campanha Junho Violeta, Hospital Paulista alerta sobre problemas auditivos


A pandemia de Covid-19 obrigou milhões de brasileiros a praticarem o isolamento social, de modo a garantir que, em suas casas, todos estivessem mais seguros à ameaça do vírus. Há uma realidade envolvendo os idosos brasileiros, no entanto, que já os coloca em uma espécie de isolamento, mesmo em tempos "normais".

É também sobre este tema que a fonoaudióloga Christiane Mara Nicodemo irá tratar em sua palestra “Memória e Audição”, que estará disponível em 23 de junho durante a Semana Junho Violeta do Hospital Paulista.

Com vídeos curtos, que serão disponibilizados nas redes sociais do Hospital, a especialista pretende ressaltar que os problemas auditivos levam o idoso a uma espécie de quarentena, alheio à convivência com familiares e amigos.

“A falta de audição promove o isolamento social. O idoso deixa de participar, deixa de ouvir, de entender o que seu interlocutor fala, o que causa constrangimento em alguns casos. Há também o fator psicológico envolvido, causando baixa autoestima. A perda da audição pode estar relacionada à depressão e à ansiedade nos idosos”, avalia a fonoaudióloga.

De acordo com a especialista, um problema leva ao outro. Quando o idoso passa a enfrentar dificuldades auditivas e não realiza o tratamento adequado, a tendência é auto isolar-se, ainda que esteja na companhia de familiares. Com quadros de depressão e ansiedade, o paciente apresenta dificuldades para dormir e realizar atividades do dia a dia, prejudicando sua musculatura como um todo.

“O que você não usa, perde sua função. Todo estímulo é importante, inclusive o do som. Esses estímulos fortalecem o cérebro, o equilíbrio e a musculatura como um todo, tornando a pessoa autossuficiente. Quanto mais autonomia você tem de si, sobre seu corpo, mais seguro você se torna. Isso gera auto estima, segurança e bem estar ao ser humano”, completa.

Ciente da multidisciplinariedade dos cuidados, Christiane destaca que o evento pretende abordar uma série de iniciativas que visam contribuir para a saúde física, mental e emocional dos pacientes na terceira idade. A iniciativa faz parte da Campanha Junho Violeta, que tem como objetivo combater a violência e fomentar a dignidade e o respeito para com a pessoa idosa.


Sinais diários

Para que a pessoa idosa receba o tratamento adequado, é preciso que familiares e cuidadores estejam atentos aos sinais da perda de audição. De acordo com a fonoaudióloga do Hospital Paulista, um dos primeiros fatores a serem observados no dia a dia é o volume da televisão utilizada pelo idoso.

“O volume vai aumentando gradativamente. Se você está ao lado do idoso e sente incômodo com o volume alto da televisão, é preciso observar e procurar ajuda. Além disso, há situações em que você fala e a pessoa não responde ou responde outra coisa, pois sente vergonha de dizer que não ouviu”, explica.

Se essas condições são observadas no cotidiano, é preciso que o idoso busque (ou seja auxiliado por) um otorrinolaringologista, que irá solicitar alguns exames para determinar se há, de fato, perda de audição. Se houver, exames são realizados para determinar o tipo adequado de prótese auditiva.

A seleção e adaptação do uso de prótese auditiva precisa de acompanhamento fonoaudiológico e requer disposição da pessoa que irá usar o dispositivo eletrônico bem como apoio da família. O uso promove a reintegração do idoso ao núcleo familiar e à comunidade, melhorando desta forma a sua qualidade de vida.

Serão 5 palestras entre os dias 23 e 27 de junho e cada uma delas terá vídeos de até três minutos, que serão disponibilizados nas redes sociais do Hospital Paulista, bem como conteúdos teóricos de apoio. Confira a programação abaixo:


Semana Junho Violeta no Hospital Paulista


23/06 (terça-feira)
Tema: Memória e Audição
Palestrante: Christiane Mara Nicodemo
Fonoaudióloga, mestre pela PUCSP, pós-graduada em Cuidados Integrativos pelo Hospital Sírio-Libanês e coordenadora do Setor de Próteses Auditivas do Hospital Paulista.

24/06 (quarta-feira)
Tema: Saúde auditiva do idoso
Palestrante: Sabrina Figueiredo
Fonoaudióloga do Hospital Paulista, mestre pela PUC/SP e especialista em Audiologia,
Implante Coclear e Reabilitação Auditiva.

25/06 (quinta-feira)
Tema: Processo de perda de massa muscular e o controle de queda no envelhecimento
Palestrante: Salete Conde
Fisioterapeuta, mestre pela UNIFESP, pós-graduada em Doenças Neuromuscular/ Neuroclínica e Cuidados Integrativos e coordenadora do Ambulatório de Esporte Adaptado Neuromuscular e Medicina Esportiva UNIFESP.

26/06 (sexta-feira)
Tema: Benefícios da prática de respiração e concentração no controle da ansiedade e da depressão
Palestrante: Daniel Calmanowitz
Engenheiro Eletrônico pela Poli USP, terapeuta corporal e diretor presidente da Fundação Lama Gangchen para Cultura de Paz.

27/06 (sábado)
Tema: Reiki e sua aplicabilidade em hospitais
Palestrante: Veruska El Khouri Gaspar
Terapeuta Reikiana, pós-graduanda em Medicina do Estilo de Vida Hospital Albert Einstein.

Acesse o conteúdo, a partir do dia 23, nos canais do Hospital Paulista:
Vale ressaltar ainda que os e-mails dos palestrantes serão disponibilizados para aqueles que tiverem dúvidas a respeito dos conteúdos ministrados.


Movimento Volta Consciente SP reúne orientações para os comerciantes reabrirem seu estabelecimento.



Em meio à pandemia, além da saúde, pequenos e médios negócios também foram duramente afetados. Para garantir a preservação do emprego e da renda da população, o Volta Consciente surgiu para cobrar um planejamento de retomada do Governo de São Paulo. Diante a lentidão do posicionamento, o Movimento, pacífico e apartidário, desenvolveu o próprio protocolo, com o apoio técnico do médico infectologista Dr. Ricardo Vasconcelos. A cartilha reúne orientações para os comerciantes reabrirem o seu estabelecimento, priorizando a proteção de funcionários e clientes. Uma retomada consciente para o equilíbrio da saúde pública e economia.

Segue abaixo o protocolo. 
  1. Mapear a distância entre clientes com identificação nas filas dos caixas por meio de adesivos no piso (Observar distância mínima de 1,5 metro entre pessoas durante atendimento e espera, com fita, giz, cones, e outros materiais que possam ser usados para sinalização;).  
  2. Reduzir a lotação do estabelecimento para 35% da capacidade para evitar aglomeração.  
  3. Informar o limite de quantidade máxima de clientes por placas e indicativos no acesso de estacionamentos, elevadores e escadas rolantes; 
  4. Estabelecer fluxos unidirecionais dos clientes dentro do estabelecimento, incluindo entrada e saída;
  5. Realizar a abertura em horário reduzido de atendimento; 
  6. Controlar a entrada dos clientes para evitar aglomeração tanto dentro do estabelecimento quanto na espera para entrar;  
  7. Disponibilizar espaço externo para área de espera, sempre que possível, e se as condições climáticas permitirem; 
  8. Utilizar a aferição digital de temperatura sem contato, restringindo a entrada para clientes ou funcionários com temperatura corpórea superior a 37,5ºC;
  9. Disponibilizar e estimular a higienização das mãos na entrada do estabelecimento; 
  10. Os provadores serão desativados temporariamente e as lojas terão tempo de troca estendido; 
  11. Sempre que possível, manter os ambientes abertos e arejados. Se não for possível, sendo o ar condicionado a única forma de ventilação, manter atualizada a manutenção de filtros e limpeza;
  12. Instalação de placas de acetato nos caixas das lojas com abertura inferior para a cobrança em papel moeda ou máquinas de cartões devidamente embaladas em filme plástico e higienizadas com álcool em gel 70% após cada uso. 
  13. Isolamento domiciliar por 14 dias de funcionários diagnosticados com COVID-19 ou que tiveram contato com indivíduo diagnosticado; 
  14. Reforçar a importância de restringir o trabalho de funcionários e a entrada de clientes que apresentem sintomas de infecção de vias aéreas. 
  15. Estabelecer fluxo especial de atendimento para pessoas sob maior risco de desenvolverem formas mais graves de COVID-19, como idosos e portadores de comorbidades de saúde. Aumentar o número de caixas preferenciais para atendimento desse público.  
  16. Obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção facial (os colaboradores terão as máscaras trocadas a cada 4 horas); 
  17. Os colaboradores das lojas usarão materiais de proteção individual como máscaras, protetores faciais (face shields), álcool gel e luvas (para os da área da limpeza ou alimentação); 
  18. Para proteção dos funcionários, eliminar bebedouros de utilização comum. Preferir fornecimento de alimentos e água de modo individualizado. Se forem utilizados galões de água, fornecer copos individualizados para os funcionários. 
  19. Instalar peças de comunicação no local de trabalho informando a importância de evitar o contato interpessoal (beijo, abraço, etc) e o contato das mãos com olhos e boca sem que elas tenham sido anteriormente higienizadas. 
  20. Promover a higienização frequente das mãos disponibilizando pias com água e sabão ou álcool em gel 70%, principalmente depois de tocar em superfícies e objetos de trabalho de uso compartilhado potencialmente contaminadas, como maçanetas, corrimãos e banheiros, e também depois de tocar na máscara.  Higienizar as mãos antes do trabalho e depois de tossir ou espirrar e para manusear alimentos. 
  21. Evitar o uso de tapetes e carpetes, devido à dificuldade para serem higienizados. 
  22. Reforçar a higienização do piso e de superfícies com detergente e sanitizantes adequados; aumentar a frequência de higienização de superfícies de uso compartilhado, como maçanetas, botões de elevador, telefones e equipamentos de informática. 
  23. As lixeiras serão providas de tampa e pedal, nunca com acionamento manual – e serão mantidas higienizadas diariamente, utilizando-se luvas e proteção facial no procedimento; 
  24. Reduzir a necessidade de contato com superfícies de uso compartilhado, como maçanetas. Mantendo as portas abertas se não houver acionamento automático de presença. 
  25. Manter controle estrito e a comunicação atualizada de casos suspeitos e diagnosticados com COVID-19, bem como estabelecer os prazos de isolamento para casos e contactantes respeitando o período de 14 dias de transmissibilidade da doença após o início dos sintomas. 
  26. Controlar o acesso a vestiários e banheiros para evitar aglomeração dentro ou na fila de espera. 
  27. Disponibilizar e estimular o uso de estações para higienização das mãos com água e sabão ou com álcool em gel 70% na entrada e no espaço do estabelecimento. 
  28. Disponibilizar toalhas descartáveis de papel após lavagem das mãos com água e sabão.  
  29. Aumentar a frequência de limpeza de banheiros e vestiários para a cada 3 horas, além de antes da abertura e após o encerramento do período de trabalho. 
  30. Controlar o fluxo e promover a educação e utilização das medidas de prevenção entre fornecedores, priorizando entregas em horários de menor movimento. 
  31. Implementar sempre que possível um fluxo para circulação de clientes pelo estabelecimento para reduzir o contato interpessoal. 
  32. Estabelecer fluxo para recepção de mercadorias para troca, considerando quarentena de 72 horas antes de disponibilizar novamente para clientes. Uso de ferro de passar, sempre que possível. 
  33. Separação mínima de 1m (um metro) entre balcões, araras e similares. 
  34. Realocação de funcionários que apresentam condições que predispõe ao maior risco de formas graves de COVID-19, como mais velhos e com comorbidades, para funções de menor exposição à infecção. 
  35. Escalonar os horários de entrada, saída e de intervalos e refeições dos funcionários para reduzir a aglomeração 
  36. Promover a contínua educação sobre os protocolos adotados para prevenção entre funcionários e clientes. 
  1. Educar os funcionários para que não compartilhem objetos. Para os objetos que precisam ser compartilhados, realizar a correta higienização previamente.  
  2. Educar clientes e funcionários sobre o correto uso das máscaras, incluindo a adaptação à face, a sua retirada e o descarte em local adequado. Realizar a troca da máscara seguindo a orientação do fabricante, em geral à cada 4 horas. 
  3. Promover educação entre os funcionários sobre como manusear roupas e calçados, que podem ter se contaminado, ao se trocar no vestiário.  
  4. Promover a educação entre os funcionários para que realizem higienização de mãos e pertences ao chegar no serviço antes do início do turno de trabalho. 
  5. Promover a educação entre os clientes e funcionários para que realizem higienização de mãos e pertences. 
  6. Promover a educação entre funcionários sobre a importância do uso de máscaras de proteção facial e da higienização frequente das mãos durante o período de trabalho 
  7. Educar os funcionários sobre a vigilância de sintomas respiratórios e para não irem trabalhar enquanto sintomáticos, entrando em contato com o empregador e buscando as orientações cabíveis de saúde.  
  8. Promover educação de clientes e funcionários em relação à higiene respiratória, como cobrir o rosto para tossir ou espirrar, preferencialmente com lenços de papel descartáveis, podendo-se utilizar o braço dobrado, na ausência de lenços. Os lenços devem ser imediatamente descartados em lixo com tampa após o uso e as mãos higienizadas. 

Consórcio como agente educador no comportamento financeiro do brasileiro



É muito comum ouvirmos das pessoas que faltou planejamento para realizar determinado sonho, pois não souberam investir o próprio dinheiro, ou até mesmo, perderam oportunidades de conquistar algo por falta de capital. Ter uma boa educação financeira requer mudanças em sua forma de consumir. Grandes metas como: comprar um imóvel, carro ou fazer uma cirurgia plástica, pode acontecer se houver preparação.  

Nos últimos tempos, o número de pessoas que valorizam a importância do investimento financeiro, para a obtenção de um bem, aumentou muito. E nesse cenário, a procura pelo consórcio cresceu, demonstrando que o brasileiro passou a acreditar na modalidade e expõe maturidade quando se trata de suas finanças pessoais. 

Levando em consideração, ainda, o que se vive hoje, com uma provável recessão com o contexto instável econômico, se planejar não é mais um privilégio, mas sim, uma realidade para se precaver do que não se sabe e, ainda sim, ter a segurança financeira mediante as dificuldades que podem aparecer. 

Aliás, a disciplina é a principal aliada para quem almeja conquistar algo. O consórcio é o meio para quem deseja construir o seu próprio patrimônio e uma ótima escolha para quem não quer pagar juros. Para exemplificar, imaginemos que o consórcio é o personal trainner para suas finanças. Você precisa investir mensalmente na prática das atividades físicas para alcançar o shape desejado. Acontece da mesma forma com a aquisição do consórcio, é um dinheiro a ser aplicado a cada mês, que garantirá a concretização dos seus objetivos, ou seja, que o seu bem seja adquirido. 

O consórcio é um modelo de investimento que dá certo. Os consorciados entram em grupos e dificilmente desistem de pagar as parcelas, já que se sentem mais motivados. O valor varia de acordo com crédito, que pode ser pago de 36 a 200 vezes, e com poucos reais mensais, é possível programar a compra da sua moto, carro e até de sua casa. Com parcelas menores, que cabem no orçamento, as pessoas, literalmente, aprendem a poupar e a construir patrimônio.  

Uma pesquisa, divulgada pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), revela que jovens de 18 a 34 anos estão ligados nas compras de bens pelo consórcio. O estudo ouviu cerca de 1,6 mil jovens, divididos em dois subgrupos, um de 18 a 25 anos e outro com idades entre 25 e 34 anos. Os resultados mostraram que 49% de homens e 51% das mulheres têm desejos, basicamente, focados na qualidade de vida. Verificou-se também que nos dois grupos a poupança foi a mais citada com 92%, o que mostra jovens motivados em construírem o seu próprio futuro. 

Independentemente da faixa etária, o planejamento é a essência do consórcio e, também, do sucesso financeiro. Com ele, a aquisição de cotas, de forma programada e dentro de suas possibilidades, pode representar uma facilidade para você programar o seu futuro, o da sua família e até mesmo o da sua empresa, conquistando bens e ampliando seu patrimônio.  

O consórcio é um agente educador dos novos tempos. É o modelo ideal de economia compartilhada. Ele conduz as pessoas e as famílias à formação de patrimônio e construção de um futuro financeiro mais seguro e confiável. Disso, eu não tenho nenhuma dúvida.  


José Roberto Luppi - - diretor da BR Consórcios 



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