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terça-feira, 21 de julho de 2020

Ansiedade e depressão na pandemia: entenda o crescimento nos casos e como pedir ajuda


Segundo um relatório recente da Organização Mundial de Saúde (OMS). o número de pessoas com depressão aumentou muito na última década. Atualmente, quase 5% da população do globo (cerca de 330 milhões de indivíduos) convive com a doença e as suas repercussões no cotidiano. Infelizmente, o Brasil ocupa uma posição de destaque nesse contexto. Estima-se que a maior taxa de depressão do continente latino-americano está entre os brasileiros, impactando cerca de 12 milhões de pessoas.


A ansiedade, outro quadro que impacta de forma negativa a qualidade de vida, é ainda mais presente no Brasil. Quase 10% dos brasileiros manifestam os sintomas, que se dividem entre os ataques de pânico. as fobias, os transtornos obsessivos compulsivos, o estresse pós-trauma e a ansiedade generalizada.

Durante o ano de 2020, marcado pela pandemia do coronavírus, os números de pacientes com essas doenças deverá aumentar. Afinal, o isolamento social, o medo e a incerteza são catalisadores para os sintomas ansiosos e depressivos. O The New England Journal of Medicine. um dos periódicos mais respeitados no mundo, já publicou um editorial retratando a nova realidade.

Elaboramos este artigo com a ajuda de Dra. Luciana Mancini Bari, clínica geral do HSM e Jader Carvalho Mioto e Antônio Chaves, psicólogos do HSM, para que você entenda qual é o impacto do isolamento social na saúde mental da população. Além disso, saiba quais são os motivos para o desenvolvimento da crise de ansiedade e depressão, os principais comportamentos que servem como sinal de alarme e como é possível cuidar de si mesmo e dos entes queridos neste período. Boa leitura.


Ansiedade e depressão

Ansiedade é um termo geral, usado para caracterizar distúrbios que causam angústia, medo, apreensão, nervosismo e preocupação. Ela é uma reação natural a algumas situações da vida, como uma entrevista de emprego ou na véspera de exames de saúde. "O problema acontece quando esses sentimentos são vivenciados de forma intensa e bastante frequente, comprometendo a qualidade de vida e a saúde emocional", explica Jader.

A depressão é uma doença psiquiátrica em que a pessoa sente tristeza profunda, baixa autoestima e sentimento de culpa recorrente. Além disso, vivencia distúrbios do sono e do apetite, perde o prazer ou a alegria nas atividades e relações pessoais, se sente desmotivada ou sem energia e pode apresentar pensamentos suicidas.

Em ambos os distúrbios podem ocorrer falta de interesse sexual, mal-estar e cansaço frequente, sudorese, taquicardia (coração acelerado), dores e sintomas físicos, entre outros. A pessoa se sente paralisada e incapaz, seja pelo medo, angústia ou falta de motivação.


O crescimento de casos de depressão e ansiedade na pandemia

A pandemia do coronavírus impactou a sociedade e todos os indivíduos em diversas esferas. Primeiramente, houve um grande impacto no âmbito financeiro, uma vez que empreendimentos, comércios e outros tipos de negócios tiveram que ser interrompidos, o que resultou na perda de empregos e falência de empresas.

O desemprego ou a diminuição da renda são fatores ligados ao surgimento de sintomas depressivos e ansiosos, devido a incerteza e o medo de não conseguir arcar com as responsabilidades mensais e necessidade dos familiares. Além disso, foi necessário promover o isolamento social para diminuir a propagação do vírus e o número de casos.

Assim, membros da família e amigos, que antes conviviam de forma próxima, devem postergar os encontros. Segundo a Dra Luciana, para algumas pessoas essa medida significou um grande sofrimento, visto que muitas moram sozinhas, ficando sem nenhuma companhia durante a quarentena, ou se preocupam com entes queridos mais sensíveis que estão longe, como os idosos e pessoas com deficiência ou distúrbios psíquicos.

Há, também, o medo de ser contaminado pelo vírus e sofrer as consequências da doença. O número de mortos pelo coronavírus despertou um grande alerta na população, que teme principalmente pelos mais velhos e pessoas com doenças pré-existentes.


Os impactos no comportamento

Em meio a crise, cada indivíduo reage e sente a situação de forma diferenciada. "O isolamento social é uma experiência desagradável, pois é preciso separar-se de pessoas queridas, abrir mão da liberdade e sofrer com a incerteza sobre a doença", ressalta Antonio.

Por esse motivo, muitas pessoas se sentem confusas, amedrontadas, desorientadas, ansiosas, anestesiadas ou tentam manter distanciamento emocional, isolando-se. As reações podem ser leves e passageiras, mas também extremas, impactando de forma negativa a saúde social e mental.

Qualquer pessoa está mais vulnerável a reações psicológicas durante a pandemia, o que não deve de forma alguma ser escondido ou interpretado com vergonha. Os impactos no comportamento podem ser sintomas físicos, como tremores, agitação, dores de cabeça, cansaço e palpitação. Também é comum vivenciar momentos de tristeza, solidão, incapacidade, medo, frustração e ter episódios de choro fácil, alterações no sono e se sentir desorientado.

Afinal, poucas pessoas já vivenciaram um período tão delicado como esse. Como falado acima, o exagero desses sintomas e a alta frequência deles são o perigo, visto que pode-se iniciar um quadro de ansiedade ou de depressão.

"A insegurança diária, o medo da morte e tudo que a pandemia impõe pode não só desenvolver transtornos mentais, mas também agravar os que já existiam", explica a Dra Luciana. A dependência química e o abuso de álcool, por exemplo, são transtornos graves relacionados ao enfrentamento de adversidades e sofrimentos que fazem parte da vida do ser humano. Dessa forma, o indivíduo pode buscar conforto para aliviar a dor psíquica em drogas e bebidas.

Todo o cenário representa uma carga emocional muito forte, principalmente para as pessoas que já são mais fragilizadas. Sem os devidos cuidados, pode ocorrer uma recaída ou a intensificação de um problema já existente. Na depressão, por exemplo, os episódios depressivos podem ser mais graves, evoluindo para uma tentativa de suicídio.


A importância em buscar ajuda

A ansiedade e a depressão podem ser tratados, a fim de recuperar a qualidade de vida. A base do tratamento consiste em medicações que aumentam o bem-estar e deixam os sentimentos negativos longe, assim como na terapia.

O psicólogo Antônio explica que o Hospital Santa Mônica elaborou uma iniciativa para ajudar todas as pessoas com sintomas ansiosos e depressivos, assim como aqueles que já sofriam com outros problemas, como a dependência de drogas. Todo o tratamento que o Hospital oferece aos pacientes está aberto ao público geral, numa tentativa de ajudar a todos que necessitam de solidariedade e de apoio.

Para tanto, foram criados grupos de apoio gratuitos no site ou nas redes sociais do Hospital Santa Mônica. Os temas tratados nesses grupos envolvem ansiedade na quarentena, depressão, drogadição, alcoolismo, programa de prevenção a recaída e terapia ocupacional. Além disso, nos grupos há conversas com psicólogos, orientações, dicas para superar e passar por essa fase e muitos outros conteúdos importantes para o bem-estar e saúde mental dos pacientes.

No Hospital, existe a preocupação de atender o paciente de forma global. Assim, há uma equipe multidisciplinar composta por um médico, para cuidar da medicação, psicólogo, para fazer o acompanhamento emocional, nutricionista e fisioterapeuta ou educador físico.

Isso é importante para que todas as esferas da vida do paciente sejam alinhadas e ele se sinta cuidado e seguro em relação ao tratamento, evitando recaídas. A internação é uma boa opção para as pessoas com distúrbios preexistentes que se agravaram durante a pandemia ou aqueles pacientes que desenvolveram casos graves e precisam de acompanhamento presencial.

E então, viu só como é importante cuidar da saúde mental durante a pandemia? Esse período delicado aumentará as crises de ansiedade e depressão e você não deve postergar um pedido de ajuda, seja para si mesmo ou para um familiar.







Hospital Santa Mônica - Itapecerica da Serra - SP
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Clínica Integrativa - São Paulo - SP
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Saia do ciclo vicioso, vencendo a culpa e se responsabilizando sem sofrimentos



Muito se fala da autopunição e dos chicotes imaginários, com os quais usamos para nos culparmos por repetições de comportamentos, situações ou emoções destrutivas: os chamados ciclos viciosos.

No entanto, a culpa que imputamos a nós quando percebemos que estamos, novamente, fazendo as mesmas coisas é na verdade uma tentativa interna de alívio da sensação ruim. Uma maneira de nos sentirmos melhores - apesar dos erros -, tentando demonstrar que se está errando de novo, mas não queria estar agindo assim. Como se a sua culpa se fosse eliminada neste momento. Mas assumir uma culpa e não tomar atitude de mudança de nada adianta para que o ciclo seja quebrado.

No fundo do nosso inconsciente, agimos assim para assumir para nós mesmos que não somos pessoas tão perversas, tão cruéis ou tão ingênuas, o que não minimiza os impactos e ações que nos prejudicam. Essas punições são, na verdade, manipulações que criamos para nós e para o outro, objetivando um alivio interno e a valorização desta falta de atitude em agir em prol de uma verdadeira mudança. Existe, portanto, uma necessidade real de alteração desse comportamento. Continuar fazendo as mesmas coisas, da mesma maneira ou vivenciando situações que causam a culpa no final para criar justificativas eternas não ajudam no aprendizado, e de fato não nos confrontam com o real motivo da repetição.

Indagar-se: Porque errei? Porque sempre estou agindo desta forma? Porque repito sempre os mesmos tipos de relações? Sempre o mesmo perfil de pessoas? O que me faz me perder? Ou porque perco o controle da situação, se eu já cometi o mesmo erro antes? Essas perguntas investigativas são de extrema importância no processo de eliminação dos seus atos repetitivos e consequentes punições imaginárias, através de culpas impostas.

O processo de cura acontece quando eu realmente compreendo a função desta culpa e olho para o acontecido com um olhar mais crítico, diagnosticando esse desvio no comportamento. De forma paciente, a curto ou a longo prazo, essa investigação tende a trazer a correção, encerrando o ciclo e confrontando o meu “eu” para que não caiba mais dentro do papel de vítima que sempre me coloco.

Se culpar pelos erros e repetições apenas não é uma ação produtiva. É preciso aprender a não sofrer e não se punir sem tomar atitudes que, de fato, modifiquem esse processo. Revisitando a situação que gera o desconforto e investigando suas reais motivações. Seja honesto consigo mesmo e desnude-se da armadura de proteção que pode estar impedindo o ajuste desta incoerência emocional. Descubra, através do seu próprio diagnóstico, qual pode ter sido o gatilho que foi acionado para desencadear o comportamento vicioso, fazendo com que os mesmos erros sejam sempre cometidos. 

O nosso inconsciente, em alguns casos, gera fantasmas invisíveis que motivam essas ações destrutivas movidas por sentimentos e emoções que, apesar de genuínas, não ajudam a eliminar as chamadas “pisadas na bola”. A transformação interna e pessoal requer atitude. Requer um desejo de mudança que caminha lado a lado com o fato de que é preciso parar de se culpar e sim, buscar se responsabilizar por suas posturas e seus comportamentos. Não se justificar através da culpa e assumir os riscos de uma correção é a maneira mais sensata para evitar com que essa roda continue a girar como em outras situações anteriores.

Enfim, apenas sofrer por estar sempre fazendo tudo da mesma maneira, repetindo e repetindo, não adianta nada e não irá ajudar você a livrar-se da culpa e da autopunição. Vai ficar no mesmo lugar. O correto é se auto responsabilizar, investigando seu inconsciente. Questionando e buscando respostas verdadeiras sobre quais motivações aplicadas, até se conseguir perceber a razão de ser dos sentimentos, emoções e comportamentos. Pare de se lamentar. A chave do sucesso desta ruptura é o autoconhecimento. Só através dele permite-se que a aplicação correta da inteligência emocional seja capaz de enfraquecer suas resistências e limitações para dar lugar às transformações positivas no alcance de um equilíbrio emocional. 







Dra. Andréa Ladislau * Doutora em Psicanálise * Membro da Academia Fluminense de Letras - cadeira de numero 15 de Ciências Sociais  * Administradora Hospitalar e Gestão em Saúde * Pós Graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social * Professora na Graduação em Psicanálise * Embaixadora e Diplomata In The World Academy of Human Sciences US Ambassador In Niterói * Membro do Conselho de Comissão de Ética e Acompanhamento Profissional do Instituto Miesperanza * Professora Associada no Instituto Universitário de Pesquisa em Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo. * Professora Associada do Departamento de Psicanálise du Saint Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites.

SEXO E GÊNERO: DIZER-SE COMO SE SENTE



Buscamos a serenidade da noite. Na praça, somos fregueses da estação de exercícios. Outros corpos frequentam o lugar. Toma-nos a atenção meia dúzia de pessoas ao violão e canto piano. A circulação é pouca.

Há haitianos, poucos; costumam passar por lá. Comentamos seus sorrisos: branco vivo no preto retinto; seus bonsoir. Há senhoras e seus cachorros, levados a passear. Vez por outra há travestis, há transexuais.

Noutro dia havia um corpo alto, forte, bonito. Ombros destacados pelo largo que eram, o que dizia homem. O mais dele dizia mulher: os cabelos, o andar construído como feminino, as vestes feitas de delicadeza.

O corpo nascido macho não venceu o desejo de ser fêmea. Estava de vestido, desses airosos, revelando sensualidade. Detalhe das etiquetas de feminilidade numa alça caída. A minúcia provocante anunciava o feminino.

A cédula de identidade diria masculino; difícil mudar o liame formal do registo de nascimento. O Supremo Tribunal Federal recém ressignificara (28fev18), porém, a relação do ser de um sexo com o sentir-se de outro.

A natureza nos selecionou como corpos machos ou fêmeas. Os encontros com o mundo inscrevem nos corpos uma história. As histórias pessoais produzem na biologia uma condição de gênero: sentir-se homem ou mulher.

A condição sexual, todavia, não tem sido a expressão de vontade dos corpos. A circunstância sexual resta crivada pelo Estado, pela religião, pela medicina, pela psicologia. A condição sexual encrava uma relação de poder.

O ideário liberal, fiador de franquias individuais, tem recebido, no Brasil, consubstanciação em sua forma nas decisões lúcidas do STF. O Supremo, vencendo costumes anacrônicos, tem empoderado o indivíduo.

Indivíduos promovem-se e se dignificam no que lhes distingue. Democracias que vão além das formalidades e se realizam no exercício da vida reconhecem peculiaridades; distinguem o indivíduo diante da multidão.

Cármen Lúcia, então presidente da Corte, arrematou os votos, robustecendo-os ao aplicar palavras de grande força moral: “Não se respeita a honra de alguém se não se respeita a imagem que [esse alguém] tem.

Somos iguais, sim, na nossa dignidade, mas temos o direito de ser diferentes em nossa pluralidade e nossa forma de ser”. Honrar a personalidade é deferir apreço por escolhas, por mais estranhas que elas se nos pareçam.

O exercício de diferenças pessoais é tópico de dignidade. Ninguém exercitará sua dignidade constitucional se não exercitar sua identidade. “A identidade de gênero não se prova”, lembrou o ministro Luís Roberto Barroso.

Para o ministro Marco Aurélio Mello, “é inaceitável no estado democrático de direito inviabilizar a alguém a escolha do caminho a ser percorrido, obstando-lhe o protagonismo pleno e feliz da própria jornada”.

“Não há espaço para dúvida quanto à importância do reconhecimento para a autoestima, para a autoconfiança, para a autorrealização e para a felicidade”, arguiu Ricardo Lewandowski, nobilitando a autoafirmação.

Luiz Fux destacou a “importância de adequar a identidade de gênero à busca pela felicidade”. A felicidade, esse desiderato humano ao qual devemos o cuidado de oferecer o menos que pudermos de empecilhos.

“O julgamento é um divisor de águas a ser celebrado. Até sua ocorrência, víamos uma peregrinação burocrática de pessoas que desejam ver reconhecidos sua identidade de gênero e registro cível de sexo e nome.

poderão exigir do Estado, sem preconceito ou violência institucional, o reconhecimento pleno da sua busca à felicidade”, resume Carlos Paz, defensor público-geral da União (Letícia Casado, FSP, 02mar18).

O rol de estorvos oponíveis à autodeterminação de gênero – licença judicial, atestado médico e psicológico, intervenção cirúrgica –, essa ambulação indigna foi-se; o indivíduo está livre para dizer-se como se sente.

Na praça, o corpo decidido por ser mulher. Noticiar-lhe o estado de legalidade? Bobagem nossa: o corpo já se autorizara. Tudo nele era feminino, seus desejos antecipados ao Direito constituíram a decisão judicial.






Léo Rosa de Andrade
Doutor em Direito pela UFSC.
Psicanalista e Jornalista.



Psicóloga indica como os pais podem “traduzir” os sentimentos dos filhos pela maneira que se comportam

Imagem de divulgação do Google


A rotina das famílias mudou completamente durante a pandemia do novo Coronavírus. Devido ao isolamento social, as crianças já estão há três meses em casa e ainda têm mais dois meses pela frente até voltarem às aulas. No início os pais tinham diversas ideias de brincadeiras e atividades para entreter os pequenos, porém,  há um momento em que as ideias acabam e os pais não sabem mais como lidar com a energia das crianças dentro de casa ou até os efeitos negativos que o isolamento social está causando em seus filhos. Para abordar essa questão, a psicóloga Adriana Mikaelian dos Santos, do CAIS - Centro de Atenção Integral à Saúde do Grupo São Cristóvão, esclarece como entender os sinais que os pequenos dão.

Se para os adultos, que conseguem entender o momento atual, não tem sido uma fase fácil de enfrentar, imagina para as crianças que tiveram suas rotinas mudadas completamente e ainda não conseguem compreender na totalidade o que está acontecendo? Segundo a psicóloga, nesse período que as crianças estão em casa, sem ir para a escola, sem suas atividades extracurriculares e sem poder estar com seus amigos, existem sinais que podem ajudar os pais a decifrar as perspectivas dos pequenos.


Se a criança quer brincar o tempo todo ou não quer brincar:

Pode ser que ela sinta que é como se estivesse em período de férias, com menos obrigações por estar em casa, ou até mesmo ser um traço de ansiedade, por ter mais energia acumulada. Agora, se a criança não sente vontade de brincar, isso pode indicar que ela sente falta dos seus amigos, necessidade de ter obrigações/recompensas e falta de alguém que entre em seu mundo e partilhe da sua forma de brincar.
“Para lidar com ambos os com
portamentos, é importante que o adulto se aproxime e ajuste brincadeiras que sejam divertidas para a criança, observando suas preferências. Isso pode servir como estreitamento de vínculos e prevenção a sofrimentos emocionais decorrentes da situação de isolamento. Estar junto é muito mais do que a presença física, é ter a compreensão dos processos da criança, sua concepção e possíveis sofrimentos resultantes do momento atual, no intuito de diminuir essas angústias. Ser empático, se colocar no lugar da criança, ajuda a entender como está percebendo e reagindo às privações atuais, o que automaticamente torna possível uma ação direcionada para faltas ou excessos.”, explicou a psicóloga Adriana.


Quando a criança não expressa de alguma forma ou verbaliza seus sentimentos:

Os sinais de desajuste emocional podem ser notados por comportamentos atípicos, que podem ser representados em forma de agitação, aquisição de manias, medos, dependência crescente da presença de adultos, problemas com alimentação e sono, entre outros, que podem ser adquiridos em determinado período, condição e/ou situação. “A brincadeira é o grande termômetro para identificação do estado de humor. O conteúdo lúdico da brincadeira e a forma como a criança se expressa por meio dela nos diz muito sobre seu estado emocional.  Entre os fatores comportamentais que são analisados, temos: conteúdos, auto-agressividade, heteroagressividade, desinteresse total, desistências, funcionalidade, capacidade de criatividade e diversão com esses estímulos, entre outros fatores.”, disse a psicóloga.


Como saber se é “manha” ou há algo de errado:

Segundo a psicóloga, a “manha”, caracteristicamente, se difere do não estar bem de acordo com a motivação de querer algo e alcançar com determinado comportamento. Isso, geralmente é expressado como reclamação, choro ou birra de forma exaustiva. Se o comportamento não é direcionado para satisfação de algo específico e considerado secundário (doces, excesso de atenção, brinquedos), pode ser que a criança realmente não esteja bem e sentido algum desconforto, seja social ou físico. Atentar para a motivação do comportamento, além de diferir do não estar bem, possibilita que as reações dos adultos sejam dosadas conforme a avaliação da conduta da criança enquanto o comportamento se apresenta.


Rotina em casa:

Mesmo em casa as crianças devem manter uma rotina, atividades fixas e, principalmente, hora para dormir e acordar. “O sono impacta no desenvolvimento físico e tem papel regulador de emoções e comportamentos. Uma criança que não dorme direito ou com horários irregulares tende a apresentar irritabilidade de improdutividade. Para a manutenção desses horários, e visando o gasto de energia em tempo correto, a rotina de atividades da criança precisa ser mantida durante o dia sempre que possível.  Uma opção, é fazer um quadro de atividades diárias com horários e figuras ilustrativas para auxiliar a criança no processo de assimilação de seus afazeres. Para um sono tranquilo, recomenda-se estipular o horário de dormir e 30 minutos antes incluir atividades tranquilas e mais relaxantes, sem tablets, TV ou celulares.”, esclareceu a psicóloga Adriana Mikaelian.

Fazer com que a criança participe dos afazeres da casa também é uma forma de entretê-las, ensiná-las, torná-las independentes e mantê-las próximas dos seus pais. Os pequenos podem ajudar a colocar e tirar a mesa nas refeições, preparar alguma receita com os pais, estender a roupa, entre outras atividades que prezem pela segurança deles.


O desenvolvimento da criança:

“Na psicologia, o processo de desenvolvimento da criança é abordado sob dois aspectos: a zona de desenvolvimento proximal e a real. A proximal é quando a criança indica capacidade de desenvolvimento mediante auxílio. Para esses casos, a supervisão e ajuda de um adulto dá o sentido do ‘estar junto’ e tem criação de memória de trabalho, que é o que permite à criança expandir seu planejamento e é retomado para situações semelhantes quando é necessário resolver algum problema. Há também a questão afetiva, que acontece a partir de estímulos sensoriais, como cheiros, partilhas, presenças, e é base para estabelecer sentimentos afetivos para que determinadas atividades sejam habilidades futuras a serem estabelecidas como reais”, explicou a psicóloga, que finalizou:

“A noção de autocuidado também deve ser reforçada visto que gera a capacidade de independência e contribui para constituir habilidades motoras e educativas no geral.”, finaliza a profissional do São Cristóvão.


Sono ruim de adolescentes está associado à depressão e ansiedade, aponta estudo

Divulgação

Pesquisadores perceberam que tanto a dificuldade para dormir, quanto o sono de baixa qualidade, podem ser a causa de distúrbios mentais

Indisciplina com o horário de dormir, trocar a noite pelo dia, passar a madrugada no computador... Essas são queixas recorrentes vindas de pais de adolescentes. A falta de sono não é um fenômeno novo, mas veio sendo mais discutido durante a pandemia. Isso porque o Ministério da Saúde divulgou uma pesquisa que mostra um aumento de 47% nos relatos de problemas para dormir durante a quarentena, tanto vinda de adultos, quanto dos mais jovens.
O que muitos não sabem é que o sono desregulado, principalmente durante a adolescência, pode indicar muito mais do que o estresse por causa da pandemia, ou distrações com a tecnologia. O estudo publicado no Journal of Child Psychology and Psychiatry demonstrou que grande parcela dos jovens que se queixa de problemas para dormir sofre de depressão e ansiedade.
Pesquisadores estudaram 4.790 pessoas de 15 anos. Elas responderam questionários sobre como estavam descansando diariamente e, a partir dessa observação, um padrão foi detectado: jovens que relataram sono rápido e de baixa qualidade também apresentavam depressão, e os que afirmaram dormir pela quantidade de tempo adequada, porém com noites de sono ruins, eram os que também tinham problemas com ansiedade.
Esse resultado sugeriu aos estudiosos que há uma dinâmica direta entre problemas psicológicos e problemas para dormir. As pesquisas apontam que pode haver duas relações: pouco sono como causa e agravador da depressão e ansiedade; e os dois transtornos mentais sendo os responsáveis pela baixa quantidade e qualidade de descanso.

Fatores que interferem no sono
Além do acompanhamento da saúde mental, outras questões devem ser observadas para descobrir possíveis empecilhos para o sono, seja na tentativa de reverter um quadro de insônia causada por distúrbios emocionais, ou para evitar possíveis problemas futuros.
Para adormecer, o corpo precisa entender que aquele momento é destinado ao descanso. Para isso, uma rotina deve ser estabelecida. Tentar manter horários e praticar a mesma sequência de ações diariamente – como tomar banho, trocar de roupa, escovar os dentes, trocar de roupa e fazer atividades tranquilas, como a leitura – evita que o cérebro receba estímulos que o mantenham em alerta.
A organização também é uma ferramenta que auxilia a evitar o aparecimento da ansiedade, a começar pelo ambiente. Um quarto arrumado afasta os pensamentos sobre as tarefas que terão de ser feitas no dia seguinte logo cedo, como encontrar itens em meio à bagunça. Por isso, é importante criar o hábito de colocar tudo em seu devido lugar antes de ir se deitar. Compartimentos disponíveis, como caixas, armários ou o baú de camas box, facilitam esse trabalho. Da mesma maneira, organizar os afazeres do próximo dia também é importante. Para isso, fazer listas pode ser eficiente, para não ficar repetindo na mente o que há de ser feito.
Quando a questão é luminosidade, logo acredita-se que essa seja a vilã do sono. Porém, para que o relógio biológico funcione de forma eficiente, é necessário mais do que manter o quarto escuro na hora de dormir. Tomar sol durante uma a duas horas por dia ajuda o corpo a perceber a alternância entre luz e escuridão e reconhecer quando é hora de diminuir o ritmo e quando é necessário se manter ativo.



Atividade física ameniza estresse e ansiedade nas crianças durante o isolamento social



A nova rotina das crianças em isolamento social, com horários mais desorganizados, falta de lazer ao ar livre e aprendizagem remota, desperta, em muitas, o que os especialistas chamam de estresse tóxico, que se caracteriza pelo aumento da ansiedade, estresse e alterações no sono, por exemplo.

Para amenizar essas consequências negativas à qualidade de vida, a cardiologista infantil e médica do exercício e esporte do Hospital Edmundo Vasconcelos, Silvana Vertematti, aconselha a introdução da atividade física no dia a dia. “Os exercícios, mesmo que em casa, são essenciais para controlar essa situação de estresse na qual as crianças se encontram. A prática deve ser realizada em intensidade regular a moderada de 30 a 60 minutos por dia”, atenta.

A dica é que os exercícios se encaixem no cenário lúdico e sejam feitos por meio de brincadeiras como pular corda, amarelinha ou praticar bambolê. Silvana Vertematti lembra que as modalidades estimulam o fortalecimento de  músculos e ossos, além do desenvolvimento motor e de habilidades como equilíbrio e coordenação.

Segundo a médica, é importante ainda promover outras transformações na rotina desorganizada do isolamento social. “Além da atividade física, é preciso que as crianças tenham horários definidos para as tarefas, uma alimentação saudável e tempo curto de uso de telas - como celular e tablet, que interferem no sono e relações familiares”, explica.

A organização do cotidiano durante o isolamento tem impactos também no futuro quando se vislumbra a volta às aulas, lembra a médica. “É preciso que a criança esteja bem para a volta à escola, tanto fisicamente, quanto psicologicamente. Por isso, aconselhamos estabelecer essas mudanças no dia a dia, mesmo que após mais de três meses de isolamento”, finaliza.




Hospital Edmundo Vasconcelos Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.
Tel. (11) 5080-4000
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Como lidar com a compulsão alimentar na quarentena



Você tem comido além da conta, mesmo não estando com fome? Se sim, é um sinal de alerta. Pode ser um sintoma de Transtorno da Compulsão Alimentar (TCA), que se caracteriza pela ingestão, em um curto período de tempo, de uma quantidade exagerada (e desnecessária) de alimentos, comprometendo sua saúde e seu comportamento.

“Quando uma pessoa percebe que não está conseguindo fazer suas escolhas relacionadas à comida e ao seu corpo, e se sente refém dos medos e pensamentos obsessivos, provavelmente ela está acometida por algum transtorno relacionado à alimentação. E a quarentena pode se tornar um gatilho ou piorar casos de pessoas que já eram acometidas pelo transtorno”, afirma Flávia Teixeira, psicóloga, mestre em Saúde Coletiva pela UFRJ e especialista em Transtornos Alimentares pela USP.

Descrito pela primeira vez em 1959 por Stunkard, e incluído no Manual de Diagnóstico e Estatística das Doenças Mentais (DSM) em 1994, assim como a anorexia e a bulimia; o TCA atinge cerca de 2,6% da população mundial, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, 4,7% (aproximadamente o dobro da taxa mundial) da população tem algum tipo de transtorno alimentar, sendo mais recorrente entre jovens de 14 a 18 anos.

Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde revela que 77% das jovens em São Paulo apresentam propensão a desenvolver algum tipo de distúrbio alimentar, como anorexia, bulimia e compulsão por comer. Cerca de 49% das pessoas que apresentam o transtorno são obesas, sendo que 15% são obesas mórbidas.


Sinais e sintomas

Segundo Flávia Teixeira, durante o episódio de compulsão alimentar, a pessoa se sente incapaz de controlar a ingestão excessiva, mesmo sabendo que está agindo fora do padrão habitual de alimentação. Além disso, a pessoa com TCA não consegue parar de comer, mesmo já tendo a sensação de saciedade e o desconforto abdominal pela ingestão exagerada. “Muitas vezes, ela só para quando não há mais o que comer. E é comum a pessoa preferir comer sozinha, sem ninguém olhando, pois ela se sente culpada e envergonhada quando se dá conta do quanto comeu”, conta Flávia.

Não são todos os pacientes que relatam a compulsão alimentar como uma forma de aliviar a ansiedade, segundo a psicóloga. No entanto, há evidências da relação do TCA com os transtornos de ansiedade e de humor, pois a comida, em um primeiro momento, alivia os sintomas dos transtornos acima citados. “O problema são as consequências deste suposto bem-estar. Quem sofre de TCA está sujeito a uma série de doenças como obesidade e diabetes tipo 2. Com o sobrepeso, surgem os distúrbios emocionais como depressão, síndrome do pânico, baixa autoestima, entre outros”.


Diagnóstico

Para ser diagnosticado com TCA, é preciso que o indivíduo apresente um episódio de compulsão por semana, sem o uso de métodos compensatórios, durante um período de, pelo menos, três meses. “Os episódios são acompanhados de sofrimento emocional ligado ao descontrole alimentar e ao descontentamento e preocupação com a forma corporal. Geralmente, quando a pessoa sofre de TCA, ela tende a perder a noção de fome e saciedade. Daí a dificuldade de parar de comer quando surgem os impulsos”, relata Flávia Teixeira.


Tratamento

O tratamento do TCA se faz com medicamentos, prescritos por um psiquiatra, que controlam a compulsão, associados à terapia comportamental ou psicodinâmica. O acompanhamento de um profissional de nutrição também é importante para a mudança dos hábitos alimentares.

“Além do psicólogo, psiquiatra e nutricionista, outros profissionais podem fazer parte da equipe de tratamento, como o endocrinologista e o educador físico. O trabalho deve ser interdisciplinar, no qual todos trocam informações com o objetivo de desenvolver um trabalho individualizado para cada paciente”, explica Flávia.

De acordo com um estudo da Universidade de Munique, na Alemanha, a recuperação dos acometidos pelo TCA acontece da seguinte forma: melhora considerável durante a terapia e estabilidade em cerca de 4,5 ou 6 anos, ao término do tratamento.

“Vale deixar claro que o TCA é diferente da bulimia nervosa. Nesta última, a culpa pela compulsão alimentar resulta na indução do vômito ou no uso de laxantes ou diuréticos. Para o tratamento do TCA, é fundamental buscar ajuda médica especializada, pois o apoio da família e dos amigos não são suficientes para superar a doença”, conclui a psicóloga Flávia Teixeira.


Pós-Covid: vida velha ou vida nova?



Dias atrás ouvi em uma reunião algo que me chamou muito a atenção e que gostaria de pensar mais a respeito. Ainda que timidamente, estamos prestes a sair do período de quarentena, flertando com o que seria um retorno a vida “normal”. Sem entrar no mérito de que este seja ou não o momento certo ou mais seguro, o que me chamou a atenção foi justamente a ideia de ser impossível simplesmente retomarmos nossas vidas e tocarmos o barco, segundo uma das participantes da minha reunião.

Os argumentos se desencontravam constantemente naquela conversa, uns afirmando que era possível sim voltarmos para nossa “vida velha”, e outros dizendo que nada voltará a ser como era antes, ou seja, aquela vida pré-pandemia não existe mais, portanto, impossível ser acessada novamente pois teremos uma “vida nova” a ser vivida daqui para frente. Achei curioso que esses argumentos tenham sido colocados de forma tão contraditória: “vida velha” versus “vida nova”, pois não acredito que as coisas precisem ser colocadas dessa forma, talvez exista uma terceira via mais conciliadora.

Ao invés de contrapor a vida velha com a vida nova, sugerindo que todos nós entramos em um novo mundo onde pouco se aproveita do anterior, gosto de pensar nas nossas vidas como um fluxo contínuo que se torna mais fluído quanto mais conseguimos nos ajustar e darmos novas respostas a novos problemas ou ainda darmos novas respostas a antigos problemas.

Vejo então que é possível sim voltarmos a nossa vida velha desde que ela já contemple uma dinâmica de adaptações e evoluções que tenha nos permitido chegar “bem” até a pandemia. Que tenha permitido também que enfrentássemos esse período da forma mais saudável possível e que agora nos permita olhar para frente esfregando as palmas das mãos e nos perguntando o que virá a seguir. Essa vida velha, diríamos, está bem alinhada com as novas demandas de um mundo pós-pandemia.

Mas e se a vida velha já era uma vida inadaptada e com dificuldades de lidar com os problemas do cotidiano?

Então já era, mesmo antes da pandemia, necessário rever algumas posturas para que a vida seguisse seu curso de forma fluída e positiva. Se fazer escolhas equilibradas e coerentes já era difícil mesmo antes da pandemia, possivelmente não será mais fácil agora. Neste caso, ainda que haja uma vida nova, esta não poderá ser vivida por limitações impostas por um determinado modo de ser.

Agora, se as experiências pelas quais se passou ao longo dos últimos meses mudaram a forma de se enxergar o mundo e sua forma de fazer escolhas nele, ótimo! A verdadeira mudança da vida velha para a vida nova aconteceu e então habilita qualquer um a viver novas e melhores possibilidades de escolhas e, portanto, de vida.

Por fim, no meu modo de ver, a pandemia por si só não tem o poder de transformar vidas velhas em vidas novas. Esse poder está nas nossas mãos e pode ser acessado a qualquer momento, sempre pode, precisando apenas de um grande “gatilho” para ser disparado. A pandemia apenas tem nos oferecido constantes oportunidades de transição e cabe a cada um, dentro das suas possibilidades, aceitar e viver a nova ou velha vida que puder.

E você, que vida pretende viver na era pós-covid?






Denilson Grecchi - consultor Grupo Bridge


A coluna dói? Pode ser hérnia de disco


 Especialista fala sobre causas, sintomas e tratamentos do problema que atinge grande parte da população


Aproximadamente 80% das pessoas irão apresentar dor lombar em um momento de suas vidas. A hérnia de disco é uma patologia causada pelo envelhecimento e desgaste dos discos intervertebrais, uma espécie de amortecedores localizados entre as vertebras cervicais, torácicas e lombares que tem a função de absorver impacto. Essa lesão é mais comum na região da coluna lombar e cervical, devido à maior amplitude de movimentos desses dois segmentos.
Para a fisioterapeuta Fernanda Giannella: “Não existe uma causa específica para o aparecimento das hérnias discais, mas muitas lesões da coluna vertebral são atribuídas ao desequilíbrio e ao desalinhamento desta estrutura, ou seja, a má postura é, sem dúvida, a grande vilã das alterações existentes na coluna”. Além disso, atividades físicas de alto impacto, traumas diretos ou de repetição, ação de inclinar e girar o tronco frequentemente, posição de ficar em pé ou sentado por muito tempo, ação de levantar, empurrar e puxar objetos, trabalho que provoca vibrações no corpo, curvar o tronco com frequência para apanhar objetos, sedentarismo, predisposição genética e envelhecimento também são algumas das causas.
A hérnia de disco pode ser assintomática ou, então, provocar dor de intensidade leve, moderada ou tão forte que chega a ser incapacitante. Os sintomas mais comuns são dores localizadas nas regiões onde existe a lesão do disco e estão associados à área em que foi comprimida a raiz nervosa.
“O tratamento consiste, primeiramente, no controle e alívio das dores. Em seguida, são indicados também orientações posturais e de posicionamento no dia a dia, além exercícios de alongamento muscular, mobilização articular e fortalecimento de músculos estabilizadores da coluna”, explica a especialista.  O diagnóstico é feito também através dos exames de imagem como Rx, Tomografia, Ressonância Magnética e a Eletroneuromiografia, que ajudam a determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna está localizado o problema.
Após o diagnóstico, normalmente é prescrito medicamentos para alívio de dor e também Fisioterapia, Acupuntura, RPG (Reeducação Postural Global) e Osteopatia. Se necessário, é indicado procedimentos intervencionistas (minimamente invasivos) e em apenas casos mais graves é indicado a cirurgia.



Viva em Equilíbrio



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