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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Médico do Seconci-SP explica as causas e os sintomas da gastrite



 Estima-se que 40% da população brasileira sofra de dispepsia, também conhecida como indigestão, que é o desconforto depois de comer


Segundo dados da Federação Brasileira de Gastroenterologia, o aparecimento de sintomas dispépticos – sinais de indigestão – é um dos problemas clínicos mais frequentes, afetando mais de 15% da população ocidental, dependendo do país analisado. No Brasil, estudos epidemiológicos mostraram que em torno de 40% da população apresenta sintomas dispépticos. Geralmente estão relacionados a uma gastrite, que é uma inflamação, infecção ou erosão do revestimento do estômago. Ela pode surgir subitamente, na chamada gastrite aguda, ou se estender por meses e até mesmo anos, no caso da gastrite crônica.

A doença acontece quando ocorre a quebra da barreira que protege a parede gástrica, permitindo que os sucos digestivos produzidos pelo estômago causem danos ao tecido que o reveste. Essa quebra pode acontecer pelo uso de medicamentos anti-inflamatórios, pela bactéria helicobacter pylori ou doenças autoimunes. Em países industrializados, a população infectada pela bactéria representa de 20 a 50%. Já em países em desenvolvimento, essa taxa pode chegar a 80%.

Queimação, azia, náusea, vômitos, falta de apetite, dor abdominal, arrotos e sensação de estufamento são as principais reclamações de quem sofre de dor no estômago. O desconforto esporádico, porém, não é suficiente para o diagnóstico de gastrite. Esses sinais, quando ocasionais e temporários, não são suficientes para determinar que uma pessoa tenha a doença. No entanto, quando os sintomas persistem, é necessário procurar um médico para chegar ao diagnóstico, que é realizado por meio de uma endoscopia.

“Quando esses indícios aparecem com frequência e chegam a interferir no dia a dia da pessoa, ela deve procurar um especialista. É importante lembrar também que nunca se deve realizar a automedicação”, afirma o gastroenterologista do Seconci-SP, dr. Moacir Augusto Dias.

Segundo o especialista, alguns hábitos saudáveis podem ajudar na prevenção da gastrite, dificultando o surgimento da doença. “É importante se alimentar em horários regulares e sem um intervalo de tempo muito grande entre uma refeição e outra; comer devagar e evitar comida muito quente; além de lavar bem os alimentos antes de ingeri-los”, afirma.

Alguns alimentos que contêm grande acidez como pimenta, cafeína (café preto, chá preto e chocolate), molho de tomate, condimentos, frutas cítricas, refrigerantes e vinagre devem ser evitados por quem tem gastrite.

A seguir, mais algumas dicas do Seconci-SP para prevenir a doença:


·      -Evitar o uso prolongado de ácidos (ex. ácido acetil salicílico, o AAS) e de anti-inflamatórios. Se for necessário fazer uso diário desses medicamentos, pode-se fazer necessário o uso de protetor gástrico;

·       -  Após o jantar, esperar duas horas para deitar;

·        - Evitar o uso de bebidas alcoólicas e cigarro;

·       -  Não se automedicar;

·       -  Não interromper o tratamento;

·        - Seguir orientações médicas.




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