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segunda-feira, 23 de julho de 2018

Especialista alerta: “Não é normal que idosos sintam dor”


Assunto é tema do I Simpósio de Dor no Idoso, promovido em 04 de agosto pela Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor – SBED, em São Paulo


O envelhecimento da população está diretamente ligado ao aumento de doenças e incapacidades que, em muitos casos, podem estar relacionadas à dor. Apesar disso, ao contrário do que se propaga no imaginário popular, não é normal idosos sentirem dores. Para debater essa e outras questões relacionadas ao tema, a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor – SBED promove em 04 de agosto, em São Paulo, o I Simpósio de Dor no Idoso.

Com caráter multidisciplinar, o evento é voltado a todos os profissionais da área da saúde interessados em se especializar no assunto e tem o objetivo de desmitificar a associação entre dor e velhice, de forma a preparar melhor pessoas que atuam junto à população idosa para atende-los de forma mais assertiva e qualificada.
 
Segundo a Dra. Karol Thé, geriatra e coordenadora do evento e do Comitê de Dor no Idoso da SBED, além do tabu entre velhice e dor, existe um grande desafio para os profissionais, cuidadores e familiares de pessoas idosas com demência ou comprometimento cognitivo, que é compreender suas sensações dolorosas, especialmente quando há prejuízo de linguagem ou memória.

“O método padrão-ouro de avaliar a dor de uma pessoa, da criança maior ao idoso, é através do autorrelato. O idoso com comprometimento cognitivo grave, em que o prejuízo de linguagem já está muito comprometido pela evolução da doença, terá dificuldade de expressar suas experiências dolorosas. Isso não significa que ele sinta menos dor”, alerta a especialista.

A geriatra alerta que é preciso haver atenção às mudanças de comportamento que podem auxiliar no diagnóstico. Para isso, ela lembra que a Sociedade Americana de Geriatria indica seis dimensões que podem indicar que o idoso com déficit cognitivo está sentindo dor. São elas:
  • Mudanças na expressão facial
  • Verbalizações ou vocalizações
  • Movimentos corporais
  • Mudanças na interação interpessoal
  • Mudanças nas atividades rotineiras
  • Mudança no estado mental
Dra. Karol reforça ainda que, mesmo os idosos que não tenham comprometimento cognitivo podem deixar de relatar o sintoma de dor por medo de se tornar um peso para a família, ou de realizar exames ou de descobrir uma doença potencialmente grave. Além disso, podem ocorrer crenças culturais, religiosas, receio de efeitos adversos das medicações, ou mesmo por acreditarem ser normal sentir dor ao chegar nessa fase da vida.

“Quando não há avaliação e tratamento adequados, os idosos sofrem consequências psicossociais, como depressão, ansiedade, piora cognitiva, isolamento social e redução das atividades de vida diárias e físicas. Por isso, indicamos que a família fique atenta e procure sempre a orientação de um médico”, finaliza a especialista. 
 
Para participar do I Simpósio de Dor no Idoso da SBED e manter atualizado sobre essa discussão, basta se inscrever no site da Sociedade. O evento acontece no dia 04 de agosto, das 8 às 17 horas, no Hospital Moriah, em São Paulo.








Sobre a SBED
A Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor - SBED foi fundada por iniciativa de um grupo de médicos que participou do 1º Simpósio Brasileiro de Tratamento da Dor, realizado em São Paulo, em 1982. Em agosto de 1984, durante o Congresso Mundial da Dor, que aconteceu em Seattle, nos Estados Unidos, a SBED foi reconhecida como Capítulo Brasileiro (IASP Brazilian Chapter) da Sociedade Internacional para o Estudo da Dor – International Association for the Study of Pain- IASP.


Inverno não dispensa protetor solar


Atualmente, segundo dados do INCA, o câncer de pele é os mais prevalentes entre a população brasileira, correspondendo a 30% de todos os diagnósticos de tumores malignos


Os cânceres de pele são os mais incidentes no Brasil, representando cerca de 30% de todos os casos da doença – um número que chega a 165 mil novos casos por ano, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer). Por isso, o verão é marcado por intensas campanhas de conscientização sobre a doença, mas isso não significa que as estações mais frias do ano não representam risco para a pele.

Em geral, as pessoas tendem a relacionar o câncer de pele exclusivamente ao melanoma. Contudo, 95% dos casos de tumores cutâneos identificados no Brasil são classificados como não melanoma, um índice que está diretamente relacionado à constante exposição à radiação ultravioleta (UV) do sol. O sol durante o inverno, apesar de parecer mais "fraco", continua emitindo radiação, que possui um efeito cumulativo na pele.

De acordo com Dr. Bernardo Garicochea, oncologista e especialista em genética da unidade do Grupo Oncoclínicas em São Paulo - Centro Paulista de Oncologia (CPO) -, é importante a avaliação frequente de um dermatologista para acompanhamento das lesões cutâneas. "As alterações a serem avaliadas como suspeitas são o que qualificamos como 'ABCD'- Assimetria, Bordas irregulares, Cor e Diâmetro. A análise da mudança nas características destas lesões é de extrema importância para um diagnóstico precoce".

Evitar a exposição excessiva e constante aos raios solares sem a proteção adequada é a melhor medida – e isso vale desde a infância. Vale lembrar que, mesmo áreas não expostas diretamente ao sol e menos visíveis – como o couro cabeludo - podem apresentar manchas suspeitas.


Imunoterapia e o melanoma

O melanoma é o tipo de câncer que apresenta o maior número de mutações genéticas no DNA do tumor. Essas mutações podem confundir o sistema imunológico do paciente e dificultar a ação de terapias tradicionais. Por isso, a imunoterapia é uma das grandes aliadas no tratamento da doença.

"A Imunoterapia é o tratamento que promove a estimulação do sistema imunológico por meio do uso de substâncias modificadoras da resposta biológica. Em resumo, trata-se de um grupo de drogas que, ao invés de mirar o câncer, ajuda as nossas defesas a detectá-lo e agredi-lo", explica o Dr. Bernardo.De acordo com ele, 3% dos melanomas são hereditários. O especialista do Grupo Oncoclínicas indica alguns pontos de atenção que podem indicar propensão à doença:
  • Pessoas que possuem uma grande quantidade de pintas escuras espalhadas pelo corpo;
  • Incidência de melanoma em algum parente muito jovem (menos de 35 anos);
  • Mais de dois casos de melanoma na família (em qualquer idade).

Estudo revela que frentes frias podem aumentar a mortalidade por AVC


Baixas temperaturas podem ter implicações sérias, principalmente entre os idosos


As consequências de uma frente fria para a saúde são leves na maioria das vezes, como um simples resfriado ou tosse. Porém, fatores mais graves também podem acontecer, como revela um estudo realizado na cidade de São Paulo, entre 2002 e 2011, que aponta que as baixas temperaturas podem aumentar a incidência de AVC (acidente vascular cerebral).

O artigo recém-publicado no International Journal of Biometeorology por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Católica de Santos (UNISANTOS), constatou 55.633 casos de mortalidade por AVC na capital paulista no período. As temperaturas abaixo de 15° se revelaram mais significativas para mortalidade em decorrência de AVC do que temperaturas mais altas (acima de 22ºC).

O estudo revelou que entre os maiores fatores de risco está a idade elevada. Os mais idosos possuem chance maior de desenvolver o AVC. Além disso, tabagismo, diabetes, hipertensão arterial, obesidade, nível de colesterol alto, histórico familiar de doenças cardíacas e alcoolismo também podem contribuir para sua ocorrência.

O neurologista do Hospital Santa Catarina (SP), doutor Mauricio Hoshino, elenca que "Diante de baixas temperaturas, os idosos possuem menor capacidade de resposta do corpo para manter as condições fisiológicas necessárias para a sobrevivência. Isso, consequentemente, deixa o organismo mais vulnerável".

O médico reforça que o estresse causado pelo frio causa uma elevação da pressão arterial, assim como um aumento da viscosidade do sangue e na contagem das plaquetas. Ainda de acordo com o especialista, é fundamental se proteger no frio, principalmente em temperaturas inferiores a 10°C. "É importante se agasalhar bastante, proteger bem o pescoço e as mãos, que são extremidades do corpo, naturais captadores do frio. Se possível, especialmente para os idosos, é recomendado evitar exposições às temperaturas extremamente baixas", conclui doutor Hoshino.




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