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sexta-feira, 5 de junho de 2020

Está lançado o desafio: aproveite este momento desafiador para o mundo para repensar seu consumo


Neste 05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, que tal olhar dentro de casa, reavaliar o que é realmente necessário e se desafiar a não usar mais plástico?

Desde o início da pandemia do coronavírus, que obrigou milhões de pessoas a permanecerem em casa para o isolamento social, a internet está cheia de memes sobre comer muito, engordar, fazer muitas compras para saciar a vontade de sair ou de dar aquela voltinha no shopping.

Toda essa situação nos causa muito estresse, a ponto de nos sentirmos impotentes e descontrolados e, portanto, é natural querer encontrar uma maneira de aliviar todas essas emoções reprimidas. Mas, se pararmos para pensar de verdade no assunto, isso é realmente necessário? Afinal, qual o objetivo de toda essa necessidade de comprar (roupas, sapatos, fast food, entre outros)? Em vez disso, meditar, respirar, se manter consciente e empatizar são atitudes gratuitas que podem ajudar a nos manter conscientes para não agir de forma impulsiva.

A ideia de morte ou doença faz com que as pessoas se perguntem o que realmente importa. Esse tipo de situação nos obriga a dar um passo inevitável para trás e olhar nossas vidas, avaliar hábitos e dependências e, finalmente, perguntar: que tipo de legado nós, como seres humanos, queremos deixar para o mundo? 

Já são 46 anos desde a primeira comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente e confesso que me pergunto quantos mais celebraremos antes que qualquer mudança real seja realizada. É um pensamento deprimente que dificulta manter uma perspectiva positiva, mas é exatamente isso que precisamos fazer. Muitos de nós querem fazer algo sobre poluição com plástico, mas não possuem o conhecimento e as ferramentas para fazer parte ativa da solução. Desistimos antes mesmo de tentar, convencidos de que é muito complicado.

Mas a situação é oposta! Por isso, quero encorajar as pessoas a avaliarem honestamente a quantidade de lixo pela qual são responsáveis e, com esta mesma honestidade, estabelecer objetivos concretos para diminuir este impacto negativo.

Preste atenção em tudo que está entrando na sua casa e determine quanto disso você realmente precisa. Às vezes, não é muito difícil reduzir, mas você deve sempre tentar começar com algo e, a partir daí, expandir seu processo.

A ideia inicial para ter em mente é não deixar o lixo entrar em sua casa ou chegar o mais perto possível desse objetivo. A melhor maneira é estabelecer metas que pareçam factíveis para você e sua família. Talvez você queira definir uma meta de reduzir os alimentos processados que entram em sua casa. Talvez você queira aprender a fazer sua própria pasta de dente ou talvez queira começar comprando uma que não tenha plástico.

Uma das coisas mais poderosas para mim foi aprender a dizer ‘não’ quando me ofereciam produtos que continham plástico. Pode ser ou não tão simples assim, mas o fundamental é começar e aprender como fazer funcionar para você e sua família.

Qualquer tipo de mudança é sempre difícil e desafiadora, mas, quando a mudança é orgânica e é realizada lentamente, ela tem mais chances de se enraizar e se tornar um elemento permanente em nossas vidas. E desafios são interessantes e importante na vida, não é mesmo? Afinal, quem não gosta de um pequeno desafio?

No entanto, pela minha experiência, acho importante antes de começar efetivamente a fazer mudanças, procurar fatos e ferramentas corretas para conseguir o melhor resultado em impactar menos, para não acabar substituindo um impacto com outro.

Isso é algo que, quando você começa a investigar, é uma ladeira muito escorregadia. Se, por exemplo, você não cria lixo em sua própria casa, mas come três vezes ao dia em restaurantes, não está realmente criando lixo? Se você faz seu próprio sabonete e xampu, mas come carne todos os dias, qual é o tamanho do seu impacto no carbono? Você compra roupas de segunda mão ou prefere lojas de moda rápida?

Para mim, é tudo uma questão de simplificar e equilibrar os desejos e necessidades da minha família. Acho muito fácil encontrar onde ajustar, afinal, há tantas coisas que podem ser mudadas e, ao fazê-lo, posso experimentar esse incrível sentimento de realização à medida em que avanço.

Então, te faço aqui um convite: que tal aproveitar esse período de isolamento social para fazer esse desafio para você mesmo, sua casa e para sua família?

Para te ajudar nesse processo, indico a seguir as substituições que você pode fazer para entrar no movimento de uma casa sem plástico, do item mais fácil ao mais difícil, divididos pelos cômodos mais impactados, para facilitar ainda mais:


Na cozinha:

1) Use sacola de compras de pano em vez de descartável; 

2) Guardanapos de pano em vez de papel; 

3) Esponjas de sisal ou algodão; 

4) Toalhas de pano em vez de toalhas de papel; 

5) Filtro de café reutilizável ou saquinhos de chá reutilizáveis; 

6) Frascos de vidro e caixas de metal para armazenamento de alimentos; 

7) Panos encerados para guardar alimentos na geladeira ao invés de filme de plástico; 

8) Faça ou compre seus próprios sacos a granel em vez de usar os de plástico da loja; 

9) Filtro de água de argila, em vez de comprar água em plástico; 

10) Uso de composteira.


No banheiro:

1) Escovas de dentes de bambu; 

2) Barbeador não descartável; 

3) Creme de barbear feito em casa; 

4) Óleo natural em vez de creme para o rosto; 

5) Desodorante natural; 

6) Água termal em vez de tônica facial; 

7) Shampoo e condicionador sólidos; 

8) Limpador de orelhas de bambu em vez de cotonetes de plástico ou papel; 

9) Discos de algodão reutilizáveis em vez de bolas de algodão; 

10) Creme dental natural (este foi realmente difícil para minha família).


Na rua:

1) Use garrafa de água reutilizável; 

2) Compre a granel e, sempre que possível, nos mercados de agricultores locais; 

3) Leve sua própria xícara de café; 

4) Faça e leve seu almoço com você; 

5) Viva com menos.


Quando as respostas são simplificadas dessa forma e as alternativas ao plástico estão prontamente disponíveis, faz sentido que mais e mais pessoas escolham usar a melhor alternativa.

Esta foi a principal razão pela qual eu queria abrir o Mapeei - Uma Vida Sem Plástico. Eu sabia em primeira mão o quão difícil e desafiadora é a vida com menos plástico. Meu objetivo é combinar o conhecimento coletivo de todos na Mapeei com as ferramentas para ajudar as pessoas a alcançarem suas metas de zero desperdício, sejam elas quais forem. Mas o mais maravilhoso da loja é o sentimento de comunidade. Eu amo como nossos clientes são tão amigáveis entre si, dando conselhos, respondendo perguntas e compartilhando ideias.

Além disso, sinto que há uma demanda por alternativas sem plástico e vejo como as compras de pequenos produtores e artistas locais afetam diretamente a economia doméstica de meus fornecedores. Essa procura também prolongou a vida de tantos produtos maravilhosos, como vassouras e escovas naturais que, de outra forma, seriam esquecidas com o passar do tempo.

E então, você topa o desafio de abolir o plástico da sua vida?





Lori Vargas - americana, nascida e criada em Nova York e formada em Merchandising de Moda pelo The Fashion Institute of Technology de NY. Desde que se mudou para o Brasil, dedica-se à arte de criar seus filhos e todos os aspectos relacionados à alimentação. Ela é uma chef de cozinha Whole Foods que defende o consumo responsável e a redução do desperdício de alimentos em casa e no dia a dia das pessoas. É co-fundadora da Mapeei - Uma Vida Sem Plástico. Atualmente mora em São Paulo com o marido e seus dois filhos.




Comunicação e Agronegócio: Como dialogar com o produtor durante a pandemia



O agronegócio sempre foi e é um dos setores que mais movimentam a economia de um país. No Brasil, onde temos – em comparação com o resto do mundo – boas condições de solo, de clima e de temperatura, não é diferente. Produzimos em todos os cantos, de uma ponta a outra, todos os dias do ano, culturas que vão do ‘A ao Z’ – do abacaxi, algodão ou arroz até o Zebu, base do rebanho bovino brasileiro.
Começamos 2020 com previsões positivas para o nosso agro e, consequentemente, para o país, uma vez que o setor é responsável por 21% do PIB, segundo a CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Metas de safras de grãos a serem batidas, exportações de carnes subindo e altos preços no mercado externo. O cenário era promissor.
Pois bem, eis que, entre fevereiro e março, chegam ao país os primeiros indícios da Covid-19, a nova doença que parou todo o mundo. Mas, como parar o agronegócio? Como parar uma produção a todo vapor? Como tirar a única renda de muitos produtores? Como não entregar à mesa de milhões de brasileiros comida saudável e de qualidade? Como? Realmente, como andam dizendo por aí, o agro não poderia parar. E não parou.
Agricultores, agroindústria, transporte e serviços, venda direta e indireta, todos os elos da cadeia produtiva continuaram trabalhando. Mas diante deste cenário foi preciso mudar alguns hábitos, utilizar novas ferramentas e transformar a forma de se comunicar e estar próximo.
Para que trabalha diretamente no campo, a presença física era fundamental – pelo menos, achava-se que sim. Empresas, consultores e especialistas começaram a se questionar: como continuar auxiliando o agricultor de longe? Como continuar oferecendo a orientação técnica? Como acompanhar o manejo de perto?
Momentos de crise também trazem reflexões e novas formas de se reinventar. E se tem um setor que sabe fazer isso com perfeição é o agro, que vive constantemente precisando driblar a escassez ou o excesso de chuva, altas ou baixas temperaturas, instabilidade de preços e subsídios.
Então, lá foi ele mais uma vez se redescobrir. O produtor, lá no campo, começou a receber as informações do seu negócio por meio de plataformas online, webinars, lives, aplicativos e até mesmo em suas redes sociais (que já crescia neste meio). Aquele evento que ele ia para saber das atualizações de soluções e tecnologias mudou de forma. Estava ali na sua frente, na palma da mão ou na tela em cima da mesa.
Não há como negar que as atuais transmissões online feitas por empresas, meios de comunicação e influenciadores são a ‘febre’ do momento. A quantidade diária de lives é gigante. O acesso a conteúdos técnicos e de qualidade disponíveis aumentou consideravelmente. Para quem as promove, é a forma mais direta de atingir o público, uma vez que reunir pessoas, promover encontros presenciais ainda não é possível.
No entanto, embora possa ser mais fácil de chegar a um maior número de pessoas de uma só vez, o desafio é grande: despertar a curiosidade, chamar e manter a atenção do seu público-alvo que tem um leque extenso de possibilidades. Para isso, é preciso ousar, trazer novidades, resgatar seu diferencial e mostrar ao próximo. Se nós podemos tirar algo de bom neste momento, em meio a tantos casos e fatalidades, é que uma nova forma de se comunicar se adentrou e se estabilizou no agro.
Após passarmos por essa fase, os eventos e encontros presenciais vão voltar. O agricultor irá ver novamente seu agrônomo, zootecnista, técnico ou veterinário. Mas, também acredito que ele vá querer continuar consumindo informação nos meios digitais. Será mais um canal de transmissão em que ele adotará. E agro depois disso tudo? Manterá seu protagonismo e, muito provável, será um dos responsáveis por ajudar na retomada econômica e social do país pós-coronavírus, buscando novas oportunidades, se reinventando e entregando para cada um de nós um alimento saudável, com segurança, sustentabilidade e modernidade.


Camila Lopes - jornalista e consultora de comunicação do time de agronegócios da Alfapress Comunicações.


Dia do Mundial do Meio Ambiente: Umicore explica o papel do catalisador no combate à poluição



 O catalisador, principal peça do sistema de emissões dos veículos, é responsável por converter até 98% dos gases tóxicos em substâncias inofensivas 
Umicore


Os veículos são responsáveis por uma parte significativa da poluição do ar, sendo que os automóveis geram 72,6% das emissões de gases tóxicos, segundo um estudo do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). Com isso, é essencial o foco em soluções para o controle desses gases. Na data em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, a Umicore, empresa especialista em tecnologias para o controle de emissões veiculares, destaca como o catalisador automotivo contribui para a redução dos gases tóxicos provenientes do motor a combustão.

O catalisador, principal peça do sistema de emissões dos veículos, é responsável por converter até 98% dos gases tóxicos em substâncias inofensivas. O componente transforma HC (hidrocarbonetos), CO (monóxido de carbono) e NOx (óxidos de nitrogênio), gases provenientes do motor à combustão, em vapores que não prejudicam o meio ambiente e a saúde, como H2O (água), N2 (nitrogênio) e CO2 (gás carbônico).

“A função do catalisador é de extrema relevância para o meio ambiente e para saúde. Sem o componente, os veículos poluiriam de cinco a dez vezes mais, em média. A peça ainda evita que uma tonelada de material poluente alcance o ambiente durante a sua vida útil, que varia de 10 a 15 anos. Isso equivale a 110 quilos de gases tóxicos evitados por ano ou 300 gramas por dia para cada veículo”, destaca Stephan Blumrich, vice-presidente e diretor da Umicore Brasil.


Motorista deve se atentar às revisões

Os motoristas também podem contribuir no combate às emissões, garantindo o bom funcionamento do catalisador, com revisões periódicas no sistema de exaustão para detectar e solucionar problemas, como rachaduras, amassados, vazamentos e furos nos componentes. “Além do catalisador, é importante ter atenção com outros sistemas do automóvel que influenciam na exaustão de gases poluentes, como o de ignição, que engloba velas, cabos e bobinas; o de arrefecimento do motor e, por fim, o sistema de alimentação de ar e combustível”, ressalta o executivo da Umicore.

Conheça as novas tecnologias que irão suportar a demanda gerada pela “segunda onda” do home office


Especialistas alertam para os cuidados com a segurança que as empresas devem ter no momento de migrar as máquinas do HO para o ambiente corporativo


Depois do movimento de home office consolidado por uma grande parcela de empresas brasileiras, especialistas em segurança da informação já discutem como será o suporte das equipes de TI quando os computadores que hoje estão nas residências de milhares de trabalhadores retornarem para o ambiente corporativo, sem colocar em risco as redes das empresas. O processo de “sanitização” será uma peça-chave no tratamento desses dispositivos para evitar uma série de “infecções” que podem colapsar as redes das companhias, causando uma série de prejuízos incalculáveis.

É nessa fase da “segunda onda” do home office que as novas tecnologias se tornam as grandes aliadas para suportar essa demanda que está por vir. Algumas ferramentas são fundamentais e devem ser colocadas como prioridade nesse processo. O especialista em Segurança Cibernética da NetSecurity, Henrique Lopes, listou algumas das principais tecnologias e cuidados que as companhias devem ter na hora de migrar as máquinas do home office para o ambiente corporativo sem colocar em risco a segurança das redes. Confira:


- VPN: Apesar de ser o primeiro passo, a tecnologia VPN (Virtual Private Network) se apresenta como essencial para simplificar o tráfego de dados de forma segura. Porém, existem algumas soluções de VPN mais robustas, que fazem a checagem do processo de compliance que algumas organizações exigem, como para liberar perfis de acesso ou gerar uma regra que conecte a máquina em um único servidor, o que já minimiza o risco de uma possível infecção.


- Criptografia de Dados: Dentro da gama de ferramentas de segurança da informação, têm ganhado cada vez mais destaque as tecnologias de criptografia de dados de HD para proteção em casos de furtos ou roubos de máquinas. As técnicas de codificação constituem uma parte importante da segurança dos dados, pois protegem informações confidenciais de ameaças que incluem exploração por malware e acesso não autorizado por terceiros. A criptografia de dados é uma solução de segurança versátil: pode ser aplicada a um dado específico (como uma senha) ou, mais amplamente, a todos os dados de um arquivo, ou ainda a todos os dados contidos na mídia de armazenamento.


- Segundo Fator de Autenticação: E levando em consideração que para as empresas está cada vez mais complicado garantir que quem está tentando acessar os sistemas é quem realmente diz ser, o uso de senhas ainda se apresenta como o principal mecanismo de autenticação. Com a gama de ameaças de phishing e golpes que surgiram durante a pandemia, o roubo de credenciais ainda é uma possibilidade. Nesse caso, contar com uma ferramenta de segundo fator de autenticação é uma opção que irá garantir o controle de acesso à rede e proteger informações sigilosas.


- DLP: A tecnologia DLP (Data Loss Prevetion ou Prevenção de Perda de Dados) não é novidade no mercado, mas voltou ao centro das discussões por sua característica, que serve exatamente para analisar os arquivos acessados por um funcionário, além de conseguir colocar um funil para verificar quem acessou. Alguns podem dizer que é uma solução complexa, por depender da classificação da informação, mas o objetivo é gerar um registro preciso de todos os acessos, para que a empresa não só consiga fazer o rastreamento no caso de um vazamento de dados, como também analisar a origem do problema.


- Firewall: Solução de segurança baseada em hardware, software (mais comum) ou ambos que, a partir de um conjunto de regras ou instruções, analisa o tráfego de rede para determinar quais operações de transmissão ou recepção de dados podem ser executadas. Trata-se da primeira linha de defesa na proteção de informações confidenciais, fazendo uma espécie de “filtro” de links maliciosos. Hoje, os firewalls evoluíram para centralizar outras funções de segurança, fornecendo políticas, gerenciamento e ferramentas de geração de relatórios projetados para facilitar a implantação das ferramentas e a produtividade das equipes.

- SOC: Se a empresa já apresenta um nível de maturidade de segurança da informação, é interessante ter um time especializado de SOC (Centro de Operação de Segurança), que irá acompanhar e avaliar a saúde digital da companhia. Essa equipe consegue entender o que aconteceu, gerar o incidente de segurança e, até mesmo, apagar todos os registros da máquina do usuário se for necessário. Segundo o Gartner, até 2022, 50% de todos os SOCs se transformarão em Centros de Operações de Segurança mais modernos, com capacidade integrada de resposta a incidentes, além de inteligência e caça às ameaças, em comparação a 2015, que apresentava um índice inferior a 10%.

“O home office trouxe solução mas também muitos desafios nesse momento crítico da pandemia para a maioria das empresas. Do ponto de vista tecnológico, isso cria riscos especiais de segurança cibernética que precisam ser minimizados afim de evitar possíveis dores de cabeça quando a situação se normalizar e todos voltarem para o escritório. Precisamos estar preparados para enfrentar esse novo momento”, conclui Lopes.





NetSecurity


Qual é o maior medo dos brasileiros: morrer de Covid-19 ou de fome?



 Ficar sem dinheiro é a principal preocupação para 38% dos entrevistados, enquanto 34% revelam o medo de morrer, aponta pesquisa do Grupo Croma
Grandes periferias ainda sofrem com o pandemia e a renda escassa
Divulgação - Internet 




Desde o início da divulgação das ondas realizadas pelo Instituto de Pesquisa & Data Analytics do Grupo Croma em parceria com a Toluna Corporate, 13.208 entrevistas on-line foram feitas em 13 ondas semanais, entre os dias 19 de fevereiro e 27 de maio de 2020, aplicadas em todo o território nacional e analisada pelo grupo. Tanto padrões comportamentais e a grande preocupação frente à pandemia, principalmente em relação ao medo de morrer ou perder alguém próximo. 
A preocupação com a pandemia tem a primeira queda desde meados de abril, embora ainda seja bastante alta (83%). Brasileiros mostram-se mais preocupados em perder alguém próximo (73%) do que em morrer, (34%). O receio de contrair o vírus atinge 56% e as questões econômicas aparecem com 38% para o medo de não ter dinheiro e 21% de ficar sem emprego. A crise causada pela doença covid-19, com a maior pandemia vista pela história recente, afeta a todos, mas impacta frontalmente o povo que tira seu sustento da economia informal, como milhões de trabalhadores e trabalhadoras sem acesso a direitos trabalhistas, em enorme situação de vulnerabilidade.

Regiões como o extremo norte do país, o medo da fome ainda é maior que o de contrair vírus. Agricultores, comunidades indígenas e nativos sentem na pele a dor e a escassez de comida, água e saneamento básico. Os leitos e hospitais de campanha nestas regiões encontram-se lotados sem capacidade de atender mais nenhum paciente. O que antes eram idosos e portadores de doenças pré-existentes, hoje são crianças, jovens e adultos. A situação de quarentena e lockdown em algumas capitais dificultam ainda mais o retorno da economia regional, visto que em algumas cidades as taxas de isolamento não são atingidas com êxito. O medo assola o país e as fake news continuam em alta, deixando o povo ainda mais confuso frente às noticias.

A situação de trabalho segue estável, com pequena tendência de redução do home office em tempo integral. 51% das pessoas afirmam que conseguiram reduzir seu custo de vida durante a pandemia, provavelmente por terem menos gastos com deslocamento, alimentação fora do lar e atividades sociais. As ofertas de crédito no país aumentaram, mas as exigências para a liberação dos créditos também. Algumas empresas já decidiram adotar o home office até o final de 2020, gerando assim estabilidade de emprego. O percentual de entrevistados que perderam o emprego depois do início da pandemia é de 4%, e de férias forçadas alcançou o número de 8%

A compra de produtos específicos para proteção ao contágio também se manteve como nas últimas ondas, com destaque para o álcool em gel e as máscaras reutilizáveis. Os aplicativos (de entregas de comida, compras, pagamentos, bancos) têm sido o grande aliado para essas tarefas (87%), contra 41% que citam o computador/notebook. Apenas 4% se declaram sem nenhuma intimidade com a tecnologia. As grandes dificuldades de adaptação ao uso de aplicativos foram refletidas frente ao pagamento do auxílio emergencial do Governo Federal, acumulando em longas filas pessoas que não conseguiam acessar o aplicativo e tiveram que sacar diretamente nos caixas.

O uso do streaming de vídeo (83%), as lives (63%) e as transações bancárias pelo internet banking (61%) seguem como principais atividades realizadas durante a pandemia e também são as que as pessoas mais pretendem manter após esse período. O delivery de comida também se mostra como tendência de hábito para 46% dos entrevistados. Empresas viram grandes oportunidades nas lives e começaram a comercializar mais produtos e serviços, usando o "assistencial" para atrair mais seguidores.

A população aparentemente tem se adaptado à educação à distância, sendo que 55% afirmam que pretendem fazer cursos on-line após a pandemia, ainda mais com a incerteza sobre qual o modelo e regras sanitárias serão adotados nesse tipo de atividade. Mais de 1/3 das pessoas pretende cuidar da casa sem auxílio de faxineiras, indicando uma oportunidade para o setor de limpeza, uma vez que as pessoas precisarão cada vez mais de produtos eficientes e práticos. O principal motivo pelo desligamento ou suspensão dos serviços da classe é a possível transmissão do novo Coronavírus, seguido da readequação orçamentária das famílias no período.

Com o lançamento de campanhas, oportunidades de empregos, novos produtos e liberação de créditos, 95% afirmam que o impacto das atitudes das marcas durante a pandemia é positivo e 70% dizem que isso os faz querer consumir produtos ou serviços dessas marcas. As marcas com constante comunicação têm sido as mais lembradas nesse período.

O isolamento total declarado caiu de 58% para 53% e as saídas para fazer coisas pontuais aumentaram de 57% para 60%. Aspectos emocionais são os que mais estão afetando as pessoas neste período, pois sentem falta de encontrar pessoas (37%), da rotina (36%) e de abraçar pessoas (34%).Pouco mais da metade (55%) da população acredita que a vida voltará ao normal em até três meses. Após a reabertura, as lojas/comércio (33%), táxis e carros de aplicativos (32%) e salões de cabeleireiros (29%) devem ser a atividades mais procuradas pela população, mesmo que ainda não exista vacina ou cura para a doença.

Fonte: Pesquisa on-line Toluna Corporate. Análise: Instituto de Pesquisa & Data Analytics do Grupo Croma

Onda 1: 19/02/2020 (1013 entrevistas),  
Onda 2: 04/03/2020 (995 entrevistas), 
Onda 3: 18/03/2020 (965 entrevistas), 
Onda 4: 23/04/2020 (1005 entrevistas), 
Onda 5: 30/03/2020 (1014 entrevistas), 
Onda 6: 08/04/2020 (1082 entrevistas), 
Onda 7: 15/04/2020 (1002 entrevistas), 
Onda 8: 22/04/2020 (1003 entrevistas), 
Onda 9: 29/04/2020 (1001 entrevistas), 
Onda 10: 06/05/2020 (1006 entrevistas), 
Onda 11: 13/05/2020 (1053 entrevistas), 
Onda 12: 20/05/2020 (1046 entrevistas),  
Onda 13: 27/05/2020 (1023 entrevistas).

As pesquisas foram realizadas com pessoas das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes utilizado pela Abep – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, onde pessoas da classe C2 tem renda média domiciliar de R$ 4.500 por mês. Estudo feito com pessoas acima de 18 anos, todas as regiões brasileiras, com 3 pontos percentuais de margem de erro e 95% de margem de confiança.





Edmar Bulla - fundador do Grupo Croma, que oferece design de inovação. Graduado pela ESPM possui especializações em Neurociência e Comportamento pela PUCRS e em Marketing Digital por Harvard, além de formações em Música e Filosofia. Atuou em empresas como Nokia, PepsiCo e WPP, ocupando posições regionais e globais. Coautor do livro Líderes de Marketing é professor e palestrante convidado em eventos no Brasil e exterior. Bulla é apaixonado por conduzir processos de transformação em grandes empresas.



Toluna

Metade das franquias apontam quedas superiores a 25% na 2ª quinzena de março, diz estudo da ABF


Pesquisa de desempenho mostra impactos da pandemia no faturamento do setor e na abertura de novas unidades no trimestre e, principalmente, na segunda quinzena de março
  • Setor agiu rápido e adotou ou ampliou iniciativas de e-commerce, delivery, serviços digitais e promoções, além de reforçar orientações sanitárias e se engajar em ações sociais

  • 47,7% das redes mantiveram ou ampliaram seus planos de expansão





O setor de franquias foi impactado diretamente pelos reflexos econômicos e sociais da pandemia de Covid-19, especialmente as políticas de isolamento social e o fechamento dos shoppings. A Pesquisa de Desempenho Setorial da ABF (Associação Brasileira de Franchising) do 1º trimestre mostrou que a queda no faturamento de praticamente metade das franquias foi superior a 25% na segunda quinzena de março de 2020, em relação ao mesmo período de 2019. Na comparação com a quinzena anterior de março de 2020, a queda de faturamento superior a 25% foi registrada por 44,2% das franquias. Analisando o primeiro trimestre como um todo, o impacto foi menor, mas ainda bastante significativo: o faturamento passou de R$ 41,464 bilhões em 2019 para R$ 41,537 bilhões em 2020, crescimento de 0,2%, enquanto o crescimento no mesmo período de 2019 foi de 7%.

Na comparação entre a segunda quinzena de março e a primeira, houve um reflexo semelhante à análise anterior, mas com um maior número de redes (17,2%) que alegaram não ter sentido grandes diferenças.


“Nossa pesquisa mostra que o setor estava com um bom desempenho em janeiro e fevereiro, mas em março o declínio devido à pandemia ocorreu de forma muita rápida. As políticas de isolamento social, principalmente o fechamento dos shoppings, provocaram uma diminuição sensível na demanda do consumidor. A queda só não foi maior, pois essas ações foram implementadas no final do trimestre, sem contar que muitos estados ainda não tinham aderido firmemente à quarentena”, afirma André Friedheim, presidente da ABF, acrescentando que, com esses dados, já é possível projetar a continuação desta trajetória no 2º trimestre.

Outro reflexo importante foi a diminuição no ritmo de expansão de unidades e da geração de postos de trabalho. O setor encerrou o trimestre com 161.141 unidades em operação, 1% a mais do que no trimestre anterior (na mesma comparação no 1º trimestre de 2019 esse saldo foi de 2,5%).   O volume total de empregos diretos foi de 1.361.795, 0,3% a mais do que o trimestre anterior.
“Esses dados refletem uma diminuição do ritmo de expansão, maior aversão a risco e o fechamento de algumas unidades em decorrência da pandemia. Notamos também que algumas empresas deixaram o sistema ou suspenderam planos de expansão por meio do franchising, o que acabou se refletindo nestes números. Vamos acompanhar de perto estes dados nos próximos meses. Por isso a importância dos programas governamentais de estímulo, especialmente as linhas de crédito destinadas aos pequenos e médios empresários”, disse o presidente da ABF.

Na análise por segmento no trimestre, os que apresentaram melhor desempenho foram Serviços Automotivos (crescimento no faturamento de 7,4%), Comunicação, Informática e Eletrônicos (+6,9%), Limpeza e Conservação (+5,6%), Casa e Construção (+3,6%) e Serviços Educacionais (+3,5%). Características intrínsecas de cada segmento foram bastante importantes para tais resultados. No caso de Serviços Automotivos, temos o impacto de uma frota mais envelhecida e o fato de que muitas cidades, incluindo São Paulo, permitiram a continuação da atividade na quarentena. Já Comunicação, Informática e Eletrônicos vem sendo estimulado pela consolidação de empresas de tecnologia em meios de pagamento, além do crescimento dos investimentos em marketing digital e comunicações online de forma geral – muitas redes desta área inclusive, operam no modelo home based, logo já estavam preparadas para o momento de isolamento social.

Além da recuperação dos mercados imobiliário e da construção civil, Limpeza e Conservação e Casa e Construção são segmentos que possuem clientes corporativos que, em geral, são mais resilientes. Houve ainda uma maior demanda por limpeza, pelas questões sanitárias envolvidas na pandemia, e a realização de manutenções e pequenas obras em casas, que agora passaram a concentrar a maior parte da vida das pessoas. Por fim, o segmento de Serviços Educacionais conseguiu migrar grande parte de seus serviços para o ambiente online – alguns países inclusive registraram aumento de demanda para capacitação a distância na quarentena -, além de ser o período em que grande parte das matrículas são realizadas.

Outros ramos que merecem destaque são os de franquias de supermercados e farmácias, que experimentaram um pico de demanda no final de março, cujos resultados devem se refletir mais fortemente no segundo trimestre. Maior segmento do franchising brasileiro, o segmento de Alimentação já sentiu com força os impactos da Covid-19 e registrou uma queda no faturamento no trimestre de -1,6%.


Adaptação ao novo cenário

O estudo da ABF identificou também que o setor reagiu rápido aos reflexos da pandemia. Dentre as principais ações já adotadas (índice superior a 70%) estão serviços online, orientações e treinamentos sobre Covid-19, delivery, e-commerce e promoções. Um pouco abaixo, mas com grande penetração, estão a formação de comitês de crise, criação de novos produtos ou serviços, antecipação de férias na franqueadora, desenvolvimento de novas tecnologias/inovação e ações solidárias (índice superior a 55%).



“Este difícil momento que vivemos mostra mais uma vez as vantagens de empreender dentro do sistema de franchising. Não que nossas unidades estejam imunes, mas elas têm mais estrutura e acesso a conhecimentos e experiências para reagir mais rápido. Não raro, o primeiro crédito que o franqueado tem acesso, por meio da postergação ou suspensão de taxas e pagamentos, é do próprio franqueador. Além disso, muitas redes se mobilizaram para buscar melhores condições de crédito, negociar com locatários e administradores de shoppings e conversar com fornecedores diversos. Notamos também um intercâmbio ainda maior entre os franqueados e até o desenvolvimento de novos produtos e serviços”, ressalta André Friedheim. Como boas práticas, algumas redes relataram ainda o suporte intensificado aos franqueados, a realização de reuniões online e webinares, comunicação frequente, home office e atendimento via redes sociais.

Outro indicativo da solidez do setor é que 47,7% das redes mantiveram ou ampliaram seus planos de expansão.



A ABF também tem agido fortemente para apoiar o setor e se adaptar a este momento. A entidade digitalizou grande parte de suas atividades, promovendo webinares semanais com temas relevantes para o setor e mesas virtuais quase diárias para os franqueadores trocarem experiências e melhores práticas na crise. Em termos de boas práticas, sugeriu a seus associados, de acordo com a realidade de cada franqueadora, a isenção ou suspensão de taxas típicas do sistema durante a pandemia, alargamento de prazos de pagamento e renegociação conjunta com fornecedores, além de maior atenção a questões sanitárias e de prevenção à Covid-19. Em paralelo, a ABF se articulou com associados e entidades correlatas para uma negociação com shopping centers, locatários de forma geral, bancos, emissores de cartão e o próprio governo com vistas a melhores condições para franqueados e franqueadores.



Metodologia  

A Pesquisa de Desempenho do Franchising referente ao 1º trimestre de 2020 envolveu uma base amostral com redes respondentes que representam cerca de 33% das unidades e 34% do faturamento. Dado ao momento de pandemia, a pesquisa abrangeu também os principais impactos no mês de março de 2020. Abrangendo o mercado como um todo, inclusive não associados, os números do desempenho do setor de franchising são apurados em pesquisa por amostragem, cruzados com levantamentos feitos por entidades representantes de setores correlatos ao sistema de franquias, órgãos de governo, instituições parceiras e de ensino. Auditados por empresa independente, os dados divulgados pela ABF são referência para órgãos governamentais de diversas esferas, entidades internacionais do franchising, como World Franchise Council (WFC), Federação Ibero-americana de Franquias (FIAF) e instituições financeiras. 






ABF – Associação Brasileira de Franchising

PANDEMIA E SABEDORIA ORIENTAL


Lembro de um tempo, não tantos anos atrás, em que um encontro de negócios entre orientais e ocidentais era composto de 5 ou 6 asiáticos e no máximo 2 ou 3 caras pálidos. Entre os asiáticos, sempre um tradutor.

O motivo para tamanha desigualdade numérica de um lado: mais cabeças pensam melhor. A presença do tradutor? Uma vantagem estratégica.

Explico: a delegação oriental invariavelmente falava a língua dos ocidentais e não precisava de interprete. O tempo que o tradutor levava para transmitir a fala dos estrangeiros era precisamente um tempo extra ganho para pensar antes de se posicionar.

O que este modelo tem a ver com pandemia hoje?

Estamos sendo atropelados por um tsunami de informações desencontradas, dificuldades reais porém magnificadas pelo pânico e pela incerteza e impelidos a agir sem um tempo para pensar. Está faltando o interprete que possa ajudar a ganhar este tempo para baixar a pressão, ajudar a questionar e refletir, mensurar e gerar ações piloto antes de se posicionar por inteiro.

O “papel do tradutor” poderá eventualmente ser praticado por alguém de dentro da empresa, mas uma consultoria externa, mais preparada e menos emocionalmente envolvido no contexto, poderia ser mais indicada para conduzir o momento e obter os melhores resultados.





Simon M. Franco


Por que emitir moeda em tempos de pandemia?



Recentemente, o ministro da Economia admitiu que o Banco Central (BC) poderá emitir moeda e colocar em circulação novas cédulas e moedas para enfrentar a crise financeira e social causada pela pandemia do novo coronavírus. Isso não significa que o governo irá imprimir mais cédulas e moedas e simplesmente colocar em circulação, mas sim permitir que o BC compre títulos emitidos pelo TN e faça um crédito em valor equivalente em conta única da instituição, gerando moeda por meio eletrônico. A ideia é o TN usar o recurso para pagar dívidas por meio de transferências. 

Somente o BC pode emitir moeda e somente o TN pode emitir títulos e pagar as despesas do Governo Federal. No entanto, o BC não pode emprestar dinheiro ao TN. E devemos lembrar que o objetivo na compra ou venda de títulos públicos federais é regular a oferta de moeda e ou a taxa básica de juros da nossa economia, a chamada Selic. Outra questão a ser observada é a existência do Sistema de Metas de Inflação. Como não é possível determinar a quantidade e o preço do dinheiro da economia ao mesmo tempo, o BC deve regular a Selic. Assim, o BC compra e vende títulos, regulando a quantidade de dinheiro para manter a Selic próximo ao que foi definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Dadas as explicações, o melhor a se fazer no momento é financiar os gastos extraordinários da pandemia e permitir o financiamento do Tesouro pelo BC. E claro, a redução de juros e a mudança na legislação poderão viabilizar essa medida. Opositores afirmam que existe o risco de descontrole inflacionário, como aconteceu nas décadas de 80 e 90. No entanto, observamos que a contração da economia poderá ser tão nefasta que o risco de inflação se torna pequeno devido à falta de demanda na economia. Além disso, a autoridade monetária tem espaço para expandir a base monetária e refazer a economia. 

A taxa de juros deve mesmo diminuir, dando possibilidades ao TN de vender os Títulos ao BC que, então, entregaria moeda ao TN, que financiaria seus gastos. No longo prazo, pode acontecer uma recompra desses títulos, o que seria mais favorável que um novo endividamento. 

A competência do Governo de emitir moeda traria benefícios sociais, apropriados para reintegrar as pessoas ao ciclo econômico. Alguns governos como dos Estados Unidos e Japão, já emitiram moeda para proteger suas economias, garantindo que a população mais vulnerável fosse amparada pelo Estado. No nosso caso, garantiríamos o auxílio emergencial de R$ 600,00 a brasileiros de baixa renda por três meses. 

É por meio da renda gerada no sistema que as pessoas consomem em lojas, que, por sua vez, compram da indústria e esta última encomenda da agricultura. Isso faz parte da recomposição do ciclo mercantil que, dado diversos entraves, tanto econômicos como políticos, está acontecendo de maneira lenta. Ressalto ainda, que esta não é apenas uma crise na saúde, é uma crise também econômica, em que sofrem os mais vulneráveis, e que deve ser enfrentada com uma intervenção muito mais firme do Estado.





Françoise Iatski de Lima  - mestre em Desenvolvimento Econômico, é professora dos cursos de Economia e Relações Internacionais da Universidade Positivo.

Espaços corporativos: 3 estratégias arquitetônicas para o contexto atual e futuro


O contexto atual em função da pandemia da Covid-19 está levando muitas empresas a repensarem os negócios. Felizmente, muitos aspectos que antes ainda não eram fatores primordiais para muitas organizações começaram a fazer sentido de modo mais intenso, principalmente relacionados com a saúde, segurança do trabalho, sustentabilidade do negócio e do espaço físico (arquitetura).

A saúde foi o pivô deste movimento de mudança, que já era um caminho sem volta, pois fatores como estresse, ansiedade, transtornos mentais, psíquicos e comportamentais já assolavam os espaços de trabalho antes do advento da pandemia. E aliado à saúde, o edifício se relaciona diretamente, pois é a conexão direta com estímulos que o espaço provoca, seja pelo ar que respiramos, pelos materiais empregados, pela iluminação e ventilação, sistemas de resíduos, ruídos, e outros tantos aspectos que influenciam a vida dos colaboradores. Entendo que os espaços arquitetônicos são o cenário onde as empresas atuam, as pessoas realizam as atividades, as máquinas e equipamentos estão instalados, os fluxos operacionais acontecem, os recursos são atribuídos, entre outros.

Em virtude da necessidade de enfrentar este momento ímpar, apresento três estratégias que podem ajudar as empresas e incrementar os espaços físicos.

  1. Espaços de trabalho inteligentes (Smart Workplaces)
Os Smart Workplaces são espaços flexíveis, híbridos e interativos. Abrir a possibilidade de trabalhar 3x2 ou 4x1, por exemplo, possibilita que sejam liberados espaços físicos abertos, favorecendo o distanciamento das pessoas.  Trabalhar três dias em casa e dois dias no escritório, por exemplo, é uma das possibilidades que o trabalho remoto permite, desde que a tecnologia e a segurança remota atendam às necessidades. Espaços de coworking deixam de ser somente destinados para startups e adentram as empresas. Mobiliários ativos e despersonalizados ganham força.

Layouts que favorecem a circulação e movimento corporal são estratégias significativas. Assim, os projetos arquitetônicos dos espaços físicos devem ter projeto especial para considerar as necessidades de acordo com a cultura e política organizacionais, seja no ambiente corporativo, seja no home office.

  1. Espaços de trabalho saudáveis [Health Workspaces]
Rever e adaptar todos os espaços arquitetônicos para que atendam às questões sanitárias é uma das premissas. E para isso, devem ser consideradas questões como distanciamento social, escolha e adequação de materiais, considerações sobre a ventilação, iluminação, conforto higrotérmico, acústico, visual e olfativo.
Conforme pesquisa do International Stress Management Association, o estresse representou 45% de todos os dias de trabalho perdidos por problemas de saúde.  E, consequentemente, essa condição acaba impactando na sua produtividade. Somada à questão de mudanças atuais devido à pandemia, os espaços arquitetônicos requerem um funcionamento cada vez mais saudável.

  1. Espaços corporativos sustentáveis (Sustainable Workplaces)
Os recursos ambientais utilizados em uma empresa referem-se à minimização do uso energético, a preservação dos recursos como água, à redução de resíduos, entre outros. Sobre a gestão patrimonial busca-se a durabilidade, facilidade de manutenção, flexibilidade, adaptabilidade e redução de custos com limpeza e manutenção. Por conforto, saúde e bem-estar, os espaços corporativos devem otimizar os insumos solares, vento e umidade para garantir condições de qualidade para os usuários em períodos frios e quentes, estudo de viabilidade de equipamentos e sistemas, biofilia, e outras estratégias, a fim de atender às premissas da arquitetura bioblimática. Além disso, os espaços devem ser sensíveis aos ruídos internos e externos, permitir acesso à luz do dia e vista ao exterior, dispor de um nível de iluminação artificial conforme NBR ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013, garantir uma ventilação eficaz sem odores prejudiciais, entre outros.

À medida que o trabalho for retornando, é preciso que as empresas melhorem a capacidade de combater o vírus, assim como a qualidade dos espaços físicos.
Pensando em tudo que estamos vivendo, encorajar e engajar o cuidado integral com a saúde do colaborador deve fazer parte de um plano entre colaborador e gestor.

A arquitetura e o design de interiores ganham cada vez mais importância não somente porque aumentou o tele trabalho ou home office, mas também porque há uma necessidade em solucionar questões sobre saúde, segurança, tecnologias nos espaços corporativos como um todo. E, portanto, se pensa arquitetura integrada à gestão.

Somar a interatividade, a internet e as tecnologias pode aumentar a inteligência das coisas, favorecendo a dinâmica dos espaços e sistemas mais saudáveis.
E você, está preparado para a nova realidade dos espaços corporativos saudáveis?






Giselle Dziura - Arquiteta e Urbanista, doutora em Arquitetura e coordenadora dos cursos de pós-graduação em Arquitetura do Centro Universitário Internacional Uninter.



Varejo paulistano acumula prejuízo de R$ 16 bilhões durante quarentena


Por isso, empresários não têm condições de arcar com custos de testes laboratoriais para covid-19


De acordo com estimativa da FecomercioSP, em 72 dias de fechamento (até o dia 4 de junho), o varejo paulistano já perdeu quase R$ 16 bilhões, o que significa 6% de todo faturamento esperado para 2020. O prejuízo diário é de cerca de R$ 220 milhões – em média, 30% do total das vendas esperadas diariamente.

Assim, a Federação reforça a inviabilidade de os comerciantes arcarem com os custos de testes laboratoriais para covid-19. Mesmo com a volta das atividades, o tempo de trabalho poderá ser reduzido, somando-se ainda a um cenário econômico comprometido, que deve ser retomado lentamente.

Para a reabertura parcial do comércio, a FecomercioSP pautou suas ações de acordo com as diretrizes do Plano São Paulo e em conformidade com o Decreto n.º 59.473/20 – da prefeitura da capital –, e apresentou sugestões de protocolos de saúde, higiene, regras de autorregulação, fiscalização, política de comunicação e proteção aos consumidores e funcionários.

A proposta construída pela Entidade tomou como base as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre as sugestões para os setores, há previsão do uso de equipamentos de proteção por funcionários e clientes; disponibilização de álcool em gel e cartilha com as diretrizes sanitárias; distanciamento social de 1,5 metro; orientação para que não haja contato físico; horário de funcionamento alternado para os estabelecimentos a fim de evitar aglomerações no transporte público em horários de pico; condições diferenciadas para grupos de risco; restrição de viagens de negócios; proibição de eventos em larga escala; separação de lixo com potencial de contaminação (que contenham luvas e máscaras, por exemplo); e restrições aos serviços de valet nos estacionamentos.

No entanto, a FecomercioSP enviou ofício questionando o ônus da realização de testes laboratoriais para covid-19 ao setor privado, tal como apontado no decreto publicado pela Prefeitura de São Paulo – uma vez que o empresariado já passa por uma crise sem precedentes e tem dificuldade de manter os negócios, principalmente no momento da retomada.

Diante desse requisito estabelecido pelo governo municipal, a Federação contemplou tal orientação na proposta de protocolo enviada, em que o teste amostral do quadro de funcionários que não apresentem sintomas seria recomendável, e não obrigatório, às empresas.

A FecomercioSP segue em diálogo com o Poder Público com o objetivo de evitar o repasse desse custo para o setor empresarial.
 


Dia dos Namorados: 6 em cada 10 lojistas preveem queda de 40% nas vendas, diz pesquisa

6 em cada 10 lojistas preveem queda de 40% nas vendas no Dia dos Namorados


Vestuário, perfumaria e chocolates podem ser os setores mais procurados pelos consumidores, mesmo com desempenho negativo esperado



As vendas para o Dia dos Namorados devem chegar a um desempenho negativo de 40%, percentual diferente dos anos anteriores, devido a pandemia do novo coronavírus, de acordo com pesquisa realizada pela FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo).

Os dados da pesquisa apontam que 60% dos lojistas preveem a queda de 40% nas vendas, já  40% dos empresários consideram desempenho negativo de 20% nas compras para o Dia dos Namorados.

Para os lojistas, os setores que podem manter as vendas são vestuário, perfumaria e chocolates. A data é considerada a terceira mais importante para o varejo. “A criatividade na divulgação dos produtos, por meio do e-commerce, redes sociais ou market place, pode fazer a diferença no ato da compra do consumidor”, explica o presidente da FCDLESP, Maurício Stainoff.

Cerca de 45% das vendas podem ser realizadas por redes sociais, 30% por meio de e-commerces individuais de cada negócio, e outros 25% por intermédio de Market places.

 A pesquisa foi realizada com a participação das principais CDLs do Estado de São Paulo


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