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sexta-feira, 5 de junho de 2020

PANDEMIA E SABEDORIA ORIENTAL


Lembro de um tempo, não tantos anos atrás, em que um encontro de negócios entre orientais e ocidentais era composto de 5 ou 6 asiáticos e no máximo 2 ou 3 caras pálidos. Entre os asiáticos, sempre um tradutor.

O motivo para tamanha desigualdade numérica de um lado: mais cabeças pensam melhor. A presença do tradutor? Uma vantagem estratégica.

Explico: a delegação oriental invariavelmente falava a língua dos ocidentais e não precisava de interprete. O tempo que o tradutor levava para transmitir a fala dos estrangeiros era precisamente um tempo extra ganho para pensar antes de se posicionar.

O que este modelo tem a ver com pandemia hoje?

Estamos sendo atropelados por um tsunami de informações desencontradas, dificuldades reais porém magnificadas pelo pânico e pela incerteza e impelidos a agir sem um tempo para pensar. Está faltando o interprete que possa ajudar a ganhar este tempo para baixar a pressão, ajudar a questionar e refletir, mensurar e gerar ações piloto antes de se posicionar por inteiro.

O “papel do tradutor” poderá eventualmente ser praticado por alguém de dentro da empresa, mas uma consultoria externa, mais preparada e menos emocionalmente envolvido no contexto, poderia ser mais indicada para conduzir o momento e obter os melhores resultados.





Simon M. Franco


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