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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Cinco verdades e mentiras sobre CONDROMALÁCIA PATELAR


A superfície articular da patela (rótula) é revestida por uma grossa camada de cartilagem (hialina) – que normalmente desliza sem atrito durante as flexões da articulação do joelho. Mas em pessoas com problemas de desalinhamento, fraqueza muscular, atletas e obesos essa cartilagem trabalha sob sobrecarga, podendo apresentar fissuras, lesões e degeneração. Resultado: dores muitas vezes intensas crepitação (estalos) e insegurança ao se movimentar. A seguir, o médico ortopedista Riccardo Gobbi esclarece cinco verdades e mentiras sobre essa doença também chamada de Síndrome Femoropatelar.


1.   CONDROMALÁCIA PATELAR SÓ ATINGE PESSOAS SEDENTÁRIAS. Mentira! “A Síndrome Femoropatelar pode ocorrer em atletas de alto desempenho, que forçam muito os joelhos nos treinos em academias (agachamento, step etc.), e ainda em pessoas que estão bem acima do peso ideal. Esse tipo de dor também é comum em pessoas que passam muitas horas por dia sentadas com os joelhos dobrados na mesma posição”.


2.   CONDROMALÁCIA É MAIS COMUM EM MULHERES. Verdade! “De fato, as mulheres estão no grupo de risco da Síndrome Femoropatelar. Isto por conta de sua anatomia. Como a pelve é mais larga que a dos homens, geralmente seus joelhos são mais projetados para dentro, formando um X (valgo dos joelhos). Isso altera a dinâmica da articulação femoropatelar e gera uma sobrecarga relevante na região lateral da articulação. Além disso, outros fatores predisponentes como alterações no encaixe da patela com o fêmur são muito mais comuns em mulheres”. 

3.   ATLETAS DE ALTO IMPACTO SÃO MAIS ACOMETIDOS POR CONDROMALÁCIA. Verdade! “Esportes de impacto, com desaceleração e mudanças de direção constantes, exigem muito da cartilagem patelar. Sendo assim, corredores, jogadores de futebol, vôlei, basquete e tênis estão vulneráveis ao comprometimento da cartilagem que reveste a patela – especialmente quando há desequilíbrio muscular e anatômico dos joelhos. Afastamentos para tratar dor no joelho são muito comuns”. 

4.   QUEM TEM CONDROMALÁCIA NÃO PODE PRATICAR EXERCÍCIOS. Mentira! “Pacientes em tratamento de condromalácia patelar devem fazer controle de peso e fortalecimento muscular. Esse fortalecimento é muito importante para equilibrar a carga sobre os joelhos. Uma avaliação dos fatores relacionados à sobrecarga – quer sejam anatômicos, quer sejam dos exercícios – é fundamental para uma readequação individualizada das atividades, que pode ser temporária ou definitiva. Na maior parte das vezes, o tratamento adequado possibilita o retorno à atividade física desejada”.

5.   REPOUSO E ANTI-INFLAMATÓRIOS SÃO AS ÚNICAS OPÇÕES DE TRATAMENTO. Mentira! “Não podemos subestimar a importância de um repouso inicial durante o tratamento da Síndrome Femoropatelar. O reequilíbrio muscular e a readequação das atividades são muito importantes. Existem também recursos mais avançados que podem poupar o atleta de insistir nos anti-inflamatórios, diminuindo a dor de maneira significativa. É o caso da PST – Pulsed Signal Therapy. Esse tratamento é realizado com sessões diárias, durante nove dias, em que o joelho do atleta é submetido a pulsos eletromagnéticos para estimular ossos e tecidos moles. Estudo empreendido por nosso Grupo de Joelho do Instituto de Ortopedia e Traumatologia da USP avaliou 41 joelhos de 25 pacientes, sendo que alguns receberam tratamento placebo e outros seguiram o protocolo da PST. Aqueles tratados com PST apresentaram melhora da dor e dos testes funcionais após o tratamento – melhora essa que foi progressiva e se manteve por um período de até um ano depois de terminadas as sessões. O tratamento não é invasivo nem provoca dor ou desconforto nos pacientes”.





Fonte: Dr. Riccardo Gobbi - médico ortopedista especialista em cirurgia do joelho.



Cuidados com a higiene da casa evitam problemas respiratórios


Quando as temperaturas caem e o ar se mantém seco, o sistema respiratório é agressivamente prejudicado, sobretudo em ambientes fechados. Uma das doenças mais frequentes nesses casos é a rinite alérgica. Segundo dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), o principal alérgeno, no Brasil, é o ácaro da poeira domiciliar, responsável por cerca de 80% das alergias respiratórias.

A dúvida para muitas pessoas é, justamente, como evitar esse mal, principalmente em períodos de baixas temperaturas, como nas épocas de outono e inverno. Ricardo Monteiro, Gerente Operacional da rede Quality Lavanderia, indica algumas precauções simples no cuidado com o lar:

O principal local para começar a se precaver é com o quarto. Os colchões, travesseiros e almofadas devem ser devidamente higienizados e trocados a cada cinco anos. As cortinas precisam ser lavadas a cada seis meses, enquanto as roupas de cama podem ser trocadas uma vez por semana. Recomenda-se usar aspirador e pano úmido em vez de vassouras, que espalham o pó por todo o ambiente.

No frio, os primeiros itens que saem dos armários após longos meses sem uso são os cobertores e edredons, nesse caso, ainda antes do uso, é indicado a higienização das peças. Com isso, retira-se o possível odor de mofo e mantém a peça mais apropriada para uso.

Com os tapetes, outro item muito usado nessas épocas, a higienização deve ocorrer a cada seis meses, pois acumula número elevado de fungos e bactérias. Cada tipo de material do tapete, seja corda, algodão ou seda, necessita de um método diferente na limpeza para evitar o desgaste dos fios e manter a durabilidade da peça. A manutenção pode ser feita semanalmente, com o aspirador de pó. Já, os tapetes de banheiro, por conta da umidade, devem ser lavados semanalmente.

Com outros itens como poltronas, sofás e almofadas, tendem a acumular poeira, por isso devem ser higienizados adequadamente e com um período de tempo ideal, dessa forma, evita-se a proliferação de bactérias causadas pela poeira. As poltronas e sofás devem ser limpos, pelo menos, uma vez ao ano. Indica-se utilizar o aspirador de pó uma vez por mês para a manutenção. Já as capas das almofadas podem ser lavadas a cada dois meses. Se tiver pets em casa, deve-se usar o aspirador de pó duas vezes por semana em tapetes, por conta do acúmulo de pelos.

“Dessa forma, com pequenos cuidados, é possível manter a casa devidamente higienizada e livre do ácaro causador das alergias respiratórias”, ressalta Monteiro.





Quality Lavanderia

Hipertensão é a principal causa de ataques cardíacos. Entenda o problema e como tratá-lo


Próximo ao dia de prevenção e combate à hipertensão (26 de abril), Dr. Augusto Scalabrini Neto, professor da USP e do corpo clínico do Hospital Sírio Libanês apresenta as dicas para evitar a doença

A hipertensão é uma doença que atinge muitos brasileiros, sem nenhuma distinção. Apesar de ter diversas causas, algumas não podem ser evitadas, como a questão de genética, sexo, idade e até mesmo etnia. Cardiologista e professor da USP, o especialista Augusto Scalabrini Neto aponta que o ideal é se manter atento e fazer exames de rotina para saber se há ou não chances de ter o problema ao longo da vida. 

A doença, que age danificando o coração e o sistema arterial, faz com que o sangue seja bombeado com mais força pelas artérias, que estão mais contraídas, gerando resistência cardiovascular. "A pressão arterial está diretamente ligada com o bombeamento de sangue no coração e por isso pode causar complicações em vários órgãos do corpo, como o próprio coração, rins, olhos e o cérebro", explica o professor da USP. 

No entanto esses sintomas costumam aparecer apenas em estágio avançado da condição, fazendo com que as pessoas não percebam que há um problema, o que agrava ainda mais a situação. 

Para saber se há ou não alguma complicação, o primeiro passo é realizar o exame de pressão. Algumas pessoas recebem um diagnóstico inexato por não estarem habituados com a medição. Por isso, para medir a pressão arterial de forma correta é necessário estar calmo, não ter feito esforço físico ou ingerido alimentos ou bebidas alcoólicas nos últimos minutos. Até mesmo cruzar as pernas ou falar pode influenciar e gerar um resultado errôneo do exame. 

Cerca de 35% da população brasileira é hipertensa e a doença pode surgir como consequência de sedentarismo, obesidade, estresse e excessos de sal, álcool e tabagismo. "As chances de desenvolver hipertensão aumentam ainda mais se houver uma combinação desses fatores, que separados já são um perigo para saúde do coração e todos os órgãos do corpo são afetados direta ou indiretamente", comenta. 

Além dos tratamentos medicamentosos, a principal maneira para controlar a hipertensão é a mudança de estilo de vida. "As mudanças podem ser feitas gradualmente, mas a doença é um resultado da forma como as pessoas vivem, por isso é importante começar o tratamento o mais cedo possível", recomenda Dr. Augusto.
Para as pessoas acima do peso, é importante saber que cada quilo perdido ajuda a diminuir essa fragilidade. A dieta passa a levar um pouco menos de sal, gorduras e processados. O hipertenso deve optar por alimentos cozidos ou grelhados, além de temperos naturais. Começar a praticar exercícios físicos também é um grande auxílio nesse processo. Por outro lado, é importante estar atento com o psicológico, problemas do cotidiano podem fazer com que o estresse e o nervosismo sejam algo normal, mas administrar contratempos com tranquilidade melhora a vida em todos os setores.




Augusto Scalabrini Neto  - cardiologista, é graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. É Professor Adjunto e Coordenador de Ensino do Departamento de Emergências Clínicas na mesma Universidade, Coordenador Geral e Didático do Laboratório de Habilidades e Simulação da Faculdade de Ciências Médicas Minas Gerais e Docente Invitado da Universidad Finis Terrae em Santiago, Chile. Coordena vários projetos de investigação nacionais e internacionais em Educação Médica e Simulação. Augusto Scalabrini Neto é fundador e Ex Presidente Reeleito da ABRASSIM (Associação Brasileira de Simulação em Saúde), e fundador e Presidente Passado da FLASIC (Federación Latino Americana de Simulación Clínica). Foi o primeiro latino-americano a ser indicado Presidente do International Meeting for Simulation in Healthcare. É membro efetivo do Comitee for Simulation da AMEE (Association for Medical Education in Europe) e membro da comissão julgadora do Prêmio Aspire, modalidade Simulação, da AMEE. É médico do Corpo Clínico e Vice-Presidente da COREME (Comissão de Residência Médica) do Hospital Sírio Libanês e supervisor do Programa de Residência Médica em Cardiologia do Hospital Sírio Libanês.

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