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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Você conhece as diferenças entre os testes para Covid-19?

Euroimmun explica qual o teste correto nas diferentes fases da doença, e a importância da testagem combinada de anticorpos para evitar o falso negativo


A maioria da população brasileira desconhece a diferença entre os testes disponíveis para a detecção da Covid-19. Somente a testagem rápida de anticorpos não é capaz de conter a disseminação do vírus do país. Muitas pessoas estão confiando nos resultados desses testes para voltar ao trabalho e visitar os pais ou parentes idosos, que fazem parte do grupo de risco, mas desconhecem a possibilidade do falso negativo. Nesses casos, o indivíduo continua circulando e disseminando a doença.

É necessário estar atento ao tipo de exame que será realizado para detectar a Covid-19, pois tudo depende da fase de infecção do vírus. Para cada estágio da doença, é recomendado um tipo de testagem. Após o contágio, o vírus pode apresentar um período de incubação de até 14 dias e, durante esse período, as pessoas estão assintomáticas, mas podem transmiti-lo. Para detecção direta do novo coronavírus nesse estágio inicial da infecção, o teste recomendado é o RT-PCR, por meio de amostras do trato respiratório superior (swab nasofaríngeo). Esse exame é considerado o padrão-ouro no diagnóstico da Covid-19.

Segundo Michel Soane, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da EUROIMMUN, após o período de incubação, o vírus começa a se replicar e a resposta do corpo para esse "ataque" é a produção de anticorpos, que tem início em aproximadamente dois dias após o aparecimento dos sintomas. "Nesse estágio, a sorologia, diferentemente da PCR, verifica a resposta imunológica do corpo em relação ao vírus, com um exame realizado a partir da amostra de sangue do paciente."

De acordo com pesquisas recentes realizadas pela EUROIMMUN, líder mundial em soluções para diagnóstico laboratorial, o teste de detecção de níveis de anticorpos IgA é mais eficaz quando comparado ao teste com anticorpos IgM. Isso ocorre porque, em infecções respiratórias causadas pelo novo coronavírus, são observados altos títulos de anticorpos IgA, que surgem precocemente, logo após o aparecimento dos sintomas.

"A concentração de anticorpos IgA é elevada quando comparada aos anticorpos IgM, que pode ainda nem ter sido produzido ou estar em níveis indetectáveis, logo após o aparecimento de sintomas. Desta forma, dependendo da fase da infecção em que a pessoa se encontra, os anticorpos IgM podem ser indetectáveis, devido à sua baixa concentração, levando a um resultado falso negativo", explica o infectologista.

Além disso, para obter um resultado mais confiável e assertivo, é recomendada a realização de testes IgA e IgG combinados, já que essa identificação permite uma sensibilidade elevada do diagnóstico, uma vez que anticorpos IgA surgem em aproximadamente dois dias após aparecimento dos sintomas e anticorpos IgG aparecem somente por volta do quinto dia, tendo seus títulos ampliados com o decorrer do tempo.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é recomendado que a população realize testes sorológicos depois de oito dias do aparecimento dos sintomas, para que os indivíduos tenham concentrações detectáveis de anticorpos. A Anvisa alerta que a principal função desses testes é avaliar a disseminação do vírus em determinadas massas, de forma a apoiar ações públicas de saúde. Por isso, é essencial realizar o teste adequado para cada fase da doença, garantindo um resultado assertivo. 


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