Pesquisar no Blog

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Dia Nacional de Prevenção de Arritmias Cardíacas e Morte Súbita acontece hoje, mas condição ainda faz 320 mil vítimas por ano no Brasil¹

Data alerta sobre a importância da prevenção, acompanhamento médico e tratamento contínuo para evitar o grave desfecho de morte súbita

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a maior causa de óbitos no país são os desfechos negativos de doenças cardiovasculares², ocasionados pela falta de atenção e tratamento de condições como o colesterol LDL alto, hipertensão e arritmias cardíacas. Com o Dia Nacional de Prevenção de Arritmias Cardíacas e Morte Súbita, em 12 de novembro, fica cada vez mais evidente a necessidade de fortalecer a conscientização sobre a incidência e prevenção da doença, que afeta mais de 20 milhões de brasileiros e leva a aproximadamente 320 mil mortes súbitas por ano³.

As arritmias cardíacas são um conjunto de alterações que ocorrem na frequência e no ritmo dos batimentos do coração. "Essa coordenação é promovida por impulsos elétricos gerados no próprio coração, mas há situações em que os batimentos ocorrem de maneira irregular: batimentos muito rápidos, acima de 100 por minuto caracterizam a taquicardia, enquanto que muito lentos, abaixo de 60 por minuto, são considerados bradicardia", explica Dr. Jairo Lins Borges, professor da disciplina de Cardiologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e consultor científico da Libbs Farmacêutica. Há ainda um tipo de arritmia que é a mais comum na prática clínica, a fibrilação atrial. Ela tem apresentado incidência crescente, especialmente pelo aumento da expectativa de vida da população e da prevalência das doenças cardiovasculares 4. "Portanto, se a pessoa notar alguma irregularidade em seus batimentos cardíacos ou no pulso, é melhor agendar uma visita ao médico".

As arritmias afetam diversos perfis de pacientes e não é sempre que apresentam sintomas. Entretanto, quando ocorrem, podem ser diversos: sensação de fraqueza e cansaço, mal-estar, pressão baixa e tontura, dor no peito, palpitação, confusão mental e até mesmo desmaios ou síncopes 5. "Nos casos mais graves, pode ocorrer uma parada cardiorrespiratória fatal - é por esse motivo que os índices de morte súbita por arritmias cardíacas são tão altos", comenta Dr. Jairo. "Pessoas de idade mais avançada, com histórico de doenças cardíacas, que sofreram um infarto, têm pressão alta ou alterações na tireoide tem maior predisposição para a arritmia". 6

A boa notícia é que grande parte grande parte das arritmias pode ser prevenida, controlada e até mesmo revertida com simples mudanças nos hábitos de vida 7. "A qualidade de vida do paciente com arritmia cardíaca está diretamente relacionada ao seu estilo de vida e aos cuidados para o controle da doença. É necessário adotar hábitos saudáveis e evitar os fatores de risco para a condição". Segundo o médico, tais hábitos incluem: 8

• Alimentação balanceada;
• Não fumar;
• Não exagerar no consumo de bebidas alcoólicas e energéticos;
• Cuidar da saúde emocional, evitando o estresse excessivo;
• Praticar atividade física regularmente
• Ter horas de sono adequadas

"Também é importante prestar atenção aos sinais do coração, como irregularidades nos batimentos, e consultar um médico cardiologista pelo menos uma vez ao ano para realizar exames preventivos".

Além disso, a mudança no estilo de vida pode precisar ser acompanhada de tratamento medicamentoso, sempre de acordo com a recomendação médica. Para esse tratamento "existem medicamentos específicos que atuam na estabilização dos impulsos elétricos que comandam o ritmo cardíaco - e que são chamados de antiarrítmicos". Em alguns casos, pode ser necessário realizar ablação por cateter (procedimento que pode diminuir e até curar algumas formas de arritmia), implante de dispositivos como o marca-passo ou o desfibrilador, e até mesmo cirurgias9. "De qualquer maneira, é imprescindível que o paciente com arritmia seja acompanhado de perto por um especialista para avaliar a necessidade de tratamento ou o risco de recorrência da doença. Com o tratamento contínuo, é possível reduzir o risco de morte súbita e melhorar a qualidade de vida, além de, inclusive, proteger o coração", finaliza Dr. Jairo.

 


Libbs Farmacêutica


Referências
1. Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC). Campanha Coração na Batida Certa: Brasil em ação pela prevenção e tratamento das arritmias cardíacas e morte súbita. [internet]. [acesso em 27 out 2020]. Disponível em: https://sobrac.org/home/campanha-coracao-na-batida-certa-brasil-em-acao-pela-prevencao-e-tratamento-das-arritmias-cardiacas-e-morte-subia/
2. Ministérios da Saúde (BR). Saúde Brasil 2018. Uma análise da situação de saúde e das doenças e agravos crônicos: desafios e perspectivas. Brasília; 2019.
3. Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC). Campanha Coração na Batida Certa: Brasil em ação pela prevenção e tratamento das arritmias cardíacas e morte súbita. [internet]. [acesso em 27 out 2020]. Disponível em: https://sobrac.org/home/campanha-coracao-na-batida-certa-brasil-em-acao-pela-prevencao-e-tratamento-das-arritmias-cardiacas-e-morte-subia/
4. Chugh SS, Havmoeller R, Narayanan K, et al. Worldwide epidemiology of atrial fibrillation: a Global Burden of Disease 2010 Study. Circulation. 2014;129(8):837-47.
5. Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Arritmias cardíacas. [internet]. [acesso em 27 out 2020]. Disponível em: https://prevencao.cardiol.br/doencas/arritmia-cardiaca.asp.
6. Priori SG, Blomström-Lundqvist C, Mazzanti A, et al; ESC Scientific Document Group. 2015 ESC Guidelines for the management of patients with ventricular arrhythmias and the prevention of sudden cardiac death: The Task Force for the Management of Patients with Ventricular Arrhythmias and the Prevention of Sudden Cardiac Death of the European Society of Cardiology (ESC). Endorsed by: Association for European Paediatric and Congenital Cardiology (AEPC). Eur Heart J. 2015;36(41):2793-2867.
7. Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC).. Arritmias cardíacas: mitos e verdades. [internet]. [acesso em 27 out 2020]. Disponível em https://sobrac.org/home/arritmiascardiacas-mitos-e-verdades/.
8. Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC).. Arritmias cardíacas e morte súbita. [internet]. [acesso em 27 out 2020]. Disponível em: https://sobrac.org/home/arritmias-cardiacas-e-morte-subita/
9. Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC).. Perguntas e respostas sobre arritmias cardíacas. [internet]. [acesso em 27 out 2020]. Disponível em: www.sobrac.org/campanha/perguntas-e-respostas-sobre-arritmias-cardiacas/.


Dia Mundial do Diabetes: cuidados são necessários para manter a qualidade de vida e não desenvolver problemas na visão

 Após 20 anos convivendo com a doença, cerca de 19% dos pacientes desenvolverão o edema macular diabético[1]; para conscientizar a população sobre saúde da visão, Novartis expande campanha com André Marques e Lucinha Lins

 

A Federação Internacional de Diabetes (IDF) estima que 463 milhões de pessoas convivam com a doença no mundo[2], sendo 16 milhões de pessoas no Brasil[3]. O diabetes é uma das doenças crônicas que mais crescem, impondo desafios para a saúde pública. O número de adultos vivendo com a doença triplicou nos últimos 20 anos[2]. As consequências causadas pelo diabetes podem ser agudas e de curta-duração, como alto nível de glicose no sangue, ou crônicas e de longa duração como problemas cardiovasculares ou perda da visão[4,5]. Dado o cenário da doença, o dia 14 de novembro, Dia Mundial do Diabetes, é dedicado à conscientização sobre a importância de chegar a um diagnóstico rapidamente, e assim, iniciar tratamento e acompanhamento médico, incluindo visitas ao oftalmologista.

Por ser, muitas vezes, silenciosa, estima-se que 50% das pessoas com diabetes não sabem que têm a doença[6]. Com isso, o paciente não toma os cuidados necessários. "Quando não tratado corretamente, o diabetes pode causar diversos problemas. Na visão, o diabetes descontrolado pode levar ao desenvolvimento da retinopatia diabética e do edema macular diabético", explica Francyne Veiga Reis Cyrino, médica assistente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -USP.


Impacto do diabetes na visão

De acordo com a IDF, 10% dos pacientes no mundo apresentam diabetes tipo 1, que é caracterizada pela reação autoimune quando o sistema imunológico do paciente ataca as células produtoras de insulina[4]. Os outros 90%, desenvolvem diabetes tipo 2[5]. Esse tipo é causado por uma resistência à insulina, com isso, os níveis de glicose sobem descontroladamente, obrigando o organismo a produzir mais insulina[5]. "O tipo 2 é mais frequente em adultos, porém, crianças também podem apresentar a doença. Alguns dos fatores de risco mais comuns são obesidade, sedentarismo e uma dieta não balanceada[5]", afirma a médica.

Com o crescente número de pessoas com diabetes, os cuidados com a visão se tornam ainda mais importantes. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), após 20 anos convivendo com a doença, 90% dos pacientes com tipo I e 60% com o tipo II desenvolvem Retinopatia Diabética (RD), e cerca de 30% dessas pessoas, desenvolverão o edema macular diabético (EMD)[1].

A retinopatia diabética ocorre quando o excesso de glicose no sangue danifica os vasos sanguíneos dentro da retina. "A retinopatia tem quatro fases, e na última, chamada de proliferativa, os vasos sanguíneos estão muito frágeis, e o rompimento deles pode espalhar sangue pela cavidade vítrea, causando a perda de visão[7]", diz a Dra Francyne.

Já o edema macular diabético é uma potencial complicação da retinopatia diabética. A médica explica que, "essa doença provoca um acúmulo de líquido na mácula, área da retina responsável pela visão central nítida, usada para ler, reconhecer rostos, cores e dirigir[8,9,10]." Portanto, é importante que pacientes com diabetes sigam o tratamento corretamente, e visitem o oftalmologista pelo menos uma vez ao ano. E, caso diagnosticados com problemas na visão, iniciem um tratamento, pois, quando não tratada, a retinopatia pode evoluir para cegueira em 50% dos casos em 5 anos, se não tratada[1].

"Hoje em dia, existem tratamentos eficazes para os problemas de visão em pacientes com diabetes. A terapia anti-VEGF é eficaz no retardo da progressão do edema macular e tem demonstrado uma recuperação da acuidade visual melhor e mais rápida que a cirurgia a laser[11,12,13,14], além de ter sido recentemente aprovada para o tratamento da retinopatia diabética proliferativa, a mais grave das fases da doença" finaliza a Dra Francyne.


Campanha De Olho Na Visão

Criado em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, é dedicado à conscientização da população sobre os riscos causados pelo diabetes.

No Brasil, a Novartis lança a campanha "De Olho na Visão", que engloba a iniciativa "De Olho no Diabetes", para trazer uma visão mais holística e integrada no cuidado com a visão e dialogar com novos públicos.

A campanha foi criada em parceria com associações de pacientes, as agências AMZ e o grupo IPG. O apresentador, DJ e influenciador André Marques e Lucinha Lins, atriz, cantora, compositora e apresentadora, também se juntam aos esforços de conversar com a sociedade brasileira sobre o tema.

"A ADJ Diabetes Brasil tem como propósito ajudar as pessoas com diabetes a prevenir as suas principais complicações e a desfrutarem de uma vida plena e autônoma, nesse sentido, é importante para nós construir juntos com parceiros de longa data uma campanha que leve informação de qualidade aos brasileiros", explica Gilberto Casanova, diretor-presidente da associação.

 


Novartis

https://www.novartis.com


59,4% dos pacientes com diabetes apresentam piora no controle da doença durante a pandemia

Campanha destaca importância do acompanhamento médico durante o distanciamento social e recebe apoio da Sociedade Brasileira de Diabetes


Redução das atividades físicas, maior dificuldade no controle dos níveis de açúcar no sangue e adiamento das consultas de rotina necessárias para o manejo de uma doença crônica. Mais do que apresentar a importância do uso de máscara e do álcool em gel, a pandemia da Covid-19 trouxe alterações profundas na rotina e na saúde dos 12 milhões de brasileiros que vivem com diabetes1. É o que aponta estudo realizado com mais de 1700 pacientes e publicado em agosto pelo periódico científico Diabetes Research and Clinical Practice2.

Entre os achados estão estatísticas que mostram como a pandemia e o isolamento dificultaram o controle do diabetes, aumentando as chances de complicações a médio e longo prazo. De acordo com a pesquisa, 59,5% das pessoas com diabetes reduziram a prática de atividades físicas2, medida considerada relevante no controle da doença. Como resultado, 59,4% dos participantes relataram que a quarentena trouxe consigo uma piora no índice glicêmico2, indicador importante para o controle do diabetes e diminuição das complicações da doença a curto, médio e longo prazo. Destes, 31,5% apresentaram uma variabilidade maior do que a esperada na glicemia, a taxa do açúcar no sangue2.

Outro dado que agrava esse cenário é o adiamento das consultas e exames de rotina. De acordo com o estudo, 38,4% dos pacientes adiaram consultas ou exames já marcados e 40,2% não marcaram novas idas ao médico desde o início da pandemia2. De acordo com Priscilla Olim Mattar, médica endocrinologista e diretora médica da empresa global de saúde Novo Nordisk, a junção desses fatores à própria pandemia representa um risco relevante para esses pacientes.

"Existe hoje uma falsa sensação de segurança e controle. Por estarem em casa e mantendo uma rotina que consideram adequada, essas pessoas acabam negligenciando a importância de manter consultas e exames em dia. Mas estudos como esse provam que o acompanhamento médico é fundamental quando se tem uma doença crônica como o diabetes, que deve ser tratada por toda a vida", ressalta.

Priscilla ainda lembra que a dificuldade em manter os níveis de glicose sob controle pode ser ainda mais perigosa durante a quarentena, já que pessoas com altos níveis de açúcar no sangue são mais suscetíveis a desenvolverem as formas mais graves de infecção pela Covid-193.


Campanha conjunta

Para ajudar a mudar esse cenário, a Novo Nordisk, com apoio da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), lançou no último dia 18 de outubro a campanha informativa "Diabetes Na Rotina", com o objetivo de alertar as pessoas com diabetes e seus familiares e amigos sobre a importância de manter as consultas e exames atualizados para evitar as complicações do diabetes e do novo coronavírus. A ação, lançada no Dia do Médico, traz como embaixador o ator Babu Santana, recém diagnosticado com diabetes tipo 2, e reforça que existe uma rotina que não pode ser alterada durante a pandemia: o tratamento do diabetes.

Além de peças publicitárias que serão veiculadas pela televisão e redes sociais, a campanha ainda traz um site com informações gerais sobre o diabetes e dados da pesquisa recém divulgada, bem como recomendações para um melhor manejo da doença e dicas para consultas presenciais, mantendo os cuidados necessários para evitar o contágio pelo novo coronavírus.

"A pesquisa também trouxe dados positivos, como o de que 95% das pessoas com diabetes respeitaram as orientações de distanciamento social. Isso mostra que a mensagem inicial de ‘fique em casa’ foi entendida. Entretanto, com a extensão da pandemia, faz-se necessário esse novo aviso para que as pessoas com doenças crônicas possam seguir com o acompanhamento médico tão necessário para uma vida livre de complicações sérias", finaliza Priscilla Mattar, diretora médica da Novo Nordisk Brasil.

Saiba mais em: diabetesnarotina.com.br


Sobre o diabetes

O diabetes é uma condição crônica que se caracteriza pela produção insuficiente ou resistência à ação da insulina, hormônio que regula a glicose (açúcar) no sangue e garante energia ao organismo. A forma mais comum de diabetes é o tipo 2, quando a insulina produzida não funciona adequadamente. O diabetes tipo 2 está comumente associado ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos inadequados, e seus sintomas podem incluir fome e sede frequentes, vontade de urinar constante, formigamento nos pés e mãos, visão embaçada e demora na cicatrização de feridas no corpo mas muitas vezes pode ser assintomático. Já o diabetes tipo 1, geralmente diagnosticado na infância ou adolescência, mas que também pode ser diagnosticado em adultos, ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente, o que exige um tratamento com uso diário de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose no sangue. Seus sintomas podem incluir fome e sede frequentes, vontade de urinar constante, fraqueza, perda de peso, fadiga, náusea e vômito. O diabetes pode desencadear complicações no coração, artérias, olhos, rins e nervos. Independente do tipo, o acompanhamento médico regular é fundamental para evitar as complicações associadas.

 


Novo Nordisk

www.novonordisk.com.br, Instagram , Facebook, Twitter, LinkedIn, YouTube .


5 doenças físicas e mentais que a má higiene bucal pode causar

De acordo com a Associação Brasileira de Odontologia, menos de 22% dos adultos têm as gengivas totalmente saudáveis. Além disso, mais de 90% da população mundial irá sofrer alguma forma de doença bucal em suas vidas, que vão desde cáries até doenças periodontais.

“Quando a saúde bucal está deficiente, pode interferir em várias funções do organismo e deixá-lo vulnerável a uma série de doenças, que vão muito além da cárie. Isso porque boa parte das bactérias do organismo humano estão presentes na boca. No entanto, quando negligenciamos os cuidados com a saúde bucal, essas bactérias podem se proliferar e migrar para outros órgãos, por meio da corrente sanguínea, comprometendo a saúde em geral”, explica a Dra. Maria Geovânia Ferreira, dentista, membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética (SBOE) e da Sociedade Brasileira de Toxina Botulínica e Implantes Faciais na Odontologia (SBTI).

Confira 5 doenças que podem ser geradas pela falta de higiene bucal:

 

Endocardite bacteriana

Um dos problemas mais sérios originados da má higiene bucal, a endocardite bacteriana é uma infecção que afeta diretamente o coração, podendo ser fatal. “A infecção causada pelas bactérias bucais pode entrar no sistema sanguíneo por um simples sangramento na boca e atingir válvulas ou tecidos, causando danos ao revestimento interno do coração, sendo um agravante para doenças cardíacas”, diz Maria Geovânia. 

Sendo assim, pacientes portadores ou com predisposição a problemas no coração devem consultar o médico e o dentista regularmente e tomar cuidados extras na higiene bucal diária.

 

Pneumonia e artrite reumática

Seguindo o mesmo processo de infecção da endocardite, as bactérias da boca podem chegar a outros órgãos, como os pulmões e as articulações, causando infecções como pneumonia e artrite reumática. “O mais preocupante é que essas bactérias não são naturalmente encontradas nessas regiões. Dessa forma, elas não encontram resistência natural e, por isso, o tratamento pode ser mais complexo”, alerta a especialista.

 

Parto prematuro

De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Nova York, a bactéria bucal actinomyces pode estimular as contrações uterinas e a dilatação do colo do útero, antecipando o trabalho de parto. A pesquisa mostra que a bactéria pode antecipar em dois dias o parto e reduzir em 60 gramas o peso do bebê. 

Ou seja, além de todos os cuidados que a mulher deve ter durante a gestação, o pré-natal odontológico é extremamente importante. Isso porque ocorre uma grande elevação hormonal durante a gravidez, que deixa as gengivas das mulheres grávidas mais suscetíveis a inflamações. Além disso, náuseas e enjoos constantes podem dificultar a higienização oral adequada, aumentando o risco de doenças periodontais.

 

Diabetes

A diabetes aumenta a propensão para o desenvolvimento de doenças periodontais e inflamações na gengiva, além de outros problemas de saúde bucal, como feridas, perda óssea ao redor dos dentes e boca seca. “Ao mesmo tempo, as doenças periodontais podem agravar o diabetes, criando um ciclo muito perigoso para a saúde geral desses pacientes. Por isso, pessoas que têm diabetes devem ter um cuidado ainda maior com a higiene bucal e manter os índices de glicemia controlados”, frisa a dentista Maria Geovânia.

 

Ansiedade/estresse

O bruxismo é um dos exemplos da relação saúde mental e bucal. Trata-se de uma disfunção que gera o apertamento ou ranger dos dentes, causada pelos músculos da mastigação. As consequências são lesões orofaciais, desgastes dentários, distúrbios da Articulação Temporomandibular (ATM) e dor muscular 

“A principal causa do bruxismo são problemas psicológicos, especialmente a ansiedade. Quando a ATM sofre algum tipo de alteração, é classificada como Disfunção da Articulação Temporomandibular (DTM). Os principais sintomas são mandíbula estalando, dores de cabeça frequentes e até mesmo problemas na coluna e dificuldade para abrir e fechar a boca. Pessoas com quadros de ansiedade crônica e depressão são aquelas que mais sofrem com a DTM”, relata Maria Geovânia.

Segundo a especialista, o estresse em excesso estimula o organismo a liberar mais toxinas pelo corpo. Essas toxinas, por sua vez, podem afetar os rins, o intestino e outros órgãos, incluindo a cavidade bucal. “Estresse também significa que nosso organismo está liberando mais hormônio cortisol, essencial para manter nosso corpo em atividade e, por isso, é liberado em maior quantidade pela manhã. Porém, em excesso, o cortisol pode causar desequilíbrios no organismo”.

De acordo com a especialista, é importante ficar atento aos sinais, principalmente quem se encaixa nos quadros citados. “Caso você tenha dores na região da face e na cavidade bucal, procure seu dentista imediatamente. Se os problemas tiverem relação com a saúde mental ou física, um tratamento multidisciplinar deverá ser indicado”, finaliza Maria Geovânia.


Dia Mundial do Diabetes: doença periodontal pode comprometer controle do diabetes

Saúde bucal deve ser uma prioridade entre os pacientes


Pacientes diabéticos precisam ter a higiene bucal como prioridade 
Crédito: Grupo Straumann


Mais de 13 milhões de pessoas têm diabetes no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, atingindo um em cada onze adultos entre 20 e 79 anos, de acordo com o Atlas de Diabetes divulgado em 2019. Essa doença crônica, caracterizada pela produção insuficiente de insulina no organismo ou pela resistência das células a essa substância, faz com que os pacientes com glicemia alta sejam mais favoráveis a infecções.

As doenças periodontais, caracterizadas pelo inchaço, vermelhidão, dor, pus, mau hálito e sangramento na gengiva, estão entre as principais inflamações que têm o diabetes como agravante. De acordo com o cirurgião dentista e especialista em saúde bucal da Neodent, João Piscinini, os pacientes com glicemia alta têm um processo de cicatrização mais demorado. “A relação entre as doenças periodontais e o diabetes é na verdade uma via de mão dupla. Ao mesmo tempo que portadores de diabetes apresentam uma predisposição maior ao desenvolvimento da doença periodontal, um quadro não tratado de doença periodontal pode comprometer o controle do diabetes”, afirma. 

O especialista ressalta que o fato dos pacientes diabéticos serem mais propensos a desenvolver gengivite e periodontite apenas reforça que eles precisam ter a higiene bucal como prioridade e um estilo de vida saudável. “Uma escovação eficiente após as refeições, o uso de fio dental para remoção de placa e restos de alimentos e uma dieta rica em nutrientes são ações simples que podem garantir a saúde bucal e evitar os problemas gengivais”, diz o especialista. 

O acompanhamento médico para controle da glicemia e monitoramento do diabetes deve ser feito com frequência, bem como as visitas regulares ao dentista para que, em casos de inflamações, a doença possa ser tratada logo no início e evitar complicações. 


Não existe fórmula mágica: combate à obesidade requer atenção multidisciplinar

No Dia Mundial do Diabetes (14), especialistas alertam sobre a importância de atuar contra o excesso de peso, um dos principais fatores causadores da doença


Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicam que o percentual da população brasileira com mais de 20 anos considerada obesa mais que dobrou entre 2003 e 2019.

O número assusta quando pensamos nos perigos decorrentes do excesso de peso. Considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma doença crônica, a obesidade está entre os principais fatores de risco para diversas doenças cardiovasculares, diferentes tipos de cânceres e diabetes, além estar associado à redução da expectativa de vida.

Dr. Ivan Sandoval, cirurgião geral e responsável pelo Centro de Tratamento da Obesidade do Hospital São Camilo de São Paulo, explica que a obesidade é uma doença do metabolismo que acarreta muita facilidade em ganhar peso. “Bons hábitos, estilo de vida saudável, em alguns casos não são suficientes para resolver a questão, porém são parte fundamental em qualquer tratamento de obesidade”.

Ele ressalta que a doença é multifatorial e, por isso, seu tratamento deve ser conduzido por uma equipe formada por vários especialistas. “Embora o mercado esteja cheio de promessas de soluções rápidas, essas medidas são ilusórias e não trazem resultados positivos”, alerta.

Para o médico, um dos principais riscos de apostar em produtos ou tratamentos isolados é a ineficácia em médio e longo prazo, que pode causar complicações ainda maiores à saúde física e mental.

“Uma pessoa obesa pode até conseguir emagrecer rapidamente dessa forma. No entanto, não há garantias de que a perda de peso ocorreu de maneira saudável, nem mesmo de que o resultado será mantido. Na grande maioria das vezes, a pessoa volta a ganhar peso pouco tempo depois”, destaca.

Assim aconteceu com a paciente Karla Cristina Singi Morales, 44, que conta ter tido problemas com a balança desde criança. “Eu tentei de tudo, tomei remédios, fiz várias dietas e até tentei mudar minha alimentação, mas sempre voltava a engordar e ficava cada vez mais frustrada”, lembra.

Segundo o especialista, o paciente que está com excesso de peso necessita de acompanhamento multidisciplinar e tratamento contínuo, assim como qualquer outra doença crônica. “Não devemos culpar ou discriminar o paciente, mas sim incentivá-lo a participar de todo esse processo, incluindo essas mudanças na rotina do dia a dia. Caso isso não seja feito, haverá grande chance de ganho ou reganho de peso.”

Karla chegou ao Centro de Tratamento da Obesidade do São Camilo com 99 kg, excesso de peso que estava prejudicando sua saúde, associada a um histórico de doenças cardíacas. “Além da saúde física, eu estava deprimida, já não tinha vontade de me arrumar e de me olhar no espelho.”

Por isso, além de levar em conta a história do paciente para identificação das causas do problema, um programa eficaz de tratamento da obesidade envolve abordagem nutricional e psicológica durante todo o processo, podendo estar associado a outras medidas, como uso de medicamentos, intervenções com balão intragástrico, gastroplastia endoscópica ou cirurgia bariátrica.

“Cada uma destas intervenções possui riscos e benefícios, que devem ser avaliados caso a caso em conjunto por profissionais de diferentes áreas”, explica o médico, reforçando a importância de contar com um centro integrado de tratamento para que o paciente receba o suporte que necessita para um emagrecimento saudável.

Karla, que realizou uma cirurgia bariátrica, segue fazendo o acompanhamento no Hospital São Camilo para a manutenção do novo estilo de vida. “O suporte da equipe integrada está fazendo toda a diferença para mim. Hoje estou com 64 kg, sou muito mais saudável e muito mais feliz”, comemora.




Centro de Tratamento da Obesidade da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

Agendamento de consultas e exames: (11) 3172-6800 / https://www.hospitalsaocamilosp.org.br/

Tratamentos Aneurismas Cerebrais

Nos últimos dias, temos assistido inúmeras apresentações na imprensa e mídias sociais sobre os aneurismas cerebrais, entidade silenciosa que pode ser fatal.


Com a evolução dos exames de neuroimagem, como tomografia  ou ressonância magnética dos vasos cerebrais, a descoberta de aneurismas cerebrais tem tido um acréscimo significante, fazendo com que milhares de vidas sejam salvas.

A descoberta de um aneurisma cerebral antes de romper altera significativamente o seu prognóstico, com uma mortalidade abaixo de 2% dos casos. Nos casos em que o diagnóstico é feito após a sua ruptura, cerca de 15% apresentam morte súbita e 30 a 40 % dos pacientes retornam de forma efetiva à sua vida normal.

História familiar de aneurisma, assim como hipertensão arterial sistêmica e tabagismo, são os principais fatores que predizem a presença de um aneurisma cerebral.

Logo que diagnosticado, o aneurisma deve ser avaliado por um NEUROCIRURGIÃO, que baseado no seu tamanho, local e forma, decidirá sobre a melhor forma de tratamento. Em casos muito selecionados, aneurismas cerebrais podem ser tratados de forma conservadora, mas na sua grande maioria um tratamento cirúrgico está indicado com a maior brevidade, devido à incerteza de quando o mesmo pode romper.

Atualmente existem duas técnicas de tratamento dos aneurismas cerebrais: uma denominada endovascular (embolização) e outra aberta (microcirurgia).

A técnica endovascular consiste na compactação do aneurisma com molas, que preenchem a cavidade do aneurisma. Apesar de ser denominada minimamente invasiva, a técnica endovascular peca por sua eficácia, podendo permitir a reformação do aneurisma em certo número de casos.

A técnica aberta microcirúrgica apresenta sua eficácia comprovada por décadas, com a efetiva oclusão do aneurisma e baixa morbidade, sendo considerada no entanto, uma técnica mais invasiva. O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, era portador de aneurismas múltiplos, quando foi submetido a duas microcirurgias, em 1988.

A escolha de qual é a melhor técnica a ser empregada, seja endovascular ou microcirúrgica depende de inúmeros fatores que só o NEUROCIRURGIÃO, preferencialmente TITULADO PELA SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEUROCIRURGIA, pode decidir.

Ao diagnóstico ou suspeita de um Aneurisma Cerebral procure um  NEUROCIRURGIÃO o mais breve possível, só ele pode decidir e salvar a  sua vida.

 

SOBRE A ESPECIALIDADE

Sociedade Brasileira de Neurocirurgia – A SBN é uma associação de médicos que exercem a especialidade de Neurocirurgia no Brasil. Fundada há 63 anos, em 1957, tem aproximadamente 3.000 sócios, sendo a terceira maior do mundo na especialidade. Sua missão é garantir o progresso da Neurocirurgia, por meio do incentivo ao aprimoramento da formação do neurocirurgião brasileiro, do monitoramento da prática profissional e da representação dos interesses dos neurocirurgiões. Mantém atividades regulares e ininterruptas no treinamento, ensino e formação do médico especialista em Neurocirurgia, seguindo protocolos e padrões que a colocam entre as melhores do mundo, conforme reconhece a WFNS – World Federation of Neurosurgery. Site: www.portalsbn.org / Instagram @ sbn.neurocirurgia  

 

 

Diretoria Executiva

Sociedade Brasileira de Neurocirurgia - SBN


Diabetes x Sistema circulatório: prevenção e tratamento

Os números são alarmantes: cerca de 250 milhões de pessoas no mundo têm diabetes. A conscientização a respeito desse mal, principalmente em relação a sua prevenção e as dificuldades enfrentadas pelos pacientes, fez com que a Federação Internacional de Diabetes (IDF) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), tornassem o dia 14 de novembro, o Dia Mundial do Combate à Diabetes. Você sabia que a doença pode prejudicar também o seu sistema circulatório? 

O angiologista Almar Bastos, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro (SBACV-RJ), explica melhor essa relação: “O paciente portador do diabetes apresenta uma predisposição a fazer placa de aterosclerose nas paredes dos vasos sanguíneos. Esse acúmulo de gordura nas artérias propicia problemas como infarto, AVC e oclusões das artérias, que, no pior dos casos, pode ocasionar uma amputação”, explicou. O problema está no alto nível de açúcar, que, no portador de diabetes mal controlado, pode levar a complicações na circulação e nos nervos, provocando dores nas extremidades e até dormência.

 

Complicações mais frequentes: 

●     dores intensas, mesmo quando o paciente não está em movimento;

●     dores na panturrilha ao caminhar;

●     morte dos tecidos, quando há ausência de sangue nas extremidades dos membros;

●     infecções graves nos pés;

●     riscos de amputação dos membros;

●     pé diabético.

 

Por outro lado, a diabetes pode ser prevenida. Apesar da doença possuir forte fator genético, Dr. Almar afirma que a prática de exercícios físicos e uma boa alimentação podem prevenir Diabetes tipo 2, conhecida como diabetes do adulto, que sofre forte influência dos fatores ambientais – que não são pela genética. “A diabetes gera resistência ao hormônio da insulina, então, as células do obeso e do sedentário aderem a essa resistência e precisam de uma maior quantidade de insulina para conseguir introduzir a glicose dentro da célula, levando ao esgotamento do pâncreas, que é a origem da doença”, acrescentou o especialista. 

Na maioria das vezes, segundo Dr. Almar, o comprometimento leve consegue melhorar através das drogas vasodilatadoras, mas, caso haja oclusão, a única solução é um procedimento cirúrgico. “De uma maneira geral, em uma fase inicial, através de medicação é possível conseguir um melhor fluxo de sangue. As medidas cirúrgicas são tomadas apenas em casos de risco médio ou grave”, destacou. Todavia, vale alertar que, segundo o doutor, a principal causa de amputação não traumática no mundo é ligada a diabetes.

 

Cuidados:

●     usar calçados confortáveis e proteções em temperaturas baixas;

●     examinar os pés frequentemente;

●     cuidar de ferimentos nos pés;

●     manter boa alimentação (priorizar as frutas, verduras e proteínas);

●     controlar o nível de glicose.


Hábitos associados ao cigarro são principais barreiras para parar de fumar

Grupos Virtuais de Tabagismo das Unidades Básicas de Saúde geridas pelo CEJAM apoiam as pessoas que querem deixar este vício

 

Celebrado no dia 16 de novembro, o Dia do Não Fumar alerta para a importância do combate ao tabagismo, responsável por cerca de 200 mil mortes por ano no Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Além do câncer no pulmão e na boca, deterioramento dentário e problemas respiratórios, o uso de cigarro pode causar úlceras, osteoporose, pressão alta, aneurismas cerebrais e trombose, por exemplo. Para evitar o desenvolvimento destas e outras doenças associadas ao consumo do tabaco, Unidades Básicas de Saúde possuem grupos de tabagismo que auxiliam a população no processo de abandono do vício pelo fumo, a partir de dinâmicas em grupo e uso de medicamentos.

De acordo com Ismael de Oliveira, Farmacêutico responsável pelo Programa de Cessação ao Tabaco da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vera Cruz, gerenciada pelo Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" (CEJAM), atividades físicas e mudanças na rotina ajudam os fumantes. "É importante adquirir novos hábitos que substituam os que são associados ao cigarro. Se uma pessoa fuma enquanto dirige, seria adequado não levar o cigarro para o carro. Aos que fumam após tomar um café, substitua-o por um suco", recomenda o profissional.

Embora algumas pessoas recorram ao cigarro light ou eletrônico e vaper para reduzir o nível de dependência, o especialista pondera que este tipo de saída não é o mais apropriado. "O cigarro eletrônico também contém nicotina e é tão nocivo para a saúde quanto o cigarro normal. O que os distingue é apenas a ausência de alcatrão e monóxido de carbono no cigarro eletrônico. Eles não saciam a vontade de fumar e não são eficazes", pondera.

Para o farmacêutico, o melhor caminho é a conscientização sobre o impacto negativo que este hábito causa para a saúde e para as finanças das pessoas, além do estabelecimento de metas para parar de fumar, uso de remédios de apoio conforme o nível de dependência e apoio psicológico.

Entre fevereiro de 2019 e outubro de 2020, 57 pessoas participaram do programa de tabagismo na UBS Vera Cruz, em São Paulo. Destes, 31% pararam de fumar. Por conta da pandemia, em agosto a unidade iniciou o Grupo Virtual de Tabagismo, que oferece encontros online com profissionais da unidade para pessoas que desejam abandonar o vício em cigarro. Nas sessões são apresentados conteúdos e atividades de incentivo, como a determinação de uma data para o participante parar de fumar. "O fator econômico também influencia no abandono do vício. Colocar em um papel uma média anual de gastos com o cigarro é uma das atividades do programa que mais choca os participantes", conta Oliveira.

Durante a sessão inicial é realizado o teste que avalia o nível de dependência do participante e se será necessário o uso de medicamentos. Em seguida, os encontros promovem interações para que as pessoas entendam o motivo do vício e os efeitos causados na saúde psicológica e física, além de observar o desempenho dos participantes e monitorar o uso dos medicamentos. Aos pacientes que têm recaídas após a finalização de todas as sessões é possível frequentar encontros de manutenção mensalmente.

Fumantes interessados em deixar o vício devem procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência e informar-se sobre a disponibilidade dos grupos. Veja aqui a relação de unidades sob gestão do CEJAM: https://cejam.org.br/onde-atuamos/sao-paulo

 


Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" (CEJAM)

https://cejam.org.br/


Cirurgia para o diabetes proporciona remissão da doença e redução de complicações cardiovasculares

Adicionar legenda
Mais de 16,8 milhões de pessoas são portadoras do Diabetes no Brasil segundo dados da Federação Internacional de Diabetes 


A cirurgia metabólica é um procedimento reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) como alternativa de tratamento cirúrgico para o diabetes. Estudos publicados em revistas internacionais comprovam o efeito do procedimento no controle da doença e a redução de complicações graves como a insuficiência cardíaca.

Segundo o cirurgião metabólico Dr. Alcides Branco, o diabetes 2 surge geralmente na fase adulta e está ligado à resistência à ação e diminuição da produção de insulina no pâncreas, ação deficiente de hormônios intestinais, dentre outros. A obesidade e o histórico familiar da doença são os principais fatores de risco.
 

"O diabetes é uma doença que não apresenta sintomas em sua fase inicial e por isso pode ser difícil de ser diagnosticado. Sem controle, o paciente corre sérios riscos para a saúde pois a doença afeta diversos órgãos como os olhos, rins, fígado, coração e todo o sistema vascular", explica o cirurgião. "Sem acompanhamento ou com um tratamento ineficaz, o paciente pode ter desfechos graves como falência dos rins e precisar de hemodiálise, sofrer amputações e até derrames", completa Branco.

Segundo a cardiologista Dra. Cláudia Savaris Branco, os efeitos do diabetes no coração são pouco conhecidos pela população geral mas as complicações são graves.

"Os altos níveis de glicose no sangue, junto do aumento dos níveis de colesterol e pressão arterial, promovem a formação de placas que entopem as artérias. Quando uma artéria coronária sofre uma obstrução, o coração entra em sofrimento pela falta de oxigênio. A área afetada pode ser fatal ou levar a sequelas irreversíveis, como a insuficiência cardíaca", explica a cardiologista.

ESTUDO - Uma pesquisa publicada pelo Journal of the American Medical Association (JAMA) aponta que a cirurgia metabólica é capaz de reduzir em 62% os índices de insuficiência cardíaca em pacientes com diabetes submetidos ao procedimento. Segundo o estudo, que avaliou 13.722 participantes em um acompanhamento de mais de três anos, a cirurgia metabólica apresentou bons resultados no controle do Diabetes Tipo 2 e também promoveu redução de 62% em índices de insuficiência cardíaca; 66% nos índices de doenças renais; 33% em índices de Acidente Vascular Cerebral (AVC); e 31% nas chances de infarto.

No Brasil, a cirurgia metabólica foi normatizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) através da Resolução Nº 2.172 em 2017 como alternativa cirúrgica para pacientes com Diabetes Tipo 2 há menos de 10 anos, entre 30 e 70 anos de idade, com obesidade leve - Índice de Massa Corporal (IMC) entre 30 kg/m² e 34,9 kg/m² - e sem sucesso no tratamento clínico para o controle da doença.

A CIRURGIA METABÓLICA - O objetivo da cirurgia metabólica é oferecer uma opção segura efetiva ao paciente com diabetes tipo 2 antes da evolução das doenças associadas.

Na cirurgia metabólica ocorre o mesmo procedimento da cirurgia bariátrica. A diferença entre as duas é que a cirurgia metabólica visa o controle da doença. Já a cirurgia bariátrica tem como objetivo a perda de peso, com as metas para contenção das doenças, como o diabetes e hipertensão, em segundo plano.

Foi normatizado que a cirurgia metabólica indicada para pacientes com diabetes mellitus tipo 2 se dará, prioritariamente, por bypass gástrico com reconstrução em Y-de-Roux (BGYR). O procedimento é minimamente invasivo, realizado videolaparoscopia, através de pequenos furos na parede abdominal, e consiste em cortar o estômago em duas partes e o intestino em "Y". Uma das partes é ligada ao estômago.

Essa alteração promove a passagem mais rápida do alimento do estômago para o intestino e traz mudanças metabólicas como a aceleração da produção de hormônios incluindo a incretina, que atua no pâncreas, responsável pela produção de insulina, o que melhora os níveis de glicose no sangue.


Câncer de próstata – como prevenir?

 Hábitos de vida saudável, além do exame de toque que pode diagnosticar a doença, são alguns dos fatores preventivos, segundo especialista

 

Considerado um tipo de neoplasia, tumor que ocorre pelo crescimento anormal do número de células, o câncer de próstata é o mais prevalente em homens. Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2020/2022, serão diagnosticados no Brasil 65.840 novos casos de câncer de próstata. Esse valor corresponde a um risco estimado de 62,95 casos novos a cada 100 mil homens (Instituto Nacional de Câncer, 06/02/2020). Daniel Vicentini de Oliveira, coordenador de cursos de pós-graduação na área da educação física, fisioterapia e saúde da Unyleya, orienta sobre a prevenção da doença.

O câncer de próstata nada mais é do que o crescimento desordenado e desorganizado da próstata, uma glândula presente no homem e que produz o líquido seminal, responsável por nutrir o esperma. Embora nenhum câncer seja totalmente cabível de prevenção, alguns hábitos de vida como alimentação equilibrada, prática regular de exercício físico, controle do peso corporal são fatores que podem contribuir para a prevenção da doença.

“Mesmo não tendo resultados conclusivos, muitas pesquisas mostram o efeito da prática de atividade e exercício físico ao longo da vida como um fator de proteção ao câncer de próstata. E ainda, essa prática corresponde também a um hábito que melhora a qualidade de vida de homens diagnosticados com câncer de próstata, que estejam ou não em tratamento”, conta Daniel. Exames rotineiros e preventivos, como o de toque retal que se faz necessário após os 50 anos de idade e também são maneiras de se evitar um possível diagnóstico tardio da doença, ou seja, quando ela já está em estágio avançado. 

Segundo Daniel, não se tem uma única causa para o surgimento do câncer de próstata, mas níveis elevados de testosterona, diabetes não tratada, obesidade, sedentarismo e a genética são fatores importantes que podem estar associados a este tipo de câncer. “A maioria dos tipos de câncer possui caráter genético e hereditário.  O câncer de próstata pode ser dito como hereditário quando três ou mais parentes de primeiro grau forem afetados. Dois parentes de primeiro grau forem afetados antes dos 55 anos de idade, ou quando ocorrer em três gerações consecutivas”, relata. Homens obesos, diabéticos, sedentários, mais velhos (acima de 80 anos), e com casos da doença na família, estão mais propensos a terem o câncer de próstata. 

Entre os principais sintomas da doença, estão disfunção erétil, micção frequente, fluxo urinária fraco, aumento da vontade urinar a noite, sangue na urina ou sêmen e dor na lombar irradiada ou não para os membros inferiores. Conforme orientação do Ministério da Saúde, e alguns consensos na área, é indicado que homens de 50 anos ou mais, façam o exame de toque retal uma vez ao ano, apresentando ou não sintomas. 

Vale lembrar que os sintomas são mais comuns quando o câncer já está mais avançado e nestes casos, podem ser resultantes de invasão da bexiga, reto e ossos da bacia. O doutor Daniel explica ainda que o maior erro dos homens em geral em relação ao diagnóstico precoce e prevenção do câncer de próstata é ignorar esses sintomas, principalmente relacionados ao ato sexual e miccional, além de não realizar os exames necessários após os 50 anos. 

O tipo de tratamento a ser realizado em um diagnóstico de câncer de próstata vai depender do estágio da doença, lembrando que este tipo de câncer tende a evoluir lentamente. No início, é indicado apenas monitoramento em relação ao aumento do câncer e presença de sintomas. Já para os mais agressivos, indica-se radioterapia, cirurgia, terapia hormonal ou quimioterapia. “Toda cirurgia tem riscos, algumas mais, outras menos. A cirurgia de remoção do câncer de próstata não é considera muito invasiva. Quanto maior a quantidade de tecido retirado, mais grave é a cirurgia em relação aos possíveis riscos. Ela pode gerar incontinência urinária, impotência sexual, infertilidade e linfedema”, finaliza o doutor.

 



Daniel Vicentini de Oliveira - possui Doutorado em Gerontologia e Mestrado em Promoção da Saúde, Especialização em Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e Especialização em Fisioterapia em Gerontologia pela Associação Brasileira de Fisioterapia em Gerontologia. Daniel também é coordenador e conteudista de cursos de pós-graduação na área da educação física, fisioterapia e saúde da Unyleya.

 

 

Unyleya

https://unyleya.edu.br/


Posts mais acessados