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terça-feira, 20 de julho de 2021

Excesso de reuniões virtuais compromete bem-estar e produtividade no trabalho

A diretora da Prime Talent, Bárbara Nogueira, ressalta que é importante reduzir o volume e a duração dos encontros online para evitar os sintomas da já conhecida "Fadiga do Zoom".


Na nova realidade forçada pela pandemia da Covid-19, grande parte das pessoas foi obrigada a adaptar a vida à rotina virtual. Os happy hours e conversas com amigos e familiares tiveram migrar para o formato online, assim como as reuniões de trabalho e as aulas para alunos de todas as idades. Tudo isso na tentativa de manter, dentro do possível, uma conexão social ativa, um ritmo de trabalho eficiente e o aprendizado regular durante todos esses meses em que adotar o isolamento e evitar aglomerações se fizeram – e ainda se fazem – necessários. No entanto, a diretora, career advisor e headhunter da Prime Talent, Bárbara Nogueira, argumenta que essas circunstâncias, podem prejudicar diretamente o corpo e a mente, provocando a já conhecida “Fadiga do Zoom”. Consequentemente, a produtividade também é afetada.

Desde o ano passado, essa expressão – em alusão a um dos programas de chamadas de vídeo que mais se popularizou na pandemia – tem sido bastante usada no ambiente corporativo, em todo o mundo. Mas os problemas provocados pelo excesso de conferences estão relacionados a qualquer ferramenta para essa finalidade, como Hangouts, Teams, Skype, entre outras. Trata-se, resumidamente, de uma exaustão extrema e desmotivante, em função da permanência, por um período de tempo prolongado, em encontros pela internet. Inclui, também, irritabilidade, olhos secos e vermelhos, sem falar do cansaço, mal-estar e dores de cabeça ao final da jornada de trabalho ou até mesmo após um bate-papo virtual.

A “Fadiga do Zoom” é gerada por diversos fatores. Entre eles, estão a hiperestimulação visual, que leva a esse cansaço e a essa irritação; a falta de linguagem corporal; e a mobilidade prejudicada, ou seja, a sensação de estar preso ao ângulo de visão da câmera. Outro “gatilho” costuma ser a autoavaliação constante, aliada ao sentimento de pressão social, porque a pessoa percebe que está sendo observada por todos, em todos os momentos, e não fica à vontade.

A exaustão também pode ser causada pela necessidade de aumentar a atenção no decorrer das vídeo-chamadas, que exigem um esforço maior para processar pistas não verbais dos participantes. Sem falar que muitas pessoas se sentem obrigadas a olhar para a tela o tempo inteiro, como forma de demonstrar que seguem atentas à reunião, e isso consome muita energia. Por fim, a tendência às distrações é mais um aspecto que pode ocasionar o desgaste mental, uma vez que os profissionais acabam propensos a realizar tarefas paralelas durante a call.

Diante desse contexto, Bárbara, que é graduada em psicologia, orienta os profissionais a ficarem muito atentos ao bem-estar no dia a dia, pois o estado permanente de cansaço pode evoluir para um esgotamento total, com prejuízos significativos para ao corpo e a mente. E ainda afeta diretamente a produtividade e a concentração em casa e no trabalho. “As empresas mais preparadas e estratégicas já têm desenvolvido programas e até novas políticas internas para o apoio aos funcionários que atuam no modelo home office, aproximando cada vez mais o setor de Recursos Humanos do negócio e dos colaboradores”, destaca.

Em busca de mitigar as chances de “Fadiga do Zoom” e de outros transtornos relativos ao excesso de conectividade, como o tecnoestresse, ações voltadas à saúde e ao descanso mental dos profissionais estão sendo implementadas, além de soluções inovadoras e mais prazerosas de usar videoconferência. Em linhas gerais, é possível ressaltar algumas estratégias para amenizar o impacto negativo do excesso de encontros remotos e do uso de tecnologia, como não emendar reuniões sequenciais, ampliando intervalos entre elas; evitar conferences com duração muito prolongada; substituição de chamadas de vídeo por áudio, quando possível; e o incentivo ao período de trabalho produtivo e sem conversas virtuais. No caso das lideranças, usar algum tempo para realmente verificar como as pessoas estão é muito importante. Independentemente das iniciativas que sejam adotadas, buscar equilibrar o real e o virtual, garantindo o uso saudável da tecnologia, é a melhor maneira de prevenir esses sintomas.


Como sinais corporais melhoram percepção do consultor em governança sobre seu cliente

A pandemia revelou, além de novos formatos de trabalho, a necessidade de uma importante competência: captar o que o corpo fala do outro lado da câmera e o que cada gesto revela


O trabalho do consultor em governança corporativa exige muitas habilidades e competências para realizar o objetivo de diagnosticar os negócios e construir estratégias personalizadas com foco em resultados e sustentabilidade. O profissional que vai lidar com sócios e proprietários de empresas deve não somente ter uma visão de negócio, ou seja, estar com a leitura em dia sobre os diversos assuntos relacionados aos universos de economia, política e negócios em geral, mas também ter um lado voltado à psicologia, para entender melhor sobre o comportamento humano e o que cada sinal corporal pode revelar.

Até antes da pandemia surgir e acabar por conduzir a instituição de novos formatos de trabalho, como a adoção em massa do sistema homeoffice, as reuniões presenciais eram mais do que comuns. No mesmo espaço físico, o consultor preparado para entender o que cada gesto corporal diz era capaz de perceber tranquilamente se um cliente ficou confortável ou não, se mexeu na cadeira, coçou a cabeça ou está com os pés nervosamente chacoalhando por debaixo da mesa.

Porém, em uma reunião online, a situação muda. “Esses sinais não são tão claramente perceptíveis”, afirma Eduardo Valério, CEO da GoNext, consultoria em governança corporativa e sucessão, acostumado com os compromissos virtuais de negócios nos últimos 18 meses, assim como seus consultores. Mesmo assim, recomenda ele, é preciso estar atento às menores ações. “Um sinal preocupante é quando o vídeo de algum participante está desligado, demonstrando uma eventual distração ou desinteresse.”

Mas como o consultor pode notar desconfortos, nervosismo, interesse, segurança e comprometimento em uma reunião remota entre sócios de uma empresa, e melhorar suas percepções, para então ter o melhor diagnóstico sobre uma consultoria para a qual está atuando? Veja a seguir 5 sinais que podem ajudar a decifrar o que se passa com o cliente na hora da reunião virtual.


Boca

Levar frequentemente os dedos à boca, como roer as unhas ou morder as pontas dos dedos, demonstra ansiedade e também indica relutância. Tapar a boca e coçar o nariz enquanto fala demonstra insegurança ao que está falando e o consultor preparado pode suspeitar de que o cliente está escondendo o jogo. Assim como as palavras bem articuladas e faladas calmamente, com pausar e respiração tranquila transitem credibilidade e autoridade.


Braços

A posição dos braços cruzados costuma ser associado a irritação, defesa ou falta de interesse. Segundo estudos sobre linguagem corporal, a maioria das pessoas que faz este gesto durante uma reunião está desconfortável.


Cabelos

O ato de mexer nos cabelos transmite a mensagem de uma pessoa insegura e tímida, por mais que ela pareça muito desinibida.


Mãos

Se o cliente não estiver com as mãos mais soltas, eventualmente gesticulando, preferindo não deixa-las aparentes ou dando a impressão de que não sabe o que fazer com elas, pode ser um sinal de insegurança. Porém, se uma das mãos estiver tocando o queixo, ela pode estar indicando uma tomada de decisão.


Olhos

O olhar sempre voltado para baixo indica desinteresse e falta de foco. Da mesma forma quando o cliente desvia o olhar constantemente e demonstra estar prestando atenção em mais de uma coisa ao mesmo tempo. Por outro lado, ao encarar a câmera e reagir ao que é falado, demonstra maior interesse e comprometimento.


Novos modelos

Mesmo as reuniões online de 18 meses atrás, antes da pandemia, eram muito diferentes das atuais. Como aponta Eduardo Valério, desde os aspectos tecnológicos, os quais todos tiveram que melhorar suas redes internas de wi-fi e internet, melhoria de computadores e câmeras, ao aperfeiçoamento de pautas, mais enxutas e objetivas.

Da mesma forma, as atitudes dos participantes. “O comportamento dos seus integrantes foi modificado na medida do aprimoramento da própria reunião”, diz o executivo. Na análise de Valério, a tendência é que as reuniões presenciais sejam para temas mais complexos, que as tornarão mais longas. “As virtuais serão mais curtas, frequentes e para assuntos mais objetivos.”

Modelo este que se adequa, por exemplo, ao trabalho de monitoramento da consultoria em governança.

A recomendação do CEO da GoNext é que o consultor em governança corporativa sempre prepare da melhor maneira possível a reunião online e em três etapas: pré, durante e pós. “É importante ainda o consultor sempre se programar previamente quanto à dinâmica, o material a ser apresentado e, sobretudo, o cuidado com o tempo. Ele deve ter sempre o controle do ritmo da reunião”, aponta Valério.

De acordo com ele, essas e outras características, são essenciais para o profissional transmitir confiabilidade e tranquilidade ao seu interlocutor. “O papel do consultor durante a apresentação de um determinado tema é prover seu interlocutor (cliente) de segurança e clara orientação sobre o tema em debate. Ele é visto como o facilitador e provedor do caminho, para a solução do problema, que é o objeto da contratação dos seus serviços”, avalia.

 


GoNext Governança & Sucessão

gonext.com.br

 

Ouvir a sua música preferida aumenta o seu desempenho

Pesquisa do Reino Unido afirma que a disposição aumenta com o seu som favorito


Na hora de fazer exercícios, um trabalho da faculdade ou tomar uma difícil decisão é importante estar tranquilo mentalmente. Para manter esse relaxamento e o foco é preciso ter estímulos, um deles é ouvir sua música preferida.

Segundo estudo publicado por pesquisadores da Universidade Keele, no Reino Unido, foi comprovado que, ouvir sua música favorita pode fazer você se sentir mais disposto e diminuir a percepção de esforço durante exercícios físicos ou outras atividades cotidianas. Pop, rock, samba ou forró, qualquer tipo de música serve.

Segundo o método da Programação Neurolinguística (PNL), a ancoragem é responsável por isso. Âncoras são gatilhos visuais, auditivos ou cinestésicos os quais se tornam associados com respostas ou estados particulares. Estímulo que está ligado a um estado fisiológico. Associação que permite evocar experiência original. Qualquer coisa que dê acesso a um estado emocional.

Em geral as âncoras são externas. Um cheiro específico pode nos levar a uma cena, um momento de vida. O tom de voz da pessoa querida pode trazer emoções, ou o tom de voz do seu cantor preferido ou música preferida.

Âncoras se criam por repetição (Ex. parar diante de um farol vermelho). Âncora se cria instantaneamente se a emoção for forte e o momento certo. Fobias são âncoras negativas.

Nós fazemos âncoras instantâneas todo o tempo, mas a PNL nos ensina a usar o processo de forma mais consciente, o que nos permite fazer a auto âncora.  

A âncora é um estímulo forte, porém não é estável (com o tempo desaparece). Outra maneira recorrente em que a ancoragem pode ser usada é fechar os olhos e buscar lembranças felizes. O corpo e a mente respondem ao estímulo, com isso a produtividade aumenta.

O IPC (Instituto Profissional de Coaching) utiliza-se desta poderosa técnica em seus treinamentos de PNL. A própria Presidente, Madalena Feliciano, afirma utilizar em vários momentos esta técnica, principalmente nos dias em que se sente cansada ou precisa de força e coragem extra para resolver alguma questão e diz: “Sinto me empoderada toda vez que utilizo minha âncora”

Madalena Feliciano é CEO do IPC (Instituto Profissional de Coaching) - Master em PNL, Hipnóloga e Coach Profissional, recebeu prêmios nacionais e internacionais como:  ANCEC - Referência Nacional e Qualidade Empresarial em 2016, 2017 e 2018, Top Five em 2016 no seu segmento de coaching e treinamento comportamental e recentemente foi condecorada com o Título de Embaixadora pela Divine Academie em Paris. Ministra diversos treinamentos de desenvolvimento humano, Coaching, PNL, Hipnose, Analista Comportamental DISC, dentre vários outros.

 


Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

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Bitcoins x Golpes Cibernéticos

Conheça a origem e os riscos do dinheiro da era digital


Desenvolvida há pouco mais de uma década, a primeira criptomoeda foi criada com a intenção de descentralizar o controle do capital. Considerado por muitos um ato nobre, o dinheiro de todos era, até então, controlado por bancos e governos em todos os países com taxas, controles, regulamentações e fiscalizados por instituições.

Como solução a tanto controle financeiro, criou-se o bitcoin. O primeiro conceito era possibilitar a circulação de uma moeda virtual que não fosse administrada por outra pessoa a não ser o seu próprio dono. O grande desafio era garantir a mesma segurança que se tem em relação ao dinheiro guardado em uma instituição financeira.

Para Francisco Gomes Júnior, advogado especialista em direito digital, a operacionalização das transações financeiras sem intervenções e com segurança de uma ponta a outra é algo inimaginável antes da era digital. “Imagina que podemos efetuar uma transação sem a presença de intermediários, como os bancos, que possa simplesmente transferir de forma segura valores de ponta a ponta, este é o conceito, transações seguras”, afirma

A fim de garantir a segurança das transações feitas em moedas virtuais, criou-se então o “blockchaim”, uma rede descentralizada e não controlada por intermediários, mas sim por seus usuários. “Cada transação é verificada por todos, evitando-se fraudes e sem a manipulação governamental. E o valor do bitcoin depende basicamente de oferta e demanda, somente esse fator fará seu valor oscilar para cima ou para baixo”, complementa o especialista em direito digital.

Embora não seja um procedimento de fácil entendimento e com maior risco, o bitcoin pode gerar lucratividade. Operar  com bitcoins tem se mostrado seguro. Não há notícia de fraudes nas operações com bitcoins. O que existe são golpes praticados por empresas que se dizem operadoras de bitcoins e simplesmente somem com os valores que o investidor repassa.

No ano de 2020 o bitcoin foi o investimento com a maior valorização no Brasil, superando investimentos tradicionais como dólar e ouro. Nos últimos tempos, a reputação dessa criptomoeda foi abalada pelo fato de hackers estarem efetuando ataques a redes e computadores de empresas, exigindo o pagamento de resgates em bitcoins.

A utilização dos bitcoins se deu pela dificuldade de rastreio e controle governamental sobre a moeda. “É importante destacar que não se trata de nenhuma falha no mecanismo blockchain da moeda, mas sim de uma ação criminosa. A falta de controle bancário e governamental traz vantagens e desvantagens”, afirma Gomes.

Entre as vantagens, existe certa independência para gerir o patrimônio sem limitações e imposições de regras por terceiros, porém há desvantagens como a utilização da moeda por criminosos justamente pelo impossível rastreamento. 

O que se pode observar ao longo desses anos de operação é que o bitcoin possui um sistema seguro e sem notícia de fraude nas operações. Para evitar possíveis golpes, recomenda-se que antes de optar por esta moeda é necessário pesquisar detalhadamente sobre as empresas corretoras que estão no mercado. “Não tome decisões precipitadas ou sem conhecer em detalhes o funcionamento das moedas virtuais”, finaliza.

 


Francisco Gomes Júnior - advogado sócio da OGF Advogados, formado pela PUC-SP, pós-graduado em Direito de Telecomunicações pela UNB e Processo Civil pela GV Law – Fundação Getúlio Vargas. Foi Presidente da Comissão de Ética Empresarial e da Comissão de Direito Empresarial na OAB.


AMIZADE NO TRABALHO CONTRIBUI PARA DESEMPENHO, MAS EXIGE CUIDADO COM PROTECIONISMO E CONVERSAS PESSOAIS

 Head de RH da Gi Group Brasil aponta benefícios das relações no ambiente corporativo e pontos de atenção


Quantas horas do nosso dia passamos com as pessoas do trabalho? Por isso, é mais do que natural criar laços de amizade entre colegas, o que contribui para o desempenho profissional e para estar em um ambiente mais leve e acolhedor.

Muitas das relações existentes antes da pandemia se mantiveram ou até se fortaleceram durante o isolamento social e, ter essa rede de confiança pode ser muito útil para compartilhar dificuldades em momentos desafiadores.

Para o Head de Recursos Humanos da Gi Group, filial da multinacional italiana de RH, Felipe Iotti, ter uma pessoa com quem dividir as situações enfrentadas pode aumentar a sensação de realização. "Há prazer em compartilhar sucessos com seus pares, assim como é confortante dividir os anseios ou problemas com outra pessoa. As amizades tendem a gerar um impacto positivo no profissional", argumenta Iotti.

Ricardo Lopes, gerente de contas da Gi Horeca, é um exemplo de que boas relações no trabalho deixam o ambiente mais leve e promovem confiança. "Trabalhar com pessoas que gostamos e admiramos é sempre um facilitador, tanto interpessoal quanto para os processos". Amigo de Marja Nadolsky, gerente de operações regionais, há quatro anos, Ricardo traz um ponto de atenção sobre a separação entre amizade e coleguismo de trabalho. "São duas relações bastante distintas. Não levamos as questões pessoais para o trabalho e tampouco o inverso", explica.

Ter amizades no ambiente de trabalho pode gerar impactos positivos, ajudar na redução da pressão e estresse causados pelas cobranças por resultado, porém é importante separar momentos próprios para essa amizade. "Utilizar pausas para o café e os horários de almoço, assim como em algumas situações o período de translado até o local de trabalho, é o ideal", aconselha o Head de RH. "O excesso de conversa durante o trabalho pode interferir na capacidade de concentração, qualidade das entregas ou até causar erros desnecessários por falta de atenção", alerta Iotti.

Felipe Iotti aponta para outra questão importante. O feedback, que é uma ferramenta extremamente poderosa para gestão do desempenho, não pode ter interferência por conta da amizade. "Embora isso possa acontecer entre colegas que possuem níveis semelhantes de responsabilidade na empresa, isso se torna ainda mais crítico quando a relação de amizade ocorre entre líder e liderado. As relações não podem atrapalhar no momento de corrigir uma postura, assim como não pode gerar favoritismos dentro de uma equipe por relações pessoais" aconselha o Head de Recursos Humanos da Gi Group Brasil.

 

 

Felipe Iotti - head de RH da Gi Group Brasil

 

Gi Group

https://www.gigroup.com.br

  

5 inovações do mundo acadêmico na pandemia para divulgações científicas

Especialista no setor elenca as principais vantagens do preprint como uma solução de acesso e compartilhamento de publicações acadêmicas em tempos de isolamento social

 

O Brasil é o 11º primeiro em número de publicações científicas sobre Covid-19, segundo a Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica. Isso explica por que os preprints estão cada vez mais populares no meio acadêmico. A Even3 - plataforma de eventos virtuais e publicações científicas - levantou que 43% das publicações depositadas no site são do formato preprint.

 

“A palavra ‘preprint’ significa ‘pré-publicação’, ou seja, de maneira geral, esse documento original e de teor científico é publicado em um repositório online, antes mesmo da avaliação de uma banca responsável por analisar trabalhos, algo bem característico dos periódicos e das revistas científicas. Por não ter sido publicado em uma revista científica e sim nesse repositório, ele acaba ficando conhecido como não publicado”, explica Welington Almeida, gerente de produto da Even3 Publicações.

 

Um estudo feito em 2020, chamado Preprinting a pandemic estima que ao menos 37% dos artigos publicados (16 mil até então) não haviam passado pela revisão de outros cientistas. Por não terem sido avaliados e revisados, tiveram a opção de serem publicados em repositórios online. “Os preprints são muito efetivos no meio científico e acadêmico, pois agilizam a comunicação e divulgação de manuscritos por todo o mundo”, afirma Almeida. 

 

Segundo Welington, “a grande vantagem desse formato é que o autor pode divulgar a pesquisa científica mais rapidamente mesmo que esta não esteja completamente finalizada, além de poder atualizar ou alterar o conteúdo sempre que necessário, caso surjam novos dados e informações relevantes, podendo contar com a colaboração de outros pesquisadores durante a construção do documento”. Além disso, um estudo em Tenesse, revela que os artigos que contavam com preprint têm em média um índice Altmetric 49% maior e 39% mais citações que os artigos sem preprint, gerando grande valor para o pesquisador que busca ser referenciado.

 

Pensando nisso, o especialista listou as 4 principais vantagens para investir no modelo preprint:

 

Agilidade na publicação

 

Os preprints são ideais, pois permitem a publicação do artigo em um prazo muito mais curto que os periódicos. Para ser publicado, passa apenas por uma breve avaliação, que vai confirmar que de fato trata-se de um conteúdo científico, e, se estiver tudo certo, é publicado no prazo de um dia na internet.

 

 

Acessibilidade e visibilidade

 

Esse tipo de formato permite que o autor tenha controle do alcance da sua publicação em escala mundial, já que pode visualizar a quantidade de acessos que o arquivo teve. Com essa facilidade, pode tornar o trabalho conhecido mais rapidamente, além de conquistar uma reputação e ser visada por revistas científicas resultando numa publicação mais completa. 


 

Construção conjunta 

 

O formato permite que outros pesquisadores possam ver, comentar e até promover novas parcerias. Dessa forma, é possível mensurar o impacto da pesquisa e alcançar um público mais amplo para seu trabalho.

 

 

Atualizações ilimitadas

 

Sempre que surgir um novo dado ou precisar alterar uma informação da sua pesquisa, você poderá alterá-la. Todas as versões ficam salvas e disponíveis no sistema. Assim, o leitor consegue acompanhar todas as atualizações feitas e o andamento da pesquisa.

 

 



Even3 

 

LGPD: Quais as principais discussões que já foram levadas para o Judiciário?

Com exceção das penalidades, a LGPD entrou em vigor no dia 18.09.2020 e, antes mesmo de completar um ano de vigência, já é responsável por importantes discussões no Judiciário. 

O objetivo deste artigo é analisar algumas dessas discussões com o propósito de auxiliar as empresas na compreensão dos riscos envolvidos no tratamento de dados pessoais e indicar possíveis medidas para mitigá-los. 

Cumpre evidenciar que nenhuma das decisões abaixo pode ser considerada como definitiva ou precedente do respectivo Tribunal, haja vista que a jurisprudência sobre o tema, assim como a cultura de proteção de dados no nosso país, ainda está nos estágios iniciais de desenvolvimento. 


1- Mandado de Segurança nº 5003440-04.2021.4.03.6000, 4ª Vara Federal de Campo Grande-MS: Gastos com o projeto de adequação à LGPD geram créditos de PIS e Cofins. 

A rede de lojas TNG obteve por decisão judicial o direito a créditos de PIS e Cofins sobre os gastos com implementação e manutenção do programa de proteção de dados pessoais. 

Para fundamentar a decisão, o Juízo levou em consideração que o conceito de insumo deve ser aferido à luz dos critérios da essencialidade ou relevância, ou seja, considerando a imprescindibilidade ou a importância de determinado item - bem ou serviço - para o desenvolvimento da atividade econômica desempenhada pelo contribuinte, conforme definido no Recurso Especial 1.221.170/PR. 

Assim, tendo em vista que os investimentos para adequação à LGPD são obrigatórios, sob pena de a empresa incorrer nas penalidades previstas na Lei (art.52), os custos para tanto enquadram-se no conceito de insumo, gerando créditos de PIS e Cofins.

 

2- Reclamação Trabalhistas nº 0020014-30.2021.5.04.0261, ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Montenegro em face da JBS Aves Ltda. 

O mencionado Sindicato ingressou com ação alegando descumprimento das regras previstas na LGPD pela empresa JBS e pleiteou: (i) – a indicação do encarregado de dados; (ii) – a informação de quais dados são tratados pela empresa, as respectivas bases legais e ciclo de vida dos dados; (iii) – a informação das transferências internacionais; (iv) – a informação dos compartilhamentos com terceiros e respectivas finalidades; (v) – indicação de quem tem acesso aos dados; (vi) – prestação de contas do uso específico dos dados; (vii) – informação sobre o tempo que os dados ficam armazenados; (viii) – a indicação das decisões automatizadas eventualmente existentes na empresa; (ix) – a informações sobre eventuais incidentes envolvendo o vazamentos de dados pessoais, (x) a descrição das medidas de segurança e proteção dos dados pessoais, (xi) – a comprovação dos treinamentos dos funcionários;(xii) – declaração de ausência de conformidade da empresa; (xiii) – a vedação de repasse, vazamento, venda,  entrega, doação ou aluguel de dados, sem autorização; (xiv) - indenização por danos morais e (xv) – comunicação da ANPD. 

A ação foi julgada improcedente porque a JBS conseguiu comprovar a sua adequação através de documentos juntados aos autos, tais como: manual de privacidade, política de proteção de dados, o uso dos recursos tecnológicos que utiliza para tratamentos dos dados etc. 

Dessa decisão é possível verificar a importância de a empresa ter a cautela de documentar todas as fases do seu projeto de adequação para que possa comprová-la, seja em sede de ação judicial, como também nos processos administrativos.

 

3- Ação Civil Pública nº 0020043-80.2021.5.04.0261, ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas indústrias de Alimento de Montenegro em face da Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Cai Ltda. 

O autor da ação em questão é o mesmo do processo anteriormente analisado. Todavia, no presente caso a ação foi julgada parcialmente procedente, justamente porque a Cooperativa não trouxe elementos de prova suficientes para comprovar a sua adequação. 

O Juízo determinou que a cooperativa reclamada comprove nos autos as seguintes obrigações, no prazo de 90 dias, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00: (i) – indicação do encarregado de dados; (ii) - comprovação da implementação e das práticas relacionadas à segurança e sigilo dos dados.  

 

4- Processo nº 07282789720208070001, 6ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. 

Trata-se de indenização por danos morais ajuizada contra empresa jornalística que publicou os dados bancários e cópias de contracheques do autor. 

A ação foi julgada parcialmente procedente, sendo declarado pelo Poder Judiciário que a divulgação dos dados bancários e dos contracheques do autor ultrapassou a finalidade de informação. 

Dados bancários e contracheques são considerados dados pessoais por serem informações capazes de identificar uma pessoa. Os princípios da finalidade, necessidade e adequação previstos na LGPD (art. 6º, incisos I, II e III) exigem que sejam tratados o mínimo de dados pessoais necessários para determinada finalidade específica. 

Com base em tais princípios, apurou-se que a empresa jornalística extrapolou a finalidade específica de sua atividade (informação), pois, para tanto, não era necessário expor os dados bancários e contracheques do autor, sem qualquer rasura das informações pessoais, na matéria jornalística. 

Esta discussão judicial demonstra a importância do Registro de Operações de Tratamento de Dados Pessoais (art. 37, LGPD), que além de ser uma obrigação legal, tal documentação possibilita que a empresa verifique se os dados coletados são realmente os necessários para cada finalidade. 

Muitas empresas coletam dados que não necessários para o fim a que se destinam. Um exemplo muito comum são as fichas para entrevistas de vagas de empregos que exigem uma série de informações do funcionário que não são absolutamente necessárias naquele momento. Para a contratação, a empresa precisa aferir se o candidato possui as qualidades e características que a vaga exige e não o número do CPF, título de eleitor, filiação, RG etc.

Fazer esta aferição entre os dados coletados e a finalidade a que se destinam, justificando-os na base legal adequada, é medida essencial para atender as regras da LGPD e mitigar os riscos da potencialidade lesivas de eventuais incidentes. 

Como exposto acima, a regulamentação do tratamento de dados pessoais é recente em nosso país. Apesar disso, as decisões acima já comprovam que a temática merece atenção redobrada e cautela por parte das empresas. 

A adequação à LGPD demanda a organização bem estruturada de um projeto firmado no propósito de incorporar a cultura da privacidade e da proteção de dados nas rotinas empresariais, sendo muito mais do que o cumprimento de obrigação legal, mas um diferencial cada vez mais exigido pelo mercado justamente em razão dos riscos inerentes ao tratamento de dados pessoais.

 

 

Juliana Callado Gonçales - sócia do Silveira Advogados e especialista em Direito Tributário e em Proteção de Dados (www.silveiralaw.com.br)

 

Ironhack dá cinco dicas para adaptação ao ensino remoto

Escola global de tecnologia e programação realizou 40 bootcamps e ensinou mais de dois mil alunos remotamente ao longo de 2020

 

Com a pandemia do Covid-19, a rotina da população mudou drasticamente e, de repente, reuniões familiares, encontros com amigos e conversas de trabalho passaram a acontecer por meio de uma tela. O mesmo aconteceu com a educação, que foi um dos setores mais afetados com o isolamento social. Para continuar com o funcionamento, as escolas tiveram que adotar o ensino online e se adaptar à nova realidade.

 

No ano passado, a escola global de tecnologia e programação, Ironhack, realizou mais de 40 bootcamps e ensinou mais de dois mil alunos remotamente. Do ponto de vista da gestão escolar, as atividades online devem seguir por muito tempo como uma alternativa para facilitar o aprendizado. Para vencer os desafios desse novo modelo de estudo, a escola compartilhou algumas dicas:


 

1. Planejamento é chave

 

Estipular um horário e identificar de forma clara quais são os objetivos diários, ajuda a manter o foco e a motivação ao longo do dia. É importante reservar um tempo para praticar e repassar os conhecimentos adquiridos nas aulas e também para adiantar os projetos de grupo. O ideal é equilibrar o tempo de trabalho sozinho e em equipe.

 

Também é preciso planejar o tempo de descanso. Às vezes, quando trabalhamos remotamente, as horas passam voando e podemos perder a noção do tempo. É preciso desconectar, mudar sua postura e se mover um pouco. Além disso, é recomendado não ligar o computador ou o celular logo ao acordar, afinal, boa parte do seu dia já vai ser em frente às telas e é fácil ficar saturado.


 

2) Ambiente adequado

 

O ambiente de estudo tem um grande impacto no nível de concentração. Por isso, tente escolher um lugar fixo para ser a sala de aula. O ideal é que seja com bastante luz e silêncio, onde você possa se isolar.

 

Caso seja necessário o contato com outras pessoas, é essencial organizar sessões de trabalho em conjunto com colegas, inclusive para tarefas individuais. Manter a motivação é uma das grandes dificuldades no estudo à distância.


 

3) Nível de concentração

 

Não existe uma fórmula mágica que funcione para todo mundo, mas há métodos que ajudam o estudo a ser mais eficaz. Uma técnica muito popular é a chamada “Pomodoro”, funciona assim: para cada 25 minutos de concentração, é necessário calcular intervalos de descanso de 5 a 10 minutos. O Google Chrome tem algumas extensões que podem te ajudar nesta missão, como o de mesmo nome, Pomodoro.

 

Algumas playlists no Spotify também podem ajudar a se concentrar e a descobrir novos artistas ao mesmo tempo. Além disso, existem aplicativos que bloqueiam alguns sites e te obrigam a ter mais disciplina, como, por exemplo, o Stay Focused, Dayboard: New Tab & Site blocker e Momentum.


 

4) Ferramentas colaborativas

 

Manter os materiais de forma organizada na nuvem é essencial para acesso rápido e para que os trabalhos em grupo sejam mais colaborativos. Também é importante combinar horários com colegas para trocar ideias em tempo real, já que é uma maneira de simular as interações que aconteceriam em sala de aula. Dependendo da área de atuação, vale a pena investigar mais sobre ferramentas colaborativas com aplicações mais específicas. Entre as nossas queridinhas, se destacam: Notion, Trello, Miro e ferramentas em nuvem do Google Workspace, como Drive, Sheets, Docs e demais aplicativos.


 

5) Pedir ajuda quando precisar

 

Uma das vantagens que a formação online com aulas ao vivo trouxe é o fato de que grande parte dos alunos têm ainda mais autonomia, assumindo a responsabilidade pelo aprendizado. Isso pode funcionar a seu favor, fazendo com que primeiro você tente descobrir as coisas por conta própria, antes de começar a fazer perguntas.  Além disso,  as aulas remotas evitam distrações e comparações desnecessárias.

Existem pontos positivos neste novo contexto, porém, é muito importante não se perder ou se desconectar. Sempre que surgirem dúvidas que impossibilitem o progresso, é essencial compartilhar.

 

Vale lembrar que respeitar os horários de aula é essencial e organizar grupos de estudos com colegas e professores disponíveis é tão importante quanto a presença nas aulas oficiais. O ideal é preparar algumas perguntas antecipadamente e sinalizar os caminhos já percorridos anteriormente para um melhor aproveitamento do tempo conjunto.

 

Por fim, mas não menos importante, a situação que vivemos pede mais comunicação do que nunca. Nossa experiência provou que o sentimento de pertencimento e comunidade nos ajuda a lidar com eventuais frustrações técnicas e manter a resiliência necessária para cruzar a linha de chegada com energia e motivação. A responsabilidade é individual, mas o aprendizado é colaborativo!

 

 


Ironhack

https://www.ironhack.com/br


Médicos do tráfego alertam para o aumento dos sinistros decorrentes do uso do celular ao volante

 

Digitar uma mensagem de texto enquanto conduz um veículo à 80 km/h equivale a dirigir com os olhos vendados por um percurso de até 100 metros. Esta é uma das conclusões da diretriz "Riscos do uso do telefone celular na condução de veículos automotores", lançado neste mês pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet). O documento, inédito no Brasil, traz um panorama atualizado sobre a chamada Falha de Atenção ao Conduzir (FAC), qualificação técnica para o desvio da atenção do motorista que, entre outros fatores, inclui o uso do telefone.

Atualmente o Brasil acumula uma frota superior a 100 milhões de veículos e mais de 238,5 milhões de aparelhos de telefone celular ativos. "Os graves riscos da combinação desses dois equipamentos ganharam relevância para as ações de preservação da vida no trânsito e acenderam um sinal de alerta na Abramet", destaca Flavio Emir Adura, diretor científico da Abramet, responsável por liderar o grupo de especialistas que estudou o assunto.

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"Celular e direção não combinam de jeito nenhum e esses sinistros podem, e devem, ser evitados. É preciso maior conscientização do condutor sobre isso, ter clareza de que ao usar o telefone enquanto dirige está colocando sua vida e dos demais usuários do trânsito em alto risco", acrescenta. De acordo com o estudo, digitar uma mensagem de texto enquanto dirige desvia a atenção do motorista por um percurso das dimensões de um campo de futebol oficial.

"O ato de digitar uma mensagem de texto, faz com que o veículo seja conduzido por diversos metros sem o olhar atento do condutor que chega a ficar, em média, 4,5 segundos sem prestar atenção na via e, dependendo da velocidade, poderá percorrer até 100 metros absolutamente desatento, tempo e distâncias suficientes para atropelar pedestres, ciclistas e colidir com outros veículos", pontuam os especialistas.

Preparada com o objetivo de avaliar os riscos da condução veicular falando ou escrevendo ao celular e para propor medidas que reduzam os sinistros de trânsito provocados pela utilização simultânea desses dispositivos, a diretriz destinada ao médico do tráfego compila dados e conclusões de estudos nacionais e internacionais que interessam a toda a comunidade médica, ao poder público e à sociedade em geral.


EVIDÊNCIAS - "Estamos focados na produção científica, para atualizar procedimentos e fortalecer as ferramentas à disposição do médico especialista, bem como no compromisso de buscar evidências científicas que possam servir de base para o ordenamento legal brasileiro", comenta Antonio Meira Júnior, presidente da Abramet.

Pesquisas mapeadas na diretriz da entidade indicam que cerca de um terço dos motoristas dirigem distraídos, interagindo com os outros ocupantes do veículo, conversando no telefone celular ou enviando mensagens de texto, entre outros fatores de desatenção. "O telefone celular é o responsável por quase 50% das atividades que resultam em Falha de Atenção ao Conduzir", quantifica a diretriz.

Os especialistas citam, como exemplo, pesquisa que investigou cerca de 34,4 mil sinistros de trânsito fatais nos Estados Unidos e concluiu que 444 envolveram falhas de atenção devida à conversação ou manuseio de telefones celulares. "As principais faixas etárias que se distraem ao volante usando o telefone celular são 20-29 anos (35%), 30-39 anos (22%) e 40-49 anos (15%). As mulheres, em comparação com os homens, ao dirigirem distraídas são mais propensas a se envolver em sinistros de trânsito", descrevem.

O uso do celular ao volante provoca ainda distúrbios operacionais, com impacto sobre a mobilidade e o campo visual do motorista, assim como psicológicos e cognitivos com impacto significativo sobre a condução veicular. "Motoristas, distraídos pelas conversas telefônicas reagem de forma insegura, reduzem a velocidade inesperadamente, têm dificuldade em manter o posicionamento na via, com tempo de reação para frenagem aumentado", exemplificam os médicos do tráfego.

Eles explicam, ainda, que uma conversa no telefone celular mantém atividade mental direcionada à chamada mesmo após o término da ligação, permanecendo o risco de sinistro de trânsito em média de três segundos após o envio de uma mensagem de texto. "Se o veículo estiver em velocidade média de 100km/h, percorrerá mais de 90 metros sob o efeito pós chamada", acrescenta.


RECOMENDAÇÕES - A diretriz preparada pela Abramet sinaliza medidas a serem adotadas pelos médicos, autoridades e sociedade geral para reverter esse cenário e estimular uma nova conduta por parte dos motoristas e motociclistas. Entre elas está a adoção de iniciativas educacionais combinadas com medidas de conscientização, pois resultam em declínio do número de motoristas que enviam mensagens de texto.

Além disso, propõem medidas de incentivo à criação de novos aplicativos e configurações do smartphone, como "Modo Driver", semelhante à "Modo Avião", tentando restringir o uso do telefone celular enquanto o veículo está em movimento. Também orientam os condutores a bloquearem o uso do celular ao dirigir, medida simples e eficaz na redução da frequência de ligação e envio de mensagens.

De acordo com a diretriz, não há nada que se possa fazer para diminuir o efeito perturbador que uma simples conversa telefônica exerce sobre os efeitos perceptivos do motorista. Por isso, afirmam que, nem mesmo os sistemas integrados de comunicação como viva-voz, bluetooth, microfones e alto-falantes, embora possibilitem aos motoristas manter as duas mãos no volante, não são substancialmente mais seguros, "uma vez que uso do celular na direção traz substancial risco ao desempenho seguro do condutor, independente do modo da sua utilização".


O futuro financeiro já começou

O sistema bancário brasileiro vem se modernizando passo a passo. Em novembro de 2020, o Banco Central (Bacen) lançou o Pix, forma de pagamento instantâneo, sem a cobrança de taxa por transferência, que recentemente movimentou R$ 31,3 bilhões em um único dia. No mês de junho, essa modalidade atingiu o total de 626 milhões de operações realizadas, o que representa um crescimento de 1.767,9% desde seu lançamento, de acordo com o Bacen.

Para dar continuidade ao processo de inclusão financeira, aumento da competição e digitalização, um novo conceito será implementado pelas instituições financeiras: o Open Banking. Nele, o usuário é incentivado a compartilhar seus dados, mediante prévio consentimento, com o intuito de obter ofertas de serviços e produtos pelos bancos ou fintechs de forma mais atrativa e personalizada. As instituições, por sua vez, poderão utilizar tais dados para trabalhar a fidelização de seus clientes através da oferta de crédito mais inteligente, melhor experiência, gestão consolidada da vida financeira do correntista, entre outros.

Para que isso ocorra de maneira segura, o Banco Central estipulou regras de como essa troca de informações deve funcionar. O compartilhamento de dados daqueles que possuem conta bancária e relacionamento com o sistema financeiro deve seguir uma série de diretrizes, e há uma regra principal: ele só pode ser feito com o consentimento do consumidor.

Além de respeitar a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), entre as normas estabelecidas pelo Bacen, estão a indicação de quais informações podem ser compartilhadas, para qual finalidade e por quanto tempo. Há uma regulamentação extensa definindo um conjunto de regras e padrões, a qual todas as instituições precisam seguir se quiserem aderir ao Open Banking.

A vantagem para os bancos e fintechs é que essa iniciativa torna possível conhecer ainda mais o seu cliente e/ou prospect, baseado no histórico de relacionamento com outras instituições, resgatando informações estratégicas, como hábito de contratar algum tipo seguro, solicitar crédito de longo prazo, consumir limites de cartões, pagamentos recorrentes, etc. Investir em algoritmos e inteligencia artificial, de forma que seja possível interpretar tais informações e oferecer bons produtos e serviços, de acordo com o perfil do cliente, passa a ser um componente fundamental para qualquer instituição permanecer relevante no mercado.  

Os resultados e previsões do que esta mudança  pode acarretar ainda são incertos, no Reino Unido, país em que o Open Banking já está mais maduro, é possível observar os primeiros frutos de um sistema mais aberto e inclusivo, porém os resultados ainda são tímidos. No Brasil, país bastante aberto à inovações e com uma população não bancarizada imensa, há uma tendência de adoção e revolução no mercado muito maior, gerando oportunidades que vão além do Open Banking. Este movimento confirma uma tendência do Bacen de rumar para uma economia aberta, modelo que permitirá o compartilhamento de dados que vão além da vida financeira, consentindo às organizações o acesso a um contexto geral do consumidor, abrindo a possibilidade de maior assertividade nas ofertas das mais variadas áreas, como seguros, mobilidade, saúde, etc. O futuro está cada vez mais próximo, e será construído à base de inteligência de dados.

 


Flávio Gaspar - head de Produtos da Topaz, empresa do Grupo Stefanini.


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