Doenças Crônicas
Associadas à Obesidade Agravam o Quadro de Pacientes com Covid-19
Em março de 2020, a OMS ( Organização Mundial da
Saúde), classificou o COVID-19 como uma pandemia, isto é, um vírus que está
circulando por todos os continentes, causando uma síndrome composta por um
amplo espectro de gravidade que vai desde pacientes assintomáticos, como
aqueles que apresentam ou apresentarão comprometimento de múltiplos órgãos.
Assim sendo, vamos falar da gravidade do Covid-19
para o paciente obeso.
Estudos recentes nos Estados Unidos e França
concluíram que a obesidade é a condição crônica que mais leva pessoas a serem
hospitalizadas pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2). A inflamação gerada pelo
excesso de peso seria a grande responsável pelas complicações nesses
indivíduos.
A obesidade pode estar relacionada a várias outras
doenças; hipertensão, doenças cardíacas, doenças pulmonares e diabetes, podendo
inclusive ser responsável pelas alterações hormonais; promovendo um estado
inflamatório constante; Esse processo inflamatório é causado pelo excesso de
peso.
Diante desse quadro, a pessoa obesa está com o
organismo mais fragilizado e suscetível às complicações do Covid19, evoluindo
para a sua forma mais grave da doença.
Um dos grandes desafios no caso de obesos com
covid19 é a falta de estrutura hospitalar, isso porque não há instalações
adequadas para uma demanda tão grande; faltam leitos adequados para obesos
graves, além das dificuldades nos procedimentos de intubação e no diagnóstico
por imagem; tudo fica mais complicado devido ao limite de peso dos equipamentos
próprios para esses exames.
Isolamento Social
Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o
isolamento acaba agravando ainda mais o problema. Os casos de depressão e
ansiedade entre as pessoas desse grupo também aumentaram e se agravaram com o
isolamento social, potencializadas pelo medo e a incerteza.
Todo esse cenário também dificulta aqueles que
necessitam de uma dieta restrita e tem problema de controlar o peso, pois a
quarentena predispõe ao sedentarismo. E como se exige medidas mais extremas de
prevenção para grupos de risco, a falta de atividade física como rotina, falta
de caminhadas ao ar livre, somam se aos desafios enfrentados por essas pessoas.
Obesidade Infantil
O Departamento Científico de Endocrinologia,
através da Sociedade Brasileira de pediatria, publicou uma nota de alerta aos
pais. Para crianças e adolescentes com obesidade o desafio pode ser
maior se os pais não conversarem com seus filhos; é necessário ouvir os seus
filhos, sobre os medos, as dúvidas e incertezas com relação ao Covid19, além de
orientá-los com a prevenção e estimulá-los a participar de atividades físicas,
ainda que improvisadas dentro de casa, bem como manter uma dieta saudável.
Também é necessário colocar limites no uso das telas, para que não se extrapole
o tempo diante de TVs e celulares. A orientação e apoio de profissionais de
saúde e a rotina de exames médicos também precisa ser reprogramada se
necessário.
Conclusão
A obesidade é um grande fator de risco, pois diante
de qualquer quadro viral a pessoa precisará de um sistema imunológico
competente.
Assim, a orientação chave para essas pessoas, é que
elas mantenham uma dieta saudável para que o sistema imunológico do organismo
seja reforçado. Procurar exercitar-se por pelo menos uma hora por dia, mesmo
que seja dentro de casa. Os cuidados com a obesidade, aliados a prevenção do
covid19 e a atenção com a saúde mental, tornam se imprescindíveis nesse
período.
Dra. Bruna Marisa - médica, pós graduada em
Endocrinologia, membro da SBEM, pós graduada em Medicina Ortomolecular,
especialista em Emagrecimento e Low Carb, com vários cursos na área de Medicina
Esportiva, onde também atua. Autora do E-Book: Guia de Emagrecimento Definitivo
e Duradouro.
Instagram: @drabrunamarisa
Ela está disponível para esclarecer dúvidas,
informações e entrevistas.
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