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terça-feira, 21 de julho de 2020

#JulhoVerde alerta para prevenção do câncer de cabeça e pescoço

Campanha Julho Verde, da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP)

Mais de 37 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço estão estimados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) para 2020. É o quarto tipo de câncer com maior incidência (exceto os de pele). Com o objetivo de conscientizar e alertar a população sobre os sintomas da doença, fatores de risco e a importância da detecção precoce, existe o #JulhoVerde, campanha nacional de prevenção ao câncer de cabeça e pescoço promovida pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP).

Os tumores de cabeça e pescoço são uma denominação genérica do câncer que se localiza em regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe (onde é formada a voz), tireóide e seios paranasais. Segundo a Associação de Câncer de Boca e de Garganta (ACBG), esse tipo de câncer é o quinto mais frequente entre os homens. Nas mulheres, prepondera o câncer da tireoide.

Segundo Kauê Milanez Lopes, cirurgião de cabeça e pescoço que integra o corpo clínico do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC), um dos principais fatores que desencadeiam este tipo de câncer é o tabagismo. “Fumantes têm 100 vezes mais chances de desenvolver câncer de laringe. Não à toa, o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)”, informa o profissional. Só no Brasil, são 156.216 mortes anuais e 428 mortes por dia. Além do tabagismo, a ingestão de bebidas alcoólicas também é um agente relacionado a este tipo de câncer. Ambos correspondem pela maior parte dos novos casos de câncer de cabeça e pescoço diagnosticados no país.  De acordo com especialista, existe prevenção: “Cessar tabagismo e ingestão de bebidas alcoólicas, realizar avaliação periódica e manter em dia a higiene oral”, elenca.

Em geral, a idade média ao diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço é entre 60 e 65 anos. Porém, segundo a SBCCP, a infecção pelo papilomavírus (HPV) tem contribuído, nos últimos anos, com o aumento na incidência desta doença em pessoas mais jovens (com menos de 45 anos). A transmissão deste vírus se dá principalmente pela via sexual. “No caso dos tumores de cabeça e pescoço, através do sexo oral. A melhor maneira de se prevenir é pela utilização de preservativo durante relação”, reforça Lucas Sant'Ana, médico oncologista do corpo clínico da mesma instituição, lembrando que existe vacina contra HPV, disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Além do HPV, vírus como EBV e o HIV também estão associados ao câncer de cabeça e pescoço. “A exposição excessiva à radiação solar ultravioleta também pode representar fator de risco para câncer de lábio”, aponta o especialista.


“O câncer está na cara, mas às vezes você não vê”

Segundo Lucas Sant'Ana, nas fases iniciais, os tumores de cabeça e pescoço podem ser assintomáticos. “À medida que progridem, podem levar a alguns sintomas que devem servir de alerta: manchas na boca, dor em região oral ou para deglutir, feridas com cicatrização demorada, mudança na voz como rouquidão persistente e dificuldade para engolir. Nas fases mais avançadas da doença, podem ainda surgir nódulos na região cervical”, detalha o médico oncologista. Por isso, a quarta edição da campanha do #JulhoVerde, promovida pela SBCCP, traz o lema “O câncer está na cara, mas às vezes você não vê”.

O diagnóstico precoce e o rápido início do tratamento são fundamentais para a cura do câncer de cabeça e pescoço. O diagnóstico tardio, que ocorre em 60% dos casos, deixa sequelas no paciente. “Não existem exames de rotina para identificação deste tipo de tumor como ocorre, por exemplo, com a mamografia para câncer de mama ou colonoscopia para câncer de cólon. Profissionais de saúde da família, assim como dentistas, são fundamentais para o diagnóstico das lesões iniciais, fase em que os índices de cura são mais elevados”, informa o médico.

Para realizar o diagnóstico, inicialmente é feito um exame para detecção da lesão através da inspeção da cavidade oral. “Para tumores mais profundos é necessário o emprego do nasofibrolaringoscópio. Após a visualização da lesão, realiza-se a biópsia da mesma”, informa Sant’Anna. O tipo do tratamento e as chances de cura dependem do estágio em que a doença se encontra. “Para tumores em fases mais iniciais, a cirurgia isolada pode ser curativa em grande parte dos casos. Para estágios mais avançados, outras abordagens terapêuticas podem ser necessárias. ”



Dia Mundial da Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço, 27 de julho, traz um alerta: fumo e álcool são responsáveis pela maioria dos cânceres na região de cabeça e pescoço. E durante a pandemia muitas pessoas estão bebendo diariamente e fumando o dobro


No dia 27 de julho é lembrado o dia mundial de Prevenção do Câncer da Cabeça e Pescoço. A data já ocorre dentro do “Julho Verde”, quando várias ações de esclarecimento são adotadas pelas sociedades médicas de todo o país.

“Trata-se de um alerta para a conscientização sobre prevenção e diagnóstico precoce dos cânceres que atingem a região da cabeça e pescoço: boca, língua, laringe, faringe e região do pescoço, como os da tireoide”, explica o Prof. Dr. Flavio Hojaij, cirurgião de cabeça e pescoço, livre docente da Faculdade de Medicina da USP  e ex-secretário e diretor científico da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP).

De acordo com dados do INCa (Instituto Nacional do Câncer), a cada ano surgem 43 mil novos casos de cânceres que envolvem a região da cabeça e pescoço e que acabam por resultar em cerca de 10 mil mortes anualmente. Muitas vezes as mortes ocorrem em função de diagnósticos tardios.


Na pandemia

O Fumo e o álcool são importantes fatores de risco para o câncer da região da cabeça e pescoço.
Resultados da “ConVid – 
Pesquisa de Comportamento”, realizada pela Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e com a Unicamp, concluiu que, durante a pandemia e isolamento, 18% das pessoas estão bebendo diariamente e muito mais. E os fumantes, quase dobraram a quantidade diária de cigarros.


Atenção aos Sinais e Sintomas

São quatro os fatores que merecem maior atenção:

1.  Lesões ou feridas da boca, também chamadas de aftas, principalmente em pessoas com mais de 40 anos, que são fumantes, ingerem álcool de uma maneira um pouco mais que a social e possuem próteses dentárias.  Tais lesões que persistam por mais de 15 dias, precisam ser imediatamente avaliadas.

2 – Rouquidão ou voz alterada por mais de 15 dias deve rapidamente ser avaliada.

3 – Nódulos ou tumores no pescoço (tumores cervicais).

4 – Vida sexual não estável ou com múltiplos parceiros. A infecção pelo papiloma vírus humano (HPV) pode ser também causador dos carcinomas da orofaringe. O contágio pode acontecer durante o sexo oral. 



Diagnóstico precoce

Um primeiro diagnóstico pode ser feito por um clínico geral, dentista ou outro especialista que verifique a boca e apalpe a região do pescoço.
De acordo com recente estudo realizado na Faculdade de Medicina da USP, em mais de 75% das consultas médicas não se realizam exames da boca e do pescoço, momento em que é possível a detecção precoce de nódulos e outros problemas nessas regiões do corpo.

“A maioria dos médicos solicita exames de alta complexidade, resultando em demora de diagnóstico e altos custos para os convênios médicos e sistema público de saúde”, observa o Dr. Flavio Hojaij, lembrando que no caso do câncer de boca, os dentistas têm papel fundamental no alerta e diagnóstico.


Prevenção, em geral:

Mudanças de hábitos, como alimentação saudável, prática de exercícios físicos, ter uma boa higiene pessoal, cuidados com exposição solar, não fumar, consumir bebida alcóolica com moderação e manter relações sexuais com preservativos podem contribuir e muito para a prevenção do câncer de cabeça e pescoço. Para quem tem próteses dentárias – especialmente as removíveis - é preciso estar atento ao ajuste da peça e a seu conforto e uma avaliação sistemática pelo dentista.






Dr. Flavio Hojaij - Professor Livre Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e é credenciado nos principais hospitais de São Paulo, como Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Sírio-Libanês, Hospital Oswaldo Cruz, Hospital São Luiz e Hospital BP Mirante. Foi Professor Visitante do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).  Foi diretor científico e secretário da SBCCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço) e atua em campanhas públicas para a população, como o “Programa Corujão da Saúde”, da Prefeitura da Cidade de São Paulo, quando são operados, em horários alternativos, centenas de pacientes agendados pelo sistema público. Em 2018 sua equipe realizou 97 cirurgias pelo Corujão da Saúde. Nesse momento de pandemia o Dr. Flavio Hojaij tem atuado junto aos alunos de várias faculdades de medicina, com esclarecimentos e orientações em plataformas online.



Vasinhos podem indicar problemas sérios de saúde


Por não causar dor, os vasinhos são considerados um problema estético, mas precisam ser acompanhados por um angiologista ou um cirurgião vascular

As telangiectasias, conhecidas popularmente por aranhas vasculares, ou simplesmente vasinhos, podem ser muito incômodas. Elas são capilares – os menores tipos de vasos sanguíneos do corpo humano – e ficam localizadas superficialmente na pele. Podem surgir em qualquer lugar do corpo, como pernas, braços e até mesmo no rosto, em tons arroxeados ou vermelhos. Normalmente, esses vasinhos não causam dor, por isso são considerados um problema puramente estético. Entretanto, é superimportante que sejam acompanhados por um angiologista ou um cirurgião vascular.

A cirurgiã vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular da Bahia (SBACV-BA), Cristiane Antequeira Maran, explica que até 15% das pessoas que têm vasinhos procuram ajuda médica, principalmente pela piora na aparência. Entretanto, o seu surgimento deve ser investigado. “As causas das telangiectasias são genéticas, hormonais – gestação, anticoncepcionais – ou por permanecer longos períodos em pé. Lesões em outros órgãos podem gerar vasinhos no tórax e abdômen, mas não nos membros inferiores”, afirma.

Existem diversos tratamentos para vasinhos no mercado estético. Porém, o mais indicado é que sejam realizados pela especialidade vascular, uma vez que a sua avaliação deve ser aprofundada, baseada no histórico de saúde e até mesmo na cor da pele. Quando avaliados superficialmente, o paciente pode receber um tratamento inadequado para o seu caso e levar à piora do quadro.

A Escleroterapia é um dos procedimentos mais comuns para o tratamento de vasinhos. São três modalidades diferentes: Escleroterapia de espuma, realizada com um agente detergente; a de glicose, que utiliza um agente hipertônico; e, por último, o procedimento também pode ser feito a laser.

Alguns casos são tratados com radiofrequência e até mesmo procedimentos cirúrgicos. “Qualquer lugar dos membros inferiores pode ser tratado com Escleroterapia. As particularidades da indicação do uso da medicação a ser escolhida pelo médico e do tamanho do vaso poderão variar de acordo com a região”, esclarece a Dra. Maran.

Algumas áreas menores e mais delicadas pedem o tratamento a laser. Esse é o caso dos vasinhos que surgem no rosto, principalmente ao redor dos olhos, causando olheiras.  Já os que aparecem no tórax e abdómen pedem uma investigação aprofundada de sua causa, uma vez que podem indicar algum problema hepático. Ou seja, para um tratamento eficiente, é necessário que seja cuidado desde a sua origem.

Depois da realização dos procedimentos é necessário manter alguns hábitos para evitar que o problema volte. O uso de meias elásticas, por exemplo, e de cremes específicos indicados pelo médico, além de evitar a exposição ao sol nas semanas seguintes à terapêutica.




Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV)

Os Desafios da Obesidade e os Riscos do Covid19




Doenças Crônicas Associadas à Obesidade Agravam o Quadro de Pacientes com Covid-19


Em março de 2020, a OMS ( Organização Mundial da Saúde), classificou o COVID-19 como uma pandemia, isto é, um vírus que está circulando por todos os continentes, causando uma síndrome composta por um amplo espectro de gravidade que vai desde pacientes assintomáticos, como aqueles que apresentam ou apresentarão comprometimento de múltiplos órgãos.

Assim sendo, vamos falar da gravidade do Covid-19 para o paciente obeso.

Estudos recentes nos Estados Unidos e França concluíram que a obesidade é a condição crônica que mais leva pessoas a serem hospitalizadas pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2). A inflamação gerada pelo excesso de peso seria a grande responsável pelas complicações nesses indivíduos.

A obesidade pode estar relacionada a várias outras doenças; hipertensão, doenças cardíacas, doenças pulmonares e diabetes, podendo inclusive ser responsável pelas alterações hormonais; promovendo um estado inflamatório constante; Esse processo inflamatório é causado pelo excesso de peso.

Diante desse quadro, a pessoa obesa está com o organismo mais fragilizado e suscetível às complicações do Covid19, evoluindo para a sua forma mais grave da doença.

Um dos grandes desafios no caso de obesos com covid19 é a falta de estrutura hospitalar, isso porque não há instalações adequadas para uma demanda tão grande; faltam leitos adequados para obesos graves, além das dificuldades nos procedimentos de intubação e no diagnóstico por imagem; tudo fica mais complicado devido ao limite de peso dos equipamentos próprios para esses exames.


Isolamento Social

Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o isolamento acaba agravando ainda mais o problema. Os casos de depressão e ansiedade entre as pessoas desse grupo também aumentaram e se agravaram com o isolamento social, potencializadas pelo medo e a incerteza.

Todo esse cenário também dificulta aqueles que necessitam de uma dieta restrita e tem problema de controlar o peso, pois a quarentena predispõe ao sedentarismo. E como se exige medidas mais extremas de prevenção para grupos de risco, a falta de atividade física como rotina, falta de caminhadas ao ar livre, somam se aos desafios enfrentados por essas pessoas.

Obesidade Infantil

O Departamento Científico de Endocrinologia, através da Sociedade Brasileira de pediatria, publicou uma nota de alerta aos pais. Para crianças e adolescentes com   obesidade o desafio pode ser maior se os pais não conversarem com seus filhos; é necessário ouvir os seus filhos, sobre os medos, as dúvidas e incertezas com relação ao Covid19, além de orientá-los com a prevenção e estimulá-los a participar de atividades físicas, ainda que improvisadas dentro de casa, bem como manter uma dieta saudável. Também é necessário colocar limites no uso das telas, para que não se extrapole o tempo diante de TVs e celulares. A orientação e apoio de profissionais de saúde e a rotina de exames médicos também precisa ser reprogramada se necessário.


 Conclusão

A obesidade é um grande fator de risco, pois diante de qualquer quadro viral a pessoa precisará de um sistema imunológico competente.

Assim, a orientação chave para essas pessoas, é que elas mantenham uma dieta saudável para que o sistema imunológico do organismo seja reforçado. Procurar exercitar-se por pelo menos uma hora por dia, mesmo que seja dentro de casa. Os cuidados com a obesidade, aliados a prevenção do covid19 e a atenção com a saúde mental, tornam se imprescindíveis nesse período.






Dra. Bruna Marisa - médica, pós graduada em Endocrinologia, membro da SBEM, pós graduada em Medicina Ortomolecular, especialista em Emagrecimento e Low Carb, com vários cursos na área de Medicina Esportiva, onde também atua. Autora do E-Book: Guia de Emagrecimento Definitivo e Duradouro.
Instagram: @drabrunamarisa
Ela está disponível para esclarecer dúvidas, informações e entrevistas.


SBP lança nota para prevenir acidentes decorrentes do uso de álcool, durante a pandemia



Prevenção de queimaduras em tempos de COVID-19 é o tema da nota de alerta lançada nesta segunda-feira (20) pelo Departamento Científico de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Na publicação, os pediatras chamam atenção para o aumento da incidência de queimaduras durante este período de isolamento social, em especial aquelas relacionadas ao uso de álcool, substância que tem sido amplamente usada para a higienização de mãos e superfícies.

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O DOCUMENTO

Conforme pontua o presidente do DC de Segurança da SBP, dr. Marco Antônio Chaves Gama, a maioria dos acidentes não intencionais pode ser prevenida, basta que sejam tomadas providências de precaução. Por isso, a melhor maneira de assegurar um ambiente saudável e seguro para crianças e adolescentes é a orientação e conscientização de todos.
“As lesões por queimaduras podem provocar sequelas estéticas e funcionais, além de afetar a dimensão emocional do indivíduo. O pediatra tem a missão de ajudar os pais a identificar potenciais ameaças no ambiente doméstico e esclarecer quais as medidas de prevenção e socorro à vítima devem ser adotadas”, afirmou.

INFORMAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS – Segundo dados do Ministério da Saúde, os acidentes continuam sendo a principal causa de morte entre um e 14 anos de idade. O número de óbitos de menores de 14 anos foi de 3.661 em 2017. Além disso, foram hospitalizados 111.555 indivíduos nesta mesma faixa etária em 2018. Desse total, as queimaduras foram responsáveis por 5,9% dos óbitos em 2017 e representaram 18,4% de todas as internações por acidentes em 2018.

MANTENDO A SEGURANÇA - Em geral, as peculiaridades das queimaduras em crianças estão associadas ao fato delas serem naturalmente mais curiosas e interessadas em explorar o ambiente. No entanto, por não reconhecerem os riscos com clareza, é fundamental a orientação e supervisão constante de um adulto responsável. A maioria dos acidentes envolvendo crianças até o final da idade escolar ocorre em sua própria residência e a cozinha é o local onde mais frequentemente acontecem as queimaduras. Para evitar essas intercorrências, a SBP recomenda as seguintes medidas:

- Prevenção de queimaduras térmicas -
  • Permanecer em casa e treinar com as crianças a lavagem correta de mãos com água e sabão, reservando o uso do álcool em gel para a necessidade absoluta de ter que ir na rua;
  • Evitar usar álcool para limpeza doméstica habitual. Há produtos que o substituem, como o hipoclorito de sódio, que é um desinfetante de superfície eficaz contra o coronavírus
  • Não segurar e nem manusear líquidos quentes com uma criança no colo;
  • Não deixar copos com líquidos quentes próximos de bebês;
  • Materiais quentes devem ser colocados no centro da mesa, distante da criança, observando o tamanho da toalha, para evitar que possa ser puxada pela criança;
  • Mantenha crianças longe de aquecedores, lareira, fogueira e fogos de artifício;
  • Manter o ferro de passar roupa fora do alcance e nunca deixar o ferro esfriando no chão.
- Prevenção de queimaduras químicas –
  • Manter produtos tóxicos fora da visão e do alcance. Devem ser trancados em local seguro e nunca transfira produtos tóxicos para embalagens atrativas, como garrafas de refrigerante (mantenha em suas embalagens originais);
  • Nunca deixar ao alcance de crianças pilhas e baterias.
- Prevenção de queimaduras elétricas –
  • Usar protetores de tomada em todas as tomadas que não estão sendo usadas;
  • Dentro do possível, encostar os móveis, escondendo as tomadas;
  • Evite ligar vários aparelhos eletrônicos em uma mesma tomada e evite usar benjamins ou extensões.
  • Manter fios fora do alcance das crianças;
  • Não deixe uma criança brincar com objetos metálicos que possam ser introduzidos em tomadas elétricas;
A nota de alerta da SBP apresenta inda uma série de informações úteis para a correta classificação de queimaduras na população pediátrica por profundidade e extensão, além de orientações sobre abordagens de primeiros socorros, desmistificando práticas errôneas disseminadas pelo senso comum, como o uso de pó de café, clara de ovo ou pasta de dente nas queimaduras.

Para mais informações sobre assistência pediátrica em tempos de COVID-19, acesse o site https://www.sbp.com.br/especiais/covid-19/


Afastamento de gestante durante a pandemia do novo Coronavírus (Sars-CoV-2)


Muitos médicos encaminharam à SOGESP dúvidas sobre se devem ou não emitir atestados para afastamento de suas pacientes gestantes de seus trabalhos durante a pandemia do novo Coronavírus (Sars-CoV-2).
Para esclarecer essa questão, é importante avaliar a situação de saúde da gestante, se ela apresenta ou não quadro suspeito ou confirmado de Covid-19.


Gestante sintomática

No caso da gestante estar sintomática (tosse, dor de garganta ou dificuldade respiratória, acompanhada ou não de febre), sem sinais de gravidade (falta de ar, febre que não cede, queda do estado geral, dor torácica), o médico deverá indicar o isolamento domiciliar e fornecer atestado para a gestante, nos termos da Portaria nº 454/2020 do Ministério da Saúde, como medida de contenção da transmissibilidade do Covid-19.

Para a emissão do atestado médico devem ser respeitadas as normas previstas na Resolução nº 1.658/2002 do Conselho Federal de Medicina, que estabelece que o atestado é parte integrante do ato médico, sendo seu fornecimento direito inalienável do paciente, não podendo importar em qualquer majoração de honorários. Prevê ainda que, ao fornecer o atestado, o médico deverá registrar em ficha própria e/ou prontuário médico os dados dos exames e tratamentos realizados. Na elaboração do atestado, o médico deverá registrar os dados de maneira legível, bem como:
  • Identificar o paciente;
  • Especificar o tempo concedido de dispensa à atividade, necessário para a recuperação do paciente;
  • Estabelecer o diagnóstico, quando expressamente autorizado pelo paciente;
  • Registrar data e hora da emissão;
  • Identificar-se como emissor, mediante assinatura e carimbo ou número de registro no conselho regional de medicina.
Caso o paciente autorize, o médico deverá inserir no atestado médico o código da doença revisto na CID-10[1], que poderá ser uma das seguintes opções:
  • J11 (Influenza (gripe) devida a vírus não identificado) – caso a paciente apresente sintomas respiratórios; ou
  • B34.2 (Infecção por Coronavírus de localização não especificada) – caso a paciente apresente resultado laboratorial positivo para o SARS CoV-2
Recomenda-se solicitar à paciente a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e o termo de declaração contendo a relação das pessoas que residam no seu endereço devidamente preenchidos e assinados. A SOGESP disponibiliza modelos desses documentos em seu site.


Gestante assintomática

O Ministério da Saúde, através da Nota Técnica nº 12/2020 COSMU/CGCIVI/DAPES/SAPS/MS – Infecção COVID-19 e os riscos às mulheres no ciclo gravídico-puerperal, de 18/04/2020, assim afirmou:

“Porém, com base na observação dos altos índices de complicações, incluindo mortalidade, em mulheres no ciclo gravídico-puerperal com infecções respiratórias, sejam elas causadas por outros coronavírus3 (SARS-CoV e MERS-CoV), ou pelo vírus da influenza H1N14,5, é sensata a preocupação em relação a infecção pelo SARS-CoV-2 nesta população.

Diante do exposto, da experiência mundial em outras infecções respiratórias no ciclo gravídico-puerperal, e de óbitos em gestantes/puérperas por COVID-19 no país, esta Coordenação/Departamento sugere que seja mantida intensa vigilância e medidas de precaução em relação as gestantes e puérperas.”

Assim, no caso de gestante assintomática, considerando que qualquer infecção grave pode comprometer a evolução da gestação e aumentar o risco de prematuridade e que por decisão do Ministério da Saúde devem ser consideradas como grupo de risco do Covid-19 gestantes e puérperas (mães de recém-nascidos com até 45 dias de vida), recomenda-se que o médico elabore um relatório atestando que a paciente é gestante (se necessário, inserir a CID Z32.1 Gravidez confirmada), apontando de quantas semanas de gestação está, e informando que se trata de grupo de risco para o Covid-19.
Recomenda-se para as gestantes durante a pandemia, assim como para outras pessoas integrantes do grupo de risco para o Covid-19, a troca de função ou o trabalho remoto (home office) ou, se essas opções não forem viáveis, o afastamento da gestante em razão da pandemia pelo Covid-19, que pode afetar a saúde da gestante e do bebê.

Porém, não há uma lei federal (que valha para o país todo) que obrigue o afastamento de gestante, ou de outros integrantes do grupo de risco, do trabalho (na esfera privada) em tempos de pandemia, salvo nas hipóteses de casos confirmados ou suspeitos de Covid-19, por força da Portaria Conjunta nº 20/2020 do Ministério da Economia. 

Diante do risco de contaminação, é recomendável que gestantes sejam poupadas do contato direto com pessoas durante a pandemia. A decisão sobre o afastamento ou a troca de função caberá ao empregador – exceto nas hipóteses descritas no parágrafo anterior –, que deverá negociar com a sua empregada qual a melhor alternativa.

Não se trata de um atestado de afastamento médico por doença, apenas um relatório médico para instruir a paciente e o empregador sobre os riscos envolvidos na exposição de gestantes durante a pandemia.

1Apesar de a OMS recomendar o uso do código de emergência da CID-10 U07.1 para o diagnóstico da doença respiratória aguda devido ao COVID-19, essa codificação está ausente nos volumes da CID-10 em português. Os códigos referidos no texto poderão ser utilizados até que tenhamos a edição atualizada da publicação da 10ª Classificação Internacional de Doenças, em língua portuguesa que, encontra-se em fase de revisão. Essa é a recomendação da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo: https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/20/20200318-Fast-Track-ver002.pdf


Combate à Asma: Evite crises durante o inverno


Além do tratamento médico, medidas simples podem fazer a diferença na vida do asmático


 A asma é uma doença pulmonar inflamatória crônica –  sem cura – que causa episódios recorrentes de falta de ar, tosse crônica, chiado e aperto no peito, as crises são classificadas entre leves, moderadas e graves. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 20 milhões de brasileiros sofrem com asma, entre crianças e adultos, e a doença é considerada um problema mundial de saúde. 

Diversos fatores podem desencadear ou agravar a asma, o mais comum é a hipersensibilidade a poeira e ácaros, pelos de animais, restos de insetos, mofos e pólens, além desses, a variação climática, alteração emocional, medicamentos e exercícios também fazem parte do grupo. 

“É fundamental identificar a asma o quanto antes, mesmo em casos leves, pois a cada crise da doença, o pulmão é afetado e fica mais frágil, demorando ainda mais tempo para se recuperar e voltar ao seu estado normal”, alerta a Dra. Tatiana Abdo CRM-SP 101.585, otorrinolaringologista. Para a especialista, uma das chaves para o controle da asma é a educação do paciente e seus familiares. “Os parentes precisam reconhecer a doença, tornando-se, assim parceiros efetivos durante o tratamento recomendado pelo médico”, explica. 

Estima-se que 80% dos asmáticos também possuem rinite alérgica. Os seus sintomas mais comuns são tosse seca, sensação de secreção na garganta, espirros e peso na face, apesar de baixa gravidade, a rinite alérgica pode impactar negativamente a qualidade de vida, por isso, deve ser tratada com medicamentos e em conjunto com a asma. Os principais fatores que causam ou agravam as duas doenças são agentes externos (como poeira e ácaros) presentes nas vias respiratórias, por isso é importante realizar a higienização nasal diariamente, garantindo a limpeza das vias aéreas.

Além do tratamento médico, algumas medidas simples podem ser tomadas para amenizar as crises de asma e também evitar a rinite alérgica, confira abaixo:

1.   A limpeza da casa deve ser realizada com aspirador e pano úmido. Não utilize utensílios domésticos como a vassoura que espalham pó pelo ar;

2.   Evite perfumes ou produtos de limpeza com cheiro forte, podem desencadear as crises de asma;

3.   Encape colchões e travesseiros com plástico ou tecido específico, impermeável aos ácaros;

4.   Evitar o cigarro e outros irritantes das vias aéreas;

5.   Animais domésticos devem ser mantidos fora de casa;

6.   Evite o uso de produtos químicos, como removedores, lustra móveis, inseticidas, sprays em geral;

7.   Realizar higienização nasal com soluções salinas, evita que agentes externos entrem em contato com as vias respiratórias superiores, prevenindo assim crises de rinite e consequentemente um melhor controle da asma.

8.   Objetos que facilitam o acúmulo de pó como brinquedos, bichos de pelúcia, livros e revistas, almofadas e tapetes devem ser evitados;

9.   Mantenha sempre sua casa bem arejada.

“Além de evitar os fatores desencadeantes é imprescindível manter o tratamento da asma em dia. Com o tratamento é possível controlar os atuais sintomas e, ao mesmo tempo, prevenir riscos futuros. Temos à disposição um grande arsenal de medicamentos muito eficazes e comprovadamente seguros para tratar a asma, apesar de não conhecermos uma cura, o asmático bem controlado não só pode, como deve ter uma vida completamente normal.” Sinaliza a Dra. Tatiana CRM-SP 101.585.


Fonte: Rinosoro



SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.




Referências consultadas:
Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. 21/6 – Dia Nacional de Controle da Asma. 22 Julho, 2019. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/ultimas-noticias/2983-21-6-dia-nacional-de-controle-da-asma>. Acesso em: junho, 2020.
Associação Brasileira de Asmáticos. Perguntas frequentes. Disponível em: <http://www.abrasaopaulo.org/perguntas.asp>. Acesso em: junho, 2020.
Kim MK, et al. A Randomized Multicenter, Double-blind, Phase III Study to Evaluate the Efficacy on Allergic Rhinitis and Safety of a Combination Therapy of Montelukast and Levocetirizine in Patients with Asthma and Allergic Rhinitis. Clin Ther.2018 Jul;40(7):1096-1107
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.  Espaço Saúde Respiratória – Asma. Disponível em : <https://sbpt.org.br/portal/espaco-saude-respiratoria-asma/>. Acesso em> junho,2020.

Mitos e verdades: frio e home office podem causar doenças urológicas?


Especialista explica quais hábitos
prejudicam a saúde do trato urinário 
Crédito: Depositphotos
 Entenda quais hábitos prejudicam a saúde do trato urinário


Doenças urológicas são um tanto comuns e, por isso, nem sempre recebem a atenção necessária. Se não tratadas, porém, podem evoluir para casos mais graves. E as queixas têm sido mais comuns nesse período de home office, quando os hábitos estão alterados. O urologista Mark Fernando Neumaier, do Hospital Marcelino Champagnat, esclarece mitos e verdades sobre as principais doenças:


O desejo de urinar se intensifica no frio – VERDADE

Para manter a temperatura corporal equilibrada no clima frio, os vasos sanguíneos periféricos se comprimem para diminuir a perda de calor. Isso reduz a perda de líquido através da pele e, consequentemente, aumenta a vontade de urinar.

Outro fator é o consumo de líquidos quentes, que, muitas vezes, contêm cafeína, componente que irrita a bexiga. No entanto, a vontade de urinar pode estar relacionada à cistite ou bexiga hiperativa, condição que, além do aumento da frequência de idas ao banheiro, pode causar vazamentos, urgência de urinar e nocturia (vontade de urinar durante o período de sono).


Mulheres costumam ter mais infecções urinárias que os homens - VERDADE

A uretra da mulher é muito mais curta que a do homem, o que favorece a entrada de bactérias na bexiga. Outros fatores também favorecem o desenvolvimento de cistites (infecções urinárias), como pouca ingestão de água, retenção da urina por muito tempo e candidíase vaginal. “É importante equilibrar o consumo de água diário e idas mais frequentes ao banheiro. Urinar logo após o ato sexual também auxilia na expulsão de eventuais bactérias”, completa.


Cistite não é uma doença grave – MITO

Dor ao urinar, aumento da frequência urinária, sensação de que a bexiga não esvaziou totalmente são os sintomas mais comuns da cistite e devem ser tratados com antibióticos e acompanhamento médico. Geralmente, em 50% dos casos, a cistite pode acabar espontaneamente, no entanto sempre há o risco da doença evoluir para uma pielonefrite. Isso acontece quando a infecção atinge os rins, causando febre, dor lombar e no corpo, perda do apetite e podendo provocar, até mesmo, uma sepse (inflamação que se espalha pelo corpo).

“Outro ponto importante é a incidência de cistites. Até duas infecções por ano, podemos considerar normal. Acima disso, merece uma avaliação médica mais minuciosa”, ressalta Neumaier.


Friagem causa cistite – MITO

As dicas das avós, de que as mulheres não devem se sentar em superfícies frias, ficar com os cabelos molhados ou sentir frio, para não desenvolver uma cistite, são mitos. “A mudança de temperatura pode causar vontade de urinar, como reflexo do corpo, mas não desencadear uma doença. Já a exposição ao frio, aliada a outros fatores, pode contribuir para baixar a imunidade, o que facilitaria o aparecimento de infecções”, explica o urologista.


Homens não devem ficar muito tempo sentados – VERDADE

A infecção urinária nos homens não é tão comum como nas mulheres porque a uretra é maior, dificultando que as bactérias cheguem à bexiga. No entanto, o home office tem feito com que as pessoas passem mais tempo sentadas em frente ao computador, condição que pressiona a próstata e favorece sua inflamação, conhecida como prostatite.

Os sintomas da prostatite podem variar muito, desde a vontade de urinar com maior frequência, sensação de não ter esvaziado totalmente a bexiga ou apresentar um quadro mais silencioso, como febre, dor lombar, ardência no final da micção, dor quando ejacula e dor na ponta do pênis.


Ingerir água também é uma forma de prevenção – VERDADE

O consumo adequado de água estimula o funcionamento do aparelho urinário e ajuda a prevenir inflamações na bexiga e o surgimento de pedras nos rins. Já bebidas com muito sódio, como refrigerantes e sucos com conservantes, favorecem a formação de cálculos.

“Outro alerta importante é estar atento a sinais como dor ao urinar, alteração na micção, sangue na urina e dor nas costas, sintomas que podem estar relacionados a doenças como câncer nos rins, na bexiga ou na próstata. Exames diagnósticos periódicos também ajudam a evitar o agravamento de doenças”, ressalta o urologista.





Hospital Marcelino Champagnat


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