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sexta-feira, 9 de julho de 2021

ESTIMULANDO O YOGA PARA CRIANÇAS, DENTRO DA HISTÓRIA LANÇA O TÍTULO "UMA VIAGEM PELA NATUREZA INTERIOR"

 Estimulando de forma lúdica o movimento e o conhecimento das crianças em relação ao próprio corpo, a plataforma de livros infantis personalizáveis lança livro mostrando os benefícios que a yoga oferece para todos - inclusive para os pequenos!


Yoga, atividade responsável por unir o corpo e a mente através de movimentos que levam ao equilíbrio e conhecimento interior. O Yoga é capaz de agir em cada cantinho do corpo humano, trazendo benefícios como flexibilidade, harmonização das emoções por meio da respiração, diminuição do estresse e ansiedade, melhora na qualidade do sono e muito mais.

Mas se engana quem pensa que essa é uma atividade benéfica apenas para os adultos, afinal, o autoconhecimento começa desde cedo! Por isso, a Dentro da História está lançando o livro "Uma Viagem pela Natureza Interior" para que os pequenos aprendam a explorar novas possibilidades com o corpo através da leitura e descobrir coisas incríveis. O livro entra para a coleção Originais da Dentro, que já conta com outros 23 títulos autorais.

Indicado para crianças de 3 a 12 anos, a narrativa proporciona diversos aprendizados. Confira os que mais se destacam de acordo com as faixas etárias:


De 3 a 5 anos

• Por meio de brincadeiras lúdicas inspiradas nos animais, oferece a experimentação das posições do Yoga

• Permite a descoberta do espaço por meio de movimentos, deslocamento e interação

• Incentiva o autocuidado e uma imagem positiva sobre si


De 6 a 8 anos

• Explora o potencial do corpo e da mente

• Desenvolve a autonomia corporal e autoconsciência

• Promove uma reflexão sobre a integração com a natureza


De 9 a 12 anos

• Estímulo do bem-estar físico e mental

 

Assim como os outros títulos da Dentro da História, as crianças podem vivenciar uma verdadeira aventura em busca do autoconhecimento no livro "Uma Viagem pela Natureza Interior". Para isso, as famílias deverão criar um avatar personalizado de acordo com suas características físicas, como altura, tom de pele, cabelo, olhos, roupinhas e sapatos. Basta acessar a plataforma , selecionar o título e iniciar a personalização. A novidade está disponível no site.


Meu bebê não come e a culpa pode ser minha!

As descobertas do período nem sempre agradam o bebê, porém, algumas técnicas podem ajudá-lo a enxergar essa fase de uma maneira muito mais leve para toda a família.


Trazer ao mundo uma vida é sem dúvida um dos feitos mais tocantes de dois seres humanos. Além de todas as emoções, grandes responsabilidades passam a fazer parte da rotina dos pais com a chegada do novo membro. Não importa se é o primeiro ou terceiro filho, cada um tem  sua personalidade com hábitos e gostos diferentes.

Além de prover uma vida estável, é necessário aprender a lidar com os desafios de prepara-los para a vida. Tudo é novo e pode assustar muitos pais como  amamentação, desempenho motor e cognitivo, educação, entre outros, inclusive a introdução alimentar.

Participar da introdução alimentar do bebê requer dedicação, atenção, cuidados e a reprogramar muitas crenças adquiridas ao longo da vida para garantir um bom desenvolvimento dele. De acordo com a Dra. Carla Deliberato, dedicada ao estudo e tratamento de crianças com problemas de recusa e seletividade alimentar, comer é um ato aprendido, ou seja, a criança será um reflexo do que ela vivencia diariamente nos hábitos alimentares da família. Sendo assim, a Introdução Alimentar existe justamente para que os bebês aprendam a comer.

O primeiro passo é criar a consciência de que crianças são apenas crianças, estão aprendendo, portanto, mantenha a paciência com a bagunça, sujeira ou até mesmo acidentes que podem acontecer durante a refeição. Associar o momento da refeição a situações de estresse podem prejudicar e criar crenças ruins que o bebê leva para toda sua vida.

Outro ponto importante é saber que cada ser é único, então a experiência de um nem sempre vai ser igual a do outro e que a introdução alimentar pode demorar alguns meses para engrenar. “Durante a transição é fundamental que até o primeiro ano de vida do bebê os pais associem o leite materno ou a fórmula na rotina alimentar do bebê, pois isso vai garantir que eles absorvam todos os nutrientes necessários para seu bom desenvolvimento. Os pais só não podem desistir de introduzir o alimento por conta da resistência do bebê diante disso”– comenta Carla.

Outra estratégia muito eficiente é comer o mesmo alimento que a criança, pois isso cria uma relação de confiança. Respeite o tempo do bebê, não o apresse ou mantenha ele mais tempo do que o necessário à mesa, deixe que ele coma o que quiser e quanto quiser. É um período de descobertas, certo? E o principal, estabelecer de forma harmoniosa uma rotina nos horários das refeições sem distrações.  

Por fim, é importante ressaltar que caso a criança esteja com muita dificuldade para se alimentar, uma avaliação especializada é a melhor opção.

 


Dra. Carla Deliberato (CRFa 2-13919 )

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O que é o negacionismo na visão da ciência

Negacionismo e dopamina: Neurocientista Fabiano de Abreu revela como o sentimento “da moda” é explicado por uma mudança nas funções cognitivas e vicia as pessoas em busca de autoafirmação.


Divulgação 


 
A palavra “negacionismo” está na boca do povo. Amplamente comentada, a expressão tem sido usada para destacar a posição de algumas pessoas a respeito da pandemia que o mundo vive há pouco mais de um ano. Mas, qual é o real sentido do vocábulo para a ciência?

 

Se por um lado a expressão está cada vez mais empregada pelas pessoas, por outro é importante compreender como ela se aplica no corpo humano e seus efeitos, revela o PhD, neurocientista, neuropsicólogo e biólogo Fabiano de Abreu: “O negacionismo libera a dopamina, o hormônio da recompensa. Quando a pessoa defende aquele argumento, ela quer demonstrar a todo custo que possui razão, e por isso quando ela é liberada pelo cérebro, a pessoa passa a ter sensações de felicidade, alegria e bem estar. Além do desejo de defender seu argumento, ela também passa a se nutrir daquele sentimento positivo”. 

É o que explica, por exemplo, a atitude de alguns negacionistas na internet: “Quando elas estão em baixa, precisam encontrar métodos para levantar sua moral e esse meio virtual é deles. Afinal, ao atacar os outros e buscar, ainda que de forma negativa, uma maneira de sobressair e colocar o seu nome em evidência”. 

E o negacionismo, nesses casos, está plenamente ligado à necessidade de ser visto, observa Abreu: “Quando você nega algo e expõe isso, você está também diante de um caso de narcisismo. A dopamina nesses casos acaba sendo liberada, pois você quer provar ter razão naquele argumento. E esse hormônio é viciante, daí você terá necessidade cada vez maior de nutrir dele. Ao defender seu argumento na internet, você coloca para todos seu lado narcisista. E, enquanto isso a dopamina liberada vai te ajudar a sair das situações negativas que você estava vivendo”, completa.


O que significa qualidade de vida para um paciente oncológico?

O tratamento humanizado faz parte dos processos para melhorar a qualidade de vida e vai muito além de um bom atendimento clínico

 

 

“O paciente não é só a doença que ele tem”. De forma bem resumida, a radio-oncologista Bruna Bonaccorsi, diretora clínica do Instituto de Radioterapia São Francisco, explica que o olhar do médico para o paciente precisa ir muito além da doença que ele apresenta. Segundo a médica, no caso da oncologia, os pacientes precisam de um acolhimento muito mais intenso, que envolve ações para melhorar não apenas a saúde, como também a qualidade de vida.


Entende-se por qualidade de vida um conjunto de fatores que inclui saúde física e mental; nível de independência para fazer tarefas cotidianas e características ambientais e sociais. “Saber se o paciente está conseguindo fazer tarefas cotidianas é uma questão simples que, para ele, significa tudo”, diz a médica. “O atendimento humanizado não se refere somente a ser bom. Olhar no olho, tocar e ouvir o paciente é o mínimo!”, exclama.


Diversos estudos já demonstraram que pacientes com maior suporte familiar apresentaram melhor qualidade de vida que os demais. “O paciente precisa sentir que a outra pessoa está pensando nele, fazendo de tudo para deixá-lo confortável, percebendo o que o afeta, resolvendo o problema”, comenta Bruna.


Segundo a médica, além do suporte familiar, algumas atitudes mínimas do médico durante o atendimento podem auxiliar o paciente de forma importante. “Além das perguntas de praxe, eu tenho sempre o costume de perguntar o que o está incomodando. Às vezes, a resposta é algo completamente diferente do que eu esperava”, afirma.


 

Estudos de alternativas para melhorar qualidade de vida


Um artigo publicado pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica levantou três efeitos colaterais do tratamento oncológico que afetam a qualidade de vida do paciente: fadiga, perda de peso e neuropatia periférica causada por alguns quimioterápicos. “É importante identificar esses sintomas pois a ação do médico para melhorá-los irá afetar a vida do paciente de forma positiva”, diz Bruna.


A fadiga será relatada por até 65% dos pacientes em algum momento do tratamento, até mesmo algum tempo depois. Entre as causas, estão alterações no metabolismo muscular e distúrbio do ritmo circadiano. Especialistas estudam o uso de soluções farmacológicas e não farmacológicas para esse sintoma, algumas diretrizes apontam o exercício físico moderado como alternativa, por exemplo.


Outro efeito é a perda de peso, que afeta não só a qualidade de vida como também os efeitos do tratamento e pode trazer risco de complicações. Nesse caso, os cuidados com a nutrição dos pacientes precisam estar relacionados à identificação precoce dos pacientes em risco. “Às vezes se faz necessário ser enfático em relação ao uso de sondas para a alimentação, por exemplo, mas o paciente tem a palavra final, e não podemos obrigá-lo a isso”, diz a médica. “Alguns insistem até o final em não colocar sonda, e isso só prejudica o desfecho do tratamento e, em algumas vezes, até a relação médico-paciente”, comenta. É necessário também atenção ao diagnóstico cuidadoso de deficiências relevantes, realizado por especialistas; e aos cuidados individualizados.


Já a neuropatia periférica é um dos problemas mais comuns em pacientes que recebem quimioterapia. Os sintomas podem incluir dor, formigamento, dormência e aumento da sensibilidade à temperatura. Segundo o artigo, vários estudos avaliaram a acupuntura como uma opção não farmacológica, mas ainda não há evidências científicas do benefício.


“A atenção à qualidade de vida significa, além do atendimento, a indicação de medicação, a indicação de métodos alternativos, como o exercício físico e acupuntura citados, mas também o acompanhamento após o tratamento. E, às vezes, apenas respeitar a vontade do paciente”, conclui Bruna Bonaccorsi.


 

IRS

Longa jornada do paciente com DPOC reflete em 50% sendo diagnosticado no estágio moderado da doença

 A doença é uma condição progressiva, que pode ser prevenida e tratada, mas não curada, por isso, ampliar as opções de tratamento da doença é um dos desafios para pacientes com DPOC

 

Um adulto com vida normal, começa a sentir falta de ar, tosse crônica e, da noite para o dia, a sensação de limitação para realizar atividades rotineiras se torna comum. Estes podem ser os sintomas da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) também conhecida como enfisema ou bronquite crônica. A doença é uma condição progressiva que limita o fluxo de ar nos pulmões causando desconforto, limitação ao exercício e às atividades do dia a dia iv vii viii . A DPOC mata, infelizmente, quatro brasileiros por hora, 96 por dia e 40 mil todos os anos .

A doença é uma condição progressiva que limita o fluxo de ar nos pulmões. A jornada do paciente até o diagnóstico correto é longa e, e 50% deles já estão em um estágio avançado da doença quando são diagnosticados . O percentual de subdiagnóstico em indivíduos com fatores de risco atendidos na atenção primária ainda é muito elevado (71,4%).

"Para auxiliar os pacientes que já estão com o diagnóstico de DPOC, a ampliação do arsenal terapêutico para a doença, a cessação tabágica, a reabilitação pulmonar e o tratamento adequado considerando molécula e dispositivo como recomendado pelas diretrizes vii viii diminuem as taxas de exacerbação (crises respiratórias onde a falta de ar piora subitamente) e reduzem internações hospitalares - (ainda mais em tempos de pandemia) - e a mortalidade, especialmente em pacientes entre 50 a 70 anos de idade" explica o pneumologista, Dr. Jose Eduardo Delfini Cançado.

O tratamento ajuda a retardar a progressão da doença vii viii. Por causa da exposição a fumaças orgânicas (ex. queima de lenha) ou devido ao início precoce do hábito de fumar, uma série de casos de DPOC são diagnosticados em pessoas entre 40 e 50 anos de idade levando a uma perda acelerada da capacidade pulmonar e ocasionando alto custo socioeconômico e redução da qualidade e da expectativa de vida i.

Uma das principais metas no tratamento da DPOC é aumentar a qualidade de vida do paciente e mantê-lo ativo independentemente da gravidade da doença i ii iii. Por isso a importância do diagnóstico acurado e do tratamento precoce para retardar a progressão da doença, reduzir os riscos de exacerbação e, desta forma, mudar definitivamente o cenário da DPOC no Brasil e no mundoii iii vii viii.

 


Boehringer Ingelheim

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Pediatra explica a diferença entre gripe e resfriado

Freepik
Os nomes se confundem no ditado popular mas os conceitos são bem diferentes um do outro

 

A cada inverno que inicia os pais ficam receosos e com dúvidas: será que meu filho está com gripe ou apenas um leve resfriado? Os dois são processos inflamatórios e atingem as vias aéreas superiores, ou seja, nariz e garganta.

Os sintomas são parecidos. Até pouco tempo atrás, o termo gripe era usado para qualquer resfriado comum pela população em geral. No entanto, desde o surgimento da gripe H1N1 e mais recentemente com o coronavírus, essa diferença passou a ficar um pouco mais clara. A gripe tem sintomas mais fortes, dores de cabeça e apresenta um quadro viral mais importante, segundo o médico pediatra e associado da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), José Paulo Ferreira.

“Resfriados e viroses em geral acontecem. A criança fica uns dois ou três dias com o nariz um pouco trancado, se alimenta geralmente de forma mais irregular e depois passa. Casos mais leves em grande parte dos casos não é preciso um tratamento medicamentoso. Soro fisiológico no nariz é importante somado a hidratação e uma alimentação balanceada já ajudam”, explica.

Seja pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou pelo sistema privado, a vacina contra gripe é fortemente indicada para todas as crianças.

“Independentemente da idade é importante a criança se vacinar”, acrescenta José Paulo.

 


Marcelo Matusiak


A vacina, a falsa sensação de segurança e a realidade das UTIs

A vacinação da Covid-19 avança no mundo, a morte de idosos diminui e aumenta a sensação de que o pior da pandemia já passou. Seja pela exaustão da população que se manteve até agora isolada, pela necessidade de sair para trabalhar ou por acreditar que nas pessoas mais jovens o vírus é menos agressivo. O fato é que os cuidados e, principalmente, o isolamento diminuíram. Mas, por mais desanimador que seja, ainda temos algum tempo até podermos afrouxar de vez o distanciamento, o uso de máscaras e de álcool em gel. 

Muitos pensam que, pelos avós ou pais já estarem imunizados com as duas doses da vacinas, não tem problema o almoço de domingo com a família toda reunida, o filho adolescente ir na festinha do amigo e até mesmo tomar uma cervejinha enquanto curte o jogo do time do coração com a turma. Mas, infelizmente, não é isso que observamos nos hospitais. Os leitos das UTIs continuam lotados. O que mudou foi o perfil dos pacientes, mas a expressão de pavor diante do agravamento da doença e do medo de morrer é a mesma. 

Agora os pacientes são mais jovens. Nós nos enxergamos cada vez mais neles, que estão com os filhos pequenos em casa e a família em prantos. O corpo mais sadio, muitas vezes sem nenhuma comorbidade, luta com um vírus cada vez mais agressivo, que algumas vezes deixa cada um de nós, os profissionais da saúde, com a impressão que ainda não aprendemos a lidar com as facetas do coronavírus no organismo e suas complicações. Mesmo que nós tenhamos aprendido e lutado muito, o comportamento sem responsabilidade de alguns faz com que o vírus seja mais rápido e nos surpreenda sempre. E o tempo de internação acaba sendo ainda maior. Vemos pacientes que ficam semanas e mais semanas em um leito de hospital. 

Nesses 15 meses de pandemia, é difícil o profissional de saúde que ainda não tenha escutado a súplica pela promessa de melhora, da possibilidade de passar o próximo dia dos pais junto do seu filho, Natal com a família ou simplesmente para sair da intubação com vida. Nunca foi tão desafiador e exaustivo trabalhar em uma unidade de terapia intensiva. 

Os casos são cada vez mais graves e complexos. Muitas vezes os pulmões parecem pedras, devido à rigidez causada pela quantidade de fibroses. O momento certo para a extubação é uma incógnita. Cada vez mais recorremos a tratamentos extremos, que consideramos a última chance de respiro de um paciente, quando nos deparamos com o triste “é tudo ou nada”. 

E tudo na Covid-19 é muito difícil. Não ter a liberdade de ir e vir para cumprir a rotina diária é desgastante. Não poder encontrar os amigos é complicado. Trabalhar na saúde está pesado. Lembre-se disso, mesmo no momento de tomar um café com o colega que está de máscara diariamente trabalhando com você. Muitas vezes é nesses minutos que acontece o contágio. 

É desafiador, mas precisamos ter um pouco mais de paciência. Porque, se por um lado, o número de atestados de óbitos que assinamos nos hospitais aumentou, por outro, continuamos presenciando os casos de superação da doença, de milagres que assistimos todos os dias. Essa pandemia vai acabar, mas, para isso, cada um precisa assumir a sua responsabilidade e fazer a sua parte.

 


Jarbas da Silva Motta Junior - médico intensivista e coordenador da UTI Covid do Hospital Marcelino Champagnat

 

Médico aponta prós e contras dos implantes hormonais no organismo


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Aldo Grisi aponta que o tratamento deve ser personalizado para cada necessidade


 

Ganhando cada vez mais destaque entre as mulheres, o implante hormonal surgiu na indústria como um contraceptivo, mas seus benefícios podem ser percebidos até mesmo na estética. Por conta disso, o dispositivo de uso subcutâneo também está sendo chamado de “chip da beleza”. 

 

“É uma via mais recente de administração. São pellets, isto é, palitos introduzidos embaixo da pele que vão liberando hormônios em pequenas dosagens. Mas seu diferencial é que o paciente tem uma liberação de medicação gradual, contínua e prolongada”, aponta o médico Aldo Grisi.

 

O implante pode ser usado por homens e mulheres, de qualquer idade, a depender da necessidade clínica e laboratorial de cada um. No entanto, geralmente é recomendado para tratamentos ginecológicos.

 

“Podem ser usados para distúrbios menstruais como cólicas, TPM, sangramentos intensos e irregulares, miomas uterinos, endometriose. Além disso, com um controle da modulação dos hormônios, proporciona aumento de libido, com melhora do ressecamento vaginal, principalmente em mulheres pós-menopausa”, explica o profissional. Outros benefícios ligados à queima de gordura corporal também levaram a uma maior procura do implante nos últimos meses, segundo Aldo;

 

“De fato, o chip promove aumento de massa muscular, controle do peso, diminuição de celulite, mas o uso não pode ser apenas com foco na estética. Deve ser uma aplicação com responsabilidade”, afirma. Além disso, o chip pode trazer alguns efeitos colaterais.

 

“Como toda e qualquer medicação, os efeitos colaterais são reais. Mas estes efeitos não são do ‘implante hormonal’, e sim, de algumas substâncias e das doses que podem ser usadas”, destaca. “Ao usar altas doses de testosterona, por exemplo, pode haver acne, aumento de oleosidade, de pelo. Desta maneira, fazemos um tratamento personalizado, com doses específicas para reduzir o risco de essas reações surgirem.”

 

Segundo o profissional, os efeitos colaterais dependem do que será utilizado no implante e a dose aplicada. “Se não utilizarmos substâncias ‘androgênicas’ como testosterona, não haverá queda de cabelo. E caso haja alguns destes efeitos, temos mecanismos para revertê-los”, acrescenta.

 

O implante também apresenta algumas contraindicações. “Elas são relativas. Devemos observar se há sensibilidade à droga e sempre fazer avaliação médica. Mas existem alguns casos contraindicados, como pacientes que estão em tratamento oncológico. Históricos de trombose e câncer na família devem ser avaliados individualmente”, alerta.

 

“Cada indivíduo tem uma necessidade e um objetivo. Por isso, devemos individualizar cada tratamento para que tenhamos a maior chance de sucesso”, completa.


Dia da Saúde Ocular: 50% milhões de brasileiros sofrem com algum distúrbio da visão

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Especialistas alertam que exames preventivos tiveram queda na pandemia

 

Dez de julho é marcado pelo Dia da Saúde Ocular. A data é uma alerta sobre a prevenção  e o diagnóstico precoce de doenças oculares. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 60% dos distúrbios da visão são casos de cegueira e deficiência visual. Porém, diferente de 2019, por causa da pandemia, dados do DataSUS mostram que houve queda no número de atendimentos dos principais problemas de vista, que são: falta de óculos e catarata. 

 

Para se ter uma ideia do tamanho da queda, segundo o SUS, as prescrições de óculos tiveram uma redução de 61% entre janeiro e abril de 2021 em relação a 2019. Houve ainda queda de 49% na realização de cirurgias de catarata.

 

Na avaliação do oftalmologista do CBV - Hospital de Olhos Tiago Suzuki, o dado é preocupante, pois a catarata, por exemplo, pode levar à cegueira gradativamente. Por isso, é importante o acompanhamento médico. “O Brasil tem um dado preocupante em relação à catarata. Somos os primeiros no ranking de pacientes que perderam a visão por conta dessa patologia”, explica. 

 

Além disso, segundo o médico, a queda nos atendimentos é muito preocupante. “Com certeza muitas pessoas ficaram com medo de fazer o acompanhamento de rotina. Porém, é muito importante fazer todos os exames preventivos, pois dependendo da doença do paciente pode ser algo irreversível”, alerta o especialista. 

 

De acordo com Tiago, as principais doenças oculares são: conjuntivite aguda bacteriana, conjuntivite viral, conjuntivite crônica (tracoma), catarata e glaucoma. Além de consultar regularmente o oftalmologista,  o médico também lista algumas dicas para proteção dos olhos:  


·         Evitar coçar ou esfregar os olhos;


·         Remover a maquiagem antes de dormir. Sempre verificar a validade dos produtos; 


·         Não compartilhar maquiagem;


·         Verificar o nível de glicose para evitar problemas causados pela diabetes;


·         Pelo menos uma vez ao dia, é importante higienizar a área em volta dos olhos (pálpebras, cílios e cantos). Ao remover as impurezas, o paciente evita as coceiras, irritações e até conjuntivite.;


·         Usar óculos ou lentes quando prescritos;


·         Usar óculos escuros em locais com muita claridade; 


·         Piscar com frequência para lubrificar as córneas. Isso ajuda a prevenir a Síndrome da Visão de Computador. 


Dieta cardioprotetora: grande aliada na prevenção de doenças cardiovasculares

 

Dieta Cardioprotetora preconiza alimentos de fácil acesso e que protegem o coração
Reprodução/Banco de imagem

Alimentos de fácil acesso e tipicamente brasileiros são preconizados na dieta que tem como objetivo proteger o coração


Parece algo visionário imaginar que, com uma boa alimentação, a pessoa pode ter benefícios como proteger o próprio coração de doenças cardiovasculares. Muitas pessoas relatam que não se alimentam de forma adequada por não haver alimentos saudáveis acessíveis. No entanto, a Dieta Cardioprotetora foi criada para que a população brasileira tivesse uma alimentação saudável e, ao mesmo tempo, acessível ao bolso.

Muitos dos itens elaborados são encontrados com agricultores locais ou em feiras, pois são frutas e verduras da estação, alimentos in natura ou minimamente processados. Mas por que essa dieta protege o coração? A nutricionista clínica do Hospital Cardiológico Costantini, Lizandra Stelle de Oliveira, explica que isso acontece porque os alimentos indicados possuem nutrientes protetores como vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes. “Além de, claro, evitar a ingestão de alimentos que prejudicam a saúde do coração, como alimentos que contenham gordura saturada, colesterol e sódio”, esclarece.

São diversos benefícios que compõem a dieta, desde a prevenção de doenças que afetam o coração, até mesmo a diminuição da circunferência abdominal, controle do peso e redução de fatores de risco como a hiperglicemia, dislipidemias e aumento da pressão arterial.

A Dieta Cardioprotetora foi idealizada a partir de recomendações das diretrizes brasileiras, por meio do Ministério da Saúde. Os alimentos são separados por três grupos: verde, amarelo e azul, de acordo com a densidade dos nutrientes e o grau de processamento de cada alimento.

Os alimentos do grupo verde devem ser a base da alimentação diária e devem ser ingeridos em proporção maior em relação aos outros grupos. São eles: verduras, frutas, legumes, feijões, leite e iogurtes desnatados. Os alimentos do grupo amarelo devem ser consumidos de forma moderada. São eles: pães, cereais, macarrão, tubérculos cozidos, farinhas, castanhas e óleos vegetais. Já o grupo azul é composto pelos seguintes alimentos: carnes, queijos, ovos e manteiga – os quais devem ser consumidos em menor quantidade.

Além destes, também existe o grupo vermelho, que é composto por alimentos que devem ser evitados, pois são ultraprocessados, com baixa qualidade nutricional, alto

valor calórico, rico em gordura trans e elevada quantidade de sal. “São aqueles produtos prontos e congelados, embutidos, bolachas e salgadinhos de pacote, doces industrializados, macarrão e sopas instantâneos e refrigerantes”, exemplifica Lizandra.

 

ALIMENTOS PRECONIZADOS

A nutricionista do Hospital Cardiológico Costantini destaca a importância de se perceber a necessidade de mudar o hábito alimentar.  “Uma mudança saudável do seu hábito alimentar é aquela que vai fazer parte ao longo da vida. Avalie o seu padrão alimentar com as orientações de uma dieta saudável e estabeleça metas com mudanças gradativas”, aconselha a profissional.

No documento preparado pelo Ministério da Saúde (acesse aqui) são mencionados diversos produtos regionais.  Confira uma lista de alimentos preconizados na dieta cardioprotetora, que são acessíveis e fáceis de encontrar:


> Grupo Verde: Verduras (alface, repolho, couve, brócolis, espinafre, agrião); Frutas (banana, abacaxi, maçã, uva, limão, manga, morango, mexerica, laranja); Legumes (cenoura, tomate, chuchu, maxixe, abóbora, beterraba, abobrinha, berinjela); Leguminosas (feijão, soja, ervilha, lentilha); Leite e iogurtes sem gordura (desnatados ou semidesnatados).


> Grupo Amarelo: Pães (francês, caseiro, de cará, integral); Cereais (arroz branco e integral, aveia, granola, linhaça); Macarrão; Tubérculos cozidos (batata, mandioca, mandioquinha, inhame, cará); Farinhas (mandioca, tapioca, milho, rosca); Oleaginosas (castanha-do-Brasil/Pará, caju, nozes); Óleos vegetais (soja, milho, azeite); Mel, goiabada, geleia de frutas.


> Grupo Azul: Carnes (de boi, porco, frango e peixe); Queijos brancos e amarelos; Ovos; Manteiga; Doces caseiros.

 


Lizandra Stelle -  Nutricionista do Hospital Cardiológico Costantini, explica como funciona a Dieta Cardioprotetora


Tão importante quanto as vacinas são os cuidados com os efeitos dos imunizantes

Sinônimos de proteção e prevenção, as vacinas são grandes aliadas de pais que não abrem mão desse cuidado essencial e mantém atenção redobrada com o calendário vacinal.

 

No Brasil, o coronavírus impactou diretamente o cronograma de imunizações do Ministério da Saúde, que precisou alterar o cronograma nacional da campanha de vacinação contra a gripe, iniciada apenas em abril e com data prevista para se encerrar este mês. Produzida com fragmentos do vírus influenza dos tipos A e B, a vacina contra a gripe está disponível nos postos de saúde de todo o país, para grande parcela da população brasileira. Sempre vale lembrar que a vacina contra gripe estimula o sistema imunológico a produzir uma resposta de defesa contra diversas variantes do vírus da gripe, capazes de atacar e eliminar o vírus do organismo. "Essa proteção oferecida pelo imunizante ocorre geralmente a partir da segunda semana da aplicação, e pode durar de seis meses a um ano", explica a médica pediatra Ana Paula Beltran Moschione Castro, CRM 69748- SP.

Outra observação da especialista é sobre a segurança da vacina. "Trata-se de uma vacina bastante segura, inativada, feita de uma porção do vírus. A grande contraindicação da vacina contra a gripe é a presença de reações anteriores à vacina. A vacina contra a gripe possui ínfimas quantidades de proteína do ovo e pacientes com formas leves a graves de alergia a esta proteína podem receber a vacina, mas sempre sob observação. O imunizante, completa a médica, não pode ser administrada também em crianças menores de 6 meses, mas a partir desta idade a vacinação anual é recomendada.

A vacina atua provocando um estímulo para a produção dos anticorpos contra os agentes que atacam o sistema imunológico. "Essa atividade intensa dentro do nosso sistema pode causar uma série de reações logo após a aplicação. Dor no local da vacina, vermelhidão e até mesmo inchaço, além de febre, dor de cabeça, náusea, tosse e irritação nos olhos que costumam afetar os pacientes, mas podem desaparecer poucos dias depois. Basta adotar alguns cuidados especiais e ter em mãos aliados que contribuem para amenizar esses efeitos.

Outro fator relevante, salienta a médica, é o mito de que a vacina da gripe pode causar gripe. "Esta afirmação é falsa! Não existe a possibilidade de a criança ficar gripada devido à vacinação. O que podemos ver por vezes é o surgimento de resfriado, então, mesmo vacinada, a criança continua exposta aos inúmeros outros vírus, causadores de resfriados, que costumam apresentar quadros mais brandos", comenta.

Há algumas estratégias para minimizar possíveis eventos adversos da vacina. "Analgésicos e antitérmicos, à base da molécula ibuprofeno, também são aliados. Eles proporcionam o alívio rápido da dor leve e reduzem a alta temperatura provocada pela febre. Estamos falando da molécula mais estudada no mundo para dor e febre e que está listada pela Organização Mundial da Saúde, entre outros princípios ativos, inclusive, como medicamento para tratar não apenas esses sintomas, mas em casos de reação indesejadas das vacinas de Covid-19 nos adultos", conclui.


Variante Delta preocupa e recusa de vacinas pode aumentar disseminação do vírus no Brasil e no mundo

Desinformação e questões políticas atrasam o seguimento da vacinação nos EUA e dá sinais de preocupação também entre os brasileiros

 

A meta do governo americano era vacinar 70% da população até o dia 4 de julho e o não cumprimento gera ainda mais preocupação quando se vê o crescimento de casos pela variante Delta no país. Estimativa-se que ela seja a responsável pelo maior número de casos por lá e, no Brasil, os primeiros casos foram observados há cerca de 30 dias e já foram registradas duas mortes. Nesta semana, a variante indiana do Coronavírus foi identificada pela 1ª vez em um paciente da cidade de São Paulo.

 

Se nos EUA uma parte considerável da população ainda não escolheu se vacinar, seja por desinformação ou por questões políticas, no Brasil a disponibilidade de vacinas ainda é o principal problema, mas há também o medo que a descrença nos imunizantes prejudique a cifra mágica de 70% de vacinados, considerada necessária para se atingir a proteção da população. Para o pneumologista do HC-FMUSP e professor de pós-graduação da Sanar, Felipe Marques, esses pensamentos são arriscados e podem trazer consequências graves. “Não se vacinar ou ficar escolhendo vacina é uma decisão que afeta a todos, cada dia perdido é mais uma chance das variantes se fortalecerem e o Brasil não pode permitir que aconteça uma terceira onda”, explica o especialista.

 

Nas redes sociais e nas filas dos postos de vacinação, é comum ouvirmos relatos de pessoas que estão tentando “escolher a vacina” na hora de se imunizar. “É importante lembrar que todas as vacinas aplicadas aqui tem eficácia acima de 50%, que é o recomendado pela Organização Mundial de Saúde”, destaca o médico e professor. Sobre as pessoas que estão optando por não se vacinar esperando uma vacina que consideram “melhor”, a opinião do especialista é bem direta. “Adiar o recebimento da primeira dose significa se manter exposto, inclusive a variantes mais graves, sem nenhum tipo de proteção adicional, portanto é uma péssima escolha, além de não haver coerência científica ou racional”, finaliza.

 

Cidades tomam medidas contra “sommelier de vacina”

 

Diante dos casos cada vez mais comuns de negativas de vacina pelas pessoas, algumas prefeituras têm tomado medidas intensas. No twitter, o prefeito de Recife, João Campos, informou que quem se recusar a receber o imunizante será bloqueado. “Vacina boa é vacina no braço. Quem se recusar a receber o imunizante contra covid-19 no centro de vacinação terá o agendamento bloqueado por 60 dias. Cada pessoa vacinada ajuda a salvar muitas vidas. É inaceitável atrasar o processo coletivo por querer escolher marca”, explicou a autoridade municipal. Já em São Bernardo do Campo, na grande São Paulo, quem se recusa a tomar a vacina na tentativa de escolher uma farmacêutica, tem que assinar um termo de responsabilidade e é colocado automaticamente no fim da fila. A medida gerou ótimos resultados e o número de recusas caiu drasticamente, saindo de 222 para 20 por dia. Também no twitter, o prefeito Orlando Morando comentou a iniciativa: “Aqui em São Bernardo é assim: vacinar é um direito seu, ninguém faz nada obrigado. Mas também é um direito nosso te colocar no fim da fila, porque a vacina está disponível, você não vai tomar porque não quer. Escolher vacina nós não vamos permitir”.



Felipe Marques da Costa - Graduado pela Universidade Federal do Ceará, residência em Pneumologia pelo HC-FMUSP (2016), preceptor do serviço de pneumologia HC-FMUSP (2017), especialista em Terapia Intensiva HC-FMUSP (2018) e Doença Pulmonar Intersticial, Líder da equipe COPAN de pneumologia no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Coordenador da Pós-Graduação em Medicina.


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