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terça-feira, 21 de julho de 2020

Sono ruim de adolescentes está associado à depressão e ansiedade, aponta estudo

Divulgação

Pesquisadores perceberam que tanto a dificuldade para dormir, quanto o sono de baixa qualidade, podem ser a causa de distúrbios mentais

Indisciplina com o horário de dormir, trocar a noite pelo dia, passar a madrugada no computador... Essas são queixas recorrentes vindas de pais de adolescentes. A falta de sono não é um fenômeno novo, mas veio sendo mais discutido durante a pandemia. Isso porque o Ministério da Saúde divulgou uma pesquisa que mostra um aumento de 47% nos relatos de problemas para dormir durante a quarentena, tanto vinda de adultos, quanto dos mais jovens.
O que muitos não sabem é que o sono desregulado, principalmente durante a adolescência, pode indicar muito mais do que o estresse por causa da pandemia, ou distrações com a tecnologia. O estudo publicado no Journal of Child Psychology and Psychiatry demonstrou que grande parcela dos jovens que se queixa de problemas para dormir sofre de depressão e ansiedade.
Pesquisadores estudaram 4.790 pessoas de 15 anos. Elas responderam questionários sobre como estavam descansando diariamente e, a partir dessa observação, um padrão foi detectado: jovens que relataram sono rápido e de baixa qualidade também apresentavam depressão, e os que afirmaram dormir pela quantidade de tempo adequada, porém com noites de sono ruins, eram os que também tinham problemas com ansiedade.
Esse resultado sugeriu aos estudiosos que há uma dinâmica direta entre problemas psicológicos e problemas para dormir. As pesquisas apontam que pode haver duas relações: pouco sono como causa e agravador da depressão e ansiedade; e os dois transtornos mentais sendo os responsáveis pela baixa quantidade e qualidade de descanso.

Fatores que interferem no sono
Além do acompanhamento da saúde mental, outras questões devem ser observadas para descobrir possíveis empecilhos para o sono, seja na tentativa de reverter um quadro de insônia causada por distúrbios emocionais, ou para evitar possíveis problemas futuros.
Para adormecer, o corpo precisa entender que aquele momento é destinado ao descanso. Para isso, uma rotina deve ser estabelecida. Tentar manter horários e praticar a mesma sequência de ações diariamente – como tomar banho, trocar de roupa, escovar os dentes, trocar de roupa e fazer atividades tranquilas, como a leitura – evita que o cérebro receba estímulos que o mantenham em alerta.
A organização também é uma ferramenta que auxilia a evitar o aparecimento da ansiedade, a começar pelo ambiente. Um quarto arrumado afasta os pensamentos sobre as tarefas que terão de ser feitas no dia seguinte logo cedo, como encontrar itens em meio à bagunça. Por isso, é importante criar o hábito de colocar tudo em seu devido lugar antes de ir se deitar. Compartimentos disponíveis, como caixas, armários ou o baú de camas box, facilitam esse trabalho. Da mesma maneira, organizar os afazeres do próximo dia também é importante. Para isso, fazer listas pode ser eficiente, para não ficar repetindo na mente o que há de ser feito.
Quando a questão é luminosidade, logo acredita-se que essa seja a vilã do sono. Porém, para que o relógio biológico funcione de forma eficiente, é necessário mais do que manter o quarto escuro na hora de dormir. Tomar sol durante uma a duas horas por dia ajuda o corpo a perceber a alternância entre luz e escuridão e reconhecer quando é hora de diminuir o ritmo e quando é necessário se manter ativo.



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