Como
os problemas financeiros afetam a saúde da mente
Problemas
e dificuldades com a saúde da mente são frequentes. Mas quando a saúde psíquica
e afetiva não estiverem em boas condições, as finanças pessoais podem sofrer
consequências de ruins a péssimas por conta disso. E podem muitas das vezes
passarem desapercebidas, são elas a depressão, ansiedade generalizada, fobias,
compulsões, transtornos de bipolaridade, entre outros que podem afetar a vida
financeira de diversas formas e levar ao endividamento.
Segundo
o economista e especialista em Economia Comportamental e Terapia Financeira, José Eustáquio Moreira de Carvalho,
esses problemas podem diminuir a produtividade e a renda, o indivíduo tomar decisões
financeiras por impulso precipitadamente e equivocadas, dificuldades na
elaboração dos orçamentos, dívidas frequentes, gastos excessivos,
vulnerabilidade à exploração financeira, conflitos familiares, ansiedade
frequente diante ao endividamento, medo e insegurança diante as
responsabilidades financeiras e até sentimento de rancor e inveja das pessoas
bem sucedidas financeiramente. “Compreender a relação do indivíduo com o
dinheiro. Seja ele pouco, suficiente ou em abundância. Este é o objetivo de uma
disciplina em franca expansão: a Economia Comportamental. A base da teoria,
lapidada pelo psicólogo Daniel Kahneman – Nobel de Economia em 2002 – a partir
de estudos realizados em parceria com Amós Tversky, também psicólogo, sustenta
que a tomada de decisões econômicas muitas vezes tem origem emocional, não
racional, questionando com isso a teoria da racionalidade do consumidor”,
alerta.
Para
o médico psiquiatra e coach de mentes Dr.
Ricardo Frota a saúde mental de um indivíduo está ligada a
forma de como ele reage às exigências da vida e ao modo de como ele harmoniza
seus desejos, suas capacidades, suas ambições, suas ideias e suas emoções.
Segundo o coach mentes, nesses casos que envolvem as finanças a reprogramação
da mente é uma solução. “É através da reprogramação mental, uma forma de
modificar modelos mentais que bloqueiam os resultados na vida das pessoas e
trazem tanta frustração em suas vidas, algo tão comum hoje que deixam as
pessoas perdidas, sem direção em suas vidas! Nós mesmo somos capazes de sermos
donos da nossa verdade, transformando a realidade em que vivemos”, conclui o
palestrante que em suas palestras trabalha a transformação da mente.
Para
José Eustáquio algumas ciências como a Economia (finanças comportamentais,
economia comportamental e neuroeconomia e a psicologia (psicologia econômica,
têm buscado compreender as razões que conduziram os países, mas famílias e os
indivíduos ao endividamentos excessivo. “A Filosofia Prática está juntando se
juntando a estas ciências para contribuir no intuito de trazer razões à
realidade. Os problemas que estão na base do endividamento são
multidisciplinares e, portanto não devem ser estudados separadamente. E aí que
a Filosofia dará a sua contribuição maior já que ela se ocupa em estudar o ser
humano como um todo”, afirma.
“É
importante lembrar que o que acontece com as finanças pessoais é, na realidade
exteriorização do que pensamos e sentimos em relação ao dinheiro. Muitas das
vezes a culpa é lançada a alguém, seja governo, impostos, crise, etc, mas
quando as dificuldades internas – psíquicas e afetivas – é que podem estar
sendo a verdadeira causa de uma situação financeira desestabilizada,” afirma o
palestrante e coach de mentes.
Segundo
o psiquiatra, se sentir frustrado e aborrecido porque suas finanças não estão
indo bem pode agravar sim a situação, causar frustrações a outras pessoas,
clientes, fornecedores e até na própria família. “Mas o problema pode estar na
sua própria mente, em seus sentimentos”, conclui.
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