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quinta-feira, 16 de julho de 2020

Mulher, mãe e executiva: como lidar com o home office em tempo integral


As executivas Vanessa D'Angelo e Caroline Raimundo pontuam os desafios de se adaptar ao novo normal enquanto tentam balancear a vida pessoal e profissional durante a pandemia de Covid-19


O período de distanciamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus proporcionou mudanças no estilo de vida da maioria dos executivos em todo o mundo, que precisaram se adaptar a uma nova forma de trabalhar e liderar, agora, exclusivamente, à distância. Para as mulheres e mães, esta adaptação se mostrou ainda mais desafiadora, já que o novo normal também contempla o fechamento das escolas e os filhos em casa em tempo integral.

Vanessa D’Angelo, Head de Marketing para a América Latina na LogMeIn, já estava acostumada ao trabalho remoto pelo menos duas vezes por semana antes da pandemia e, apesar disso, pontua que nas primeiras semanas de adaptação ao home office somado ao distanciamento social foi muito difícil separar o trabalho dos cuidados com a casa e relacionamento com a família. A executiva é casada e mãe de duas adolescentes e, em família, depois de uma conversa séria sobre o momento desafiador, decidiram dividir as tarefas para que a rotina de todos pudesse seguir da melhor forma possível.

Com crianças mais velhas, lidar com a educação das filhas à distância também não foi um grande problema para Vanessa, já que além da idade e facilidade com a tecnologia, as adolescentes também já haviam sido capacitadas por sua escola para utilizar o notebook anteriormente nas aulas presenciais. Porém, essa não é a realidade da maioria das mães. Caroline Raimundo, Gerente de Marketing na Acer do Brasil, é mãe de crianças de 5 e 7 anos, em fase de alfabetização e que precisam de auxílio em tempo integral com as aulas online. Para a executiva, conciliar a rotina de liderança remotamente, com os cuidados com a casa e os filhos é, sem dúvidas, um grande aprendizado. “Transformei a mesa da cozinha em um grande coworking onde eu e meu filhos passamos parte do dia juntos, eu trabalhando e eles estudando. E, sempre que há dúvidas nas tarefas da escola, levantam a mão e eu vou ajudá-los”, destaca Caroline.

Não é de hoje que o trabalho remoto se popularizou entre diversas áreas e empresas. Nos últimos anos, com a chegada dos nativos digitais ao mercado, a prática se tornou requisito essencial para inúmeras vagas, principalmente em empresas com atuação global. Apesar disso, no Brasil, ainda era visto por muitos como um tabu.

De acordo com ambas as executivas, diante de todos os desafios do momento atual, a principal cobrança ainda vem delas mesmas. “Eu tinha receio de falar que estava ocupada fazendo uma tarefa de casa e não podia fazer algo do trabalho naquele momento”, conta Vanessa D’Angelo. Caroline Raimundo, que ainda não tinha a rotina de trabalhar em casa com frequência antes da pandemia, também pontua o quanto é delicado impor limites aos colegas de trabalho durante o home office em tempo integral: “aprendi a ter horário para conectar e para desconectar, e entendi que não é errado focar em outras atividades da vida pessoal e buscar maior equilíbrio durante este momento. Quando sabemos o momento de colocar e cumprir os horários, todos entendem e te seguem como exemplo”.

Apesar das dificuldades, após um período de adaptação, a situação também trouxe muitos benefícios à rotina de negócios das executivas, que se dizem muito mais focadas, criativas e produtivas enquanto trabalham de casa. No quesito família, os benefícios também são inúmeros. “Com a correria do dia a dia, eu nunca tinha conseguido passar tanto tempo com minhas filhas e isso me fez descobrir novas características nelas que em outro momento talvez eu não teria oportunidade, e essa experiência não tem preço”, pontua Vanessa.

A forma como as empresas estão lidando com a nova rotina também pode influenciar bastante na qualidade de vida dos funcionários. De acordo com Caroline, “a Acer vê o bem-estar dos funcionários como a sua maior prioridade neste momento, o que tranquiliza e incentiva suas equipes a continuar prestando serviço de qualidade e com segurança de suas casas”. A LogMeIn também está priorizando o bem-estar do seu time e para isso criou benefícios para auxiliar os funcionários na aquisição de itens para seus escritórios em casa e decretou, mensalmente, um feriado institucional para incentivar suas equipes de todo o mundo a passar mais tempo de qualidade e em família durante a pandemia de Covid-19.

Para outras mães e executivas que também estão batalhando para equilibrar as tarefas do trabalho e a vida pessoal, as executivas dão dicas simples e práticas que estão as ajudando bastante nos últimos três meses:

  • Criar regras – independente das obrigações e agendas do trabalho e de casa, é importante impor regras para si mesma, para a família e para os colegas de trabalho. Seja criando um horário fixo para cada atividade diariamente; ou deixando claro para a família e os e colegas de trabalho em que momentos você não está disponível, criar uma rotina é fundamental.

  • Não ter medo de dizer “não” – a família e os colegas de trabalho precisam estar cientes que haverá momentos em que você não estará disponível para o trabalho e/ou socialização.

  • Separar um tempo para si mesma – seja fazer exercícios, ler, assistir filmes ou até mesmo um novo curso-online, é preciso lembrar de separar diariamente momentos para relaxar com atividades prazerosas e relaxantes para você, já que o momento atual tende a causar mais ansiedade e estresse.

Depressão na Terceira Idade



Um Mal que Não Pode Ser Ignorado


A depressão é uma doença muito prevalente e cada vez mais frequente. Atinge pessoas de todas as idades, crianças, adultos e idosos. Houve um aumento em nossa expectativa de vida e é comum que os idosos morem sozinhos e passem a maior parte do seu tempo sós.

Por isso, os idosos são também atingidos por transtornos de humor, como a depressão e, precisamos estar atentos a isto.


As causas

Na terceira idade são variados os fatores que podem desencadear a depressão, entre fatores biológicos, psicológicos e sociais.

Desde vivenciar o luto da vida profissional, a diminuição das atividades físicas, a perda do companheiro, amigos e familiares, a solidão característica do momento de vida, o frequente afastamento dos filhos e familiares,  a proximidade da morte e o medo que ela traz.

Recentemente, o Brasil perdeu o ator Flávio Migliaccio, de 85 anos. O suicídio foi confirmado pelo filho, Marcelo, que confirmou que o pai estava passando por um período de depressão desde o ano passado.

“Este acontecimento levou-me a refletir sobre a saúde mental e o emocional dos nossos idosos neste momento” – comentou a psiquiatra , psicoterapeuta e analista junguiana,  Dra. Aline Machado Oliveira, que explica: “ O idoso deprimido poderá não se queixar de tristeza e perda de prazer na vida. E sim reclamar de dores físicas, dificuldade para dormir e se alimentar, poderá ficar mau humorado e isolar-se dos familiares".

E são nestes pequenos sinais, que os cuidadores e pessoas que convivem com os idosos devem se ater.


Enfrentando a Depressão em Tempos de Covid19

Neste período de isolamento social é muito importante que estejamos atentos uns aos outros, principalmente aos mais velhos. Os idosos têm mais dificuldade para entender o que está acontecendo. É comum se comportarem como crianças, muitas vezes são teimosos e não aceitam ser contrariados.

Não podemos deixá-los sozinhos neste momento de angústia e incerteza, no qual todos nós nos encontramos apreensivos pela epidemia da COVID-19.”- diz a Dra. Aline Machado Oliveira.

Dê atenção aos idosos da sua família, principalmente àqueles que moram sozinhos. Converse com eles diariamente, ofereça ajuda, ofereça companhia. Devemos proteger uns aos outros da COVID-19, mas não nos percamos para a depressão.”

O que podemos fazer para evitar e prevenir a depressão em nossos idosos? A psiquiatra e psicoterapeuta dra. Aline Machado Oliveira dá algumas dicas:
  • É fundamental manter-se ocupado nessa idade para manter a boa saúde mental e emocional;  
  • Reunir-se com amigos;
  • Fazer novas amizades;
  • Praticar exercícios segundo a orientação profissional;
  • Meditar, ler, aprender coisas novas e se beneficiar de qualquer atividade que estimule o cérebro e traga prazer em viver.
A internet facilita o relacionamento de amigos e familiares à distância, bem como novos aprendizados.
Para finalizar, a dra. Aline Machado Oliveira nos alerta: “Em caso de tristeza, angústia, ansiedade, insônia, pensamentos negativos, pessimismo, desejo de fugir ou morrer, isolacionismo, irritabilidade, falta ou excesso de apetite, dificuldade para dormir ou excesso de sono, não espere: procure ajuda profissional”.





Dra Aline Machado Oliveira - médica psiquiatra e especialista em Psicologia Clínica Junguiana e Analista Junguiana em formação pelo Instituo Junguiano do  Rio Grande do Sul. Membro da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul e da Associação Brasileira de Psiquiatria,e atua há mais de 9 anos com psiquiatria clínica e psicoterapia.
Atendimentos presenciais na cidade de Lajeado -RS. Online para todo o Brasil.
instagram: @fala_psiquiatra


Como o estresse pode impactar a saúde do corpo?

Conheça os efeitos que o estresse pode causar na pele, cabelos e outras partes do organismo


O aumento da preocupação com a saúde e as incertezas trazidas pela pandemia do novo coronavírus podem ter efeitos negativos em todo o organismo. O estresse gerado em situações desafiadoras, como a que vivemos agora, tem consequências não só na cabeça, mas em diversas outras partes do corpo. 

O farmacêutico Adriano Ribeiro, da rede de farmácias Extrafarma, lista abaixo os principais efeitos do estresse na saúde e como combatê-los.


Pele

A pele é o maior órgão do corpo humano e um dos primeiros a mostrar os sinais do estresse no organismo. Entre os problemas mais comuns estão o aparecimento de problemas como eczema e psoríase, geralmente causados pelo aumento nos níveis de cortisol, hormônio ligado ao estresse que provoca uma resposta inflamatória do organismo. Vermelhidão, coceira e descamação da pele são alguns dos sintomas do eczema. A psoríase também causa manchas vermelhas e coceira, além de ressecamento.

O cortisol também pode causar o agravamento da acne em indivíduos que tenham predisposição a esse problema. “Pomadas, cremes e loções específicos para cada situação ajudam a amenizar a inflamação e tratar a pele. O recomendável é consultar um dermatologista ou procurar a ajuda de um farmacêutico para escolher o produto mais indicado”, afirma Ribeiro.


Cabelos

O estresse pode levar ao aumento da oleosidade dos cabelos e desencadear problemas como a dermatite seborreica, uma doença crônica que pode afetar tanto o couro cabeludo quanto a pele.

A dermatite seborreica se manifesta por meio de lesões avermelhadas, coceira e descamação da pele e é mais comumente observada no couro cabeludo, barba, região da sobrancelha e atrás das orelhas. No couro cabeludo, a descamação da pele causa o aparecimento da caspa.

“Além de controlar o estresse, o uso de shampoos e loções específicos para a dermatite seborreica ajudam a amenizar o problema”, indica o farmacêutico.

Enquanto algumas pessoas notam aumento de oleosidade nos cabelos, o estresse também pode levar ao ressecamento dos fios, aumentar a quantidade de fios grisalhos em pessoas que têm essa predisposição, provocar o afinamento dos fios, deixando os cabelos mais ralos, e até mesmo causar sua queda.

“Cada organismo responde de um jeito diferente ao estresse, por isso é muito importante buscar a orientação de um especialista antes de realizar qualquer tratamento”, reforça Ribeiro.


Estômago

Quando sentido por períodos prolongados ou de forma muito aguda, o estresse tem a capacidade de mudar o nível de acidez do estômago, o que pode causar azia, má digestão, gastrite e, em casos mais graves, a formação de úlceras.
“Em momentos de estresse, é comum descuidar da alimentação, o que pode agravar os problemas digestivos e intensificar sintomas como dor, queimação ou azia. Por isso, além de buscar ajuda médica para tratar o estômago, é preciso manter uma dieta equilibrada para que o órgão se recupere”, diz Ribeiro.


Músculos

Um dos principais sintomas do estresse é a tensão muscular, que se manifesta principalmente na região do pescoço, ombros e costas. O estresse pode causar torcicolos, dores lombares e, em casos em que é mais acentuado, até mesmo dores de cabeça, desencadeadas pela tensão nos músculos das costas e pescoço.

Exercícios de alongamento específicos para essas regiões do corpo diminuem a tensão e as dores musculares. Além disso, mexer o corpo regularmente ajuda a aliviar o estresse.

“Além de afetar diversas partes do corpo, o estresse prejudica o sistema imunológico. No momento atual, é de extrema importância preservar a imunidade do organismo, o que torna essencial buscar formas de combatê-lo”, conclui o farmacêutico.



Extrafarma
https://www.extrafarma.com.br/lojas/


Julho sem férias: profissionais indicam brincadeiras em casa para reduzir ansiedade de jovens e crianças


Para ajudar na concentração e também nas emoções,
a orientação é a inclusão de atividades lúdicas na rotina Créditos: Divulgação
Futebol de pedrinhas, amarelinha maluca e pebolim na caixa fazem parte de cartilha com opções de jogos e brinquedos feitos com materiais recicláveis


Julho é o mês marcado pelas férias escolares, período em que as crianças e adolescentes aproveitam para se divertir, brincar com os amigos e relaxar após meses estudando. Pelo menos era assim até a chegada da pandemia da Covid-19. Porém, neste ano, com as regras de isolamento social, a rotina de estudos e o calendário escolar foram mais um desafio. Com um cronograma de aulas online e um novo formato de ensino, a ansiedade e também a dificuldade de manter a concentração no conteúdo ficam maiores com o passar dos meses. 

De acordo com a psicóloga Denise Sozzi, a alta demanda de atividades, somada ao novo formato de aulas, exige novas habilidades e um controle emocional maior por parte de crianças e jovens, o que pode desencadear o aumento do estresse. “Temos notado que nossos jovens têm dificuldade de manter a rotina de antes da pandemia. Com todas as atividades feitas em casa e todos dividindo os mesmos ambientes e, às vezes, os mesmos eletrônicos, mais ansiedade e desgaste podem ser gerados, por isso, é necessário mais organização da família”, diz a psicóloga.

Para ajudar na concentração e também nas emoções durante esse período, a orientação do coordenador pedagógico do Instituto Futebol de Rua, Eber Dartora, é a inclusão de atividades educativas, porém dinâmicas e lúdicas na rotina, aliando o aprendizado ao lazer e descanso da mente. “Temos orientado as famílias e as crianças a tomarem medidas simples, mas muito eficazes nesse momento, como reservar um tempo para estudo, preferencialmente na parte da manhã, mas jamais esquecer de possibilitar momentos para brincar e se divertir. São essas atitudes simples que contribuem significativamente no processo de aprendizado e na garantia da saúde emocional das crianças e adolescentes”, explica. 

O Instituto Futebol de Rua, que atende jovens e crianças em situação de vulnerabilidade social em todo o Brasil, preparou uma cartilha com diversas atividades para serem realizadas em casa durante o isolamento social, aliando habilidades educativas à descontração. Futebol de pedrinhas, amarelinha maluca e pebolim na caixa estão entre as opções de jogos e brinquedos que podem ser confeccionados com materiais recicláveis e na companhia dos familiares.

Para a assistente social Karine Lima, a cartilha “oferece possibilidades de interação entre a família de forma leve e possível em isolamento social. São materiais simples e de fácil acesso, que podem gerar momentos de diversão e relaxamento”.  

A participação e o apoio dos pais também são essenciais nesse processo para que as crianças se sintam mais motivadas com as atividades escolares e diminuam o índice de estresse e ansiedade. “O controle emocional da criança começa com o controle emocional dos pais. Essa é uma excelente forma de ajudar seus filhos, manter a calma com eles e com as intercorrências da vida. Algumas coisas não temos controle porque não dependem de nós. Outra forma de ajudar os jovens é na conversa com a escola para ver a melhor forma de entregar o material escolar”, aponta a psicóloga Denise. 

A cartilha também oferece dicas de atividades pedagógicas que podem ser trabalhadas com as crianças para contribuir com a formação humana: cultura da paz, gênero, cuidados de trânsito, educação financeira, combate ao racismo e reforço de valores como honestidade, amor próprio, responsabilidade, empatia e tolerância às diferenças. 

O material completo com as atividades e brincadeiras para estimular a criatividade e diversão das crianças durante as férias em casa está disponível no site https://www.futebolderua.org/cartilha-de-atividades.


Dia do Amigo: entenda como a amizade pode ajudar no combate à depressão


Coordenador da Anhanguera dá dicas de como auxiliar um amigo com sintomas de depressão durante o isolamento social

As mudanças de hábito provocadas pelo surgimento da covid-19 têm impactado não só na saúde física da população, mas também na saúde mental. Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) , divulgado antes da pandemia, revelou que a depressão é um problema crescente no país e já atinge 11,5 milhões dos brasileiros. Além disso, o levantamento mostrou que, no Brasil, mais de 18 milhões de pessoas sofrem de distúrbios relacionados à ansiedade.
O coordenador da Anhanguera de Niterói, Douglas Bianchi, explica que a pandemia tem colaborado para desencadear problemas emocionais, já que esse momento tem gerado um excesso de informações, despertado insegurança, incerteza e medo - pelo desconhecido e de ser contaminado e também pelo exigido isolamento social. Não à toa, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus , afirmou em maio deste ano que o impacto da pandemia na saúde mental das pessoas já era extremamente preocupante .

A importância da amizade

Douglas explica que o momento que estamos vivendo torna ainda mais importante a proximidade com aqueles que gostamos. "Diante do perigo, o organismo aciona o nosso sistema de luta ou fuga e liberamos o cortisol - conhecido como hormônio do estresse. No caso do coronavírus, entretanto, não temos para onde fugir. Todo esse cenário contribui muito para o aumento dos casos de depressão e também de ansiedade e estresse pós-traumático. Por isso, contar com os amigos nessa fase pode ajudar a lidar com o momento, que é atípico para todos, e ainda reduzir as chances de depressão", afirma.
O Dia do Amigo, comemorado em 20 de julho, é mais uma oportunidade para celebrar e também reforçar os laços de amizade. Ter amigos traz benefícios tanto para a saúde mental como física, pois vínculos afetivos despertam as emoções positivas, promovendo bem-estar. "Alguns estudos mostram, por exemplo, que essas emoções influenciam nos batimentos cardíacos. Um estudo da Universidade Columbia, nos EUA, mostrou que pessoas que tem amigos são normalmente mais felizes, entusiasmados e satisfeitos com a vida", completa.

Como ajudar

Reconhecer os sintomas iniciais da depressão é essencial para conseguir ajudar quem passa pelo problema. Entre os principais sinais de alerta estão: irritabilidade, desinteresse, falta de motivação e apatia, desespero, sentimento de vazio, pessimismo, sensação de culpa, de inutilidade e de fracasso, além de baixa  autoestima . Falta de ânimo ou energia incapacitante também estão nessa lista. "A pessoa deve ficar atenta se não se sentir capaz de se arrumar, pentear o cabelo, tomar banho; ou executar pequenas atividades domésticas e de home office, por exemplo. Além disso, ter pensamentos obsessivos, falta ou excesso de sono e apetite, interpretação distorcida e negativa da realidade, dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento também indicam que algo pode estar errado", explica Douglas.
O apoio de amigos e familiares faz muita diferença para quem está deprimido ou com sintomas iniciais dessa doença. Por isso, o coordenador da Anhanguera elenca algumas dicas para aqueles que querem contribuir de alguma forma:
• Ouça mais e fale menos;

• Mantenha contato constante, mostre que está "presente" ou peça a alguém próximo;

• Tenha empatia e não faça julgamentos. Evite dar sermão, condenar ou banalizar;

• Não cobre grandes mudanças de hábitos, pois isso desperta ansiedade. Respeite os limites do amigo;

• Use a tecnologia a seu favor. Com ela, é possível reduzir o isolamento através de atividades em rede, como jogos e vídeo chamadas, além de ser um meio para leitura, estudos, psicoterapia on-line e um guia para exercícios físicos, o que ajuda a manter a mente ocupada e corpo em movimento;

• Incentive a consulta com um profissional. Quando os sintomas se tornam graves a ponto de atrapalhar as relações interpessoais de estudo ou trabalho, além das funções vitais, como sono e apetite, está na hora de buscar auxílio de um especialista.

Criatividade em tempos de pandemia: as Festas Itinerantes


O tempo da festa tem sido celebrado ao longo da História como tempo de utopias.

A FESTA, o que é a festa? O termo latino festus, era aplicado à celebração e ao culto dos “falsos deuses” e suas representações. Como expressão teatral de uma organização social, a festa é um fato político, religioso e simbólico. Traz a importante função de introjetar valores e normas da vida coletiva, sentimentos e conhecimentos comunitários.

A festa dentro da festa deve ser estudada, seja pela forma autoritária com que a recebemos pela transposição de valores ibero-europeus, pela cultura indígena e crioula em nosso país em priscas eras de nossa história. Eram tempos imemoráveis... relata Mary del Priori, em Histórias da Gente Brasileira- Colônia, v. 1 ).


Tempos de fantasias, de sonhos, celebrações, transformados em tempos de negação de um presente medíocre ameaçador e sufocante.... Um exercício de liberdade humana! Um reencontro do homem consigo mesmo o angustia e deprime.

Mas, o tempo da festa eclipsa o calendário da rotina e do trabalho dos homens, substituindo-o por um tempo de criatividade, ora afirmando a perenidade das instituições de poder... Sem deter o tempo, nem contradize-lo, mas sim articulando-o, a festa termina por dar à vida diária sua armadura habitual. Complexas são as relações e representações que fazemos de nossa existência.

Jogo de espelhos, em uma festa “sem zombar, zombam de muitos”.  Tempo invertido, de zombarias e disfarces. aquele da Festa Itinerante. Criador de brechas de resistência.
Espaço de múltiplas trocas de olhares, risos e euforias. Em cada casa um significado peculiar, com vida própria. Distribuição de comida e bebida a animam, a música, o ritmo, permitem momentos de integração, partes de um todo comemorativo. As regras começam a ser abandonadas...

O Controle sobre a Festa: tentativa de ordenar o inordenável. Leis e regras procuram esvaziar a função catártica da festa. Luz, silencio, câmeras e vigilância- antídoto contra as transgressões? mas as festas não apenas ensejam reunião de pessoas, como ressaltam a necessidade de comunicação e socialização. Não são apenas uma válvula de escape, mas um grito desafiador. Circulando de festa em festa, a Festa Itinerante se torna um espaço de revolta ritualizada, de dar um fim à tristeza, de esquecimento.
Uma rajada de bom senso nos é trazida por Rodrigo Karpat. 

Embora o controle da festa tente ordenar o inordernável, como muito bem colocou a Professora Maria Celeste, considerando que a festa tem como característica primordial celebração, precisamos lembrar que atualmente, por vivermos em grandes centros urbanos precisamos levar em conta o aumento natural e constante da população , que encontram como saída a construções de conglomerados de residências, denominados condomínios, é neste prisma que a festa com “limite” se faz necessário.

Porém, em tempo de pandemia, a máxima é a não realização de confraternizações e consequentemente nos deparamos com a diminuição dos problemas de convívio que delas surgem, o que em contradição a alegria, traz o tom cinza e melancólico a nossas vidas. O ser humano é social por natureza, tende a procurar o seu bando, a sua turma, a sua família.

Em nosso país ocorre a maior festa do mundo, com certeza o sorriso do brasileiro é reflexo da alegria contagiante do carnaval, a maior desordem que se tem relato no mundo todo. É sabido que em cidades como Salvador, Olinda, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, a desordem se torna o grito de ordem, e os condomínios periféricos a estas grandes festas precisam entram na dança pelas suas sacadas, áreas comuns e até mesmo dentro de seus quartos, quando o movimento de desordem, como em uma inversão de valores,  se torna momentaneamente a nova ordem, então a falta de regra virá a regra.

Porém, um temporal chamado Covid-19, apagou as luzes, tornando a vida de todos cinza, a páscoa se foi, os aniversários, viagens, os churrascos e tudo mais que pudesse ter aglomeração passou em branco e tudo isso foi imposto em um estado de exceção por lei, pelos decretos estaduais, municipais e federais que impuseram corretamente a ordem de não aglomeração e de imposição de distanciamento social.

No entanto, em meio ao distanciamento social, a flexibilização da quarentena, mesmo em momento ainda delicado, surge e mesmo que de forma tímida, as festas itinerantes, transformam o tom cinza e vermelho, em azul, amarelo, rosa e em todas as cores que pudermos imaginar. Como em um desenho infantil que perdeu a cor de repente, e que pode ser retomada magicamente através de festas itinerantes, que passam rapidamente e deixam a alegria no ar.

E em pleno São João, que comemora o nascimento de João Batista, que traz alegria a todas cidades brasileiras com quermesses, fogueiras, barracas do beijo, dos doces, do quentão, foi adaptada em tempo de Covid, para que pudesse continuar a levar alegria a milhares de lares que enfrentam problemas de convívio, perda de emprego, instabilidade emocional e outros.

No âmbito condominial com muita cautela e segurança, as festas juninas itinerantes podem ser realizadas e mudar um pouco a perspectiva no condomínio. Porém, precisamos verificar preliminarmente se no município e estado em que o evento será realizado não tem decreto em vigência proibindo aglomeração. Se houver o jeito será partir para o ambiente virtual.

Para que sejam viabilizadas as festas itinerantes o síndico ou um grupo de moradores lançam a ideia, e sendo a vontade da maioria, o condomínio monta uma comissão para dar início a organização, que deverá contar com a supervisão do síndico e a adoção de todas medidas de segurança, tais como suspensão da barraca do beijo e de brincadeiras de contato por exemplo. Deverá ocorrer de forma mais amena, mas sem perder a alegria do momento. Até a quadrilha deve ser suspensa e substituída por um cantor em um veículo itinerante ou no centro do prédio para que e as pessoas acompanhem das janelas e sacadas.

Para dar início a organização da confraternização é importante avaliar preliminarmente junto com os condôminos a aprovação ou não de festa. Isso pode ser feito por uma pesquisa simples no ambiente virtual.

O síndico tem autonomia para realizar decidir seguir em frente com a proposta, ainda mais se for tradição no condomínio, mas se não for a vontade da maioria, em função deste momento, a ideia deverá ser suspensa.

Caso a festa seja aprovada pela maioria, os horários devem ser restritos e o evento deverá ser mais parecida com uma celebração em família do que com um grande evento.
Imperioso destacar que se deve respeitar as regras de distanciamento social, colocação de totem de álcool gel e a limpeza deve ser reforçada. Uma boa sugestão também é distribuir cartilhas de procedimento. E, por ora, sem convidados de fora do condomínio. E, claro, o evento deve ser em local arejado, ao ar livre.

O orçamento para a confraternização deve ser levando em conta uma vez que estamos em um momento de poupar recursos, assim deve-se ter mente que o objetivo é trazer um pouco de alegria para os nossos condomínios e não exagerar na medida. É momento de solidariedade, confraternizar, nada de eventos profissionais e sim de encontro caseiro, alegre, mas respeitando distanciamento social, regras de segurança.

O prédio investe dentro de um orçamento aprovado em assembleia ou se destina uma verba para isso.

Porém, se as regras acordadas não forem respeitadas o síndico deve agir. O caminho para evitar problemas é organizar bem, dentro das normas de segurança, respeitando os decretos em vigência e orientar sempre a todos para que tudo ocorra de forma alegre e sem atritos.

A festa deve ocorrer respeitando as normas restritivas ou de abrandamento social em cada local e evitando aglomerações, e mesmo que a festa ocorra dentro do planejado no condomínio nada impede que qualquer um que se sinta prejudicado requeira alguma ação de forma judicial visando impedir a realização da festa itinerante dentro do condomínio.  Porém, a palavra de ordem é, festejar para atrair coisas boas, sorrir e deixar a alma feliz.





Maria Celeste Cordeiro Leite dos Santos - Professora do Departamento de Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Livre-Docente em Direito Penal pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Pós-Doutora em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Doutora em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.


Rodrigo Karpat - Advogado militante na área cível há mais de 15 anos, Dr. Rodrigo Karpat é sócio no escritório Karpat Sociedade de Advogados, Coordenador de Direito Condominial na Comissão Especial de Direito Imobiliário da OAB-SP e referência em direito imobiliário e questões condominiais. É frequentemente solicitado entre os meios jornalísticos e ministra palestras por todo o Brasil.


Depressão duradoura



Há quatro razões básicas para uma depressão levar mais de 1 ano para ser superada: diagnóstico errado, remédio ou dosagem inadequado, psicólogo ineficiente e/ou indisposição do paciente para lidar com as dores que estão gerando a situação em questão.
Sobre diagnóstico errado, a depressão pode ser efeito de uma fobia, ou seja, seria secundária; precisando ser tratada a causa, como Fobia Social, que pode gerar depressão; ou ainda, poderia ser um diagnóstico de “Síndrome de Esgotamento” e fobia de voltar ao trabalho e os seus pesos.
Em termos de medicação, há a possibilidade de testar outros medicamentos (cada um precisaria mostrar algum efeito benéfico em até três meses) e/ou dosagens. Ademais, há testes farmacogenéticos que orientam, segundo o DNA do indivíduo, quais as medicações mais adequadas para cada pessoa de acordo com a sua doença, seja de base orgânica ou psicológica.
Referente à psicoterapia, há inúmeras abordagens da psicologia que não buscam a mudança, mas sim o autoconhecimento, que muitas vezes é falso e ajuda em nada, podendo piorar o quadro por vezes ao criar problemas que não existiam ou propor ideias que digam que o paciente não mudará e precisará se acostumar com a tristeza que sente. Hoje, há processos de psicoterapia que auxiliam, de fato, na superação e até cura de fobias, depressão, síndrome do pânico, vazios existenciais e outros sofrimentos, inclusive com o auxílio da hipnose, hoje podendo ser utilizada no tratamento das causas e não efeitos dos problemas dos indivíduos.
Além das três causas acima, há a comum indisposição para “pagar os preços” da mudança para sair da depressão, seja um divórcio (que tende a diminuir a condição financeira de um ou dos dois cônjuges, lidar com o medo de ficar sozinho e com o que as outras pessoas poderão dizer); reconhecer que não é tão bom quanto pensava, seja como amigo, esposo, mãe ou profissional, precisando buscar se redimir, dentro do possível e/ou mudar a postura; se esforçar para atingir os próprios sonhos e não apenas reclamar do quão difícil é a vida ou o quanto os pais não foram bons o suficiente ou como a crise atrapalha; e até pagar o preço de não comer o que quiser e fazer exercício físico para perder peso, seja por questões estéticas ou de saúde.
Enfim, a depressão, no geral, é o efeito do acúmulo de pequenos e médios pesos do viver (os grandes costumam ser resolvidos e não protelados, como a dor da morte de um filho, estupro ou descoberta de um câncer agressivo), seja trabalhando no que não gosta, tendo um relacionamento minimamente satisfatório, uma baixa autoestima e/ou pouco orgulho da própria existência.
As medicações para depressão, frequentemente, são anestésicos para a tristeza, necessários para muitas pessoas em diferentes momentos de dor na vida; mas, enquanto as causas destas dores não forem superadas ou curadas, elas poderão durar décadas, dependendo diariamente de analgésicos emocionais para não afundarem num viver melancólico.


Dr. Bayard Galvão - Psicólogo Clínico formado pela PUC-SP, Hipnoterapeuta e Escritor. Especialista em Psicoterapia Breve, Hipnoterapia e Psiconcologia, Bayard é autor de cinco livros, criador do conceito de Hipnoterapia Educativa e Presidente do Instituto Milton H. Erickson de São Paulo. Ministra cursos para profissionais da área da saúde e atendimentos individuais utilizando estes conceitos.  www.hipnoterapia.com.br


Brasileiros com mais de 50 anos inscritos no Cadastro Positivo são os que menos comprometem a renda com crédito consignado, revela Serasa Experian


Menor comprometimento demonstra consciência dessa população mais madura, de acordo com o estudo inédito. Se tomado de forma planejada, esta modalidade de crédito é a alternativa mais barata para cobrir o pagamento de dívidas caras e dar fôlego ao orçamento


Um estudo inédito da Serasa Experian feito com base nas informações do Cadastro Positivo identificou, dentre aqueles que utilizam alguma modalidade de crédito bancário, que a população acima de 50 anos tem uma melhor consciência financeira na hora de contratar empréstimo consignado. Segundo o levantamento realizado em maio, a população deste grupo pagou uma parcela média de R$ 432, o que representa 14,0% da renda – o menor comprometimento na comparação com as demais faixas etárias. O resultado é próximo da média geral: o consignado compromete 14,2% do poder de compra dos brasileiros inscritos no Cadastro Positivo. Veja abaixo a tabela com todos os detalhes:


“O débito direto na folha de pagamento ou na aposentadoria tende a facilitar o controle das despesas no mês porque quem contratou deveria considerar como salário mensal disponível o valor já com o desconto. Com mais experiência de vida, as pessoas acima dos 50 anos costumam estar numa fase financeira mais cuidadosa, principalmente na hora de contratar um empréstimo para não comprometer um valor muito alto da renda mensal”, diz o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Os brasileiros acima dos 50 anos também são os mais adeptos ao crédito consignado no país, empréstimo conhecido por ter a menor taxa de juros do mercado e por descontar as parcelas diretamente da folha de pagamento ou da aposentadoria de quem o solicitou. De acordo com o estudo, 30,0% dos brasileiros com mais de 50 anos inscritos no Cadastro Positivo tinham algum empréstimo consignado ativo em maio. O menor uso foi visto entre os jovens de 18 a 25 anos (2,4%) e, na média geral da população, a taxa ficou em 16,2%. Veja o gráfico abaixo:


Segundo Rabi, por ter juros mais baixos e o desconto direto na fonte, o consignado é uma modalidade que costuma atrair o consumidor, principalmente para fazer a substituição de dívidas. “Com muito planejamento e de forma consciente, é um recurso que serve de alternativa para cobrir o pagamento de contas mais caras, como cartão de crédito e o cheque especial, dando fôlego ao orçamento para evitar a inadimplência. Essa faixa de idade também concentra os mais idosos, principalmente os aposentados, que normalmente já lideram os pedidos pela segurança e estabilidade de uma renda fixa e, em momentos de incerteza, acabam utilizando ainda mais esse tipo de crédito para ajudar nas despesas da família.”


Nordeste lidera a contratação de crédito consignado

Considerando a população em geral, o Nordeste lidera o uso do consignado com 20,4%. Na sequência estão: Norte (18,5%), Sudeste (16,0%) e Sul (15,4%). Na outra ponta, o Centro-Oeste é a região que menos utiliza essa modalidade de crédito, com 13,9%.

Por UF, os três Estados que mais contratam são: Piauí (26,0%), Maranhão (24,7%) e Acre (23,6%). Já os que menos utilizam são: Goiás (13,9%), Mato Grosso (13,8%) e Distrito Federal (10,8%). Confira todas as informações na tabela abaixo:
Considerando apenas a população acima de 50 anos, é vista a mesma tendência: Piauí (44,7%), Maranhão (42,5%) e Rio Grande do Norte (41,4%) se destacam como os Estados com o maior número de pessoas dentro desta faixa com crédito consignado contratado no país. Na outra ponta, os menores percentuais estão no Mato Grosso (23,9%) e no Distrito Federal (20,8%).

“As unidades federativas do Norte e Nordeste, por serem menos desenvolvidas, caracterizam-se por uma participação maior do setor público na economia, seja como empregador direto ou como transferidor de recursos por meio de programas e benefícios sociais. Isto faz com que as operações de crédito consignado, tanto para servidores ativos e inativos, como para beneficiários do INSS, sejam mais típicas nestas regiões, comparativamente ao centro-sul do país”, finaliza Rabi.

Metodologia
A partir das informações da base de dados do Cadastro Positivo da Serasa Experian, o levantamento inédito considerou uma fotografia de maio dentro de uma amostra de 1,7 milhão de pessoas que utilizam alguma modalidade de crédito financeiro em todo o país para identificar o comportamento dos brasileiros em relação ao crédito consignado como: representatividade e comprometimento da renda, com visões por faixa de renda, idade, Estados e Regiões do Brasil.




Serasa Experian


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