Recorrente principalmente entre a população masculina, doença deve atingir cerca de 11 mil homens em 2018
Projeções do Instituto Nacional de Câncer (INCA)
indicam que o Brasil deve registrar neste ano cerca de 14.700 novos casos de
câncer de boca. Diante destes números, o Seconci-SP (Serviço
Social da Construção) detalha os principais sintomas, causas e formas de
prevenção da doença.
O cirurgião dentista do Seconci-SP, Antonio Luiz
Bianco, explica que o câncer bucal inclui as patologias malignas que surgem no
lábio, língua, gengivas, palato (céu da boca), glândulas salivares, amígdalas e
orofaringe (parte da garganta logo atrás da boca). "Este tipo de
enfermidade é mais recorrente em homens, e a maioria dos casos é diagnosticada
em um estágio avançado da doença", ressalta.
Na estimativa do INCA, do total de casos da doença
projetados para este ano, 11.200 devem acometer homens. Dr. Bianco destaca que
a detecção é mais comum em indivíduos com idade entre 40 e 50 anos.
De acordo com o cirurgião dentista do Seconci-SP, o
diagnóstico precoce é primordial para que o tratamento possa ser realizado de
forma eficiente e o paciente consiga se recuperar e ter as sequelas reduzidas.
Porém, como muitos trabalhadores não conservam o hábito de consultar o dentista
a cada seis meses, existem casos em que as lesões são descobertas quando já
atingiram diversas regiões da cavidade bucal.
Os sintomas mais comuns são feridas que não
cicatrizam e manchas avermelhadas ou esbranquiçadas na parte interna da boca,
rouquidão persistente, dor ou desconforto na mastigação e deglutição dos
alimentos, dificuldade de fala e a presença de nódulos (caroços) no pescoço.
"É muito importante que o trabalhador realize
o autoexame para identificar anormalidades nas regiões onde a enfermidade é
mais comum. Isso não exclui as visitas regulares ao dentista. Existem lesões
que podem passar despercebidos de olhos não treinados e, nestes casos, quanto
antes for diagnosticado o problema, melhor", destaca.
Quando detectada logo no início e tratado da
maneira correta, a maioria dos tipos de câncer bucal tem cura, destaca do dr.
Bianco. Geralmente, o tratamento envolve a realização de cirurgia e/ou
radioterapia, que podem ser utilizadas de forma associada ou isolada.
Principais fatores de risco
Outros fatores causadores da doença
Doença
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Descrição e Prevenção
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HPV (Papiloma vírus) |
O risco de infecção pelo HPV de boca e garganta é
mais recorrente em pessoas que praticam sexo oral sem proteção e têm
múltiplos parceiros. É comum também em fumantes, devido à queda do sistema
imunológico provocada pelo tabaco. A prevenção ao HPV é realizada por meio de
vacinas disponíveis na rede pública de saúde.
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Exposição à luz ultravioleta |
A radiação emitida pelo sol é um dos fatores que
proporcionam o câncer de lábio e pele. Para os trabalhadores da construção
civil, que desenvolvem atividades laborais por longos períodos expostos aos
raios solares, a recomendação é usar protetores de pele e labial com fator
entre 40 e 60.
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Dieta |
A alimentação pobre em nutrientes também está
associada ao câncer de boca e orofaringe. Isso porque este tipo hábito pode
causar a baixa imunidade. Por este motivo, é recomendável uma dieta
balanceada, que inclua frutas, legumes, verduras, cereais e grãos (arroz,
feijão, soja, milho, ervilha).
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Higiene bucal precária |
A falta de limpeza regular da cavidade bucal pode
acarretar uma série de problemas de saúde aos trabalhadores, como a perda de
dentes, doenças gengivais graves e, até mesmo, lesões pré-cancerosas como as
Leucoplasias (manchas brancas na mucosa da boca, geralmente embaixo da
língua). O tratamento para este tipo de situação é realizado por meio de
intervenção cirúrgica para a remoção da parte afetada e o paciente realiza o
acompanhamento com retornos ao cirurgião dentista a cada três meses. Por esta
razão, complementa o especialista do Seconci-SP, é
muito importante manter a higiene regular da boca, escovando os dentes após
cada refeição e, no mínimo, três vezes ao dia.
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