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quarta-feira, 21 de julho de 2021

Confundida com obesidade ou alterações linfáticas, conheça a doença que causa “peso” nas pernas e acomete mulheres

A perda de mobilidade, aumento progressivo de gordura em determinadas regiões com o passar dos anos, dor nas pernas, braços ou quadris e dificuldades em eliminar a gordura mesmo com dieta e atividade física são alguns dos gatilhos do Lipedema;

 

Novo estudo publicado nos Estados Unidos revelou que 86% das mulheres ouvidas que optaram pelo tratamento cirúrgico tiveram sua qualidade de vida melhorada, com sensação de alívio do peso nas pernas, e diminuição de dor – algumas das principais queixas de quem sofre com a doença;

 

Cerca de 10% das mulheres em todo o mundo têm a doença e a grande maioria não sabe. No Brasil este número pode chegar a 5 milhões.

 

Instituto Lipedema Brasil, primeiro centro de referência da doença no país, foi criado para mudar esta realidade, informando a população sobre as causas e sintomas, além da importância do diagnóstico precoce; 




O Lipedema, doença causada pelo acúmulo de gordura nos braços, pernas e quadris, que provoca sofrimento físico e psicológico, pode acometer cerca de 5 milhões de mulheres no Brasil. Cerca de 10% das mulheres no mundo, segundo dados de uma entidade espanhola, têm a doença e a grande maioria não sabe.

É confundida muitas vezes com obesidade ou alterações linfáticas, por falta de conhecimento e de informação da classe médica, e atinge quase que exclusivamente o público feminino, pois está associado a um padrão hormonal feminino. 

 

Estudos sobre a doença – Um novo estudo sobre o Lipedema foi publicado nos Estados Unidos. O objetivo deste estudo foi coletar dados de mulheres com a doença, que foram submetidos ao tratamento cirúrgico para determinar se a qualidade de vida, a dor e outras medidas melhoraram após o procedimento. Para isso, foram ouvidas 148 mulheres e o resultado foi positivo. A qualidade de vida mudou para melhor em 84% das mulheres e a dor melhorou em 86% delas. A perda de peso ocorreu em todas as fases até três meses após a cirurgia.

 

Já no Brasil, um estudo da Faculdade Santa Marcelina traçou o perfil epidemiológico de pacientes com Lipedema e revelou que apenas 9% dos médicos consultados estavam aptos a fazer o diagnóstico da doença. O estudo observacional da doença analisou 106 mulheres, utilizando como norte um questionário aplicado às pacientes, com questões cujo objetivo foi analisar a trajetória terapêutica enfrentada por elas.  


A doença, que deverá ser incluída no próximo Código Internacional de Doenças (CID 11) apenas em 2022 - ainda é mal diagnosticada não só no Brasil, mas mundialmente. Ainda segundo o estudo brasileiro, apesar de grande parte das pacientes apresentarem um peso normal, o Lipedema foi confundido com obesidade em 75% das pacientes. Diante dessa realidade, o Instituto Lipedema Brasil (www.institutolipedemabrasil.com.br), o primeiro centro de referência da doença no país, foi criado para compartilhar informações, apresentar o Lipedema para a sociedade e mobilizar todas as mulheres.


Como identificar

Segundo o diretor do Instituto Lipedema Brasil e um dos pioneiros no tratamento de Lipedema no Brasil, dr. Fábio Kamamoto, as principais características do Lipedema, que possui quatro estágios, são: dores frequentes nas regiões das pernas, quadril, braços e antebraços, que ficam mais grossos e desproporcionais em comparação com o restante do corpo, no tornozelo parece que há um “garrote” e os joelhos perdem o contorno. “A mulher pode apresentar hematomas (ficar roxa) por qualquer movimento mais brusco. Isto acontece porque a doença provoca reação inflamatória em células de gordura nestas regiões”, comenta.

 

Gatilhos  É preciso identificar se a mulher tem algumas das características da doença para gerar pontos de atenção. Se há perda de mobilidade, aumento progressivo dessa gordura com o passar dos anos, se há dor em algumas das regiões-foco e dificuldades em eliminar a gordura mesmo com dieta e atividade física, é recomendado procurar ajuda médica, pois pode ser Lipedema. Um dos exames que facilitam o diagnóstico é a ressonância magnética, em que é possível observar o acúmulo de gordura ao redor dos músculos. 

 

Tipos de tratamento – Há dois tipos de tratamento para o Lipedema, o clínico e o cirúrgico. O clínico é composto por dieta anti-inflamatória (legumes, carnes, sem sódio e glúten ou bebidas alcóolicas); uso de plataforma vibratória, que diminui o inchaço nas regiões; drenagem linfática para tirar o excesso de líquido; e, por fim, a técnica de taping, aplicada por um fisioterapeuta para melhorar o desconforto. Estas ações amenizam os sintomas, mas não resolvem o problema da gordura nas regiões dos braços, pernas e quadril, pois não extrai as células doentes. Já o cirúrgico é feito com lipoaspiração e é definitiva. “Uma vez removida, esta gordura não volta mais, pois não há multiplicação dessas células. É possível remover por meio de lipoaspiração até 7% do peso corpóreo. Ou seja, um paciente de 100 quilos poderia remover até 7 litros de gordura”, ressalta dr. Kamamoto.

 


Importância da qualidade de vida - Para o dr. Kamamoto, antes de tratar o Lipedema, é importante que a mulher melhore sua qualidade de vida, por meio de atividades físicas regulares, mude hábitos que podem ser nocivos como bebidas alcóolicas, por exemplo, ter uma perspectiva positiva da vida e uma boa alimentação (tais como evitar consumo de glúten - trigo, alimentos processados ou açúcar). 


Após o tratamento – se a mulher optar pelo tratamento cirúrgico - com a sensação de alívio do peso nas pernas e melhora da mobilidade, tornar a realização de exercícios um hábito se torna mais fácil. “Com uma rotina de exercícios e uma dieta equilibrada, o ganho de massa muscular é visível. Procurar profissionais que possam auxiliar nesse processo é fundamental. O pós-operatório é tão importante quanto a cirurgia”, finaliza dr. Kamamoto.

 

Pessoas que sofrem de obstruções nasais tendem a apresentar cansaço constante, afirma especialista do Hospital Paulista

Desvios de septo, pólipos nasais e crises de rinite e sinusite causam microdespertares imperceptíveis, que diminuem a qualidade de vida e do sono


Você costuma amanhecer cansado, mesmo tendo dormido por horas durante a noite? Se sente mal-humorado e sem energia ao longo dos dias, apesar de ter descansado quando necessário? Estes podem ser alguns sinais de doença nasal obstrutiva.

De acordo com o Dr. Nilson André Maeda, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, o problema ocorre porque desvios de septo, pólipos nasais e crises de rinite e sinusite causam um impacto negativo no sono, impedindo que as pessoas tenham uma boa qualidade de descanso durante a noite.

"Essas patologias dificultam a passagem adequada de ar pelas narinas, podendo acontecer tanto por uma inflamação da mucosa, no caso das rinites, sinusites e pólipos, ou pelo fato de o septo nasal desviado obstruir um ou ambos os lados do nariz", explica.

Conforme o médico, essa dificuldade de respiração nasal pode levar aos chamados microdespertares - pequenas fragmentações durante o sono -, caracterizados na polissonografia, exame que mede as atividades respiratória, muscular e cerebral durante o sono.

Dr. Nilson destaca que os microdespertares não são percebidos pelo paciente durante a noite, mas impedem a chegada e a manutenção de um sono mais profundo e reparador para o corpo e para o cérebro, traduzindo-se em sonolência diurna.


Diagnóstico

Caso sinta a sensação constante de nariz obstruído, o recomendado é consultar um otorrinolaringologista o quanto antes, para identificar a causa do problema.

Para um diagnóstico mais preciso, a videoendoscopia nasal, tomografia da face e outros exames laboratoriais podem ser solicitados pelo médico, além da polissonografia já mencionada.


Prevenção

O inverno e a baixa umidade do ar são grandes inimigos das pessoas que sofrem de obstruções nasais. Neste período, o especialista indica a utilização de umidificadores de ambiente.

O médico recomenda ainda práticas como lavar roupas e cobertores que ficaram guardados, antes de utilizá-los, evitar a exposição às mudanças bruscas de temperatura e retirar do quarto objetos acumuladores de poeira e ácaros, como tapetes, cortinas e bichinhos de pelúcia, que podem ajudar a evitar crises de rinite e sinusite.


Tratamento

Apesar de desconfortáveis, as obstruções nasais são tratáveis. Segundo o Dr. Nilson, é possível ter uma boa qualidade de vida e noites de sono confortáveis, mesmo sofrendo com estes problemas, quando a patologia é acompanhada por um especialista.

"Se tratarmos essas doenças adequadamente, podemos respirar melhor pelo nariz, ter um sono de mais qualidade e isso impacta em um dia a dia melhor. Ter um boa noite de sono faz parte de um dos três pilares para uma vida mais saudável, juntamente com a alimentação equilibrada e a prática regular de atividade física", finaliza o otorrinolaringologista.

O tratamento das obstruções nasais pode ser feito por meio de medicamentos e, em alguns casos, a cirurgia nasal pode ser muito benéfica, auxiliando numa respiração e qualidade de sono desejadas.

 


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

 

Bruxismo: entenda a importância do diagnóstico e do tratamento

Especialista do Unipê diz que mudanças no estilo de vida podem ajudar a reverter a condição

 

Atualmente sabemos que o bruxismo pode se manifestar no sono ou em vigília – quando estamos acordados. E constituem sintomas e sinais, por exemplo, as dores musculares na face ou na articulação temporomandibular (ATM), seja no início ou no fim do dia, e fraturas ou desgastes nos dentes e nas restaurações. Mas, muitas vezes, podemos não associar esses sintomas e sinais ao bruxismo. Então quando devemos recorrer a um profissional?

O ideal é que busquemos ajuda sempre que sentirmos algum incômodo ou alguma dor na região orofacial (cabeça, face, pescoço e estruturas da cavidade oral), para não agravar o problema. “Isso tem que ser válido para toda e qualquer região do nosso corpo”, salienta a cirurgiã-dentista Profa. Ma. Rachel Queiroz, de Odontologia do Unipê.

Independentemente de qual seja o tipo de bruxismo, de sono (primário ou secundário) ou de vigília, o diagnóstico é feito a partir de uma anamnese bem direcionada para o problema e por exames físicos minuciosos. “Sempre procure um profissional qualificado, porque o bruxismo pode ser um alerta para o não funcionamento correto do nosso organismo”, reforça a cirurgiã-dentista.

Segundo Rachel, a capacidade de adaptação dos organismos diante de acontecimentos como o bruxismo é alta. Dessa forma, desgastes e amolecimentos dos dentes, por exemplo, dependerão da frequência, da intensidade e do tipo de bruxismo.

“O bruxismo é cíclico, não acontece intermitentemente. Deslocamento e ‘entortamento’ da mandíbula não estão relacionados com o bruxismo. O que pode ocorrer é, em alguns pacientes, o músculo masseter (o da bochecha) se apresentar hipertrofiado devido as contrações musculares isométricas que ocorre”, exemplifica.


Tratamentos

Entre os tratamentos possíveis para o bruxismo estão, por exemplo, o uso de medicações, dispositivos interoclusais (placas), fisioterapia, terapias com psicólogos e atividades físicas. Entretanto, é preciso saber o tipo de condição que o paciente apresenta. Se for o bruxismo de sono secundário – que ocorre quando há algo pré-existente, como uma rinite alérgica –, o indivíduo pode ser encaminhado a outros profissionais.

Já quando é o de vigília, ele receberá orientações para não apertar os dentes durante o dia, tendo em vista que este tipo de bruxismo é um ato inconsciente mesmo quando o indivíduo está consciente. “Para isso, temos aplicativos gratuitos, como o ‘Desencoste seus Dentes’, criado por professores brasileiros, que ajuda a nos lembrar de não apertarmos os dentes”, pontua Rachel.

Além disso, mudanças no estilo de vida podem ajudar a reverter o bruxismo. “O fumo, o consumo de álcool, de cafeína, de algumas drogas psicoestimulantes, como o êxtase e a cocaína, alguns medicamentos antidepressivos, tudo isso pode resultar em bruxismo. Logo se faz necessário a compreensão por parte do paciente da importância do seu papel para diminuir ou cessar esse problema”, finaliza Rachel.

 


Unipê 

www.unipe.edu.br 

 Nosso Jeito de Ensinar

 

Saiba quais as alergias mais comuns em crianças

Um dos assuntos que mais assustam os pais, é a alergia. O que é compreensível, já que a criança, principalmente o bebê, ainda não sabe se comunicar direito e algumas reações incomodam muito os pequenos. Mas, afinal, o que caracteriza a alergia? 

“A alergia é quando nosso sistema imunológico reage de forma muito exagerada a alguma substância que entrou em contato com o nosso corpo, seja por via aérea, por contato na pele ou por ingestão de alimentos”, explica a pediatra e alergia infantil, Felícia Szeles. 

“As alergias podem aparecer em qualquer idade, mas o ínicio é mais frequente na infância. Isto porque o sistema imunológico das crianças ainda está em formação   e alguns estímulos mais agressivos podem determinar um quadro alérgico. Com o crescimento e desenvolvimento ,  algumas alergias tendem a ficar mais leves e algumas até desaparecem,  como ocorre nas alergias alimentares”, diz a Dra. 

Importante salientar que a alergia aparece em pessoas com predisposição genética para isso, isto quer dizer que tem uma questão hereditária. Pais alérgicos aumentam as chances de filhos alérgicos de 40% (1 dos pais alérgicos) a 80% (pai e mãe alérgicos). 

“Além disso, muitos outros fatores influenciam no aparecimento das alergias, como a de vida em grandes centros onde os ambientes são fechados, pouco ventilados e arejados e, portanto, propícios ao acúmulo de ácaros. Pensando em alergia alimentar o  parto cesáreos, a falta de aleitamento materno, e até mesmo a falta de irmãos podem ser outros fatores”, explica a médica. 

Entre as alergias mais comuns nas crianças, a Dra Felícia destaca: 


Alergia alimentar é uma resposta exagerada do organismo a determinadas proteínas presentes nos alimentos, como leite, ovo, soja, trigo, amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar. A apresentação clínica é muito variada e entre os sintomas mais comuns, estão vômitos, diarreia, sangramento nas fezes, manchas vermelhas na pele, coceira, edema de lábios e olhos e até uma anafilaxia. A alergia pode se manifestar rapidamente após o consumo do alimento ou aparecer dias após a ingestão, dependendo do mecanismo imunológico responsável. Em boa parte dos casos, a alergia alimentar melhora com o decorrer dos anos e, até lá,  o alimento deve ficar excluído da dieta da criança.

Alergia respiratória - as mais comuns, são rinite e asma, que costumam se manifestar, principalmente, em quem mora em cidades grandes, com menos verde e mais poluição. A asma gera tosse seca, falta de ar e chiado no peito e a rinite alérgica costuma se manifestar com crises de espirro, coceira no nariz e olhos, coriza e obstrução nasal.  

Alergia a insetos – criança apresenta uma reação exagerada a picada com formação de pápulas e placas avermelhadas com muita coceira, edema e vermelhidão. Existem alguns insetos ( abelhas, vespas e formigas) que podem ocasionar sintomas mais graves como anafilaxia.

Alergia de pele -  a dermatite atópica  caracteriza-se por um processo inflamatório da pele com períodos alternados de melhora e piora. A pele fica sempre bem ressecada, com hiperemia e muita coceira . As lesões aparecem no rosto, pescoço, pernas e braços. 

“Vale lembrar que a alergia é uma doença crônica que, apesar de não ter cura, pode ser controlada parcial ou totalmente. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais chances de controle da doença”, explica a alergista. “Os primeiros anos da criança são os mais desafiadores justamente por ser tudo novo e a imunidade ainda estar em formação. Por isso, acompanhar de perto com um alergista infantil faz muita diferença na qualidade de vida dos pequenos”, completa.

 


Dra. Felícia Szeles - Formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC - Campinas), é especialista em Pediatria e Alergia e Imunologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. 
Pediatra nas áreas de Puericultura, Infância e Adolescência, também realiza acompanhamento pediátrico pré-natal em gestante. Como Alergista, atua com foco no atendimento infantil.

 

Asma é causa de 350 mil internações por ano no SUS

Com a chegada do inverno, comorbidade requer controle prolongado, principalmente na pandemia


De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), cerca de 20 milhões de brasileiros são asmáticos.1 A data tem como objetivo despertar na população a consciência sobre cuidados para controle da doença, que é a terceira ou quarta causa de hospitalizações no SUS, conforme grupos de idades, ocasionando uma média de 350 mil internações por ano.

A asma é uma doença pulmonar crônica que provoca a inflamação das vias aéreas, o que faz com que fiquem estreitas e inchadas, dificultando a passagem de ar. Gera ainda aumento da produção de muco agravando o problema. São sintomas comuns a falta de ar, com sensação de sufoco, aperto no peito, chiado e tosse.

"Mesmo quando as crises amenizam ou não se manifestam é importante o cuidado e acompanhamento médico. Apesar de ser uma doença crônica, ela é passível de controle", aconselha a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Clarice Conceição. A asma é causa de afastamentos nos trabalhos e escolas e quando não adequadamente controlada pode levar ao óbito.

"O inverno traz ao dia a dia três componentes importantes que incentivam a manifestação da doença, como a baixa temperatura, que contrai a musculatura dificultando a passagem do ar, os ambientes fechados que facilitam a formação de ácaros, o que também auxilia na irritação, e a baixa umidade do ar, que resseca as vias respiratórias abrindo caminho para inflamações", alerta a profissional.

Além disso, o período da noite, madrugada e durante a realização de exercícios físicos requer atenção. A doença pode ser desencadeada ou agravada por vários fatores como alergias (poeira, ácaros, fungos, pelos de animais), agentes irritantes, tais como poluição, fumaça, cigarro e outros. Alterações na saúde emocional, como estresse e ansiedade, e medicamentos também podem piorar as crises.

Como a asma é uma doença que varia de pessoa para pessoa, cada paciente irá receber um tratamento individualizado. Algumas recomendações, no entanto, servem para todos os asmáticos. "Evitar os gatilhos que disparam as crises é indispensável. Poeira, fumaça de cigarro e mofo são alguns deles. Também o uso do medicamento deve ser contínuo, conforme a recomendação médica", destaca a especialista. "Quem adota o tratamento adequadamente consegue controlar a doença e ter qualidade de vida", prossegue.


Asma e Covid-19

Apesar do que se acreditava no início da pandemia, a asma não é fator de risco para a Covid. "Se a doença está controlada ou em remissão, os asmáticos não se tornam mais suscetíveis ao vírus", frisa Clarice. A especialista diz que, no entanto, os pacientes que não seguem tratamento medicamentoso por recomendação médica tendem a apresentar uma forma grave da asma quando em quadro infeccioso respiratório quer seja por vírus ou bactérias. "Por esse motivo, é muito importante continuar com a medicação e não suspender nenhum remédio sem consultar o médico", orienta.

"No momento atual, em que a pandemia segue em total descontrole, temos que considerar que morar no Brasil, por si só, é um fator de risco, então, uma comorbidade respiratória aumenta a chance de gravidade da Covid-19, incluindo a chegada do inverno e as alterações emocionais que tudo isso causa. Com mais de 500 mil mortes no país, o Sars-CoV-2 já atinge hoje pessoas saudáveis, jovens e sem quaisquer comorbidades. A asma é uma doença crônica que hoje conta com os mais diversos recursos terapêuticos, para todos os quadros clínicos, dos mais leves aos mais graves e de difícil controle. Siga as recomendações do seu médico", conclui a enfermeira.

 

Anhanguera

anhanguera.com

blog.anhanguera.com

 

Kroton

https://www.kroton.com.br


Referências:

• Asma. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Disponível em: https://sbpt.org.br/portal/espaco-saude-respiratoria-asma/#:~:text=A%20asma%20%C3%A9%20uma%20das,faltas%20escolares%20e%20no%20trabalho.. Acesso em 25 de junho de 2021.


Homens optam por implante hormonal para melhorar a ereção

Doutor Aldo Grisi comenta os benefícios do chip para regular a testosterona no corpo do homem



Já não é novidade que o implante hormonal está ganhando destaque como método contraceptivo entre as mulheres. No entanto, os homens também podem se beneficiar das vantagens dos chips de hormônio.
 
“É um tratamento que está sendo adaptado para as necessidades do público masculino. A testosterona, principal hormônio masculino, atinge um pico de produção na adolescência e início da fase adulta. Porém, conforme os anos passam, os níveis da substância no corpo começam a cair. Com o envelhecimento, cerca de 20% dos homens desencadeiam o chamado hipogonadismo, ou seja, a parada de produção”, aponta o médico Aldo Grisi.
 
O processo, que também é conhecido como Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), pode trazer prejuízos para a saúde do homem para além de sua vida sexual.
 
“O desequilíbrio de testosterona é capaz de causar ginecomastia, que resulta no aumento de uma ou das duas glândulas mamárias. Também gera anemia, fadiga, distúrbios do sono, alterações no humor, osteoporose e até mesmo diabetes”, cita.
 
Segundo o profissional, os chips hormonais são uma das soluções mais seguras para recuperar a dosagem recomendada de testosterona no corpo.
 
“Esse dispositivo subcutâneo é uma via mais confortável de administração, isto é, torna-se desnecessária, por exemplo, a aplicação de injeção. São pellets, isto é, palitos introduzidos embaixo da pele que vão liberando hormônios em pequenas dosagens. Mas seu diferencial é que o paciente tem uma liberação de medicação gradual, contínua e prolongada”, afirma.
 
Os benefícios do método são inúmeros, de acordo com Aldo.
 
“Os pontos positivos podem ser percebidos durante o sexo e na vida cotidiana. Durante as relações íntimas, alivia problemas de ejaculação precoce e perda da libido. No desempenho do físico, aumenta a massa muscular, ao mesmo tempo que diminui a gordura corporal, e reduz o risco de câncer de próstata. A saúde mental também ganha com o implante hormonal, pois preserva a memória, e diminui o cortisol, considerado o ‘hormônio do estresse’.”
 
Vale ressaltar que o uso do implante requer cuidados por conta de possíveis efeitos colaterais – assim como qualquer outro tipo de medicamento.
 
“Os efeitos colaterais são reais, mas não são próprios do implante hormonal, e sim, de algumas substâncias e doses que podem ser usadas”, destaca. “Desta maneira, fazemos um tratamento personalizado, com dosagens específicas para reduzir o risco de essas reações surgirem. Contudo, caso haja algum efeito, teremos mecanismos para revertê-los”, completa.


Cuidado integrativo auxilia no tratamento de pacientes com sequelas pós-Covid

Oferecidas pelo SUS, práticas como Acupuntura, Yoga e Aromaterapia servem de complemento à medicina convencional


Yoga, Homeopatia, Terapia de Florais e Fitoterapia são exemplos das PICS (Práticas Integrativas e Complementares em Saúde) oferecidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para auxiliar no tratamento convencional de doenças, incluindo a Covid-19.

As PICS são recursos adicionais à medicina convencional e buscam estimular os mecanismos naturais de recuperação e prevenção dos desequilíbrios da saúde.

As psicólogas Rosimere Nascimento, interlocutora da equipe, e Adriana Fabozzi, que atuam no Polo PICS, incorporado em 2020 pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", na zona sul de São Paulo, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde, ressaltam a importância das atividades como tratamento complementar aos convencionais.

De acordo com as profissionais, as PICS contribuem para a redução dos aspectos emocionais relacionados às doenças. "No cuidado integrativo, a pessoa é mais importante que os sintomas que ela sente. Ao cuidar do indivíduo, ele passa a se reconhecer como um todo, gerando maior responsabilidade sobre si e, com isso, em seu autocuidado", explica Adriana, especialista em Cuidado Integrativo, que atua com práticas como Meditação/Mindfulness, Yoga, Reiki, Auriculoterapia e Aromaterapia.

Segundo ela, os pacientes atendidos pelo Polo PICS CEJAM passam por um processo que vai além da recuperação da saúde, levando a uma construção transformadora que parte do autoconhecimento e leva ao autocuidado e à autonomia.

"Quanto maior a integração alcançada, melhor a pessoa se reconhece como corresponsável pelos cuidados com sua saúde integral, fazendo das PICS um cuidado emancipador", destaca.


Recuperação pós-Covid

Por não se tratar de um serviço especializado, as UBS (Unidades Básicas de Saúde) e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) podem encaminhar seus pacientes para o Polo PICS, se assim desejarem.

Segundo Rosimere, hoje, o Polo tem priorizado, principalmente, a população com sequelas pós-Covid ou questões relacionadas à doença, como a ansiedade, por exemplo.

A psicóloga explica que o Polo surgiu em um momento oportuno e muito necessário, potencializando a realização das PICS para melhoria da qualidade de vida. Para não deixar de atender a essas pessoas, Rosi explica que ainda é possível realizá-las na modalidade EAD.

"Alguns pacientes atendidos no Polo não chegaram a desenvolver o Coronavírus, mas sofrem por conta outras questões relacionadas a pandemia, seja pelo isolamento imposto pela pandemia ou por instabilidade financeira, fatos que auxiliam no aumento da ansiedade, alteração na qualidade do sono, entre outras sintomas que agravam a qualidade de vida do indivíduo", avalia a interlocutora do Polo PICS.


Práticas oferecidas

Atualmente, o trabalho é desenvolvido na UBS Jardim Lídia, gerenciada pelo CEJAM na zona sul, e conta com uma equipe multidisciplinar, composta por psicóloga, acupunturista, educadora física e técnicos educacionais.

As Práticas Integrativas estão presentes no SUS desde o seu surgimento, porém, a partir de 2006 elas fazem parte de uma política própria, chamada de PNPIC (Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares).

As práticas disponíveis no Polo PICS são: Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Auriculoterapia, Plantas Medicinais, Arteterapia, Dança Circular, Meditação/Mindfulness, Musicoterapia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Yoga, Aromaterapia, Geoterapia, Reiki/Imposição de Mãos, Dao Yim e Terapia de Florais.



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"

 

Confira sete dicas de adaptações para cuidar da saúde do idoso no inverno

Divulgação
A estação é conhecida por elevar o aparecimento de doenças respiratórias, além de aumentar os riscos de complicações cardiovasculares


As baixas temperaturas são sempre um motivo de preocupação com a saúde, afinal, é no inverno, quando a umidade fica baixa, que é mais comum a ocorrência de doenças respiratórias e também o aumento de complicações cardiovasculares. O idoso, por possuir uma reserva fisiológica mais restrita, tem menos capacidade de enfrentar essas condições climáticas e responde com o aumento exacerbados dos níveis de pressão arterial, transtornos de coagulação sanguínea e maior propensão a infecções típicas do frio, que podem desencadear eventos cardiovasculares. A coordenadora técnica da Home Angels, Janaína Rosa, rede de cuidadores de idosos, preparou algumas dicas de adaptação simples no dia a dia para os idosos. 

  • Na hora do banho, escolha o horário mais quente do dia e, se possível, aqueça o banheiro antecipadamente. Mas é importante se atentar e abrir uma frestinha da porta para que a temperatura de ambos os ambientes, banheiro e quarto, fique próxima.
  • Seque o corpo e coloque a primeira camada de roupa ainda no próprio banheiro para evitar a corrente de ar. Mas lembre-se, não esqueça de hidratar bem a pele. 
  • Se os cabelos estiverem molhados, use um secador e aguarde para sair de casa, pois ainda há calor do banho e do aparelho que deixa o corpo quente.
  • Como a reserva hídrica na terceira idade é menor, o idoso acaba ingerindo poucos líquidos, aumentando as chances de desidratação. Por isso, é muito importante aumentar a oferta de bebidas como água, sucos, chás, caldos e sopas. Além de hidratar, aquecem o corpo.
  • Caso esteja mais frio à noite, coloque uma manta no colchão para ajudar a reter a temperatura. 
  • Para os idosos acamados, a vestimenta é um detalhe que merece atenção e caso haja a necessidade de trocas de fraldas, calças e blusas podem não ser a melhor opção. Nesse caso, aposte em camisolas e camisas de manga comprida de flanela e meias térmicas antiderrapantes ou meião para as pernas, assim como também cai bem um cobertor sobre o corpo, que tem como objetivo aquecer e reter o calor ao longo do dia.  
  • Outra dica para os acamados é colocar trocadores absorventes em cima do lençol, pois, caso tenha escape de urina, a troca se torna mais rápida e a cama não ficará fria.   



Home Angels

https://www.homeangels.com.br/


2% dos autistas podem ter a Síndrome do X Frágil

Síndrome do X Frágil, condição genética pouco conhecida, é a causa hereditária mais comum de deficiência intelectual


Hoje já está extremamente difundido o Autismo e suas características. No entanto, poucos sabem que em torno de 2% dos autistas podem também ter uma condição genética hereditária, pouco conhecida, chamada de Síndrome do X Frágil (SXF), e que 60% dos acometidos pela Síndrome podem ter autismo associado. E, nesse dia 22 de julho, comemora-se o Dia Mundial da Síndrome do X Frágil, com objetivo de unir as comunidades ao redor do mundo para aumentar a conscientização a respeito dessa condição, e ao mesmo tempo, acelerar o progresso em direção a tratamentos eficazes e quem sabe, a cura.

A Síndrome do X Frágil é uma condição do neurodesenvolvimento associada com TEA que afeta aproximadamente 1 em cada 4 mil homens e 1 em cada 6 mil mulheres. Segundo Luz María Romero, gestora do Instituto Buko Kaesemodel que desenvolve o Programa Eu Digo X, voltado ao diagnostico, pesquisa e tratamento das pessoas acometidas pela Síndrome, as mulheres são mais protegidas que os homes, por apresentarem dois cromossomos X. “Já os homens, como recebem apenas um cromossomo X, herdado pela mãe, podem ter maiores chances de serem afetados pela síndrome, caso a mãe tenha pré-mutação ou mutação completa”, explica.

Para Luz María, o grande desafio ainda é o diagnóstico da Síndrome do X Frágil. “Apesar de pouco conhecida e difundida, é a causa hereditária mais comum de deficiência intelectual. Infelizmente, mesmo sendo de incidência tão comum, a obtenção do diagnóstico é difícil pois, muitas vezes, é desconhecida até mesmo por profissionais das áreas de saúde e de educação”, alerta. ““Um dos principais motivos para a demora de um diagnóstico clínico mais preciso são as semelhanças com os sintomas e sinais da condição do espectro do autismo”, explica.

No entanto, além de ajudar as famílias a terem um diagnóstico correto a respeito da Síndrome, o Instituto Buko Kaesemodel desenvolve ações de bem-estar, não apenas para a criança ou jovem diagnosticado, como também para as mães, normalmente pré-mutadas pelo gene FMR1, que causa a Síndrome do X Frágil. Entre as ações promovidas está o apoio psicológico às mães, realizada voluntariamente pela psicóloga clínica Luciana Deutscher.

Segundo Luciana, no protocolo criado para o atendimento às mães, foi percebido a necessidade de receberem atenção. “As mães dedicam 100% do seu tempo para os filhos, principalmente àqueles com mutação completa, esquecendo das suas próprias necessidades”, avalia. “Muitas esquecem que possuem a pré-mutação, e com essa condição orgânica, gera, entre muitos sintomas, a ansiedade, depressão, ataxia, menopausa precoce. Esquecem sofrem de sintomas da SXF, tanto quanto seus filhos”, esclarece. 

O atendimento psicológico às mães pré-mutadas nada mais é que ouvir e ajudar a encontrarem a autoestima e autocuidado. “A menopausa é um dos fatores preocupantes, pois, devido a síndrome, ocorre precocemente alterando toda a questão hormonal, e com isso, gerando quadros de ansiedade e de depressão”, explica Luciana. O acompanhamento médico especializado ainda é escasso para essa condição, principalmente pelo desconhecimento e falta de aprofundamento sobre a Síndrome do X Frágil.

Assim como os familiares de crianças autistas vem batalhando e tornando a condição mundialmente conhecida, agora é a hora dos familiares de portadores da Síndrome do X Frágil em buscar o reconhecimento e mais pesquisas sobre o tema. Pesquisas no âmbito mundial vem sendo desenvolvidas, buscando não apenas o aprofundamento no conhecimento a respeito da Síndrome como também em futuros tratamentos, já que é uma condição que não tem cura.

Segundo Luz María, as pessoas afetadas pela Síndrome do X Frágil apresentam atraso no desenvolvimento, com características variáveis de comprometimento intelectual, distúrbios de comportamento, problemas de aprendizado e na capacidade de comunicação. “Em geral, os sintomas se manifestam mais severamente nos homens. Na maioria das vezes os primeiros sintomas surgem entre os 18 meses de vida e os 3 anos de idade”, avalia. 

Existem alguns traços físicos típicos nas pessoas com a síndrome: face alongada e estreita, orelhas de abano, mandíbula e testa proeminentes, palato alto, pés planos, dedos e articulações extremamente flexíveis, estrabismo, entre outros sinais menos frequentes. 

Para Sabrina Muggiati, mãe de Jorge e idealizadora do Programa Eu Digo X do Instituto Buko Kaesemodel, é fundamental determinar um diagnóstico preciso tão logo se manifestem os primeiros sinais ou suspeitas, em especial quando se trata do primeiro caso identificado na família. “Somente um diagnóstico conclusivo permitirá que se busquem o tratamento e o atendimento adequados para a criança afetada pela SXF. Para isso, se faz necessário um teste de DNA, por meio de um exame de sangue analisado em um laboratório de genética. Esse exame é indicado para homens e mulheres que apresentem algum tipo de distúrbio de desenvolvimento ou deficiência intelectual de causa desconhecida, em casos de autismo ou histórico familiar de Síndrome do X Frágil”, explica Sabrina. 

 

DIA MUNDIAL DA SÍNDROME DO X FRÁGIL 

Diversos monumentos mundiais serão iluminados para comemorar o Dia Mundial de Conscientização sobre a Síndrome do X Frágil, desde a ícone torre do Taj Mahal na India, Ponte Matagarup na Austrália, IEB – Faculdade de Ciências do Chile totalizando 238 empreendimentos e monumentos.

No Brasil, alguns estados já possuem a data de conscientização, como Paraná que celebra em 22 de outubro. Já o Estado de Santa Catarina e o Município de Porto Alegre em 22 de setembro, e o Estado do Rio de Janeiro, em 07 de setembro. Buscando a celebração nacional, coincidindo com a data mundial de conscientização sobre a Síndrome do X Frágil, o Instituto Buko Kaesemodel solicitou junto ao Governo Federal, Ministério da Saúde e Senado Federal a criação da data nacional em 22 de julho. “O pedido foi abraçado pelo Senador Romário (Podemos) que aguarda apenas a realização da audiência pública para apresentar o projeto”, explica Sabrina Muggiati, idealizadora do Programa Eu Digo X , do Instituto Buko Kaesemodel.

Independentemente da existência ou não da data nacional de conscientização sobre a Síndrome do X Frágil, Sabrina conta que Curitiba abraçou a causa, e representará o Brasil, iluminando pontos de referência na cidade. “Contamos com o apoio da RPC - Rede Paranaense de Comunicação, afiliada da Rede Globo, que iluminará a torre de transmissão da TV. A Prefeitura Municipal de Curitiba, disponibilizou a iluminação do Jardim Botânico e da Praça do Japão”, conta. Além desses pontos citados, aderiram a campanha a Assembleia Legislativa do Paraná, Palácio Garibaldi, Museu Oscar Niemeyer, Arena da Baixada – Clube Athletico Paranaense e Associação Comercial do Paraná. A Academia Companhia Athletica de Curitiba, localizada no ParkShopping Barigui, fará uma aula de Spinning no dia 22 de julho, com iluminação e decoração diferenciada.

Fora de Curitiba a ação conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Guaratuba, com a iluminação do Morro do Cristo, localizado na praia do Brejatuba, do Bondinho Pão de Açúcar, um dos mais conhecidos parques turísticos do Rio de Janeiro, com 108 anos de história. A Itaipu Binacional aderiu à campanha em Foz do Iguaçu, a hidrelétrica vai iluminar, no tom azul petróleo, a fachada do Centro de Recepção de Visitante, na entrada da barreira da usina e as calotas do Parque da Piracema. Além da Iluminação, o Instituto Buko Kaesemodel foi presenteado com a realização de uma Missa em Ação de Graças pela vida dos portadores da Síndrome do X Frágil e de suas famílias, na Capela de Nossa Senhora Aparecida, no Santuário Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, presidida pelo reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar. No Rio Grande do Sul, o evento será representado pela Rede Deville de Hotéis.

“Para nós, familiares e portadores da Síndrome do X Frágil é muito gratificante saber que no dia 22 de julho, muitas pessoas passarão a conhecer um pouco mais dessa condição, que é a segunda síndrome com maior incidência no mundo após a Síndrome de Down”, enfatiza Sabrina. Segundo ela, essa ação é importante para expandir o alcance do Dia Mundial da Síndrome do X Frágil. “É um evento global, e quanto mais pessoas participarem, compartilharem as fotos e imagens dos monumentos iluminados, maior será o alcance e consequentemente um maior conhecimento em busca da consciência e educação sobre a SXF”, enaltece.


Dia Mundial do Cérebro: Neurocirurgião da UNICAMP explica os principais tipos de tumores cerebrais, seus sintomas e tratamentos


Em uma pesquisa recente, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou que 11.100 novos casos de tumores cerebrais e/ou do sistema nervoso central fossem diagnosticados entre os anos de 2020 e 2022. O número, de acordo com o Dr. Marcelo Valadares, médico neurocirurgião da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein, reforça a importância da conscientização e da disseminação de informações sobre os sintomas, viabilizando o tratamento com urgência.

As massas, que podem ser cancerígenas ou não, são caracterizadas pela presença e crescimento de células anormais no cérebro e/ou nas meninges (membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal).



É possível viver bem depois de um tumor cerebral?

Segundo o Dr. Marcelo Valadares, grande parte dos tumores intracranianos são benignos. O mais comum deles, chamado de meningioma, frequentemente é curável com cirurgia e, algumas vezes, sequer pode precisar de operação. "Tumores que surgem dentro do próprio cérebro ainda sim podem ser benignos, curáveis com cirurgia, ou de baixa agressividade, fazendo com que o paciente possa realizar tratamentos diversos e ter uma vida longa e de qualidade", diz.

O meningioma é o tipo mais frequente de tumor no cérebro, responsável por cerca de 30% das incidências. São benignos e mais comuns em adultos e idosos, acometendo mais mulheres do que homens.



Conheça os sintomas

O neurocirurgião da Unicamp explica que os principais sintomas causados por tumores cerebrais são relacionados aos locais onde eles se desenvolvem. "Como o cérebro é relativamente divido em áreas responsáveis por funções específicas, os tumores que se desenvolverem nessas regiões vão prejudicar essas atividades. Por exemplo: tumores que surgirem próximo às áreas responsáveis pelos movimentos dos membros podem causar fraqueza, e até paralisia. Tumores nas áreas responsáveis pela visão podem causar perdas visuais, manchas ou embaçamentos", expõe.

Embora tumores benignos e malignos possam causar sintomas semelhantes, os malignos têm maior chance de se desenvolverem rapidamente, levando a uma frequência maior de dores de cabeça, convulsões e alterações neurológicas como coma. "Isso é menos frequente em tumores benignos", elucida o médico.

No entanto alguns sintomas podem surgir independentemente do local da lesão. "Em quase todas as áreas do cérebro, os tumores podem causar convulsões, embora isso seja mais comum nos lobos frontais e temporais. Quando são grandes, podem causar dores de cabeça. Além disto, alguns tumores podem sangrar e levar a pioras neurológicas repentinas", reitera o Dr. Valadares.



Saiba as diferenças entre os tumores benignos e malignos

Um tumor cerebral benigno não é um câncer, ou seja: não é capaz de invadir os tecidos cerebrais normais e destruí-los. Além disto, ele frequentemente pode ser tratado com cirurgia.

"De qualquer forma, mesmo um tumor benigno pode crescer em um local complexo que impeça sua remoção ou comprima tecidos e vasos, podendo levar a problemas graves", explica o Dr. Marcelo Valadares.

Um tumor maligno, por outro lado, possui mutações em suas células que são capazes de invadir os tecidos cerebrais, destruindo-os. Neste caso, as células crescem de forma desordenada, acelerada e cada vez mais agressiva.
Os principais tumores malignos no cérebro são os gliomas, que crescem a partir de diversos tipos celulares chamados, em conjunto, de glia. "Estas são células que dão suporte aos neurônios além de realizar diversas outras funções no cérebro. Os tumores da glia (ou gliomas) são os tumores intrínsecos mais comuns (que surgem do próprio cérebro, e não de outras partes ao seu redor). Além disto, ele pode ser um glioblastoma, um subtipo de glioma altamente agressivo, ou seja: um câncer muito grave", exemplifica.

O médico conta, ainda, que a muitos tumores malignos do cérebro são controláveis com o tratamento disponível e, em poucos casos, existe possibilidade de cura.



Tratamentos

Para os gliomas, o Dr. Marcelo Valadares garante que o tratamento pode ser cirurgia para remoção de parte ou todo o tumor identificável. "Normalmente o paciente precisa realizar quimioterapia e radioterapia após a cirurgia. Diversos outros tratamentos estão sendo pesquisados para os tumores malignos do cérebro", afirma.

No caso dos meningiomas, o principal tratamento é a cirurgia. Alguns tipos, mesmo benignos, podem precisar de radioterapia.





Dr. Marcelo Valadares é médico neurocirurgião e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de CiênciaMédicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein. A Neurocirurgia Funcional é a sua principal área de atuação, sendo que o neurocirurgião trabalha em São Paulo e em Campinas. Seu enfoque de trabalho é voltado às cirurgias de neuromodulação cerebral em distúrbios do movimento, cirurgias menos invasivas de coluna (cirurgia endoscópica da coluna), além de procedimentos que envolvem dor na coluna, dor neurológica cerebral e outros tipos de dor. O especialista também é fundador e diretor do Grupo de Tratamento de Dor de Campinas, que possui uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e educadores físicos.  No setor público, recriou a divisão de Neurocirurgia Funcional da Unicamp, dando início à esperada cirurgia DBS (Deep Brain Stimulation - Estimulação Cerebral Profunda) naquela instituição. Estabeleceu linhas de pesquisa e abriu o Ambulatório de Atenção à Dor afiliado à Neurologia. 

 

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