Pesquisar no Blog

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

[Outubro Rosa] O tratamento do câncer e a perda de libido





Oncologista alerta para a incidência significativa da doença e como lidar com a perda do desejo sexual durante o tratamento
Estamos no mês de outubro, mês de conscientização e prevenção do câncer de mama. Ao se falar em câncer já vem à mente os efeitos colaterais do tratamento contra a doença, causados pela quimioterapia como perda dos cabelos, enjoos, cansaço, ente outros, mas um sintoma pouco abordado que acomete a maioria dos tratamentos de tumores ginecológicos é a diminuição do interesse sexual ou a perda de libido.
A incidência de câncer tem aumentado de forma significativa em todo o mundo. Estimam-se mais de 600 mil novos casos para o ano de 2015 só no Brasil e destes, aproximadamente 57.120 casos novos são de câncer de mama, segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer).
As razões pelas quais a incidência dessa doença tem aumentado não é bem clara, porém o acesso ao diagnóstico (através da realização de exames e avaliações médicas) e a exposição a fatores externos são, provavelmente, os principais responsáveis por tais números.
Segundo o oncologista clínico Dr. Elge Werneck, membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, a primeira e mais importante questão é saber, se após o tratamento a libido volta. "O paciente não deve se preocupar pensando que o problema é permanente. Essa diminuição do interesse sexual e a perda de libido é comum entre os pacientes, pouco abordada quando se fala em efeitos colaterais e costuma afetar principalmente mulheres cujo tratamento da doença gera mutilações, como os tumores ginecológicos e os de mama", relata o oncologista.
Mas para quem sofre com a diminuição na libido e perda do desejo sexual durante o tratamento, a boa notícia é que existem alternativas como terapias que possibilitam a melhora completa de tais sintomas após o término dessas terapias alternativas. 
"O diagnóstico e o medo trazem uma certa insegurança em relação ao tratamento contra a doença e são fatores que contribuem para a diminuição do desejo sexual. No caso das mulheres, a quimioterapia pode ter efeitos colaterais intenso que levam à perda de hormônios e à menopausa precoce. Uma mudança acentuada de peso, cicatrizes, a própria perda dos cabelos e outras alterações no corpo também podem impactar negativamente na autoestima e, assim, comprometer a vida sexual. Mas converse com seu médico, existem possibilidades de reversão desse quadro", conclui.
​A recuperação da libido depende de vários fatores, como idade e tratamento realizado, porém grande parte das mulheres pré-menopausas, felizmente, retomam completamente seu desejo sexual. ​

Dr. Elge Werneck -  membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, atuando na prevenção, no diagnóstico e no tratamento do câncer na Clínica de Oncologia e Hematologia de São Paulo, no Grupo Paulista de Oncologia (GPOI) e Hospital Nove de Julho. Como médico, adota abordagem integral na assistência aos pacientes oncológicos, observando suas necessidades biopsicossociais. É coautor do livro "Câncer e Prevenção" - MG Editora, 2013 - é Preceptor de Residência Médica em Oncologia. Sua sólida formação inclui cursos em universidades americanas, entre elas a Universidade de Yale e a Universidade da Filadélfia, além de imersões em centros internacionais - incluindo o maior do mundo, o MD Anderson Cancer Center. É professor, escritor, colunista/articulista e palestrante.


Dia das Crianças: Bióloga brasiliense lança livro infanto-juvenil sobre biomas do Brasil





Após lançar livro-jogo na abertura da Rio + 20 e ganhar um dos maiores prêmios de literatura infantil do País com a obra Labirintos - Parques Nacionais, escritora e pesquisadora ambiental quer preencher lacuna deixada por materiais didáticos infantis

Com a proposta de popularizar a Ciência e estimular a reflexão de crianças e adolescentes para as questões socioambientais, a bióloga brasiliense Nurit Bensusan aposta em um novo livro infanto-juvenil que trata dos biomas brasileiros. A obra Dividir Para Quê? - Biomas do Brasil, da editora Mil Folhas, será lançada no próximo domingo (11/10), às vésperas do Dia das Crianças, no Ernesto Cafés Especiais, em Brasília (DF). O evento é gratuito e contará com brincadeiras e atividades lúdicas, como disputa de charadas, oficina de colorir e aula de yoga com posições de animais.

Além das informações específicas sobre a Amazônia, a Caatinga, o Cerrado, a Mata Atlântica, o Pantanal e o Pampa, a obra, voltada para o público de 10 a 14 anos, traz, em suas 56 páginas, curiosidades históricas e culturais, como a origem do nome dos biomas, a influência destes na cultura da região e até mesmo os dinossauros que já passaram por cada um desses lugares. No mês em que é também comemorado o Dia Nacional do Livro (29 de outubro), a mestre em Ecologia e doutora em Educação, Nurit Bensusan, explica que a inspiração para o tema do novo livro surgiu com a procura de distribuidoras de livros que sentiam necessidade de livros paradidáticos sobre o tema nas escolas. O convite, então, partiu da editora Mil Folhas, que acaba de criar o selo Mil Folhas e Três Joaninhas para se dedicar exclusivamente às publicações dirigidas a crianças e adolescentes.

“Dei uma olhada no livro didático do meu filho sobre o conteúdo de biomas, que estava no 6º ano, e fiquei alarmada quando vi que o livro, ao invés dos seis biomas terrestres que são consolidados pelo IBGE, apresentava nove. A partir daí comecei a achar que realmente faltava informação acessível para as crianças e os adolescentes. Então nasceu a ideia de fazer o livro, que não é um livro didático para escolas, mas que pode ser usado nas escolas.”, conta.

Dividir para quê?

Com um texto leve e descontraído, apoiado por ilustrações divertidas e um projeto gráfico diferenciado assinado pelo coletivo de designers Grande Circular, a proposta do livro é ligar elementos culturais com as questões ambientais, como a necessidade da conservação. Dividir Para Quê? - Biomas do Brasil também destaca o grau de desmatamento de cada uma dessas áreas e propõe a reflexão da importância dessa classificação para a gestão sociopolítica, a conservação e, respectivamente, manutenção da vida. Para Nurit Bensusan, que também é engenheira florestal e especialista em História e Filosofia da Ciência, toda classificação é arbitrária, mas necessária do ponto de vista estratégico de gestão e atuação.

“Os espaços protegidos nunca foram suficientes para proteger de fato a natureza porque eles não têm dimensão suficiente para comportar os processos naturais. Mas eles ajudam, como parte de uma estratégia de conservação da natureza, eles são fundamentais, mas agora eles estão completamente em ‘xeque’”, avalia a bióloga.“São muitas as iniciativas para limitar esses espaços, extinguir áreas protegidas que já existem e reduzir espaços que estão consolidados. Mas isso tem relação com a maneira como a gente vê a natureza: não a vemos como uma oportunidade, mas como uma maldição da qual precisamos nos livrar como se tivéssemos que ultrapassar essa natureza para chegar ao desenvolvimento, como se a possibilidade de ter um país mais justo e desenvolvido, no sentido mais humano da palavra, não fosse possível junto com a conservação. Como se tivéssemos que escolher uma coisa ou outra coisa”, critica.

Conscientização

Segundo a autora, a forma equivocada de encarar a conservação da natureza também parte da percepção visual dos biomas, com a tendência de se preservar somente regiões florestais. No entanto, aponta Nurit em sua obra, biomas de campo como o Pampa, onde foi registrado o primeiro dinossauro brasileiro, tem justamente como uma de suas principais ameaças o plantio de árvores.

“Isso é uma coisa muito interesse. Muitas vezes há a percepção de que um bioma florestal é um bioma que vale a pena ser conservado em detrimento de outros, como o Cerrado (que possui a savana com maior diversidade arbórea do planeta) e o Pampa, que não têm a mesma exuberância visual que a Mata Atlântica ou Amazônia têm. Mas os processos da natureza acontecem em todos esses biomas e todos eles precisam ser conservados para assegurar a manutenção desses processos que, em ultima instância, é o que garante a manutenção da vida na Terra e da qualidade da vida humana também.”, alerta Bensusan, que também destaca os ecossistemas marinhos e costeiros em seu sexto título infantil.

Autora de mais de 15 títulos técnicos sobre Ciência e meio ambiente, Nurit Bensusan passou a investir no público infantil a partir de 2010 com a criação do kit livro + jogo O Mar em Verso. Na sequência, criou a Biolúdica, uma oficina de criação de jogos com temas biológicos, e lançou, em 2011, outro kit: o Biobrazuca e, mais tarde, os jogos de cartas conhecidos como "jogos biolúdicos", que deram origem ao Bioquê?, Tsunami, Protetores da Existência na Terra (PET) e Meta Morfus. Em 2012, Bensusan lançou o livro-jogo Rio + 20, +21, +22, +23... na abertura da conferência internacional e seguiu com os títulos Quanto Dura Um Rinoceronte? (2012) e Labirintos - Parques Nacionais (2012), conquistando o prêmio o Prêmio MalbaTahan da Fundação Nacional do Livro Infanto-juvenil (FNLIJ), destacando-se também como finalista do prêmio Jabuti, em 2013.

Novidade
A Mil Folhas é uma editora ligada ao Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), cujo objetivo é tornar público e disponível para toda a sociedade o conhecimento gerado e acumulado pelas diversas instituições que se dedicam às questões socioambientais. Com esse livro, a Mil Follhas inaugura seu selo infanto-juvenil, o Mil Folhas e Três Joaninhas, destinado a contribuir com a formação de crianças e adolescentes, estimular sua reflexão e capturar seus corações e mentes para as questões socioambientais.

Lançamento da obra Dividir Para Quê? - Biomas do Brasil
Data: 11 de outubro de 2015 (domingo)
Hora: a partir das 16h
Local: Ernesto Cafés Especiais - SCLS 115, bloco C, loja 14 (Asa Sul)
Classificação: a partir de 7 anos
Programação: jogo de charadas, oficina de colorir e aula de yoga com posições de animais
Valor do livro: R$ 45,00
Pontos de vendas: Ernesto Cafés Especiais, livrarias em geral e site da editora Mil Folhas
http://livraria.iieb.org.br/ )

Endividamento, Finanças e Saúde Mental





Como os problemas financeiros afetam a saúde da mente
Problemas e dificuldades com a saúde da mente são frequentes. Mas quando a saúde psíquica e afetiva não estiverem em boas condições, as finanças pessoais podem sofrer consequências de ruins a péssimas por conta disso. E podem muitas das vezes passarem desapercebidas, são elas a depressão, ansiedade generalizada, fobias, compulsões, transtornos de bipolaridade, entre outros que podem afetar a vida financeira de diversas formas e levar ao endividamento.
Segundo o economista e especialista em Economia Comportamental e Terapia Financeira, José Eustáquio Moreira de Carvalho, esses problemas podem diminuir a produtividade e a renda, o indivíduo tomar decisões financeiras por impulso precipitadamente e equivocadas, dificuldades na elaboração dos orçamentos, dívidas frequentes, gastos excessivos, vulnerabilidade à exploração financeira, conflitos familiares, ansiedade frequente diante ao endividamento, medo e insegurança diante as responsabilidades financeiras e até sentimento de rancor e inveja das pessoas bem sucedidas financeiramente.  “Compreender a relação do indivíduo com o dinheiro. Seja ele pouco, suficiente ou em abundância. Este é o objetivo de uma disciplina em franca expansão: a Economia Comportamental. A base da teoria, lapidada pelo psicólogo Daniel Kahneman – Nobel de Economia em 2002 – a partir de estudos realizados em parceria com Amós Tversky, também psicólogo, sustenta que a tomada de decisões econômicas muitas vezes tem origem emocional, não racional, questionando com isso a teoria da racionalidade do consumidor”, alerta.
Para o médico psiquiatra e coach de mentes Dr. Ricardo Frota a saúde mental de um indivíduo está ligada a forma de como ele reage às exigências da vida e ao modo de como ele harmoniza seus desejos, suas capacidades, suas ambições, suas ideias e suas emoções. Segundo o coach mentes, nesses casos que envolvem as finanças a reprogramação da mente é uma solução. “É através da reprogramação mental, uma forma de modificar modelos mentais que bloqueiam os resultados na vida das pessoas e trazem tanta frustração em suas vidas, algo tão comum hoje que deixam as pessoas perdidas, sem direção em suas vidas! Nós mesmo somos capazes de sermos donos da nossa verdade, transformando a realidade em que vivemos”, conclui o palestrante que em suas palestras trabalha a transformação da mente.
Para José Eustáquio algumas ciências como a Economia (finanças comportamentais, economia comportamental e neuroeconomia e a psicologia (psicologia econômica, têm buscado compreender as razões que conduziram os países, mas famílias e os indivíduos ao endividamentos excessivo. “A Filosofia Prática está juntando se juntando a estas ciências para contribuir no intuito de trazer razões à realidade. Os problemas que estão na base do endividamento são multidisciplinares e, portanto não devem ser estudados separadamente. E aí que a Filosofia dará a sua contribuição maior já que ela se ocupa em estudar o ser humano como um todo”, afirma.
“É importante lembrar que o que acontece com as finanças pessoais é, na realidade exteriorização do que pensamos e sentimos em relação ao dinheiro. Muitas das vezes a culpa é lançada a alguém, seja governo, impostos, crise, etc, mas quando as dificuldades internas – psíquicas e afetivas – é que podem estar sendo a verdadeira causa de uma situação financeira desestabilizada,” afirma o palestrante e coach de mentes.
Segundo o psiquiatra, se sentir frustrado e aborrecido porque suas finanças não estão indo bem pode agravar sim a situação, causar frustrações a outras pessoas, clientes, fornecedores e até na própria família. “Mas o problema pode estar na sua própria mente, em seus sentimentos”, conclui. 

Posts mais acessados