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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Endividamento, Finanças e Saúde Mental





Como os problemas financeiros afetam a saúde da mente
Problemas e dificuldades com a saúde da mente são frequentes. Mas quando a saúde psíquica e afetiva não estiverem em boas condições, as finanças pessoais podem sofrer consequências de ruins a péssimas por conta disso. E podem muitas das vezes passarem desapercebidas, são elas a depressão, ansiedade generalizada, fobias, compulsões, transtornos de bipolaridade, entre outros que podem afetar a vida financeira de diversas formas e levar ao endividamento.
Segundo o economista e especialista em Economia Comportamental e Terapia Financeira, José Eustáquio Moreira de Carvalho, esses problemas podem diminuir a produtividade e a renda, o indivíduo tomar decisões financeiras por impulso precipitadamente e equivocadas, dificuldades na elaboração dos orçamentos, dívidas frequentes, gastos excessivos, vulnerabilidade à exploração financeira, conflitos familiares, ansiedade frequente diante ao endividamento, medo e insegurança diante as responsabilidades financeiras e até sentimento de rancor e inveja das pessoas bem sucedidas financeiramente.  “Compreender a relação do indivíduo com o dinheiro. Seja ele pouco, suficiente ou em abundância. Este é o objetivo de uma disciplina em franca expansão: a Economia Comportamental. A base da teoria, lapidada pelo psicólogo Daniel Kahneman – Nobel de Economia em 2002 – a partir de estudos realizados em parceria com Amós Tversky, também psicólogo, sustenta que a tomada de decisões econômicas muitas vezes tem origem emocional, não racional, questionando com isso a teoria da racionalidade do consumidor”, alerta.
Para o médico psiquiatra e coach de mentes Dr. Ricardo Frota a saúde mental de um indivíduo está ligada a forma de como ele reage às exigências da vida e ao modo de como ele harmoniza seus desejos, suas capacidades, suas ambições, suas ideias e suas emoções. Segundo o coach mentes, nesses casos que envolvem as finanças a reprogramação da mente é uma solução. “É através da reprogramação mental, uma forma de modificar modelos mentais que bloqueiam os resultados na vida das pessoas e trazem tanta frustração em suas vidas, algo tão comum hoje que deixam as pessoas perdidas, sem direção em suas vidas! Nós mesmo somos capazes de sermos donos da nossa verdade, transformando a realidade em que vivemos”, conclui o palestrante que em suas palestras trabalha a transformação da mente.
Para José Eustáquio algumas ciências como a Economia (finanças comportamentais, economia comportamental e neuroeconomia e a psicologia (psicologia econômica, têm buscado compreender as razões que conduziram os países, mas famílias e os indivíduos ao endividamentos excessivo. “A Filosofia Prática está juntando se juntando a estas ciências para contribuir no intuito de trazer razões à realidade. Os problemas que estão na base do endividamento são multidisciplinares e, portanto não devem ser estudados separadamente. E aí que a Filosofia dará a sua contribuição maior já que ela se ocupa em estudar o ser humano como um todo”, afirma.
“É importante lembrar que o que acontece com as finanças pessoais é, na realidade exteriorização do que pensamos e sentimos em relação ao dinheiro. Muitas das vezes a culpa é lançada a alguém, seja governo, impostos, crise, etc, mas quando as dificuldades internas – psíquicas e afetivas – é que podem estar sendo a verdadeira causa de uma situação financeira desestabilizada,” afirma o palestrante e coach de mentes.
Segundo o psiquiatra, se sentir frustrado e aborrecido porque suas finanças não estão indo bem pode agravar sim a situação, causar frustrações a outras pessoas, clientes, fornecedores e até na própria família. “Mas o problema pode estar na sua própria mente, em seus sentimentos”, conclui. 

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