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segunda-feira, 3 de junho de 2019

Pesquisa inédita da Ipsos revela depressão em 50% dos pacientes de UCE – Urticária Crônica Espontânea



  • A pesquisa foi realizada com pacientes de UCE e revela que mais de 50% deles já sofreram preconceito e 80% diminuíram o convívio social12
  • Doenças psicológicas e sintomas de depressão são algumas das consequências comuns em mais da metade dos pacientes entrevistados12
  • Muito confundida com alergia e outras doenças de pele, o diagnóstico tardio gera muitos transtornos aos pacientes1-3


Uma nova pesquisa realizada pela Ipsos Brasil em abril deste ano com pacientes de UCE – Urticária Crônica Espontânea mostra que 79% dos entrevistados receberam diagnóstico de alergia antes de serem diagnosticados corretamente. A UCE é uma doença que atinge mais de 1 milhão de brasileiros e é caracterizada por lesões avermelhadas na pele que duram mais de seis semanas e coçam intensamente.1-12

Apesar de sua alta prevalência, a UCE é ainda desconhecida por grande parte da população e muito confundida com alergia, mas, ao contrário desta, a UCE não é causada por nenhum fator externo como alimentos, cosméticos ou perfumes, deixando os pacientes inseguros e afetando a vida familiar, social e profissional1-3
De acordo com a pesquisa, a UCE tem um impacto muito prejudicial na qualidade de vida dos pacientes. Por ser ainda pouco conhecida pela sociedade em geral, a doença causa diversos constrangimentos para os pacientes. Entre os relatos dos entrevistados, aparece o medo de ser uma doença contagiosa, a insegurança de sair de casa, as dificuldades com os relacionamentos e as ausências no trabalho.

Ana Luiza Pesce, responsável pela pesquisa na Ipsos, destaca que 58% dos entrevistados adquiriram doenças psicológicas decorrentes da UCE como a  depressão, por exemplo, e 56% já sofreram preconceito.

Confira alguns dos impactos negativos na rotina de pessoas com urticária crônica espontânea:1,7,12

  • 33% a 67% sofreram com o angioedema, um inchaço nas camadas profundas da pele;1
  • 58% tiveram sintomas de depressão ou de outra doença psicológica;12
  • 56% sofreram preconceito;12
  • 80% deixaram de sair de casa e diminuíram o convívio social;12
A demora para chegar ao diagnóstico correto é uma realidade comum entre muitos pacientes de UCE – 52% são diagnosticados somente um ano depois do aparecimento dos primeiros sintomas12 e 25% demoram mais de 5 anos até o diagnóstico correto, sendo a maioria na região Nordeste12.

Para levar informação de qualidade para a população, de forma que as pessoas que sofrem de UCE sejam diagnosticadas mais rapidamente e tenham acesso ao tratamento adequado, foi lançado em 2019 a segunda edição da Campanha de Conscientização “Todos pela causa – Tudo sobre UCE”. A iniciativa conta com a atriz Deborah Secco como embaixadora, ela vestiu a camisa e deu voz à causa durante ação que aconteceu em abril no São Paulo Fashion Week, maior evento de moda do Brasil. A campanha é importante para disseminar o conhecimento sobre a doença para quem tem UCE e também para os profissionais da área de saúde. 



Tratamento

A primeira fase de tratamento para todos os pacientes diagnosticados com UCE são os anti-histamínicos H1 de segunda geração6, podendo a dose ser aumentada em até quatro vezes se os sintomas não estiverem controlados6. Para os pacientes que não conseguirem chegar ao controle completo da doença, adiciona-se ao tratamento medicamentos biológicos.6

“Os medicamentos biológicos são indicados para os casos que não respondem aos anti-histamínicos. Com os sintomas de UCE controlados, a maioria dos pacientes retomam sua rotina e passam a viver melhor”, afirma o Dr. Luis Felipe Ensina, médico especialista em alergia e imunologia.

A notícia boa é que estudos clínicos mostram que, com o tratamento correto da Urticária Crônica Espontânea, 92% dos pacientes voltam a ter qualidade de vida como uma pessoa que não possui a doença.8 Por isso é muito importante que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível.






UCE

www.tudosobreuce.com.br





Referências Bibliográficas
  • Maurer M, Weller K, Bindslev-Jensen C et al. Unmet clinical needs in chronic spontaneous urticaria. A GA²LEN task force report. Allergy. 2011 Mar;66(3):317-30.
  • Kang MJ, Kim HS, Kim HO. The impact of chronic idiopathic urticaria on quality of life in korean patients. Ann Dermatol. 2009 Aug;21(3):226-9.
  • Silvares MR, Fortes MR, Miot HA. Quality of life in chronic urticaria: a survey at a public university outpatient clinic, Botucatu (Brazil). Rev Assoc Med Bras (1992). 2011Sep-Oct;57(5):577-82.
  • Maurer M, Staubach P, Raap U, Richter-Huhn G, Bauer A, Ruëff F, Jakob T, Yazdi AS, Mahler V, Wagner N, Lippert U, Hillen U, Schwinn A, Pawlak M, Behnke N, Chaouche K, Chapman-Rothe N. H1-antihistamine-refractory chronic spontaneous urticaria: it's worse than we thought – first results of the multicenter real-life AWARE study. Clin Exp Allergy. 2017 May;47(5):684-692.
  • Vietri J, Turner SJ, Tian H, Isherwood G, Balp MM, Gabriel S. Effect of chronic urticaria on US patients: analysis of the National Health and Wellness Survey. Ann Allergy Asthma Immunol. 2015 Oct;115(4):306-11.
  • Zuberbier T, Aberer W, Asero R et al. The EAACI/GA²LEN/EDF/WAO Guideline for the Definition, Classification, Diagnosis and Management of Urticaria. The 2017 Revision and Update. Allergy. 2018 Jan 15.
  • Beltrani VS. An overview of chronic urticaria. Clin Rev Allergy Immunol 2002;23:147–69.
  • Kaplan AP. Therapy of chronic urticaria: a simple, modern approach. Ann Allergy Asthma Immunol. 2014 May;112(5):419-25
  • Greaves M. Chronic urticaria. Allergy Clin Immunol 2000;105:664–72.
  •  Metz M, Maurer M. Curr Opin Allergy Clin Immunol 2012;12:406–11.
  • Kaplan AP, Greaves M. Clin Exp Allergy 2009;39:777–87.
  • Estudo quantitativo realizado pela IPSOS BRASIL PESQUISAS DE MERCADO LTDA em abril de 2019 com 183 entrevistados pacientes com diagnóstico de UCE – Urticária Crônica Espontânea no Brasil.

Além da falta de educação, comer de boca aberta pode fazer muito mal à saúde



O especialista Dr. Gustavo Issas aponta problemas que podem ocasionar no organismo a mastigação inadequada e hábitos associados



Geralmente não damos a devida importância ao ato de mastigar e fazemos isso de forma mecânica, quando deveria ser algo muito bem pensado, já que segundo os especialistas apontam, a mastigação se não for adequada causa problemas como azia, ma digestão, gases, baixa absorção dos nutrientes, sonolência e aumenta a barriga. Mastigar de boca aberta e falando pode ocasionar muito mais do que simplesmente uma repreensão por faltar com a etiqueta.

O especialista Dr. Gustavo Issas aponta que além da desatenção e dos maus hábitos, outros elementos podem atrapalhar a mastigação e causar problemas diversos: "dentes faltando, quebrados, infeccionados e próteses antigas e desadaptadas dificultam a mastigação e provocam outros problemas até mesmo cardiorrespiratórios, por favorecerem a proliferação de bactérias”. 


Mastigar e falar pode ir muito além da falta de educação

Mastigar de boca aberta pode ser algo muito pior do que a falta de educação. O Dr. Gustavo Issas explica: "Simplesmente porque não conseguimos mastigar, falar e respirar ao mesmo tempo. Sendo assim você acaba fazendo tudo errado, não mastiga corretamente, não fala corretamente, não respira corretamente e ainda pode deixar escapar um pouco de comida, o que é muito desagradável. Outro dia um paciente engoliu três dentes provisórios enquanto mastigava. Outro nem percebeu que seu dente quebrou e uma paciente engoliu brackets do seu aparelho ortodôntico”.


O que a mastigação ruim pode causar?

Somos condicionados desde criança a comer rápido. Sempre que um adulto está dando comida a uma criança é empurrando a comida, e parece que esse costume de não mastigar bem perdura para a vida. Note que a criança mal acaba de engolir e já lhe damos outra colherada.
Aquele almoço rápido durante o trabalho que você engoliu às pressas para não se atrasar para a próxima reunião pode ser o responsável por problemas gastrointestinais como má digestão, azia, queimação e inchaço na barriga, além de te deixar sonolento durante todo o dia. Por que isso acontece? Como a comida não foi devidamente deglutida, o aparelho digestivo tem de fazer mais esforço para digerir o alimento e deixá-lo no estado adequado para passar pelo intestino. Ou seja, o que deveria ser feito lá na boca, acaba acontecendo no estômago. É trabalho extra.

Não é preciso mastigar 30 ou 50 vezes antes de engolir a comida, apenas mastigar o suficiente para que o alimento fique pastoso e possa ser realmente digerido da forma adequada. 



E porque devo mastigar mais conscientemente?

O dentista aponta que poucos percebem a importância da mastigação e a fazem de forma automática: "É preciso sentir a textura dos alimentos, os temperos e seus sabores. Alimentar-se é algo nobre, independente de onde você esta ou de quem fez a comida, mas é um momento de reflexão, de paz e importante para aguçar os cinco sentidos, sabor, odor, visão, tato e som”.

Pessoas que mastigam errado podem ter problemas na ATM: travamento articulatório, dor e estalos ao mastigar. Mastigar mal pode atrapalhar a digestão, porque faz com que você não absorva os nutrientes da refeição. Outra coisa é que a pessoa acaba engolindo o ar junto com a refeição ou tomando muito líquido. Além de ingerir calorias em excesso, faz com que a pessoa possa ter sintomas de distensão abdominal, desconforto.


O que fazer para melhorar já a mastigação?

Segundo o Dr. Gustavo, o segredo para uma boa mastigação pode estar na concentração e na paciência: "preste atenção nesse momento. Uma vez você pode estar com pressa, mas não todos os dias. Para isso, esqueça um pouco o celular, a televisão e principalmente o trabalho. Ao se alimentar, experimente fazer isso bem lentamente. Coloque pouca comida no garfo, apoie o mesmo no prato e mastigue calmamente, saboreie sua comida sentindo todos os sabores. Dessa forma vc vai comer menos, pois terá tempo de perceber que você já está satisfeito e percebera que é um tempo valioso e nao perdido”.

10 mitos e verdades sobre AVC


 Cirurgião vascular esclarece dúvidas a respeito de acidente vascular cerebral e como perceber os sintomas


O Acidente Vascular Cerebral acontece de várias formas e situações, portanto, há muitos mitos e verdades sobre o tema. Para esclarecer este assunto, o especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular e responsável pelo Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital do Coração, Dr. Gilberto Narchi Rabahie, explica o que é mito ou verdade.

Confira abaixo:


1. O AVC é considerado grave?

Verdade. Sim, o acidente vascular pode ser classificado entre leve, moderado ou grave de acordo com a severidade e duração dos sintomas e sequelas.


2. É a doença que mais mata no Brasil?


Verdade. As doenças cardiovasculares são as primeiras causas de óbitos no Brasil, e incluem infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.


3. Após o acidente é possível voltar à rotina normalmente?


Verdade. Porém, depende do grau de acometimento cerebral. Existe AVC que praticamente não deixa sequelas, e outros, mais raros que são incapacitantes.


4. Ocorre apenas uma vez numa só pessoa?


Mito. É possível que o AVC aconteça mais de uma vez no mesmo paciente.



5. Atividade física diminui o risco de acidentes cardiovasculares?


Verdade. Assim como não fumar tabaco e ter controle de hipertensão arterial, diabetes e dislipidemias. Hábitos saudáveis serão sempre bem-vindos para a qualidade de vida e para evitar um AVC.



6. A causa do derrame é a falta de oxigênio?


Verdade. Uma das causas é a privação de oxigênio nas células, que acaba ocasionando o AVC Isquêmico. Doenças cardíacas também podem ser outra causa. O AVC pode ser causado por coágulos que são formados no coração e podem migrar inclusive para o cérebro, causando oclusão de artérias e consequente isquemia local.
Os próprios vasos intracerebrais podem ocluir localmente devido a aterosclerose focal. Outra causa de AVC é sangramento, ou seja, um vaso intra cerebral pode romper e causar extravasamento de sangue. Neste caso o AVC é então hemorrágico.


7. As chances de cura são pequenas?


Mito. A possibilidade de cura aumenta de acordo com o diagnóstico. Quanto antes ocorrer o diagnóstico e iniciar o tratamento específico, menores as chances de sequelas.

8. A dificuldade de movimentação é um sintoma?


Verdade. A dificuldade de movimentação de braço ou perna do mesmo lado do corpo (hemiparesia) e, até mesmo a alteração da fala (dislalia) e de consciência é um sinal do derrame.


9. O derrame acontece somente depois dos 40 anos?

Mito. O acidente pode ocorrer com crianças e adolescentes também, porém, com a idade, a condição clínica piora devido aos fatores de risco envolvidos (aterosclerose, diabetes e hipertensão arterial).


10. A trombofilia tem relação com a doença? 

Verdade. Alguns casos específicos de AVC podem ser atribuídos à trombofilia, portanto, se houver histórico familiar de trombofilia ou se o próprio paciente já teve algum episódio de trombose, sem motivo claro aparente, é recomendado analisar com um profissional.

Alterações hormonais da gravidez afetam a pele

imagens retiradas da internet


Dr. Thiago Guidi dá dicas de como prevenir as estrias após a gestação



Segundo pesquisa da Universidade de Washington, publicada no “International Journal of Dermatology”,  75% das futuras mães sofrem com os melasmas, manchas escuras que costumam aparecer no rosto. Além disso, 90% das gestantes estão vulneráveis ao aparecimento de estrias na barriga e nos seios. De acordo com estudos da Universidade de Michigan de 2018, entre 50% e 90% das mulheres têm as tais marquinhas na pele.

Durante e após a gravidez é comum que apareçam estrias no corpo da mulher. Isso acontece porque a gestação provoca uma distensão na pele, gerando uma ruptura de fibras colágenas e elásticas.

“´É preciso muito paciência e compreensão nesta fase tão iluminada, algumas linhas dos corpo ficam mais escuras, as axilas, virilha e região íntima também, algumas podem apresentar espinhas, talvez uma queda de cabelo, manchas como melasma e as tão temidas estrias,” comenta Dr. Thiago Guidi, médico do Instituto Guidi.

Esse esticamento da derme geralmente ocorre em alguns lugares do corpo feminino como barriga e seios. As estrias também podem aparecer nos culotes, na região dos glúteos e na raiz das coxas. Além disso, o ganho de peso e a genética podem contribuir para o aparecimento delas.

 “A maior procura por abdominoplastia (remoção de pele abdominal por cirurgia plástica) é por causa de estria, Prevenir sempre foi melhor do que remediar... Não deixe que essa fase tão importante deixe marcas desagradáveis na sua pele.” explica o médico

·  Não use bucha ou sabonetes em regiões corporais de risco como abdome e cintura;
·  Evite banhos com água muito quente;
·  Tome colágeno tipo 1 e 3 após o sexto mês de gestação;
·  Evite roupas apertadas, e dê preferência a tecidos 100% algodão;
·  Ganhe menos que 12 a 13kg, e jamais coce a pele;
·  Use hidratantes 3x ao dia e após cada banho;
·  Beba muita água.

 “Outra dica é tomar colágeno em pó após o sexto mês de gestação, ele não tem risco e é recomendado por muitos ginecologistas. Não ganhar mais que 11kg, e;você pode passar hidratantes sobrepostos por B-Pantol, e óleos,” finaliza DR. Guidi






DR THIAGO COSTA GUIDI  - CRM: 130225-SP -  Graduado em Medicina pela Universidade de Ribeirão Preto; Pós-Graduação Latu Sensu em: Medicina Estética; Laser em Medicina; Cosmiatria; e Dermatologia Estética e autor do Método Zero Estrias. https://institutoguidi.com.br/


A contribuição da ablação no tratamento das arritmias cardíacas


Doença atinge mais de 20 milhões de brasileiros, causando a mortede cerca de 320 mil por ano


Medo, insegurança e desorientação são alguns dos sentimentos presentes em quem recebe o diagnóstico de arritmia cardíaca, disfunção que provoca alterações na frequência (ritmo) das batidas do coração e pode causar sintomas incapacitantes, até mesmo a morte súbita. No entanto, a doença tem opções seguras de tratamento, sendo algumas delas capazes de excluir por completo seus sintomas, a exemplo da ablação.
Caracterizada como um procedimento minimamente invasivo, a ablação é realizada por meio de cateterismo, promovendo a cauterização do foco da arritmia. “Ela pode ser feita tanto por radiofrequência como por crioablação, tendo como principal benefício a redução ou total exclusão da medicação em cerca de 80% dos casos”, relata o Dr. Jose Carlos Moura, presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC).


Como a ablação é feita

Um cateter é inserido na virilha do paciente e guiado em direção ao coração, a fim de identificar a arritmia e promover uma cauterização no local. No caso da radiofrequência, os estímulos elétricos que desregulam as batidas do coração são interrompidos pelo calor. Já na crioablação, é o congelamento que age localmente.
A cirurgia é de baixo risco e feita em ambiente hospitalar com o indivíduo sedado, que recebe alta entre 24 e 48 horas após o procedimento, podendo retornar às suas atividades normais em cerca de 15 dias.


A ablação é indicada para todos os casos de arritmias?

A indicação do procedimento varia de acordo com o tipo, grau e perfil do paciente, sendo comumente realizado quando os medicamentos antiarrítmicos não aliviam os sintomas. Também é recomendado nos casos de arritmias complexas, especialmente a do tipo “fibrilação atrial”.
Para entender melhor como as arritmias cardíacas se desenvolvem, seus sintomas e tratamentos, confira as infografias a seguir: http://bit.ly/sobrac-infográficos

SINAIS E SINTOMAS DE INFERTILIDADE EM MULHERES


 Cerca de 15% dos casais irão apresentar infertilidade e muitos só saberão que têm um problema quando tentarem conceber


A infertilidade afeta homens e mulheres. De acordo com pesquisas, cerca de um terço dos problemas com infertilidade vem das mulheres, e outro terço dos homens. O terço final pode ser devido a uma combinação de ambos ou causas desconhecidas.

“Não consigo engravidar é a primeira frase que o ginecologista ouve da paciente que deseja ser mãe e não consegue. Já neste primeiro contato, é possível observar alguns sinais na aparência física do casal que ajudem na confirmação do diagnóstico: idade; obesidade; excesso de pelos na mulher (pode indicar Síndrome dos Ovários Policísticos – SOP), por exemplo”, afirma o especialista em Medicina Reprodutiva Arnaldo Cambiaghi, diretor do Centro de Reprodução Humana do IPGO.
Nas mulheres, existem alguns sinais que podem indicar um risco que de apresente infertilidade. Entre eles, estão:


Dor durante o sexo
Dor durante o sexo, ou dispareunia, pode ser um sinal de um problema de saúde subjacente que pode influenciar a fertilidade da mulher. Exemplos de tais problemas de saúde incluem infecções, endometriose e miomas.


Menstruações intensas, longas e dolorosas

Algumas mulheres experimentam alguns dias de fluxo leve, enquanto outras têm regularmente períodos intensos e cólicas dolorosas. Fluxo aumentado pode ser sinal de miomas ou adenomiose, patologias que podem estar associadas à infertilidade. Cólicas intensas podem ser sinal de endometriose, uma condição na qual tecidos normalmente encontrados no útero estão presentes em outras partes do corpo. E vale lembrar que a endometriose é um fator de risco importante para infertilidade.


Outros sintomas da endometriose incluem:

    = dor pélvica crônica (não só durante a menstruação)
    = dor durante o sexo
    = dor nas costas
    = problemas intestinais ou dor ao evacuar


Sangue menstrual escasso

Fluxo muito discreto pode ser sinal de alguma alteração do endométrio, como sinéquias, cicatrizes no útero que impedem o endométrio de crescer e prejudicam a implantação em casos de tratamentos.


Ciclo menstrual irregular

A duração de um ciclo menstrual varia de mulher para mulher, e também ao longo do tempo. No entanto, muitas têm um ciclo regular, o que significa que o tempo entre cada período é aproximadamente o mesmo. Quando a mulher está ovulando regularmente costuma ter ciclos frequentes. “Logo, ter um ciclo irregular, incluindo períodos faltantes, pode significar que a mulher não esteja ovulando regularmente. Isso pode ocorrer por muitas causas, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP), obesidade, baixo peso e problemas de tireoide”, comenta Cambiaghi.


Alterações hormonais

Sinais de alterações hormonais podem ser inespecíficos, e uma pessoa pode não notá-los ou conhecer a causa subjacente. O médico pode fazer alguns testes relativos a problemas hormonais.

Flutuações nos níveis hormonais podem causar:

    = ganho de peso inexplicável
    = acne severa
    = pés e mãos frios
    = redução ou perda do desejo sexual
    = secreção mamilar
    = pelos faciais (hirsutismo)
    = cabelos ralos no topo da cabeça


Condições médicas subjacentes

 

Outros fatores que podem afetar a fertilidade em mulheres incluem:

   =  danos às trompas de falópio ou ovários
   =  menopausa prematura
   =  SOP
   =  endometriose
   =  câncer ou tratamentos de câncer


Obesidade

Um estudo de 2018 descobriu que a obesidade pode afetar negativamente a saúde reprodutiva. Mulheres obesas têm uma menor probabilidade de conceber e correm maior risco de ter problemas durante a gravidez do que aquelas sem problemas de peso.


Não engravidar

O principal sinal de infertilidade é não conseguir engravidar depois de tentar por um determinado período de tempo. Normalmente, definimos um casal como infértil se uma mulher não engravidar após um ano de tentativas. Se ela tiver mais de 35 anos, pode ser considerada infértil se não engravidar após seis meses de tentativas”, afirma o médico.


Outros fatores de risco para infertilidade

Outros fatores de risco também podem contribuir para a infertilidade tanto em homens quanto em mulheres:

    =  idade
    =  fumar tabaco ou maconha
    =  beber álcool
    =  história de infecções sexualmente transmissíveis
    =  estresse
    =  dieta pobre


Quando procurar pelo médico

Qualquer um que tenha sinais de infertilidade e que tenha tentado conceber por mais de um ano (ou 6 meses, se tiver mais de 35 anos de idade) deve falar com um médico para um diagnóstico completo. Às vezes, pode haver maneiras simples de fazer ajustes no estilo de vida para melhorar a fertilidade, enquanto outras causas subjacentes podem exigir tratamento. Mesmo após um diagnóstico de infertilidade, ainda pode haver maneiras simples de conceber. Converse com seu médico para saber qual o melhor tratamento.

“A conduta médica deve se basear na idade da mulher, no tempo de infertilidade, na ansiedade, na expectativa do casal e na disponibilidade econômica. Se uma mulher é extremamente jovem e está tentando engravidar há pouco tempo (um ano, por exemplo), pode-se tanto aguardar como realizar tratamentos simples e conservadores, como a indução da ovulação (ou relação sexual programada, coito programa- do, “namoro” programado). Para esses casais, a introdução de terapias naturais ou complementares e algumas mudanças de hábitos podem trazer benefícios. Mulheres com mais idade merecem tratamentos com maiores chances de êxito, pois, com o passar dos anos, as chances de gravidez diminuem gradativamente.  É importante deixar claro que a infertilidade sem causa aparente é bastante comum em casais que não conseguem ter filhos”, finaliza o especialista.





Fonte: Arnaldo Schizzi Cambiaghi é diretor do Centro de Reprodução Humana do IPGO - ginecologista-obstetra especialista em medicina reprodutiva. Membro-titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica, da European Society of Human Reproductive Medicine. Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa casa de São Paulo e pós-graduado pela AAGL, Illinois, EUA em Advance Laparoscopic Surgery. Também é autor de diversos livros.  

Obesidade Infantil: Uma Epidemia Global


Nos últimos 30 anos, a frequência de crianças com excesso de peso no mundo triplicou. Segundo dados do IBGE, em 2010, uma a cada três crianças brasileiras, entre 5 e 9 anos, estavam acima do peso. Mais alarmante ainda, é saber que, em 1975, apenas 3,7% de crianças e adolescentes, entre 10 e 19 anos, estavam com excesso de peso. Em 2008, esse número passou para 21,7%.

Neste Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil, celebrado em 3 de junho, aproveitamos para questionar quais fatores foram importantes para tão significativa mudança e aumento tão expressivo de crianças afetadas. Sabemos que existem várias causas para obesidade em crianças e adolescentes, desde fatores familiares e genéticos, doenças hormonais, uso de alguns medicamentos e alterações psiquiátricas, além de outras menos frequentes.

Mas vamos além, já que os fatores citados estavam presentes na década de 70 e permanecem hoje, há que se ter algum fator externo que colabora grandemente para essa epidemia. Se voltarmos no tempo, lembraremos que na década de 1970 andávamos de bicicleta, jogávamos bola quase todo dia, nadávamos, corríamos, íamos para a escola andando. Ou seja, não ficávamos o dia todo em frente a uma televisão, computador ou celular.

Também sabemos que nossos hábitos alimentares mudaram muito. Alimentação de fast food passou a ser usada como forma de compensar filhos pela ausência dos pais no cotidiano. Sanduíches gordos regados a molhos, pizzas, salgados e massas, todos em quantidade não regrada, além de sucos e refrigerantes muito calóricos e doces com grande quantidade de carboidratos agora fazem parte do dia a dia das crianças.

Isso se deve também, em grande parte, na melhora do poder aquisitivo da população e na triste ideia de que "eu não podia ter isso quando criança, mas meu filho pode". Para piorar a situação, o leque de medicamentos para tratamento da obesidade é muito restrito e não pode ser usado em todas as faixas etárias.

No entanto, em casos graves que não tiveram resposta a mudança nos hábitos de vida, essas medicações e até mesmo cirurgias já estão sendo usadas. Mas o melhor que se pode fazer é prevenir, estimulando a criança desde pequena a fazer alguma atividade física que goste, incentivando a escolha de legumes, verduras e frutas, auxiliando a diminuir a quantidade de carboidratos, além de determinar horário e locais certos para as refeições.

Orientações sobre como comer, devagar e mastigando bem os alimentos, para que assim as substâncias responsáveis pela saciedade sejam liberadas e interrompam a fome, também são essenciais. Outras ações como limitar o horário de uso de jogos virtuais, televisão, celular podem ajudar.

Obviamente essas ações são eficazes se precedidas de uma avaliação hormonal, que exclua outras causas de obesidade infantil. Criar uma rotina com hábitos de vida mais saudáveis é a única forma de não deixar essa doença, que traz consigo centenas de outras comorbidades potencialmente fatais, atingir aqueles que mais amamos, nossas crianças.




Manoel Alvarenga - médico endocrinologista do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém (PA), gerenciado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar.

Ausência de menstruação pode ser amenorreia



Ginecologista e obstetra, Dra. Erica Mantelli, explica os sintomas e as causas da doença


A menstruação normalmente não acontece em três ocasiões: durante uma gestação, após a menopausa ou antes da puberdade. No entanto, se a mulher não está passando por estes casos, a ausência de sangramento pode significar uma amenorreia.  Mulheres que ficam sem menstruar em um período de três meses ou garotas que ainda não iniciaram o ciclo menstrual até os 15 anos, podem apresentar a doença. Entre os sintomas mais comuns estão: quedas de cabelo, alterações na visão, dores de cabeça, acnes, dores pélvicas, excesso de pelos faciais e secreções lácteas pelo mamilo.

Segundo a ginecologista e obstetra, Dra. Erica Mantelli, entre as causas para o distúrbio estão o estresse, o excesso de exercícios físicos, as dietas muito restritivas e até o uso de pílulas anticoncepcionais. “O ciclo menstrual é muito influenciado pelos fatores externos ou emocionais que são suficientes para atrasar a menstruação por alguns dias. Por isso, é bom ficar atenta.”, completa a médica.

Os tratamentos baseiam-se em cada tipo ou estágio da doença, todavia, em quase todos os casos, o ciclo menstrual volta. “Há casos em que a amenorreia não pode ser corrigida. No entanto, existem medicamentos que podem criar uma situação parecida com a menstruação. É imprescindível o acompanhamento médico para qualquer situação de alerta.”, concluiu a ginecologista.





Dra. Erica Mantelli - Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Dra Erica Mantelli tem pós-graduação em Medicina Legal e Perícias Médicas e Sexologia/Sexualidade Humana pela Universidade de São Paulo (USP). É formada também em Programação Neurolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute). 

Futuro do varejo está na aceitação das redes e novos formatos, definem especialistas na Francal 2019



Na abertura desta edição, painel reuniu grandes nomes da moda e do digital para debater relação entre marcas e consumidor


Quem tem medo da inovação? Diante de novas tecnologias e de uma relação completamente modificada do consumidor com as marcas, é natural que o varejo fique inquieto. Mas, de acordo com os especialistas, o momento é propício para um movimento justamente oposto. “Usem suas redes, elas só trazem oportunidades”, garante Luiza Márcia Barcelos, diretora Criativa da marca que leva seu nome.

A empresária foi uma das convidadas para o Painel de Abertura da Francal 2019, realizado na manhã desta segunda-feira, 3. O evento, promovido pela Francal Feiras, trouxe, ainda, para o debate, o estilista Dudú Bertholini, a diretora da Invarejo, Cintia Lie Matuzawa, o especialista em comportamento de consumo Bruno Pompeu, Fernando Souza, da FS Consultoria, e Daniel Lima, diretor do Conselho Consultivo da Francal Feiras.  

“O varejo tem a função mediadora de levar às pessoas o que elas querem. E o que elas querem hoje? Não é produto, não é preço. Hoje, o consumidor se molda pela lógica das redes sociais. Assim, ele é o centro de tudo, é imediatista, e não entende mais o que é distância, aprendeu nas redes que tudo está ao alcance da mão”, resume Bruno Pompeu, que é também sócio-fundador da Casa Semio.  

Para ele, o varejo deve buscar entender a necessidade do cliente. “O varejo nunca foi um lugar para entrar e comprar, não é uma barraca de feira. As suffragettes encontravam nos magazines um lugar de acolhimento, com cuidado para os filhos e revistas com assuntos femininos. O varejo é um lugar de acolhimento. Se você entende seu consumidor, consegue acolhê-lo muito bem.”

“Está cada vez mais fácil falar com consumidor, mas, hoje em dia, não basta só falar, tem que dialogar”, avalia Fernando Souza. Para ele, até mesmo as marcas pequenas têm em mãos grandes oportunidades por meio das redes, com perfis no Instagram, por exemplo. “Dá para começar com bem pouco, hoje em dia.”

Em sua relação direta com as redes sociais de sua marca, Luiza Márcia Barcelos tem uma rotina que inclui responder diretamente aos comentários dos clientes em seus perfis. “Espero meu marido dormir, e vou trabalhar. Sem as redes eu levaria muito mais tempo para fazer uma coleção, por exemplo.”

Luiza entende também que a escolha, hoje mais do que nunca, está no consumidor. E, para garantir que essa experiência seja a mais prazerosa possível para ele, é fundamental orientar a equipe. “Treinar para dar carinho, para mimar o cliente. Meu cliente é minha razão de viver”, ensina.

Cintia Matuzawa, que coordena, ainda, os cursos de Visual Merchandising do Isttituto Europeo di Design (IED), menciona também a modificação física do varejo em si. Para ela, alguns lojistas já perceberam “o que não funciona mais”, e transformaram a tipologia de suas lojas. “Há lojas sem vitrine, sem bloqueios físicos, outras em que o caixa vai para o centro, já que não é só mais uma relação comercial, mas, sim, social.”

As guide shops, por exemplo, são um movimento que tende a se fortalecer, de acordo com Dudú Bertholini. “O cliente às vezes tem medo da mudança, mas, depois de uma experiência bem-sucedida, ele já se fideliza”, exemplifica. Para ele, tecnologias como a do QR Code o blockchain, e o body scan têm tudo para se expandir. “O multicanal já é o presente e vai ser o futuro”, resume.

O foco que, no passado, recaía nas peças publicitárias, para guiar o investimento em marketing de uma marca, hoje, para Bertholini, deve ficar na organização do feed das redes. “A ideia de que uma supermodel vai garantir as vendas foi por água abaixo. Hoje a palavra é veracidade, usar estratégias como microinfluenciadores que falam diretamente com seu cliente”, comenta.

“O consumidor é o canal, não importa se a loja é física, se é digital ou no ponto de venda. Importa menos fricção e mais a experiência com integração do digital”, explica Daniel Lima, diretor da Francal Feiras. “O produto no ponto de venda é agora coadjuvante.”
Para ele, o futuro está nas mãos de marcas que entregam experiências ao consumidor. “Elas estão muito mais à frente”, define. “A Francal entendeu que o papel dela é de melhorar a conexão consumo e varejo. Trouxe todas essas tendências e experiências para o varejo, integrando com o digital a experiência relevante. E um varejo mais forte se traduz em um consumo mais forte.”



FRANCAL 2019 – 51ª Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios

De 3 a 5 de junho de 2019

Horário: das 10h às 19h

Local: Expo Center Norte, São Paulo

Promoção/Organização: Francal Feiras

Apoio Institucional: ABICALÇADOS – Associação Brasileira das Indústrias de Calçados e ABLAC – Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados.



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