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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Campanha mundial alerta para a enurese em crianças

Xixi na cama após os cinco anos deve ser tratado com ajuda médica
 
É comum que as crianças até cinco anos tenham certa dificuldade para segurar o xixi durante a noite. Trata-se de uma fase normal do desenvolvimento infantil. Entretanto, quando os pequenos continuam a urinar na cama após essa idade, é preciso investigar as causas. Isso porque pode ser uma condição de saúde chamada de enurese, que tem impacto físico e emocional e deve ser tratada com ajuda de um especialista.
“A enurese é o nome dado à incontinência urinária intermitente durante o sono, após os cinco anos de idade. A diferença de intermitente e contínua é que, nesta última, a pessoa permanece o tempo todo urinando, gotejando, enquanto a primeira ocorre em intervalos específicos de tempo”, explica Eliane Fonseca, pediatra responsável pelo setor de urodinamica pediátrica do setor do Hospital dos Servidores do Estado e membro executivo do board da International Children Continent Society (ICCS).
A enurese não tem uma causa psicológica e estima-se que uma em cada dez crianças em idade escolar faz xixi na cama. O problema leva os pequenos a se sentirem envergonhados e há impactos negativos em sua vida social, como, por exemplo, evitar convites para dormir na casa de amigos. “A enurese também pode influenciar a qualidade do sono, que piora, e pode prejudicar o rendimento escolar”, acrescenta a especialista.
É importante que as famílias não subestimem o problema porque se a condição não for tratada, poderá persistir na adolescência e na vida adulta. “A maioria dos pais têm dificuldade de entender que a criança precisa de ajuda. Muitas sofrem, apanham e são vítimas de bullying, mas não passam em tratamento com um especialista”, reforça Dra. Eliane.
Já entre os adultos, estima-se que 1 em cada 100 pessoas sofre de enurese. “É importante que os adultos também busquem ajuda, pois há tratamento”, conclui a médica.


Sobre o Dia Mundial da Enurese
No dia 30 de maio comemora-se o Dia Mundial da Enurese (World Bedwetting Day), uma iniciativa da International Children Continense Society (ICCS) e da European Society for Pediatric Urology (ESPU). A campanha chega ao seu terceiro ano consecutivo, trazendo o tema “Time to Take Action” (Hora de Agir).
O objetivo é orientar as famílias sobre como lidar com o xixi na cama sem traumas, alertando sobre a importância do diagnóstico correto e da busca por tratamento médico adequado. Para mais informações, visite www.semxixinacama.com.br.


Sobre o Comitê Diretor do Dia Mundial contra a Enurese
O Comitê Mundial de Vigilância do Dia da Enurese reúne especialistas de todo o mundo. Fazem parte dele a Sociedade Internacional de Infecção Infantil (ICCS), a Sociedade Européia de Urologia Pediátrica (ESPU), a Associação Ásia Pacífico de Urologia Pediátrica (APAPU), a Associação Internacional de Nefrologia Pediátrica (IPNA), a Sociedade Européia de Nefrologia Pediátrica (ESPN), a Sociedade Iberoamericana de Urologia Paediatrica (SIUP) e as Sociedades Norte-Americanas de Urologia Pediátrica. A iniciativa é apoiada pela Ferring Pharmaceuticals.





Mitos e verdades sobre o transplante de medula óssea



Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular orienta sobre procedimento utilizado no tratamento de tipos de câncer de sangue como leucemia, linfoma e mielodisplasias 


Já ouviu falar em transplante de medula óssea? O procedimento consiste em transplantar células tronco hematopoiéticas provenientes da medula óssea de um doador compatível com o paciente, como se fosse uma doação de sangue, mas sendo a doação de células-tronco. A doação é a esperança de cura para pacientes que sofrem de doenças benignas e malignas como leucemias, linfomas e tumores.

O diretor e membro do Comitê de Transplante de Medula Óssea da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Angelo Maiolino, explica que um dos desafios que o Brasil possui não é a falta de doadores e sim a falta de leitos para a realização. “Atualmente existem poucos leitos especializados para  o transplante  de medula óssea, o que dificulta a realização quando o paciente encontra doador compatível, mas não um leito”. De acordo com dados do site do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), ao todo o banco possui  quatro milhões de doadores.

O especialista ressalta ainda a importância de manter o cadastro atualizado. “Quem tem a real intenção em ser doador de medula precisa estar com o cadastro atualizado. Isso porque às vezes o indivíduo pode mudar de endereço e não ser localizado quando necessário”, finaliza Maiolino.

Conheça os mitos e verdades sobre o procedimento:

É uma cirurgia. MITO.  O procedimento é uma transfusão venosa do material coletado do doador para o paciente que precisa do transplante.

O doador corre riscos. DEPENDE. Os riscos que o doador corre são poucos. As complicações podem ocorrer devido ao uso de anestesia.

Qualquer pessoa pode doar. MITO. Se o doador tiver algum tipo de câncer, doença de sangue ou no sistema imunológico a doação pode ser comprometida. Para a doação sem empecilhos, a pessoa precisa ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde.

Existe um registro nacional de doadores. VERDADE. Denominado por REDOME, o banco reúne informações de pessoas dispostas a doar medula óssea a pacientes que precisam de transplante.

A recuperação do doador é demorada. DEPENDE. Em média, o doador poderá voltar ao trabalho em até 24 horas. Exceto nos casos em que a atividade do individuo seja com esforço físico intenso. Neste caso, o repouso terá que ser um pouco mais extenso.

É preciso de anestesia. VERDADE. Na maioria dos casos a anestesia geral é utilizada de forma que o paciente não sinta dor ou desconforto. Alguns pacientes são mais sensíveis que os outros e podem  apresentar dor de cabeça, cansaço e uma leve dor no local da punção.

Existem dois tipos de doação. VERDADE. Autogênico e alogênico. O primeiro acontece quando a medula é do próprio paciente e a segunda ocorre de um doador para o paciente.
 





Sobre a ABHH
A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) reúne hematologistas e hemoterapeutas e tem como frentes de atuação o desenvolvimento educacional e científico dos especialistas. Filiada à Associação Médica Brasileira (AMB), a ABHH possui mais de dois mil associados.

 



 







Médico do Seconci-SP explica as causas e os sintomas da gastrite



 Estima-se que 40% da população brasileira sofra de dispepsia, também conhecida como indigestão, que é o desconforto depois de comer


Segundo dados da Federação Brasileira de Gastroenterologia, o aparecimento de sintomas dispépticos – sinais de indigestão – é um dos problemas clínicos mais frequentes, afetando mais de 15% da população ocidental, dependendo do país analisado. No Brasil, estudos epidemiológicos mostraram que em torno de 40% da população apresenta sintomas dispépticos. Geralmente estão relacionados a uma gastrite, que é uma inflamação, infecção ou erosão do revestimento do estômago. Ela pode surgir subitamente, na chamada gastrite aguda, ou se estender por meses e até mesmo anos, no caso da gastrite crônica.

A doença acontece quando ocorre a quebra da barreira que protege a parede gástrica, permitindo que os sucos digestivos produzidos pelo estômago causem danos ao tecido que o reveste. Essa quebra pode acontecer pelo uso de medicamentos anti-inflamatórios, pela bactéria helicobacter pylori ou doenças autoimunes. Em países industrializados, a população infectada pela bactéria representa de 20 a 50%. Já em países em desenvolvimento, essa taxa pode chegar a 80%.

Queimação, azia, náusea, vômitos, falta de apetite, dor abdominal, arrotos e sensação de estufamento são as principais reclamações de quem sofre de dor no estômago. O desconforto esporádico, porém, não é suficiente para o diagnóstico de gastrite. Esses sinais, quando ocasionais e temporários, não são suficientes para determinar que uma pessoa tenha a doença. No entanto, quando os sintomas persistem, é necessário procurar um médico para chegar ao diagnóstico, que é realizado por meio de uma endoscopia.

“Quando esses indícios aparecem com frequência e chegam a interferir no dia a dia da pessoa, ela deve procurar um especialista. É importante lembrar também que nunca se deve realizar a automedicação”, afirma o gastroenterologista do Seconci-SP, dr. Moacir Augusto Dias.

Segundo o especialista, alguns hábitos saudáveis podem ajudar na prevenção da gastrite, dificultando o surgimento da doença. “É importante se alimentar em horários regulares e sem um intervalo de tempo muito grande entre uma refeição e outra; comer devagar e evitar comida muito quente; além de lavar bem os alimentos antes de ingeri-los”, afirma.

Alguns alimentos que contêm grande acidez como pimenta, cafeína (café preto, chá preto e chocolate), molho de tomate, condimentos, frutas cítricas, refrigerantes e vinagre devem ser evitados por quem tem gastrite.

A seguir, mais algumas dicas do Seconci-SP para prevenir a doença:


·      -Evitar o uso prolongado de ácidos (ex. ácido acetil salicílico, o AAS) e de anti-inflamatórios. Se for necessário fazer uso diário desses medicamentos, pode-se fazer necessário o uso de protetor gástrico;

·       -  Após o jantar, esperar duas horas para deitar;

·        - Evitar o uso de bebidas alcoólicas e cigarro;

·       -  Não se automedicar;

·       -  Não interromper o tratamento;

·        - Seguir orientações médicas.




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