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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Olfato e Coronavírus: o que mais precisa ser esclarecido?

A otorrinolaringologista Milena Costa comenta sobre a possibilidade de uma perda mais permanente do olfato em decorrência do Covid-19

Todas as descobertas sobre o coronavírus são muito novas. Com a pandemia e o avanço do vírus alguns outros sintomas associados a essa patologia começaram a ser identificados. Entre eles está a perda de paladar e olfato (anosmia).

Segundo a otorrinolaringologista Milena Costa, a anosmia ocorre devido às alterações que acontecem na região do nariz quando esta área é atacada por um vírus, por exemplo. “No nariz existe um epitélio específico para o cheiro – o olfatório -, no qual existem células responsáveis por captar o odor e levar informações para o cérebro. Nos casos de infecções de via aérea, como as virais, podem acontecer dois mecanismos: o primeiro é uma obstrução da região olfatória causada por edema (inchaço) ou secreção por exemplo, que faz com que o odor não chegue até as células. O segundo mecanismo, mais provável nos casos de COVID-19, é uma lesão direta da célula nervosa ou de suas células de sustentação, impedindo assim que o impulso nervoso seja levado ao sistema nervoso central. ”

Apesar de ser comum algumas infecções virais relacionadas as vias aéreas - como a gripe – estarem associadas à perda de olfato, estudos divulgados nos últimos dias, apontam que em uma parcela pequena de pacientes que tiveram coronavírus e o olfato também foi afetado ainda não recuperaram nem parcialmente a capacidade de sentir cheiros. “As infecções das vias aéreas em geral causam a perda aguda e transitória do olfato e o coronavírus estava demonstrando o mesmo. Mas estamos constatando que é muito mais frequente do que se imaginava. A perda de olfato é realmente uma coisa muito comum no Covid-19,” afirma a médica.

Milena diz que apesar da maior parcela dos pacientes que foram infectados também apresentaram a perda de olfato como um dos sintomas se recuperarem relativamente rápido, ainda há uma quantidade significativa de pessoas que estão sofrendo com uma perda mais permanente dessa função. “Diversos pacientes não estão melhorando, não tem o seu olfato de volta. A muita procura na clínica por conta disso,” afirma.


Treinamento olfatório

Ainda de acordo com as mesmas pesquisas recentes, na maioria das vezes as ‘sequelas’ não são permanentes, e por não ser uma situação definitiva algumas medidas podem ser tomadas para estimular as células olfativas à ‘trabalharem’ e voltarem a desempenhar suas funções com mais destreza.

Entre as opções para contornar essa situação pós-perda está o treinamento olfatório. “O treinamento na fase aguda vai promover um estímulo adequado das células do olfato que por conta da infecção pelo vírus estão inflamadas, ” destaca a especialista que ainda completa: “É um exercício até para a pessoa conseguir quantificar como está a perda, se está evoluindo bem ou não. Digamos que é uma musculação do olfato. ”

Na prática, esse treinamento consiste que em cheirar uma pequena porção de cada um dos produtos (café, cravo, mel, vinagre de vinho tinto, menta, essência de baunilha e suco de tangerina – que pode ser o concentrado) por 10 segundos, com intervalo de 15 segundos entre eles. “Duas vezes ao dia por pelo menos três meses, podendo se estender por mais tempo se necessário”. Inclusive, é um treinamento que pode ser feito em casa, desde que sob orientação e acompanhamento médico.

Milena afirma que muitas vezes as pessoas acreditam que estimular o olfato é cheirar algo forte, como um perfume, mas essas essências, na verdade, podem ser até irritativas. “Então, o correto é treinar com aromas específicos para estimular corretamente cada célula do olfato.

 



Dra. Milena Costa - Médica otorrinolaringologista formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, com residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e fellowship de pesquisa em Rinologia pela Stanford University, na Califórnia.


Doenças gastrointestinais: o que há por trás de sintomas comuns

Especialista alerta sobre sintomas comuns que podem estar associados a doenças gastrointestinais graves 
Crédito: Pexels


Receio de buscar atendimento médico e automedicação têm colocado a vida de pacientes em risco


Náuseas, diarreia, dores e desconforto abdominal, sintomas comumente tratados com automedicação ou receitas caseiras, podem, na verdade, estar relacionados a doenças graves. Foi o caso da assistente de atendimento Franciele Oliveira da Paz Silva, de 38 anos, que, em março deste ano, começou a sentir dores no estômago. Achando que se tratava de uma gastrite e com receio de buscar um pronto atendimento devido ao surgimento dos primeiros casos de COVID-19 em Curitiba (PR), a atendente preferiu recorrer a antiácidos e diversos remédios que amigos e parentes indicaram.

“Por duas semanas senti dores no estômago e tentei diversos remédios, até que a dor aumentou tanto que eu mal podia andar. Foi quando procurei atendimento médico, fui diagnosticada com colecistite aguda e imediatamente encaminhada para um hospital”, relata Franciele. No mesmo dia, ela passou por uma cirurgia que comumente demoraria 30 minutos, mas que, no seu caso, durou cerca de duas horas: a inflamação causada por cálculos na vesícula biliar tinha se agravado, necessitando de maior tempo de cirurgia e não foi possível retirar completamente a vesícula pelo quadro inflamatório grave que havia se instalado. “O cirurgião me alertou que, devido à gravidade a que meu quadro chegou, seria necessário acompanhamento e eventualmente nova cirurgia”, relata. Após 15 dias com dreno e um mês após a cirurgia, ela passou por novo procedimento, desta vez uma endoscopia (colangiografia endoscópica retrógrada), para retirada de cálculos residuais.

“É comum sentirmos azia, náuseas, diarreia, causadas por mudanças na alimentação, hábitos e até mesmo estresse. No entanto, os mesmos sintomas podem estar relacionados a doenças mais graves como colecistite e pancreatite”, relata o cirurgião e coordenador do serviço de cirurgias de emergência do Hospital Marcelino Champagnat, Wagner Sobottka. A colecistite é uma inflamação ou infecção causada pela obstrução do ducto que transporta a bile vinda da vesícula biliar. Já a pancreatite aguda é uma inflamação súbita do pâncreas, geralmente causada também por cálculos biliares, porém mais grave e com maior risco de complicações e de morte, se não tratada em tempo.

Principal causa de cirurgias abdominais de emergência, a apendicite aguda geralmente é causada por um fecalito, pequena pedra formada por fezes, que obstrui o apêndice e causa infecção. A demora no tratamento da doença pode causar quadro severo de infecção, podendo, inclusive, evoluir para sepse e morte. Os sintomas geralmente iniciam com uma dor na parte superior do abdômen, que depois migra para o umbigo e para o lado inferior direito.

Apesar dos sintomas comuns, alguns cuidados podem ser tomados. Pacientes com pedra na vesícula devem seguir as recomendações médicas e buscar atendimento ao sentirem dores. Pessoas com histórico familiar de câncer em região abdominal devem fazer exames mais frequentes e pessoas acima de 50 anos, realizar endoscopia e colonoscopia periodicamente. “É importante evitar a automedicação, pois pode mascarar sintomas de doenças mais graves. Tendo sintomas, mesmo leves, e não melhorando em algumas horas, é necessário buscar o médico de confiança ou serviço de emergência, mesmo sem apresentar febre”, recomenda Wagner.

 



Hospital Marcelino Champagnat

 

Avon Celebra Mês do Aleitamento Materno com a Campanha #AMAMENTAÇÃOSEMCENSURA

A marca se aliou à influenciadora Titi Muller para estimular conversas que possam desmistificar e quebrar tabus atribuídos ao ato de amamentar


No Brasil, o “Agosto Dourado” ou “Mês do Aleitamento Materno” é comemorado desde 2017, ano em que a data foi instituída por lei no país. A celebração surgiu dos esforços da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) com a criação da “Semana do Aleitamento Materno”, que busca aumentar a divulgação sobre a importância da amamentação na vida das crianças. Atualmente, a semana já é praticada em torno de 120 países.

A Avon, que há mais de 130 anos trabalha a favor das mulheres, e entende a importância e a singularidade desse momento, já possui internamente alguns programas que buscam auxiliar esse processo, como a licença maternidade estendida, o programa Bem Nascer e o Berçário e Creche interna para seus funcionários, iniciativas que possibilitam às mães que optaram por amamentar depois dos seis meses de vida da criança dar continuidade a esse momento. A empresa também obteve reconhecimento do Ministério da Saúde por estimular as colaboradoras a seguirem amamentando regularmente, mesmo durante o expediente, com toda a infraestrutura necessária.

A colaboradora Aline Catucci, Head de Comunicação de Vendas, conta um pouco sobre a importância de manter a conexão com seu filho ao retornar sua rotina na Avon:

“Passados sete meses, estava na hora de voltar ao trabalho e os sentimentos de privilégio e gratidão reinaram em meu coração. Não houve nenhum tipo de sofrimento, pois o Leo estaria comigo a dois andares de distância, apenas. Comecei a amar o ritual de chegar na Avon, estacionar o carro e levá-lo até a creche, vê-lo se desenvolver com os amigos e aprender coisas novas, enquanto eu me reconectava com a ‘Aline’ adormecida e que estava com saudades da rotina. Quando o relógio marcava às 15h, não importava o que eu estivesse fazendo, ou se estava em reunião, me levantava e sem nenhuma vergonha dizia: ‘já volto, vou descer para dar de mamar’. Minha gestora e meus colegas sempre retribuíam com um sorriso no rosto. Isso se chama respeito. E como eu gostaria que todas as mulheres tivessem a oportunidade que eu tive. Na sala de amamentação, as conversas com as mamães e as novas descobertas dos nossos bebês recarregavam a minha bateria e enchiam meu coração de amor para continuar trabalhando. Foi o ano em que eu mais produzi e rendi profissionalmente. Essa é uma habilidade nossa, como mães, conseguir administrar nosso tempo e nossas prioridades.”

Com o objetivo de gerar conversas sobre o assunto e estimular a amamentação irrestrita, a Avon lança a campanha #AmamentaçãoSemCensura em parceria com Titi Müller. A influenciadora compartilhará, por meio de um manifesto, feito por ela mesma, sua experiência com a maternidade real e a amamentação, além de fatos e tabus que o ato ainda enfrenta. O conteúdo abordará o assunto de forma leve e não romantizado. Ciente de que a informação é o melhor caminho para dar fim a estigmas associados ao aleitamento, a Avon reuniu cinco curiosidades sobre esse ato de amor:

  1. Amamentar durante um ano equivale em média a 1.800 horas. Trabalhar 8 horas por dia no mesmo período equivale a 1.920 horas.*
  2. A amamentação vai além de nutrir o bebê, é também colo e aconchego. Em determinados momentos, o bebê busca o peito como forma de carinho, pois esse ato auxilia no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe. **
  3. Amamentar é transmitir segurança para a criança. Durante a vacina, o processo ajuda a diminuir a dor e desconforto que a situação pode causar. O leite materno contém endorfina, substância que auxilia na diminuição da dor e reforça a eficiência da vacina.***
  4. Durante a decolagem e pouso do avião, a amamentação ajuda a diminuir o risco de dor de ouvido ou qualquer outro incômodo.****
  5. Amamentação é rede de apoio. Sem isso, o processo se torna ainda mais difícil. É uma escolha diária da mãe, um processo de doação e conexão com o filho.*****

Com essas ações, a Avon espera colaborar com a conscientização sobre o aleitamento materno e reforçar a importância da rede de apoio na vida de quem amamenta, seja pelos profissionais da saúde, colegas de trabalho, familiares, amigos ou de o seu/sua companheiro/a. A marca segue com seu trabalho interno pela equidade de gênero e reafirma que o protagonismo feminino está enraizado na cultura, nos valores e na essência dos negócios da empresa. Acompanhe os outros conteúdos sobre amamentação no perfil @avonbrasil.

Aproveite para conhecer em primeira mão o manifesto que a influenciadora Tite preparou especialmente para a campanha da Avon:


“Amamentação é entrega.

Total e absoluta.

É dividir meu corpo.

Corpo esse que para nós mulheres, nunca foi 100% nosso.

Um corpo que sempre foi sexualizado, e que agora é compartilhado.

Amamentação ainda constrange.

É a exposição do corpo feminino para além do prazer do homem.

Para além do patriarcado.

É um processo que pode ser muito doloroso.

Mas que não precisa ser.

A gente não fala sobre a amamentação real.

Sobre a maternidade real.

Se a gente falasse, seria menos solitário.

Para mim, para elas. Para todas nós.

Tenho para mim que a amamentação é um momento preso no tempo e espaço.

Só eu e você. Que honra conseguir. Eu sei que não é fácil. Que nem tudo a gente controla.

A verdade é que na maternidade a gente não controla nada.

A gente tem medo. Eu tenho medo.

Me culpo, me questiono.

Hoje eu vejo o mundo acontecer lá fora, enquanto meu tempo tá em suspensão.

Enquanto somos só nós três aqui, dentro de casa.

A gente se olha nos olhos e eu não sei o que vai acontecer.

Qual vai ser o mundo que você vai encontrar. É difícil.

Mas é um privilégio ter tanta vida acontecendo dentro da nossa casa.”




Sobre a Avon

A Avon, parte do grupo Natura &Co, é uma das maiores empresas de venda direta do mundo, presente em aproximadamente 50 países. No Brasil desde 1958, concentra no País a sua maior operação e força de vendas – mais de 1 milhão de revendedoras. Focada em construir vidas mais bonitas para todos, a Avon é mais que uma empresa de beleza: é um movimento global pelo empoderamento feminino, com seu modelo de negócios fundado na geração de oportunidades para as mulheres e na ampliação de suas habilidades empreendedoras. Seu portfólio diverso inclui produtos de beleza inovadores e de alta tecnologia, com marcas reconhecidas mundialmente como Avon True, Color Trend, Mark, Renew, Advance Techniques, Avon Care e Avon Naturals. Além disso, seu catálogo oferece peças de vestuário, como a linha de lingerie Avon Signature, e itens para a casa, como Innovaware. Para obter mais informações sobre a Avon, visite o site: www.avoncompany.com

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Fontes de Pesquisa:

*https://www.instagram.com/p/CAJU8TXBazk/ 

**https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf

*** http://www.vipimune.com.br/a-amamentacao-diminui-a-dor-do-bebe-durante-a-vacinacao/

**** https://www.vix.com/pt/maes-e-bebes/541792/amamentar-no-aviao-pode-ajudar-a-prevenir-dor-de-ouvido-no-bebe-entenda-o-motivo

***** https://revistacrescer.globo.com/Bebes/Amamentacao/noticia/2019/08/rede-de-apoio-e-o-mundo-conspirando-favor-da-amamentacao.html


Sua empresa está preparada para enfrentar crises?


De acordo com economistas de diferentes áreas de atuação, a crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus é a mais grave já enfrentada por governos, famílias e empresas em todo o mundo. Até o momento, o impacto sofrido pela cadeia produtiva e as consequências para o emprego e o consumo são mais amplos e intensos do que os enfrentados na crise de 2008. Para que possamos ter uma ideia, em 2008, o PIB do Brasil cresceu mais de 5%. A previsão é de que em 2020 tenhamos uma queda de mais de 5%.  

Meu objetivo aqui não é ser pessimista. Meu desejo, assim como o da maioria dos brasileiros, é de que nosso país retome o crescimento, possa se recuperar economicamente o mais breve possível e que não enfrentemos tão cedo outra crise, seja ela política, econômica, de saúde, etc. O fato, porém, é que o Brasil já passou por oito recessões desde a década de 1980 e, infelizmente, é possível que enfrentemos algumas outras crises no futuro, incluindo outras pandemias, segundo profissionais da área de saúde. Por conta disso, pergunto: a sua empresa está preparada para enfrentar crises?  

Sei que o momento é complicado. Os empresários e empreendedores estão tentando equilibrar uma série de pratos, como o pagamento de funcionários e de fornecedores, aluguel do ponto comercial, impostos, além de precisar investir em itens de higiene e segurança, conforme orientações dos governos e órgãos de saúde, prestar atenção aos horários de funcionamento permitidos, ser criativo para chamar a atenção do consumidor e conseguir comercializar seus produtos ou serviços. No entanto, em paralelo, é preciso não só planejar os próximos passos do negócio, mas estruturar um plano para enfrentamento de crises futuras. É importante ter um Plano de Continuidade de Negócios.  

O conteúdo e os componentes de um plano como esse vão variar de uma empresa para outra e podem ter níveis de detalhamento de acordo com a complexidade técnica e cultura de cada negócio. É interessante que todos os departamentos da companhia sejam avaliados e “cobertos” com medidas preventivas. Para isso, é importante avaliar os pontos fortes e fracos da empresa e, com base nessa análise, estabelecer os riscos possíveis. Depois, é hora de avaliar de que maneira essas ameaças podem impactar a empresa e, por fim, estabelecer um planejamento estratégico com orientações sobre as medidas que precisam ser adotadas para a retomada das operações. Também é válido ter um Plano de Contingência previamente estabelecido. Ele será utilizado caso todas as medidas preventivas falhem.  

Ter todos esses cenário traçados e pensar nas consequências obviamente não vão, por si só, livrar as empresas ou fazer com que elas passem ilesas por crises. Porém, podem ajudar a minimizar os impactos para o negócio. Nenhum de nós jamais imaginou passar quase metade do ano de portas fechadas, com autorização para que apenas o essencial funcionasse nas cidades. Isso não impediu que essa se tornasse uma realidade no mundo inteiro e que, somente no Brasil, mais de 700 mil empresas deixassem de existir. Agora que já temos essa experiência, por que não adotar medidas que possam resguardar empresas e empregos especialmente entre as PMEs? 

 

 


Haroldo Matsumoto - especialista em gestão de negócios e sócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa, consultoria multidisciplinar com atuação entre empresas de diversos portes e setores da economia. 


Além de danos nas articulações, chikungunya pode afetar sistema nervoso central

       Investigação realizada por equipe internacional de pesquisadores mostrou que o vírus chikungunya pode causar infecções neurológicas. Risco de morte nas fases agudas e subagudas da doença foi maior em pacientes com diabetes e em jovens adultos (imagem: Wikimedia Commons)

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Estudo realizado por equipe internacional de pesquisadores com apoio da FAPESP revela que a infecção pelo vírus chikungunya pode ter manifestações ainda mais graves que os sintomas característicos da doença, como febre aguda, cefaleia, erupção cutânea e intensas dores articulares e musculares.

A análise, realizada por 38 pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade de São Paulo (USP), Ministério da Saúde, Imperial College London e Universidade de Oxford, mostra que o patógeno pode infectar também o sistema nervoso central e comprometer as principais funções motoras.

“O estudo trouxe novos entendimentos importantes sobre a doença e o vírus da chikungunya. Além da possibilidade de o vírus infectar o sistema nervoso central, identificamos também que a letalidade da doença é maior em adultos jovens e não em crianças ou idosos, como se costuma prever em surtos da doença. A investigação mostra ainda que pacientes com diabetes parecem morrer com frequência sete vezes maior durante as fase aguda e subaguda da doença [entre 20 e 90 dias após serem infectados] que indivíduos sem a comorbidade”, diz William Marciel de Souza, pesquisador da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e coautor do artigo publicado na revista Clinical Infectious Diseases.

A pesquisa foi conduzida no âmbito do Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE). Também é fruto do projeto de pós-doutorado de Souza, realizado em parte na Universidade de Oxford, no Reino Unido, por meio de uma bolsa de estágio no exterior . O projeto realizado por pesquisadores de diferentes instituições contou ainda com auxílio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Maior surto nas Américas

O trabalho teve como base uma ampla gama de dados clínicos, epidemiológicos e amostras laboratoriais de pacientes que morreram durante o maior surto da doença nas Américas, ocorrido no Estado do Ceará, em 2017. Na época, foram registrados 105 mil casos suspeitos e 68 mortes.

A documentação dos dados coletados durante a epidemia foi realizada pelo Serviço de Verificação de Óbitos da Secretaria de Saúde do Ceará. A partir dessas informações, os pesquisadores puderam avançar nas investigações, realizando um estudo muito completo sobre o surto. Amostras de sangue e líquor dos infectados foram submetidas a métodos de análises genômicas, como RT-PCR (teste capaz de identificar o material genético do vírus) e MInION (tecnologia que permite sequenciar rapidamente o genoma viral). Também foram realizadas análises de imuno-histoquímica (para avaliar amostras de tecidos) e exames para detectar a presença de anticorpos contra o vírus chikungunya.

O patógeno é transmitido por meio da picada de fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. A maioria dos casos da doença é caracterizada pela forma aguda da infecção, com febre alta, dores de cabeça, nas articulações e nos músculos, além de náusea, fadiga e erupções na pele, por três semanas após a infecção. Depois desse período, alguns pacientes podem evoluir para a fase subaguda, com a persistência desses sintomas. Em alguns casos, a dor nas articulações pode persistir por mais de três meses, indicando a transição para o estágio crônico, que pode durar anos.

Além de ter a comprovação laboratorial, os pesquisadores também verificaram os prontuários médicos e observaram que a grande maioria dos infectados que morreram durante o surto no Ceará apresentou síndrome neurológica – lesões no sistema nervoso central que podem ser altamente incapacitantes por comprometerem as principais funções motoras.

“As dores articulares eram bem conhecidas e estão relacionadas com a denominação da doença, que no idioma suaíli significa aquele se dobra [de dor]. No entanto, identificamos também graves problemas no sistema nervoso decorrentes da chikungunya”, diz Souza.

Das 36 amostras de tecido cerebral de indivíduos que vieram a óbito, quatro (ou 11%) continham o microrganismo. “A presença do vírus dentro do cérebro de infectados significa uma caracterização bem clara de que ele consegue ultrapassar a barreira hematoencefálica – que protege o sistema nervoso central – e tem capacidade de causar uma infecção no cérebro e na medula espinhal”, explica Souza.

Mais vulneráveis

Além das novas características da infecção, os pesquisadores identificaram também que o risco de morte nas fases agudas e subagudas era sete vezes maior em pacientes com diabetes. Os pesquisadores realizaram uma análise patológica e os resultados indicam, nos casos de óbito, a infecção por chikungunya em distúrbios na circulação sanguínea e no equilíbrio hídrico no cérebro, coração, pulmão, rim, baço e fígado.

“O trabalho confirma algumas observações clínicas prévias da morte por chikungunya e também evidencia novos aspectos da doença e sua letalidade. Essas novas informações, obtidas por meio do estudo minucioso do surto ocorrido no Ceará, deverão contribuir para o reconhecimento de fatores causadores de gravidade, ajudando também, no futuro e a partir de novos estudos, no tratamento”, diz Luiz Tadeu Moraes Figueiredo, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP e coautor do estudo.

Figueiredo realiza pesquisa, apoiada pela FAPESP, sobre sequenciadores de alto desempenho para identificação e caracterização de vírus, sem a necessidade de isolamento e cultivo celular. O método, mais eficiente e barato, utiliza a plataforma MinIon, que faz a leitura do DNA e do RNA em tempo real. Dessa forma, o sequenciamento genético do vírus é obtido em uma única etapa.

A partir do estudo, os pesquisadores revelaram padrões inesperados para epidemias de arboviroses, como, por exemplo, o fato de idosos e crianças não representarem os grupos etários com maior risco de morte. Pelo contrário, entre os mortos no surto de 2017, a maioria era de adultos (40 anos ou mais).

A descoberta se deu a partir da análise de 100 casos de morte por suspeita de arbovirose (entre 2016 e 2017) no Estado. A partir de análise de RT-PCR, os pesquisadores conseguiram identificar a presença do vírus chikungunya e confirmar a causa da morte desses indivíduos.

“Normalmente, relacionamos esse vírus a hospitalizações e óbito de pacientes mais idosos ou crianças. Porém, foi observado que a maioria [mais de 60%] das pessoas infectadas pelo chikungunya que apresentou infecção no sistema nervoso central e foi a óbito era adulta”, relata Souza.

Souza destaca que os pacientes que morreram tinham uma variação etária grande, desde crianças com 3 dias de idade, até pessoas com 85 anos.

De acordo com o pesquisador, o achado reforça que, em um surto como o ocorrido no Ceará, não necessariamente o grupo de maior risco está nas pessoas com o sistema imunológico suprimido, ou deficiente. “Eram adultos jovens e saudáveis e não havia comorbidade relacionada na maioria dos casos. Isso adiciona mais uma camada à doença e pode ser uma informação de extrema importância para a prática clínica – que deve dispensar atenção redobrada a esse grupo etário, pois a probabilidade de evoluir para óbito é maior”, diz.

O artigo Fatal outcome of chikungunya virus infection in Brazil (doi: 10.1093/cid/ciaa1038) pode ser lido em https://academic.oup.com/cid/advance-article/doi/10.1093/cid/ciaa1038/5885158 .

 

 



Maria Fernanda Ziegler

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/alem-de-danos-nas-articulacoes-chikungunya-pode-afetar-sistema-nervoso-central/33957/


Cuidado com idosos no isolamento social: dicas para evitar quedas e traumas dentro de casa

Ortopedista chama atenção para a saúde do homem e casos de osteoporose


O Brasil se prepara para a retomada de trabalhos e atividades que tiveram a rotina alterada, desde o início da pandemia pela COVID-19. “O vírus, no entanto, continua circulando por aí e deve se manter assim até que a vacina possa alcançar toda a população, por isso é essencial continuar com os cuidados básicos para proteger os mais vulneráveis, como a população idosa”, recomenda Dr. André Evaristo Marcondes, ortopedista especialista em cirurgia da coluna do Hospital Sírio-Libanês.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que em 2050 a população acima de 60 anos chegará a 2 bilhões de pessoas no mundo. No Brasil, atualmente essa parcela representa 13% da população, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Hoje as pessoas vivem mais tempo e é preciso alguns cuidados para que esse tempo seja com saúde e qualidade de vida. A osteoporose, por exemplo, que é uma doença que enfraquece os ossos, sempre foi mais frequente nas mulheres em fase de menopausa, mas  os médicos têm observado o aumento desta patologia também nos homens. 

“Na área da ortopedia, percebemos o aumento da osteoporose nos homens e acreditamos que isso está relacionado, sobretudo, ao aumento da expectativa de vida masculina que, segundo o IBGE, é de 72,8 anos. Se por um lado a doença tem mais tempo para se desenvolver, por outro essa percepção faz com que os médicos peçam mais exames, então a doença recebe maior quantidade de diagnóstico e também de atenção”, observa o ortopedista.

A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), por meio de seu programa para um isolamento seguro dos idosos, recomenda a organização da casa para evitar acidentes, como: deixar uma luz fraca acesa durante a noite, tirar os tapetes do caminho e objetos que possam causar tropeço e quedas, evitar o chão escorregadio, disponibilizar corrimão em escadas e corredores, ter um telefone sempre perto, entre outros.

“O fator emocional também é importante para essa faixa etária, o idoso se sente muito sozinho e fica triste diante de doenças e da impossibilidade de conviver em família e amigos. Neste caso, a tecnologia é positiva, para minimizar as distâncias com videochamada, o que vale tanto para as relações sociais quanto para o atendimento médico de rotina”, explica Dr. André.

Uma rotina também colabora para que o idoso ocupe a cabeça e se distraia. “Acordar em determinado horário, fazer alguma atividade, as refeições, conversar com alguém (mesmo por telefone) ver um programa favorito e estabelecer hora para dormir são importantes no combate à ansiedade e solidão”, finaliza o médico.

 




Dr. André Evaristo – Ortopedista Especializado em Coluna - Formado pela Universidade de Marília, fez residência médica em Ortopedia e Traumatologia no Hospital do Servidor Público Municipal (SP) e é Especialista em Cirurgia da Coluna. É membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Coluna e da North American Spine Society (NASS). Atualmente, atende no Núcleo de Medicina Avançada do Sírio Libanês, nos hospitais Villa Lobos e AACD. Instagram: @dr.andrecoluna / Facebook: @DrColunaAndreEvaristo


Círculos sociais influenciam o idoso sobre o momento de fazer a cirurgia de catarata

 Idosos que têm menos pessoas em suas redes de apoio social têm menos probabilidade de se submeter à cirurgia de catarata?

  

Idosos que possuem uma rede menor de apoio familiar são menos propensos a fazer uma cirurgia de catarata, de acordo com um estudo publicado no JAMA Ophthalmology. Filhos adultos têm mais influência sobre a decisão de uma pessoa idosa de fazer uma cirurgia de catarata do que amigos, cônjuges ou parceiros. 

Um filho que visita pouco os pais idosos pode notar mudanças de visão que outras pessoas não observam.  "Segundo os pesquisadores, um filho que não vê os pais com tanta frequência pode ter mais chances de perceber alterações na visão do que o  cônjuge ou um amigo do idoso, que podem não perceber os problemas de visão de uma pessoa por causa de seus próprios problemas de saúde”, afirma  o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares. 

Para o estudo, 3.448 beneficiários do Medicare foram entrevistados de 2011 a 2015. Pessoas que não possuíam nenhum, um ou dois membros da família tinham 40% menos chances de fazer a cirurgia de catarata do que aquelas com três ou mais membros da família. O estudo não mediu a qualidade do apoio social dos pacientes. A qualidade do suporte oferecido também pode ser importante. 

“A cirurgia de catarata é uma operação para remover o cristalino que está opacificando devido à catarata, quando a visão fica embaçada ou nublada. Essa turvação geralmente acontece como parte natural do envelhecimento. A única maneira de remover uma catarata é com a cirurgia. A lente natural turva é removida e substituída por uma lente artificial clara chamada lente intraocular (LIO). Existem muitos benefícios associados à cirurgia de catarata, incluindo melhoria da qualidade de vida e risco reduzido de quedas”, observa Virgílio Centurion. 

O estudo também sugeriu que os pacientes que não têm uma rede social robusta podem ser ajudados pelos prestadores de cuidados de saúde a decidir qual o melhor momento para fazer a cirurgia de catarata. “Por exemplo, médicos que assistem o idoso podem perguntar a seus pacientes se eles têm transporte e suporte disponíveis para o tempo de recuperação após a cirurgia de catarata para ter uma ideia da condição de sua rede social”, observa Centurion.

 


 

IMO-Instituto de Moléstias Oculares

Blog Da Catarata: https://blogdacatarata.wordpress.com/

Instagram:@imosaudeocular

YouTube: https://www.youtube.com/user/imosaudeocular

 

Volta às aulas: o ponto arquimediano

Saber o que fazer é uma das coisas mais difíceis que existe no mundo. Quando tomamos uma decisão que afeta apenas a nós mesmos, já é um perrengue só. Agora, uma decisão que afete a vida de milhões de pessoas, é um verdadeiro inferno de Dante. E para decidir, qual deve ser nosso balizamento? Onde está o ponto mágico no qual poderemos colocar a nossa alavanca de Arquimedes? Decisões implicam, necessariamente, um percentual variável de erro. Logo, dizer que agimos de maneira certa é um pouco eufemístico e, no limite, um embuste. 

Há, porém,  formas para tentar minimizar essa irredutível incerteza. As evidências científicas, por exemplo. No entanto, diante de fatos novos, a velocidade das evidências deixa muito a desejar, exatamente porque para ser evidente tem de se ampliar a margem de segurança no que se diz e, enquanto isso, ficamos no vácuo do “será”, campo fértil para as especulações mais criativas.

Os cientistas ajudam, mesmo quando não têm respostas mais seguras, afirmando o que já se sabe sobre o que não se deve fazer. E, para isso, usam cálculos matemáticos razoavelmente simples. Se há uma doença que se transmite pelo ar, de pessoa para pessoa, por meio dos fluxos expelidos por alguém que está doente, manter-se distante dessa pessoa é uma coisa boa porque diminui percentualmente a chance de contaminação. Se não é possível manter-se distante o tempo todo, colocar um anteparo na boca e nariz para impedir que esse fluxo atinja as outras pessoas também parece razoável, pela mesma diminuição percentual de chance de contaminação. Se a pessoa saudável também usar esse anteparo, amplia ainda mais a chance percentual de evitar a contaminação. Somar as duas atitudes, ou seja, distanciamento e anteparo, torna o ambiente quase seguro, pois reduz drasticamente o percentual de chance de contrair a doença. É o que dá pra se dizer enquanto uma solução mais duradoura ou mesmo definitiva não aparece. Matemática, a boa e velha matemática.

O problema é que vivemos amontoados e são poucas as atividades nas quais seja possível evitar essa aproximação o tempo todo. Logo, um certo grau de aglomeração é inevitável - e de contaminação também, mesmo com o uso de máscaras. No entanto, se tivermos aparato médico hospitalar adequado e disponível, é possível tratar as pessoas que desenvolvam a forma mais grave da doença e diminuir ao mínimo os óbitos. Como lembrava o sociólogo Durkheim, a respeito do suicídio, o que é objeto de estudo não é a existência do suicídio em si, mas quando sua prática se torna anômala. Da mesma forma, morrer por doenças é uma realidade inescapável. Morrer por falta de planejamento, distribuição adequada de remédios e aparelhos médicos, coordenação para monitorar o funcionamento de áreas que criam aglomeração, entre outras atitudes, é que é o problema.

Uma dessas questões sobre a qual paira a espada de Dâmocles é o funcionamento das escolas. Depois de mais de quatro meses, o que se pode pensar sobre a volta ou não do seu funcionamento? As crianças e jovens têm sido, em parte, atendidos pelo ensino remoto. Algumas  conseguiram se adaptar, outras sequer puderam acessar os programas disponibilizados. Os ambientes domésticos são ou bastante confortáveis e adaptados para estudar ou absolutamente inviáveis. Entre um e outro, milhões de crianças e jovens sofrem um plus de carga emocional e física para ir acompanhando os  conteúdos que são ministrados por professores despreparados ou mal treinados para essa tarefa de dar aula à distância. 

Isso sem falar do mais importante: o convívio e o aprendizado social que só a escola presencial proporciona, por mais que chats e zooms possam querer emular esse convívio. As amizades, para as crianças e jovens, são muito corpo a corpo, feitas de abraços e beijos, de empurrões e corridas pelos pátios, de trocas de lanches, conversas ao pé do ouvido. Tudo isso desapareceu abruptamente e, agora, passados vários meses, cobra um preço que os cientistas levarão tempo para dimensionar. Mas que é grave, é.

Saber o que fazer é uma das coisas mais difíceis que existem no mundo. E estamos diante de uma delas agora. É a dificílima arte do bem comum.  Devemos tentar retomar as aulas, ouvindo os especialistas e buscando evitar ao máximo o contágio, ou corremos o risco de ampliar os efeitos ainda não demarcados de um ano letivo perdido, um quase ano de confinamento de crianças e jovens sem contato com o ambiente escolar? Tudo isso ganha contornos ainda mais trágicos em um país como o nosso, onde a doença funciona como um colírio para tornar mais clara a visão dos abismos sociais com os quais convivemos no dia a dia como se fosse normal, natural e absolutamente sem importância. Quase trinta por cento dos jovens brasileiros já não frequentam a escola. Com esse ano sabático compulsório, quantos sobrarão? E qual o efeito para a sociedade desse êxodo de crianças e jovens para as franjas do aprendizado?

Não há resposta fácil, isso já deveríamos saber desde sempre. Não é possível esperar o tempo todo que alguém se responsabilize e que então possamos dizer “eu só estava fazendo o que disseram”. Por outro lado, não podemos aceitar que a incompetência, a negligência, a má fé - que é a face mais grave da ignorância - transformem as decisões difíceis em consequências desastrosas. As vítimas, tudo leva a crer,  serão as mesmas pessoas que, com ou sem pandemias, sofrem da doença crônica que mais mata em nosso país: a invisibilidade.





Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.
danielmedeiros.articulista@gmail.com

 

5 dicas para evitar prejuízos em bares, restaurantes e pizzarias

Especialista do segmento de Alimentação Fora do Lar (AFL) dá dicas para ajudar os pequenos negócios 

 

Em São Paulo, os bares e restaurantes foram liberados para abertura gradativa a partir de 6 de julho. Mas, para retomada efetiva do setor, são necessárias diversas medidas. Em recente levantamento do instituto brasileiro de pesquisa Hibou, 58% dos brasileiros só irão a restaurantes sem aglomeração e 79,5% consideram condicional o uso de máscaras por toda a equipe de atendimento dos locais e serviços. 

 

De acordo com a Ana Paula Coelho, CEO da Monte Carlo Alimentos (https://www.montecarloalimentos.com.br/) - distribuidora com 26 anos de mercado focada em pequenos negócios do setor food service - manter a organização do pequeno negócio ajuda a diminuir os prejuízos. “Pequenos e médios comércios que não realizam um controle de estoque eficaz podem sofrer impactos nas vendas e na produtividade do negócio”, afirma. 

A especialista listou 4 dicas importantes para ajudar comerciantes na organização do seu estabelecimento:

 

1. Controle o estoque do estabelecimento


Com a atual mudança de comportamento do consumidor, o ideal é diminuir a capacidade do estoque em relação ao período anterior ao coronavírus. O organização do estoque demanda cautela e pode alterar o custo desse estabelecimento. O local onde os alimentos são armazenados tem influência direta sobre a sua qualidade e durabilidade. Locais com alta incidência solar e infiltrações, por exemplo, aceleram o apodrecimento e o surgimento de mofo em frutas e legumes. Vale a pena investir em um espaço adequado para não ter perdas de insumos ou problemas com a vigilância sanitária. Ele não deve ter problemas estruturais, como rachaduras, alta incidência de raios solares, nem ser muito úmido. Todos esses fatores diminuem consideravelmente a sua vida útil.


 

2. Garanta serviços futuros 


Use a criatividade para gerar caixa. Receber antecipadamente pelos serviços pode ser extremamente útil neste momento em que você precisa aumentar seu capital. Construir uma estratégia de voucher, cartão-presente e até cartão fidelidade pode ser uma saída interessante para o seu negócio. Pense em formas criativas de chamar atenção do cliente para a causa em si e se organize para realizar esses atendimentos futuramente de forma a não impactar sua estrutura.

 

3. Continue vendendo por meio de delivery 


Mesmo com a reabertura dos estabelecimentos, muitas pessoas não se sentem seguras em frequentar esse tipo de espaço público. Por isso, as entregas são fundamentais para garantir o atendimento daqueles que ainda vão preferir pedir comida de casa. Também é importante ficar atento às embalagens e ao tipo de alimento ou produto que será enviado. O cliente espera em casa a mesma experiência que passaria ao comer no restaurante.

 

4.  Use a tecnologia a seu favor


Invista em tecnologias que agilizam processos e libere seu tempo para dedicar a outras atividades. Com a Monte Carlo é possível melhores negociações com os fornecedores, sofrendo menos interrupções no dia a dia. A distribuidora possui um canal de vendas na internet que ajuda a aumentar as possibilidades de compra dos bares, pizzarias e restaurantes. É possível escolher entre enviar uma mensagem do próprio celular, ser atendido pelos consultores ou comprar produtos a qualquer hora do dia por uma plataforma B2B.

 

5. Renegocie os custos do estabelecimento 


É possível, por exemplo, pedir a isenção das cobranças estatais como água e luz. Também é importante buscar negociar as dívidas, procure por concessões de crédito e principalmente renegocie seus custos fixos como o aluguel de imóvel e máquinas. 

 



Monte Carlo Alimentos

https://www.montecarloalimentos.com.br/


Mudança de hábito: pandemia desperta interesse nos consumidores em consumo responsável e alerta sobre a necessidade das empresas por políticas de Responsabilidade Social

A pandemia acelerou um processo que vinha caminhando lentamente no cenário empresarial do Brasil: a atenção e a urgência por políticas de Responsabilidade Social, cada vez mais estruturadas, por parte das empresas. Não só as companhias sentiram essa necessidade, como os próprios consumidores passaram a priorizar marcas que tenham esse olhar social e ações efetivas que ajudem causas importantes. Agora com a pandemia do novo coronavírus, para 64% dos consumidores, as empresas favoritas precisam colaborar com a geração de empregos e ajudar pessoas do grupo de risco durante a pandemia, segundo dados da Hibou, empresa que monitora o mercado e consumo. Outro estudo, da Research Institute da Capgemini, apontou a mesma tendência: 79% dos consumidores diz estar mudando as suas preferências de compra com base nos critérios de responsabilidade social, inclusão e impacto ambiental das marcas. 


A Cashback World, umas das maiores Comunidades de Compras do mundo, multicanal e multissetorial, presente em 49 países do mundo, já tinha percebido essa necessidade. Visando apoiar medidas no campo da educação, defender os direitos das crianças e auxiliar projetos de sustentabilidade e preservação do meio ambiente, ajuda a manter duas fundações beneficentes: a Child and Family Foundation, desde 2008, e a Greenfinity Foundation, desde 2011. Cada compra feita na plataforma da Cashback World, em todo o mundo, tem parte revertida para apoiar essas duas ONGs.


"Para nós, é muito importante dedicarmos esforços em prol de causas tão importantes. Principalmente num período tão delicado como o que estamos vivendo, sabemos que as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social são as que mais sofrem os impactos da pandemia, tanto em condições sanitárias, de saúde, quanto em condições econômicas. Acredito que as empresas de todo o mundo estão enxergando a importância de assumir esse papel de agente social transformador", afirma o CEO Américas da myWorld - operadora da Cashback World no Brasil, Roberto Freire.

A Child & Family Foundation beneficia hoje cerca de 38 mil pessoas, com 95 projetos, em 41 países. Sob o mote 'educação para todos', a ONG trabalha construindo escolas em regiões carentes pelo mundo e promove, anualmente, a campanha ‘Angel for a Day’, com voluntários que dedicam um dia a crianças e adolescente carentes, proporcionando atividades que, normalmente, eles não teriam acesso. Já aconteceram mais de 100 dessas campanhas, pelo mundo todo, e essas experiências despertam mais alegria e motivação para os jovens e crianças. Neste ano, devido a pandemia, a ação não acontecerá presencialmente, mas, a ONG, juntamente com a Cashback World, está promovendo campanhas educativas e de sensibilização para arrecadar doações de alimentos, materiais de limpeza e higiene.

Aqui no Brasil, além dos programas mundiais, a ONG tem um projeto específico, o Parajuru, no Ceará, que ajuda na profissionalização de mulheres carentes que são provedoras do sustento das suas famílias, para que possam garantir renda.

A outra instituição, a Greenfinity Foundation, promove projetos que ajudam o meio ambiente e, aqui no Brasil, ela coordena um projeto que visa acabar com a sede, construindo poços artesanais para famílias de regiões mais secas, como na Bahia, garantindo o acesso à água limpa para várias famílias brasileiras, recurso fundamental principalmente agora, durante a pandemia. O projeto começou em 2013 e já construiu, até hoje, quase 270 poços, atendendo 3.500 pessoas, e continua em andamento. A ONG beneficia mais de 16 mil pessoas, em todo o mundo, com 90 projetos em 21 países.

"É importante sabermos que estamos construindo um negócio que não olha apenas para si, mas para todo o ecossistema e em vários países do globo", finaliza Freire.

 

 

Child & Family Foundation

www.childandfamily.foundation


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