Um grande inimigo da saúde cardiovascular, o colesterol alto precisa ser diagnosticado precocemente para evitar problemas sérios
O dia 8 de agosto foi escolhido para marcar o Dia
Nacional de Combate ao Colesterol. Segundo da Sociedade Brasileira de
Cardiologia (SBC), cerca de 300 mil pessoas morrem anualmente por causa de
doenças cardiovasculares. Isso corresponde a cerca de 30% de todas as mortes no
país. E um dos principais fatores de risco para que elas aconteçam é o
LDL elevado (colesterol ruim). De acordo com o cardiologista Dr. Augusto
Vilela, médico do Departamento de Cardiologia da Rede MaterDei e Hospital Belo
Horizonte, um dos mitos mais ultrapassados é acreditar que o colesterol é
problema apenas de quem sofre de obesidade. “As pessoas magras também podem
apresentar colesterol alto e estar no grupo de risco de infarto e derrame, pois
ele se acumula nas paredes das artérias bloqueando a passagem do sangue. É
muito importante que as pessoas saibam que o colesterol alto, na maioria dos
casos, não dá sinais nem qualquer tipo de sintomas. Por isso é essencial fazer
os exames periódicos e acompanhamento médico, além de adotar de hábitos
saudáveis que incluem a alimentação e a prática de atividades físicas
regularmente”, explica.
Dr. Augusto Vilela explica ainda que o colesterol é uma molécula que está presente na membrana das células do nosso organismo formando órgãos e sistemas como coração, cérebro, fígado, sistema digestivo e sistema nervoso. Além dessa função estrutural, o corpo usa o colesterol para produzir alguns hormônios e para metabolização de algumas vitaminas. Não existe cura para o colesterol alto, apenas tratamento. No entanto, o paciente deve promover uma mudança de hábitos permanentes para que as taxas do colesterol ruim não voltem a subir. “Pequenas mudanças nos hábitos alimentares e a prática de atividades físicas já são suficientes para que a maioria das pessoas consiga manter as taxas de colesterol regulares”, explica o médico.
A prevenção se faz através de um estilo de vida
saudável, com consumo moderado de gorduras saturadas e atividade física
regular. “Porém, devemos estar cientes que do colesterol sanguíneo que temos,
somente 15% vem da alimentação, o restante é produzido especialmente pelo nosso
fígado, e nesse caso, somente medicação consegue inibir a produção e reduzir os
valores no sangue. As melhores dietas reduzem, somente 10% do colesterol
sanguíneo”, alerta.
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