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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Hospital entra em campanha por conscientização sobre doação de medula óssea e cordão umbilical

Com a fachada iluminada para o Agosto Laranja, Hospital Icaraí, que realiza transplantes desde o ano passado, ajuda a instigar curiosidade e mobilizar população 

 

As noites na rua Marques de Paraná, em Niterói, ganharam uma cor diferente. Isso porque desde a última segunda-feira, dia 03/08, a fachada do Hospital Icaraí foi iluminada de laranja, uma ação que faz parte do mês de celebração do “Agosto Laranja Niterói”, campanha que visa a conscientização sobre a importância da doação da medula óssea e cordão umbilical, além de chamar a atenção para a necessidade de cadastramento e atualização de dados junto aos Registros de Doadores. As ações, que acontecem na cidade ao longo do mês, vão ajudar a desmitificar os procedimentos de transplantes e incentivar hemocentros e unidades de saúde a produzir material informativo para a população.

O Hospital Icaraí, que apoia a campanha, realiza transplantes de medula desde o ano passado, e, segundo o médico hematologista Roberto Magalhães, um dos responsáveis técnicos pela equipe de transplante de medula do HI, a instituição trilha um caminho de sucesso e deve evoluir ainda mais.

“Passamos por uma curva de aprendizado, que é natural e muito importante. Estamos nos qualificando para chegar a outras fases nos transplantes. Por enquanto, realizamos procedimentos da fase 1, nos quais o paciente é doador dele mesmo. Foram 13 transplantes desde outubro do ano passado, superando bem nossa previsão inicial. Acreditamos que em breve poderemos chegar à fase 2, com transplantes de medula em que o doador é parente do paciente, e contribuir ainda mais com a saúde da nossa região, aumentando a nossa estrutura no hospital para salvar mais vidas”, afirma o doutor Roberto, que explica que o sistema de registro de doadores é público e utilizado para todos os hospitais, inclusive os da rede privada. Por isso, é importante que todos saibam como e onde doar medula e estar com o registro ativo. A equipe de transplantes de medula do Hospital Icaraí conta com 9 profissionais e é coordenada também pelo Dr. Leandro Pataro.

O Agosto Laranja tem base na Lei Municipal nº 3417, vigente desde a publicação em 2019 e que altera lei anterior que tratava da mobilização acerca do tema. O projeto de levar informação e promover a doação da medula e do cordão umbilical é apoiado pela ONG Davida – Casa do Bom Samaritano, parceira do Hospital Icaraí na instalação das novas luzes da fachada.

Segundo a presidente da ONG, Cristina Ana Morgan, é importante instigar, por meio da cor laranja nos prédios, a curiosidade da população. “Somos a esperança de muitos que aguardam por um doador compatível”, diz Cristina, acreditando que, muitas vezes, "nós somos a cura".

 

 

Hospital Icaraí

Rua Marquês do Paraná, 233. Icaraí. Niterói – RJ

Ouvidoria: ouvidoria@hospitalicarai.com.br

Telefone: 55 21 3176-5000


CRESCER promove primeiro Mamaço Virtual

 

Evento online realizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) celebra a Semana Mundial do Aleitamento Materno no dia 7 de agosto; participe


Conhecido como Agosto Dourado, o mês de agosto simboliza a luta pelo incentivo à amamentação - a cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. E para celebrar esse ato e reforçar sua importância, a CRESCER em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) vai realizar o 1º Mamaço Virtual nesta quinta-feira, dia 7 de agosto, às 17h, dia que encerra a Semana Mundial do Aleitamento Materno 2020. Para participar da transmissão ao vivo, as mães devem se inscrever neste formulário e, após receberam o link, é só acessar enquanto amamenta seu bebê.

Durante o "mamaço" virtual, acontece também uma bate-papo online com a participação da atriz Gisele Itié, mãe de Pedro, de cinco meses, e dos pediatras Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria; Moises Chencinski, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo; e Luciano Borges Santiago, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria. Com mediação de Ana Paula Pontes, editora-chefe da CRESCER, eles vão conversar com as mães e tirar dúvidas sobre amamentação e imunização.

"O leite materno é capaz de proteger o bebê e fortalecer as defesas do organismo. Por isso, vamos falar também sobre as vacinas, fundamentais para a saúde das mães e das crianças", completa a editora-chefe da CRESCER Ana Paula Pontes.


A ideia do encontro virtual é montar uma rede de apoio - ainda que virtual - para levar informações e mostrar as vantagens da amamentação para mães que enfrentam desafios diários por falta de apoio, informações erradas, palpites e preconceitos. Além disso, os especialistas vão mostrar a importância do aleitamento materno para a saúde da mãe e do bebê.



SERVIÇO:


1ª Mamaço Virtual
Data: 7 de agosto de 2020
Horário: 17hHorário: 17h
Local: Plataforma Zoom
Inscrição pelo link
Mais informações: www.revistacrescer.globo.com

 

Estação Santa Cruz abriga campanha sobre o colesterol

Endócrinos de SP chamam atenção para o Dia Nacional de Combate ao Colesterol

 

Durante todo mês de agosto a Estação Santa Cruz da Linha 5-Lilás de metrô de São Paulo abrigará uma exposição com 20 artes impressas em displays de acrílico para chamar atenção sobre o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, celebrado em 8 de agosto. A iniciativa é uma parceria entre a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP) e a ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 5-Lilás.

• O que é o colesterol?

• Para que ele serve?

• Quem pode ter a saúde prejudicada pelo excesso de colesterol no sangue?

São algumas das informações que estão presentes nos cartazes para alertar a população - entre outras coisas - que, nem sempre, o colesterol alterado no sangue dá sinais.

“Mas engana-se quem acredita que o colesterol é do mal. Essa molécula é muito importante ao nosso organismo, pois faz parte das membranas celulares, então é necessário termos uma taxa adequada de colesterol, e essa taxa varia entre crianças e adultos. O colesterol, que é uma molécula ‘do bem’, só passa a ser um vilão quando está em excesso no nosso organismo”, explica Dr. Osmar Monte, endocrinologista da SBEM-SP e curador do conteúdo da exposição.

O colesterol presente na dieta é absorvido pelo intestino e a capacidade de absorção é limitada para cada pessoa, de acordo com a genética de cada um. “Pessoas com hipocolesterolemia, ou seja, níveis muito baixos de colesterol têm aumento do risco de ter câncer”, conta o endocrinologista.

Valores limites

Crianças antes da puberdade: 180mg/dl do colesterol total

Adultos: 200mg/dl

A principal causa do colesterol alto é genética. Em média, a cada 300 a 500 nascimentos, uma criança é afetada com problemas do metabolismo do colesterol, que pode se manifestar na primeira infância ou já na vida adulta. “Por isso é importante saber o histórico de saúde familiar das crianças”, alerta Dr. Osmar.

Alimentação com redução de gordura de origem animal e rica em fibras vegetais ajuda a reduzir o colesterol. Medicamentos podem ser associados em alguns casos e de acordo com a faixa etária do paciente.

 

Dia Nacional de Combate ao Colesterol

Quando: de 1º a 31 de agosto de 2020

Local: Estação Santa Cruz, da Linha 5-Lilás do metrô de São Paulo (Avenida Domingos de Morais, 2474)

 

SBEM-SP - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo

 

Teste simples ajuda a prever e prevenir quedas

O "teste avançado de preensão de papel" validado por pesquisadores do Centro de Biomecânica e Tecnologias de Reabilitação (CBRT) da Universidade Staffordshire envolve puxar um pequeno cartão por baixo do pé do participante enquanto pede que ele prenda com o dedão do pé (Hallux).

O teste proposto pode ser potencialmente usado para monitorar a fraqueza muscular nas clínicas para melhor avaliação do risco de quedas em pacientes com diabetes.

Aoife Healy, professor associado de biomecânica do movimento humano na CBRT, disse: "O teste de preensão em papel é um teste simples, clinicamente aplicável para detectar fraqueza muscular no pé. O artigo atual baseia-se em trabalho anterior e mostra sua utilidade na avaliação da força e equilíbrio neste grupo de pacientes vulneráveis".

O experimento envolveu a avaliação de vinte voluntários saudáveis ​​nos laboratórios especializados em Biomecânica da Staffordshire University e dez pessoas com diabetes em uma clínica de pés diabéticos na Índia.

A força de preensão do hálux anteriormente era fortemente ligada à força de todos os grupos musculares do pé e tornozelo e à capacidade de manter o equilíbrio. Os últimos resultados publicados em Gait and Posture em um teste modificado mostram a confiabilidade e a validade da força de preensão do Hallux durante a avaliação clínica.

O Dr. Lakshmi Sundar, co-autor deste estudo e especialista em pés diabéticos de Chennai na Índia, acrescentou: "Este tipo de avaliação clínica simples é extremamente valiosa em ambientes com poucos recursos e ajuda a fornecer conselhos clínicos eficazes".

O professor Nachi Chockalingam, diretor do Centro de Biomecânica e Tecnologias de Reabilitação, disse: "Quedas e medo de cair são uma questão importante no manejo de idosos. Além disso, a queda pela primeira vez desencadeia um ciclo de maior medo de cair, atividade reduzida e perda de força. Isso leva a um risco maior de quedas adicionais. Portanto, é importante identificar indivíduos que possam cair e impedir a primeira queda".

 


Rubens de Fraga Júnior - Especialista em geriatria e gerontologia. Professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná.


Diástase abdominal: o que é e como corrigir a separação abdominal pós-parto


A Diástase do reto abdominal é o resultado da dilatação e afastamento dos músculos abdominais e do tecido conjuntivo entre os músculos, que acontece, normalmente, durante a gravidez. Essa abertura é palpável, tem uma largura de no mínimo 3cm, e ocorre pois o corpo da mulher se prepara para dar espaço ao crescimento do feto no útero. Além disso, os hormônios - relaxina, progesterona e estrógeno - e o trabalho de parto também contribuem para esta separação.

O crescimento da barriga gera muita tensão sobre a região abdominal, causando uma fraqueza do músculo, que fica muito esticado. Em algumas mulheres, eles voltam à posição normal. Em outra, não, causando um afastamento que pode chegar a 10 cm de distância. Quando superior a 3cm, a questão deixa de ser estética (flacidez abdominal), pois o tronco fica sem o devido suporte e podem aparecer sintomas como constipação intestinal, incontinência urinária e dor nas costas, além de aumentar o risco de hérnia abdominal.

Divulgação


Ainda é difícil determinar a quantidade de mulheres que desenvolvem diástase. Os dados médicos são conservadores, pois passaram a ser levantados recentemente, mas estima-se que pelo menos 30% das mulheres sofram desse problema. Vale ressaltar que a diástase também pode acontecer fora da gravidez, especialmente em pessoas que levantam objetos muito pesados numa postura incorreta ou quando, em algum momento de sua vida, tiveram sobrepeso.

Os tratamentos para corrigir a diástase abdominal, e voltar a ter uma barriga durinha novamente são: exercícios, fisioterapia ou a cirurgia, principalmente quando o afastamento é maior que 5 cm e os exercícios não foram eficazes para corrigir a situação.

Tratamentos para corrigir a lacuna abdominal:


Atividade física: a prática de exercícios é uma aliada importante na reversão da diástase abdominal, mas deve ser realizada com supervisão profissional constante. Exercícios mal executados podem causar um aumento na pressão intra-abdominal, e aumentar a separação do abdome, piorando a diástase ou levar ao aparecimento de uma hérnia.

Fisioterapia: também pode ser adotada como método preventivo, durante a gestação, com preparação para o parto por meio de exercícios específicos para o fortalecimento de todo o core abdominal e do soalho pélvico. No pós-parto, é eficiente para o fortalecimento do músculo reto abdominal, pois são utilizados equipamentos específicos que auxiliam na contração muscular.

Cirurgia: é um procedimento que consiste no reposicionamento da musculatura. Nessa cirurgia, "costuramos" os músculos, por meio de uma sutura, realizada por um cirurgião-plástico. Indicamos a cirurgia a partir dos 6 meses do parto quando exercícios físicos e fisioterapia não surtiram efeito na volta da musculatura para a sua posição original pré gestacional.

A cirurgia pode ser realizada através da videolaparoscopia, técnica com cicatriz mínimas no abdome e recuperação mais rápida. É indicada para as pessoas que apresentam somente diástase do músculo reto sem sobra de pele ou gordura ou para aquelas que não desejam grandes incisões na barriga.

É possível que o médico também sugira a realização de uma lipoaspiração ou abdominoplastia, caso haja gordura localizada ou pele redundante na área para um resultado corporal mais harmonico. A abdominoplastia remove o excesso de pele e alinha o músculo para finalizar o procedimento. Dessa maneira, ocorre uma remodelação de toda região que compreende o abdômen, tratando de vez o problema. O resultado final, geralmente, só aparece depois de três meses.




aulo (UNIFESP) - Escola Paulista de Medicina (EPM). Foi Preceptora dos residentes da Disciplina de Cirurgia Plástica da UNIFESP em 2011 e colaboradora no setor de Estética, orientando e especializando-se em cirurgias de Face. Possui título de especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Além de ser membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Membro da Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar. Faz parte do corpo clínico dos principais hospitais de São Paulo, como o Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital Sírio Libanês entre outros hospitais conceituados. http://clinicasodo.com.br/index.php/dra-leticia-odo/


Mitos e fatos sobre problemas bucais na gravidez


Há quem diga que a gravidez favorece o desenvolvimento de problemas bucais. Definitivamente, isso é um mito, segundo a Dra. Kamila Godoy, dentista, membro da Associação Brasileira de Ortodontia, da World Federation of Orthodontists e pesquisadora da Faculdade de Odontologia da USP.

“A verdade é que a saúde bucal das gestantes, em geral, necessita dos mesmos cuidados básicos que a de qualquer outra mulher: limpeza diária com uso adequado de escova e fio dental. Os exames pré-natais devem, inclusive, ter um check-up odontológico, pois um problema simples pode se agravar ao longo dos meses, atrapalhando os momentos finais da gravidez”, afirma a especialista. 

Segundo ela, o granuloma piogênico, caracterizado por úlceras na região dos lábios, língua, bochechas e palato, já foi uma lesão associada à gravidez. “Porém, trata-se de uma patologia que acomete apenas 5% das gestantes e pode ocorrer também em mulheres que não estejam grávidas. Por isso, muitas das doenças periodontais que aparecem durante a gestação são causadas pela simples falta de higienização adequada e mudança de hábitos alimentares para suprir a formação do feto”. 

Para Kamila Godoy, o período ideal para que as gestantes façam qualquer tipo de tratamento odontológico é durante o segundo trimestre da gravidez. “Isso porque os primeiros três meses são marcados por enjoos e indisposição, enquanto os três últimos registram aumento da frequência urinária, inchaço corporal, dor nas costas e desconforto na posição ‘deitada’, exigida pela cadeira do dentista”. 

Para as mulheres que estão em tratamento ortodôntico, a gestação não exige nenhum tipo de cuidado especial em relação ao aparelho, que também não prejudica em nada a formação saudável do feto. “A gestante deve apenas reforçar os cuidados com a higienização, uma vez que os aparelhos ortodônticos favorecem o acúmulo de resíduos da alimentação, o que facilita o desenvolvimento de placa bacteriana, infecções gengivais e cáries”. 

Por fim, a dentista Kamila Godoy destaca que, caso necessite passar por uma extração ou tratamento mais invasivo, o anestésico local pode ser utilizado sem riscos na gestante. “O profissional deve estar ciente da gravidez da paciente para, assim, escolher qual a dose e o tipo de anestesia mais apropriados para cada caso”.


Cardiologista pediátrica conta por que gestantes não podem tomar qualquer remédio

Também há alimentos que podem interferir na formação cardíaca do bebê, entenda.


Você sabia que o coração do bebê, quando ainda

 está no útero, é diferente de quando ele nasce? A cardiologista pediátrica Dra. Renata Isa Santoro, especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria, conta que dentro do ventre materno, o coração do bebê tem uma estrutura chamada ducto arterioso que conduz até 85% do sangue de um lado para o outro do órgão.

Alguns alimentos e medicamentos consumidos pela mãe durante a gravidez podem influenciar na saúde ou na falência desse ducto, podendo até levar à morte do bebê.

"Os anti-inflamatórios, por exemplo, interferem nas paredes do ducto, restringindo o espaço e prejudicando seu funcionamento", diz Dra. Renata, "recentemente, um número crescente de evidências mostrou que alimentos cotidianos, como ervas, frutas, castanhas e polifenóis prejudicam o funcionamento do ducto arterioso, principalmente se consumidos no terceiro trimestre".

O ecocardiograma fetal, um tipo de ultrassom rápido e indolor, avalia o ducto arterioso e informa sobre possíveis problemas na estrutura.


O que evitar

Dra. Renata lembra que as gestantes não devem tomar nenhum tipo de medicamento sem orientação médica. Até mesmo analgésicos podem interferir na saúde fetal.

Dentre os alimentos contraindicados no terceiro trimestre, temos:

- Chás verde, preto, de boldo, chimarrão e mate;

- Café;

- Suco de uva;

- Chocolate amargo ou cacau em pó.


Alimentos a limitar o consumo:

- Beterraba crua;

- Alface;

- Ameixa preta/vermelha com pele;

- Amora;

- Maçã vermelha com casca;

- Mamão;

- Morango;

- Suco de laranja integral.

"É importante que a gestante converse e tire suas dúvidas com seu obstetra e não tome remédios sem o consentimento médico. Um cardiologista pediátrico pode conjuntamente com o obstetra ajudar nesta orientação e analisar o coração do feto com mais detalhes."

 



Dra. Renata Isa Santoro • Médica pela faculdade de ciências médicas de Santos - UNILUS • Especialista em Pediatria pela AMB/SBP • Especialista na área de atuação em Cardiologia Pediátrica pela AMB/SBP/SBC • Especialista em Ecocardiografia fetal e pediátrica pela UNICAMP • Mestrado em Ciências pela UNICAMP • Atuou como Cardiologista Pediátrica, Ecocardiografista e na formação da residência médica em cardiologia pediátrica na UNICAMP de 2007 a 2018


08 de Agosto: Dia Nacional de Combate ao Colesterol

Um grande inimigo da saúde cardiovascular, o colesterol alto precisa ser diagnosticado precocemente para evitar problemas sérios

  

O dia 8 de agosto foi escolhido para marcar o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. Segundo da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 300 mil pessoas morrem anualmente por causa de doenças cardiovasculares. Isso corresponde a cerca de 30% de todas as mortes no país.  E um dos principais fatores de risco para que elas aconteçam é o LDL elevado (colesterol ruim). De acordo com o cardiologista Dr. Augusto Vilela, médico do Departamento de Cardiologia da Rede MaterDei e Hospital Belo Horizonte, um dos mitos mais ultrapassados é acreditar que o colesterol é problema apenas de quem sofre de obesidade. “As pessoas magras também podem apresentar colesterol alto e estar no grupo de risco de infarto e derrame, pois ele se acumula nas paredes das artérias bloqueando a passagem do sangue. É muito importante que as pessoas saibam que o colesterol alto, na maioria dos casos, não dá sinais nem qualquer tipo de sintomas. Por isso é essencial fazer os exames periódicos e acompanhamento médico, além de adotar de hábitos saudáveis que incluem a alimentação e a prática de atividades físicas regularmente”, explica. 

Dr. Augusto Vilela explica ainda que o colesterol é uma molécula que está presente na membrana das células do nosso organismo formando órgãos e sistemas como coração, cérebro, fígado, sistema digestivo e sistema nervoso. Além dessa função estrutural, o corpo usa o colesterol para produzir alguns hormônios e para metabolização de algumas vitaminas. Não existe cura para o colesterol alto, apenas tratamento. No entanto, o paciente deve promover uma mudança de hábitos permanentes  para que as taxas do colesterol ruim não voltem a subir. “Pequenas mudanças nos hábitos alimentares e a prática de atividades físicas já são suficientes para que a maioria das pessoas consiga manter as taxas de colesterol regulares”, explica o médico.  

A prevenção se faz através de um estilo de vida saudável, com consumo moderado de gorduras saturadas e atividade física regular. “Porém, devemos estar cientes que do colesterol sanguíneo que temos, somente 15% vem da alimentação, o restante é produzido especialmente pelo nosso fígado, e nesse caso, somente medicação consegue inibir a produção e reduzir os valores no sangue. As melhores dietas reduzem, somente 10% do colesterol sanguíneo”, alerta. 


Agosto Laranja: tratamento precoce da esclerose múltipla pode evitar sequelas e perda de visão

Segundo a neuroftalmologista Márcia Lúcia Marques, doença prejudica os nervos oculares e deve ser tratada logo no início com acompanhamento de médico especialista. 

 

A esclerose múltipla atinge cerca de 2,3 milhões de pessoas no mundo, sendo que no Brasil, sua prevalência pode variar de 1,36 a 27,7 casos por 100.000 habitantes, de acordo com a região. Para promover a disseminação de informações sobre a doença, no dia 30 de agosto é celebrado o Dia Nacional de Conscientização Sobre a Esclerose Múltipla. 

De acordo com a neuroftalmologista Márcia Lúcia Marques, a esclerose múltipla é uma doença considerada desmielinizante, ou seja, por motivos ainda não identificados as defesas do corpo ‘atacam’ a bainha de mielina que envolve os nervos, fazendo com que eles fiquem desprotegidos e desencadeando inflamações.  

“O nervo ótico é um exemplo de nervo revestido por essa bainha de mielina. Ele é o responsável pela condução da nossa visão ao cérebro e, como em qualquer processo inflamatório de células nervosas, ele não se regenera depois de comprometido. Por isso, a neurite ótica é uma urgência oftalmológica e pede que o caso seja investigado e tratado o mais rápido possível”, explicou. 

Segundo a neuroftalmologista, quando a doença e o comprometimento do nervo ótico são identificados logo no início, é mais propício que o paciente tenha a recuperação da visão com nenhuma ou poucas sequelas. Caso contrário, a neurite pode causar a perda definitiva ou parcial do olho atingido pela inflamação. 

“A perda da visão é um problema que a esclerose pode trazer de maior impacto, porque acaba sendo bastante incapacitante para o paciente”, explicou. 

 

Sintomas e diagnóstico 

O diagnóstico da esclerose múltipla é feito, principalmente, de forma clínica, com apoio de uma série de exames complementares, como a ressonância magnética do encéfalo e da coluna vertebral e a coleta de liquor para análise. 

De acordo com Márcia Lúcia, os principais sintomas que levam os pacientes a procurarem ajuda médica são formigamentos, dormência e perda de força muscular, na maioria das vezes, em membros inferiores e nas mãos. Já em relação aos olhos, a doença pode dar sinais como a perda de visão súbita e dor ocular.  

“Às vezes o paciente não tem sintoma nenhum da doença, mas ele apresenta uma baixa de visão súbita, de um dia para o outro, dor na movimentação dos olhos e, em alguns casos, a pessoa pode ter estrabismo”, explicou. 

 

Tratamento 

O tratamento da esclerose múltipla é feito de forma aguda para combater a inflamação do nervo ótico, com acompanhamento de um neurologista especializado na doença.  

De acordo com a neuroftalmologista, inicialmente os danos causados aos nervos podem ser reversíveis, desde que o tratamento seja feito logo no início da presença da inflamação. 

“Uma vez identificada a inflamação no nervo ótico, o tratamento correto deve ser iniciado logo em seguida. Dessa forma, dependendo do grau de inflamação e do início do tratamento, as sequelas podem ser reversíveis”, disse. 

 

Conscientização 

A campanha Agosto Laranja busca ampliar o debate sobre a esclerose múltipla para promover a conscientização não só das pessoas que são portadoras, mas também de seus familiares, amigos e pessoas que nunca tiveram contato com a doença. 

“Principalmente os familiares dessas pessoas, que acabam tendo uma chance maior de desenvolver a doença, porque existe uma certa herança genética. Então é importante que as pessoas saibam identificar os sintomas e conheçam quem são os profissionais indicados para o tratamento”, disse. 

Para a neuroftalmologista, o mês de conscientização também é necessário para que as pessoas mais propensas a desenvolverem a doença conheçam os sintomas. De acordo com os estudos mais recentes, a doença atinge pessoas jovens e, em sua maioria, mulheres. 

“Muitas vezes, a paciente já tem algum sintoma da doença por anos sem perceber que aquilo pode ser um início da esclerose múltipla. Quanto antes a pessoa desconfiar do problema e procurar um médico especializado, mais fácil é a prevenção das sequelas que ela pode trazer”, disse. 




Dra. Márcia Lúcia Marques - Médica oftalmologista formada pela faculdade de medicina do ABC com mais de 15 anos de experiência. Especialista em glaucoma clínico e cirúrgico e neuroftalmologia.  É doutora em neurooftalmologia e doenças neurodegenerativas, com estudos em doenças como esclerose múltipla, doença de Parkinson, ataxias e doença de Alzheimer. 


40% dos casos de demência podem ser evitados ou adiados


A modificação de 12 fatores de risco durante o curso da vida pode atrasar ou prevenir 40% dos casos de demência, de acordo com uma atualização da Lancet Commission sobre prevenção, intervenção e cuidados com demência, que foi apresentada na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (AAIC 2020).

Combinados, os três novos fatores de risco estão associados a 6% de todos os casos de demência - com cerca de 3% dos casos atribuíveis a lesões na cabeça na meia-idade, 1% dos casos ao consumo excessivo de álcool (de mais de 21 unidades por semana) na meia-idade e 2% à exposição à poluição do ar mais tarde na vida.

Os demais fatores de risco estão associados a 34% de todos os casos de demência. Os fatores associados à maior proporção de casos de demência na população são menos escolaridade no início da vida, perda auditiva na meia-idade e tabagismo no final da vida (7%, 8% e 5%, respectivamente).

"Nosso relatório mostra que está ao alcance de formuladores de políticas públicas prevenir uma proporção significativa de demência, com oportunidades de causar impacto em cada estágio da vida de uma pessoa", diz o principal autor, Gill Livingston, professor da University College. Londres, Reino Unido. "É provável que as intervenções tenham o maior impacto sobre aqueles afetados por fatores de risco para demência, como os de países de baixa e média renda e populações vulneráveis.

Para lidar com o risco de demência, os autores pedem que 9 recomendações sejam feitas pelos formuladores de políticas:

- Procure manter a pressão arterial sistólica de 130 mm Hg ou menos na meia idade a partir dos 40 anos de idade.

- Incentive o uso de aparelhos auditivos para perda auditiva e reduza a perda auditiva protegendo os ouvidos contra altos níveis de ruído.

- Reduza a exposição à poluição do ar e ao fumo passivo de tabaco.

- Prevenir lesões na cabeça (principalmente visando ocupações e transporte de alto risco).

- Evite o uso indevido de álcool e limite o consumo a menos de 21 unidades por semana.

- Pare de fumar e apoie os indivíduos a parar de fumar (o que os autores enfatizam é ​​benéfico em qualquer idade).

- Proporcionar a todas as crianças educação primária e secundária.

- Leve uma vida ativa.

- Reduzir a obesidade e diabetes.

 



Rubens de Fraga Júnior - Especialista em geriatria e gerontologia. Professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná.


Você conhece as diferenças entre os testes para Covid-19?

Euroimmun explica qual o teste correto nas diferentes fases da doença, e a importância da testagem combinada de anticorpos para evitar o falso negativo


A maioria da população brasileira desconhece a diferença entre os testes disponíveis para a detecção da Covid-19. Somente a testagem rápida de anticorpos não é capaz de conter a disseminação do vírus do país. Muitas pessoas estão confiando nos resultados desses testes para voltar ao trabalho e visitar os pais ou parentes idosos, que fazem parte do grupo de risco, mas desconhecem a possibilidade do falso negativo. Nesses casos, o indivíduo continua circulando e disseminando a doença.

É necessário estar atento ao tipo de exame que será realizado para detectar a Covid-19, pois tudo depende da fase de infecção do vírus. Para cada estágio da doença, é recomendado um tipo de testagem. Após o contágio, o vírus pode apresentar um período de incubação de até 14 dias e, durante esse período, as pessoas estão assintomáticas, mas podem transmiti-lo. Para detecção direta do novo coronavírus nesse estágio inicial da infecção, o teste recomendado é o RT-PCR, por meio de amostras do trato respiratório superior (swab nasofaríngeo). Esse exame é considerado o padrão-ouro no diagnóstico da Covid-19.

Segundo Michel Soane, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da EUROIMMUN, após o período de incubação, o vírus começa a se replicar e a resposta do corpo para esse "ataque" é a produção de anticorpos, que tem início em aproximadamente dois dias após o aparecimento dos sintomas. "Nesse estágio, a sorologia, diferentemente da PCR, verifica a resposta imunológica do corpo em relação ao vírus, com um exame realizado a partir da amostra de sangue do paciente."

De acordo com pesquisas recentes realizadas pela EUROIMMUN, líder mundial em soluções para diagnóstico laboratorial, o teste de detecção de níveis de anticorpos IgA é mais eficaz quando comparado ao teste com anticorpos IgM. Isso ocorre porque, em infecções respiratórias causadas pelo novo coronavírus, são observados altos títulos de anticorpos IgA, que surgem precocemente, logo após o aparecimento dos sintomas.

"A concentração de anticorpos IgA é elevada quando comparada aos anticorpos IgM, que pode ainda nem ter sido produzido ou estar em níveis indetectáveis, logo após o aparecimento de sintomas. Desta forma, dependendo da fase da infecção em que a pessoa se encontra, os anticorpos IgM podem ser indetectáveis, devido à sua baixa concentração, levando a um resultado falso negativo", explica o infectologista.

Além disso, para obter um resultado mais confiável e assertivo, é recomendada a realização de testes IgA e IgG combinados, já que essa identificação permite uma sensibilidade elevada do diagnóstico, uma vez que anticorpos IgA surgem em aproximadamente dois dias após aparecimento dos sintomas e anticorpos IgG aparecem somente por volta do quinto dia, tendo seus títulos ampliados com o decorrer do tempo.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é recomendado que a população realize testes sorológicos depois de oito dias do aparecimento dos sintomas, para que os indivíduos tenham concentrações detectáveis de anticorpos. A Anvisa alerta que a principal função desses testes é avaliar a disseminação do vírus em determinadas massas, de forma a apoiar ações públicas de saúde. Por isso, é essencial realizar o teste adequado para cada fase da doença, garantindo um resultado assertivo. 


Aumento no consumo de cigarro durante a pandemia pode elevar incidência de câncer de pulmão no Brasil, alertam especialistas

Fumantes correm riscos maiores de sofrerem sintomas graves de Covid-19; Tabagismo é responsável por 85% dos casos do tumor

 

A pandemia do novo coronavírus tem potencializado alguns hábitos nocivos à saúde, como o fumo. De acordo com estudo da Fundação Oswaldo Cruz, feito em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Estadual de Campinas, 34,3% dos entrevistados que se declararam fumantes passaram a consumir mais cigarros por dia durante a pandemia: 22,8% aumentaram em dez, 6,4% em até cinco e 5,1% em 20 ou mais cigarros. Foram ouvidos 44.062 brasileiros, de ambos os sexos, de todos os níveis de escolaridade e de todas das faixas etárias a partir de 18 anos.

Os dados são preocupantes e reforçam a relevância das campanhas de conscientização no combate ao fumo, que alertam sobre as doenças e mortes evitáveis decorrentes do consumo de cigarros. Outro estudo, sobre o panorama do câncer de pulmão no Brasil, realizado pelo Instituto Oncoguia, revelou que o cigarro é responsável por cerca de 85% dos casos deste tipo de tumor, o que mais mata no país.

Segundo o oncologista clínico Bruno Ferrari, fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas, diante da falta de perspectiva e do estresse gerado pela pandemia, o aumento do tabagismo deve ser encarado como um problema de saúde pública que trará impactos nos próximos anos à população. "A evolução da curva epidemiológica da Covid-19 impactará nossas vidas por um tempo indeterminado. Não podemos ignorar que entre os aspectos a serem observados com cautela está a herança de hábitos nocivos ao nosso corpo, gerados como reflexos desse momento atípico que estamos experimentando. Neste sentido, esse aumento no consumo de cigarros pode levar à curto ou médio prazos a um crescimento considerável nos índices de incidência de tumores malignos, entre eles o câncer de pulmão - que tem íntima relação com o vício", explica.

O médico frisa a importância de adotar hábitos saudáveis e abandonar qualquer tipo de fumo, que além do cigarro comum incluí o cigarro eletrônico, a narguilé e outros tipos que também contém nicotina. "Parar de fumar é a forma mais eficaz de se prevenir contra o câncer de pulmão, além de diversas outras doenças e tumores. O tabagismo é responsável por doenças respiratórias, coronarianas, osteoporose, obesidade e diabetes", aponta.

Para Flávia Amaral Duarte, oncologista clínica do Grupo Oncoclínicas, outro fator que não pode ser desconsiderado é a vigilância contínua de possíveis sinais do surgimento de um tumor no pulmão, que podem ser facilmente confundidos com os do novo coronavírus, principalmente entre fumantes. "Os sintomas iniciais desse tipo de câncer se assemelham muitas vezes aos de outras condições comuns associadas ao trato respiratório, por isso dificilmente é diagnosticado no estágio inicial. Tosse e falta de ar, sintomas amplamente relacionados ao Covid-19, também são o alerta principal para a doença", destaca.

A médica lembra que diferente do que ocorre em casos de coronavírus, enquanto a tosse seca vem acompanhada muitas vezes por febre, mas que costuma passar em até 15 dias, no câncer de pulmão, os sintomas, quando surgem, não apresentam melhora com o passar das semanas. "Os sintomas do câncer de pulmão geralmente são mais frequentes no estágio avançado da doença, o que dificulta o diagnóstico precoce, essencial quando pensamos em chances de cura. Para além dos sinais já mencionados, falta de ar, dor torácica contínua, perda de peso sem motivo, rouquidão e pneumonias recorrentes figuram entre os pontos de alerta para este tipo de tumor", comenta a Dra Flávia.

O câncer de pulmão ocupa o terceiro lugar como o tipo de câncer mais comum entre os homens e o quarto entre as mulheres. Mais de 30 mil brasileiros devem ser diagnosticados com a doença em 2020, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Ainda segundo a entidade, apenas 16% dos cânceres são diagnosticados em estágio inicial.

"O câncer é uma doença grave, e que antes da pandemia já ocupava o segundo lugar no ranking das principais causas de morte no Brasil. Assim como há serviços essenciais que precisam continuar, existem outras doenças além do Covid-19 que representam ameaças concretas à saúde e não podem ter seus cuidados adiados por um prazo indeterminado sob o risco de perdermos vidas que podem ser salvas. O câncer não espera, por isso não deixe de buscar auxílio médico se notar alguma alteração que possa indicar um problema de saúde. Os diagnósticos tardios podem trazer danos por vezes irremediáveis, para muito além desta pandemia", finaliza o Dr. Bruno Ferrari.

 

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