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sexta-feira, 27 de julho de 2018

Hemograma


Exame detalhado de sangue permite identificar se a saúde está em dia

Ao ir em uma consulta, é comum o médico solicitar um hemograma - exame de rotina detalhado de sangue, necessário para todos em algum momento da vida, que permite ao médico saber como está, de fato, a saúde do paciente.

Segundo a bioquímica, responsável pelo Setor de Hematologia do Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Márcia Tortelli, a realização do hemograma é extremamente importante, pois pode auxiliar no diagnóstico de diversas doenças - como anemias, doenças autoimunes, leucemias, alergias, processos inflamatórios, infecções bacterianas e virais, entre outros problemas. Resultados acima ou abaixo do normal podem relevar se algum processo não está funcionando como deveria no organismo.

Outra funcionalidade do hemograma é verificar se o organismo está reagindo bem ao tratamento medicamentoso ou, também, em casos pré e pós-operatórios. "O exame fornece informações valiosas sobre o paciente, muitas vezes tomadas como ponto de partida para a maioria das investigações médicas", revela a bioquímica.

O hemograma consiste na medição de três grupos de células sanguíneas. "Glóbulos vermelhos, conhecidos como hemácias, responsáveis pelo transporte de oxigênio pelo organismo; glóbulos brancos, conhecidos comoleucócitos, responsáveis pelo sistema de defesa do organismo; e as plaquetas, responsáveis pela coagulação do sangue", explica a bioquímica. Para manter a saúde do sangue, hábitos saudáveis de vida são indispensáveis. "Uma alimentação saudável, evitando excessos de sal, açúcares, gorduras e bebidas alcoólicas, e a prática de atividade física regular são essenciais", orienta.


Preparo para o Exame

Para a realização do exame não é necessário nenhuma recomendação especial. "A coleta pode ser realizada após dieta leve e o jejum não é necessário. Caso contrário, sugere-se jejum de 2 a 4 horas. Além disso, indica-se evitar esforço físico por 30 minutos antes da coleta. O mesmo vale para após o exame", comenta Márcia.

Segundo a bioquímica, após a retirada de uma amostra do sangue é necessário armazená-lo em um tubo com anticoagulante chamado EDTA. "Esse tem a função de manter as células viáveis e o sangue liquefeito como se estivesse no organismo até a análise, que pode ocorrer em até 8 horas", comenta.


Você sabia?

A cor vermelha do sangue vem das células chamadas de hemácias ou glóbulos vermelhos. Dentro delas existe uma proteína chamada hemoglobina, que tem átomos de ferro na sua estrutura. É essa proteína, a hemoglobina, ligada aos átomos de ferro, que dá a coloração vermelha do sangue.



Existem cistos bons e ruins?


 Benignos ou malignos, essas são as diferenças mais importantes entre eles. Mas, como é possível saber a diferença?


Cientificamente, a principal diferença é que o fibroadenoma é maciço e o cisto é oco, e nesta parte pode ter líquido, ar, sangue, pus e outros fluidos, dando a sensação de ser mole ao toque. Mas, a ansiedade pelo diagnóstico não consegue equilibrar o que é científico ou não e logo que se detecta um nódulo na mama, o pensamento tende a ser de que é algo muito ruim. 

Chamados de nódulos benignos, os fibroadenomas são boa parte dos casos frequentes de consultório, explica o ginecologista e mastologista, Dr. Rogério Fenile. “É muito mais comum em adolescentes e mulheres até os 30 anos. Em geral tendem a ser pequenos e indolores”, explica o médico. 

Esse tipo de nódulo, assim como os demais, pode ser sentido no autoexame como uma bolinha que se movimenta com facilidade na pele ao ser pressionada. “Mesmo não apresentando riscos graves à saúde, é necessário acompanhamento para tratamento e prevenção”, alerta o mastologista. 

Além do fibroadenoma, existem os cistos mamários benignos, em que a mulher pode ou não apresentar dor. É muito comum em mulheres entre 35 e 50 anos, em função das variações hormonais ao longo da vida . Podem ser simples, quando não oferecem risco, ou complexos, que podem ser o ponto de partida para uma doença mais grave.

Vale lembrar que os cistos podem se formar dentro de qualquer tecido do corpo, dependendo da região terá uma substância diferente dentro. As duas formas de diferenciação são os que possuem células dentro e outro que não possui. “Se não houver a presença de células e não causar desconforto no paciente, não precisa ser retirado, mas deve ser acompanhado”, afirma. 

De acordo com o ginecologista, caso o nódulo seja complexo, a remoção é indicada para evitar a chance de que se transforme em algo maligno. Dr. Rogério também alerta para que independente da idade da paciente e da textura do nódulo ao toque, o indicado é sempre ir a um mastologista para que seja feita a avaliação correta e sejam solicitados os exames necessários. “O autoexame ainda é um grande aliado do diagnóstico precoce para os casos de câncer de mama. Mas somente o médico é que saberá a diferença entre os nódulos e se necessita de mais investigação”, conclui.




Dr. Rogério Fenile - Mestre e Doutor em Ciências Médicas pela Disciplina de Mastologia do Departamento de Ginecologia da UNIFESP e membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia. É especialista em cirurgia de reconstrução mamária, com mais de 20 anos de experiência médica. Para saber mais sobre o seu trabalho, acesse www.drrogeriofenile.com.br ou @drrogeriofenile nas redes sociais.


Vacinas não devem ficar de fora do esquema de proteção de crianças e adultos

Benefício gratuito disponibilizado pelo SUS nas Unidades Básicas de Saúde não deve ser ignorado para proteção individual e em massa

Preocupada com a queda da cobertura vacinal no território nacional, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) orienta e reforça a importância das vacinas que previnem doenças, muitas delas, desconhecidas da população devido à erradicação e controle pela eficácia do procedimento. As vacinas são medicamentos que oferecem, em maior ou menor grau, proteção individual contra doenças, e a depender de sua eficácia, imunidade populacional, ao bloquear a circulação dos agentes causadores destas doenças. As campanhas de vacinação, que buscam essencialmente a proteção da população, fazem parte da história de vários países e especialmente do Brasil, que conta com um dos melhores programas de imunização do mundo.  O calendário básico de vacinação pode ser conferido em: https://goo.gl/F3PWCn.
As explicações para a diminuição nas taxas de vacinação englobam diversos fatores. "Um deles é o possível desabastecimento das vacinas em algumas cidades. Além disso, o Brasil está recebendo milhares de refugiados a cada mês. Independentemente do país de origem, essa população não recebe os cuidados adequados devido à falta de uma política pública que direcione um olhar sanitário maior, assim como os viajantes que entram e saem do país, sem nenhum controle vacinal. Ainda sobre política pública, como o crescimento de adeptos do movimento anti-vacina, não há um monitoramento do Ministério da Saúde ou Anvisa para entendimento, argumentação e até propostas de diálogo", argumenta  Denize Ornelas, médica de família e diretora da SBMFC.  
 
Uma solução é ação educativa individual nas Unidades Básicas de Saúde para conhecimento sobre quais são os medos e receios não só dos pais, mas de adultos que querem se vacinar, mas adiam o procedimento por falta de esclarecimentos e não terem um acolhimento necessário quanto as suas dúvidas. 

“Hoje há também uma dificuldade de vacinação e adesão de acordo com a proposta do Ministério da Saúde, principalmente pelo horário de atendimento da maioria das Unidades Básicas de Saúde ainda ser das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, muitas vezes incompatível com o horário de trabalho dos pais e cuidadores das crianças. Precisamos aproveitar melhor os dias de campanhas de fim de semana, em que há uma facilidade para atualização das vacinas para quem perdeu o prazo”, explica Denize . 


Vacinação de adultos
Algumas vacinas são necessárias novas doses na fase adulta, como a contra sarampo, caxumba e rubéola nas mulheres, na faixa etária entre 20 e 30 anos. Uma oportunidade de atualizar a imunização dos adultos é utilizar os dias de campanhas infantis, quando os pais levam os filhos para se vacinarem, porém é necessário checar a política desse tipo de evento de cada município e estado.

Importância de tomar todas as doses
Muitas vacinas têm mais de uma dose, e elas se complementam, não é um reforço como muitos pensam. Caso tenha até três doses, todas devem ser tomadas para que a imunização completa seja realmente efetivada, pois cada uma age de uma forma diferente e só completam a proteção, quando todas as doses forem realizadas. “O sistema imunológico precisa de todas as doses para que organismo tenha uma reação de proteção e possa gerar as células de defesa e memória imunológica produtoras de  imunoglobulinas, que são os anticorpos que vão combater o vírus ou a bactéria responsável pela doença”, comenta Denize.
Hoje, o Sistema Único de Saúde oferece um sistema vacinal efetivo e gratuito disponibilizado em Unidades Básicas de Saúde de todo o país. Além da proteção individual, também proporcionam a proteção em massa, principalmente sobre as doenças que são transmitidas por vírus como o sarampo ou caxumba, cuja transmissão é por via respiratória, em alguns ambientes fechados como ônibus e metrôs. E muito mais que proteger das doenças, as vacinas também protegem contra as consequências e sequelas.

Efeitos colaterais
Uma reação que pode acontecer, principalmente em crianças é a febre pelo menos 48 horas após o período da vacina. É uma reação do corpo que está produzindo os anticorpos contra aquela substância presente na vacina e esta tenha o efeito esperado no organismo. Algumas mães, até orientadas por médicos, dão antitérmicos antes da vacina para prevenir, mas o recomendado é esperar a febre se manifestar, pois cada criança vai reagir de um jeito e também muitas, mesmo com 38º graus continuam brincando normalmente, outras não, têm sintomas mais fortes e necessitam de cuidados dos pais e cuidadores. “A orientação é observar a reação da criança e caso a febre se manifeste de forma a deixar a criança sonolenta, enjoada, com falta de apetite, e outros sintomas, o ideal é consultar o médico de família ou pediatra que faz o acompanhamento para checar o melhor medicamento e dose”, ressalta Denize.

Dor na picada
Outro fator que afasta as mães e pais a não levarem os filhos para se vacinarem é a dor que a agulha da injeção proporciona. É possível também que o local fique dolorido por 24 horas depois da aplicação da vacina, o conselho é fazer compressa para aliviar a dor.
Uma dica importante que já é usada em alguns serviços públicos e privados para proporcionar que o momento da vacinação seja mais tranquilo é a amamentação simultânea. Está cientificamente provado que o leite materno tem substâncias analgésicas que diminuem a dor, além do conforto e aconchego que o bebê sentirá no contato com a mãe.
As vacinas que estão na cobertura do SUS utilizadas na infância para proteção em massa são para prevenção de caxumba, rubéola, sarampo (tríplice viral) e também contra varicela (tetra viral), meningite, coqueluche, difteria, tétano, hepatite B e também a contra a poliomielite, doença erradicada do país há muito tempo devido à disponibilidade das campanhas e vacinas gratuitamente. E lembre-se, sempre que tiver alguma dúvida sobre o assunto, consulte sempre seu médico de família e comunidade na unidade de saúde mais próxima.



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