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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Paralisia de Bell: Veja como a harmonização facial pode ser uma aliada no tratamento

Devido aos altos níveis de ansiedade e estresse pelo que o mundo tem passado nos últimos anos. Sendo estes os grandes causadores deste mal que tem atingido milhões de pessoas no mundo todo. A paralisia de Bell é uma condição neurológica que afeta a capacidade das pessoas de se movimentarem e falarem.  

Quando esse sistema é afetado ou inflamado, os músculos não conseguem responder a estímulos momentâneos, resultando na assimetria facial visível, dificuldade de emitir expressões faciais comuns, como sorrir ou fechar um dos olhos, bem como outros sintomas como dores, lacrimejamento e formigamento. A paralisia de Bell pode ter um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas afetadas e é uma condição que requer tratamento imediato devido à possibilidade de agravamento.

 

A médica e especialista em dermatologia estética Dra. Kelly Pico explica que é uma paralisia causada pela inflamação do nervo facial, que geralmente ocorre apenas de um lado do rosto. Afetando o funcionamento dos músculos do lado comprometido. Podendo se estabelecer de forma temporária em torno de 1 mês há 6 meses ou de forma permanente dependendo da intensidade e da sua ocorrência.

 

Com uma diminuição gradual dos casos de COVID-19 em algumas regiões do mundo, começa a ficar evidente que houve um aumento significativo no número de casos de outras doenças, incluindo a paralisia de Bell. O aumento dos casos de paralisia de Bell na pós-pandemia pode ser explicado por diversos fatores. Um deles pode-se considerar o fato de a pandemia ter gerado um aumento do estresse e ansiedade e também do estresse oxidativo pós viral, fatores que estão associados ao desenvolvimento da paralisia de Bell. 

O tratamento deve iniciar pelo neurologista, para um diagnóstico aprofundado das causas da paralisia do caso em questão. Pois pode haver uma ou mais causas associadas a paralisia que deve ser interceptada pelo neuro evitando a recorrência de novos episódios. 

 

Harmonização facial e paralisia de Bell

Essa condição faz com que metade do rosto pareça caído ou inclinado. Através da harmonização facial, é possível recuperar o reequilíbrio da função muscular e da estética facial.


 

Procedimentos que podem compor uma harmonização facial:


 

Botox

A toxina botulínica, mais conhecida como Botox, tem como função amenizar a contração muscular, dando assim, maior relaxamento na área. Ao ser aplicado em quantidades moderadas, é possível amenizar os desequilíbrios provocados pela paralisia de Bell, gerando um aspecto mais simétrico no rosto. Por outro lado, o Botox pode ser ainda um auxiliar efetivo na luta contra dores, bem como prevenir espasmos musculares, que são sintomas corriqueiros da condição.


 

Ácido Hialurônico

No caso da paralisia de Bell, o ácido hialurônico pode ser utilizado para corrigir a assimetria do rosto, preenchendo áreas que perderam volume e recuperando o contorno original. É importante ressaltar que o ácido hialurônico é uma substância segura e de rápida absorção pelo organismo, o que significa que seus efeitos são temporários e não causam danos a longo prazo.


 

Atria – Ultrassom micro e macrofocado

O ultrassom é direcionado às camadas mais profundas da pele, promovendo o aquecimento das fibras de colágeno. Isso resulta em uma pele mais firme, amenizando o aspecto caído. Indicado para tratar rosto (flacidez, contorno, arqueamento das sobrancelhas e estímulo de colágeno).


 

Bioestimuladores de colágeno

Os bioestimuladores são substâncias que, ao serem injetadas na pele, estimulam a produção de colágeno, hidratam o tecido cutâneo devolvendo o volume, a aparência radiante, sustentabilidade e firmeza da pele. 

 

A Dra. Kelly Pico comenta que é fundamental destacar que a harmonização facial não deve ser vista como uma solução definitiva para a paralisia de Bell, e sim como um complemento ao tratamento médico convencional. É importante que o paciente seja acompanhado por um profissional capacitado, que possa avaliar a evolução da condição e indicar as melhores opções de tratamento em cada fase.

 

“A harmonização facial pode ser uma alternativa interessante para pessoas que tiveram ou ainda têm a paralisia de Bell, ajudando a melhorar a autoestima e a qualidade de vida. Porém, é importante lembrar que cada caso é único e deve ser avaliado individualmente, considerando as necessidades e limitações de cada paciente.” Finaliza a Dra. Kelly Pico.

 

Kelly Pico - formada pela Faculdade de Medicina ABC . Pós graduação em Medicina Estética e Medicina Preventiva.



O carnaval chegou ao fim, ginecologista alerta sobre as principais doenças que afetaram as mulheres durante o período de folia

Especialista evidencia que o verão é dos fatores que potencializa o desenvolvimento de doenças ginecológicas


O período de folia está chegando ao fim, a programação intensa de viagens, festas e bloquinhos carnavalescos costuma cobrar um preço alto do nosso corpo. No entanto, ainda que a festa seja um momento repleto de alegria e curtição, é essencial empenhar uma atenção maior em relação à saúde, principalmente para as mulheres.

Durante essa festividade estamos vivenciando a estação mais quente do ano, que é um dos períodos em que mais mulheres costumam procurar os consultórios pelas doenças ginecológicas decorrentes da proliferação de fungos nas partes íntimas “No verão com o aumento da umidade e temperatura a propagação de fungos e bactérias é maior. Além disso, o carnaval também potencializa o aumento do número de disseminações e contágios das Infeccções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)” adverte a médica Loreta Canivilo, ginecologista.

A região vaginal possui uma proteção natural, contudo, ainda é uma área muito delicada que necessita de cuidados para prevenir que resíduos se acumulem e atinjam a região interna que acarretara no desenvolvimento de doenças tais como a candidíase, tricomoníase, vaginose bacteriana, infecção urinária ou cistetite.

Por outro lado, também existe as ISTs que são doenças causadas por vírus, bactérias e vários outros micro-organismos, que são transmitidos através da relação sexual desprotegida. Segundo o Ministério da Saúde as ISTs mais comuns são a herpes genital, cancro mole, HPV, gonorreia, clamídia, sífilis e a AIDS.

A medida mais indicada após o carnaval é procurar um ginecologista para a realização de um check up para tratar de forma precoce qualquer alteração que a folia possa ter trazido. “É essencial que as mulheres procurem um especialista para a realização de um diagnóstico e tratamento corretos, mesmo em casos de doenças recorrentes, pois o tratamento inadequado pode levar a um desequilíbrio ainda maior da flora vaginal” ressalta Dra. Loreta.

 

Dra. Loreta Canivilo - ginecologista, obstetra e ginecoindócrino, formada pela Faculdade de Medicina ABC.  A médica também é especialista em assuntos relacionados a reposição hormonal, estética íntima e tratamentos de doenças do útero e endométrio.

 

Beijou muito no carnaval? Fique atento, conheça doenças transmitidas pela saliva

Com a chegada do Carnaval, muitas pessoas se preparam para dias de folia, com muita música, dança, bebida e, é claro, beijos. Porém, é importante lembrar que algumas doenças bucais podem ser transmitidas pela saliva, e a agitação do Carnaval pode aumentar o risco de contágio.

As doenças bucais que podem ser transmitidas pela saliva incluem herpes labial, mononucleose infecciosa, sífilis. Essas doenças podem ser transmitidas através do compartilhamento de objetos contaminados, como copos, talheres e escovas de dente, ou através do contato direto com a saliva, como beijos e mordidas.


• Herpes labial: é uma infecção viral causada pelo vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1), que pode provocar bolhas e feridas nos lábios, na boca e na gengiva. A transmissão pode ocorrer através do contato direto com a saliva de uma pessoa infectada. É uma doença muito comum que afeta cerca de 90% da população mundial. Embora geralmente seja uma condição benigna, pode ser dolorosa e constrangedora para quem a tem.

• Mononucleose infecciosa: é uma doença viral causada pelo vírus Epstein-Barr, que pode provocar febre, dor de garganta, fadiga e outros sintomas. A transmissão pode ocorrer através do contato direto com a saliva de uma pessoa infectada.

• Sífilis: é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum, que pode afetar os lábios, a boca e a garganta. A transmissão pode ocorrer através do contato sexual ou através do contato direto com a saliva de uma pessoa infectada. Especialmente se houver feridas ou lesões nos lábios, na boca ou na garganta.

É importante lembrar que a transmissão dessas doenças bucais pela saliva pode ser evitada através de medidas simples, como evitar o compartilhamento de objetos pessoais, lavar as mãos com frequência e praticar o sexo seguro. Além disso, é fundamental manter uma boa higiene bucal e visitar regularmente um dentista para prevenir e tratar as doenças bucais.

Durante o Carnaval, pode ser fácil esquecer a rotina de cuidados com a saúde bucal, mas isso pode aumentar o risco de doenças bucais e agravar problemas existentes. Além disso, alguns sintomas de doenças bucais podem surgir rapidamente, e é importante estar atento a eles para procurar ajuda médica o mais rápido possível.” comenta a cirurgiã-dentista e especialista em saúde bucal Dra. Bruna Conde.

Sinais como dor de dente, gengivas inchadas ou vermelhas, feridas na boca, mau hálito persistente ou dor ao mastigar podem indicar a presença de uma doença bucal, e devem ser avaliados por um dentista. O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento eficaz e para evitar complicações.

“Por isso, se você está se preparando para aproveitar o Carnaval, não se esqueça de incluir na sua lista de cuidados a visita ao dentista. Além de garantir um sorriso bonito e saudável, você estará protegendo a sua saúde e a de outras pessoas ao seu redor. E lembre-se: prevenir é sempre melhor do que remediar.” Finaliza Bruna Conde.
 

 

Dra. Bruna Conde - Cirurgiã-Dentista.
CRO SP 102038


Verão, Carnaval e Volta às Aulas: período favorece a propagação de viroses

Doutora em Microbiologia ressalta a importância da higiene e explica como se prevenir

Aglomeração no Carnaval e praias cheias favorecem o contágio por viroses
Divulgação

Verão, Carnaval e o retorno às aulas formam um cenário favorável à propagação de viroses, especialmente as que afetam o trato gastrointestinal. A explicação é da biomédica, vice-presidente do Conselho Regional de Biomedicina do Paraná (CRBM6) e diretora da 15ª Regional de Saúde do Paraná, Daiane Pereira Camacho.

 

De acordo com a biomédica, que é doutora em Microbiologia, os ambientes com grande circulação de pessoas - como as praias, piscinas, clubes de lazer e salas de aula - são grandes facilitadores para o contágio. Justamente por isso, a higiene é a medida de prevenção mais recomendada. “Lavar bem as mãos e os alimentos, evitar locais fechados, manter janelas abertas são condutas essenciais e que não podem ser deixadas de lado neste período”, enfatiza.

 

Indícios

Daiane observa que os sintomas de virose podem aparecer em algumas horas ou dias depois de a pessoa entrar em contato com o vírus. Os primeiros sinais envolvem dores de cabeça, mal-estar e náuseas. “Porém, essas manifestações podem evoluir para tosse, febre, diarreia e vômito dependendo do agente infeccioso e do sistema imunológico da pessoa”, complementa.

Segundo a diretora da 15ª Regional de Saúde - que tem sede em Maringá e responde por outros 30 municípios das imediações - crianças e adultos estão suscetíveis às doenças, mas é preciso redobrar cuidados com os idosos em virtude da resposta imunológica. 

“Bebês, crianças da primeira infância [até os seis anos] e os idosos tendem a ficar mais debilitados. É fundamental dar atenção especial a esse público, observar os sintomas e manter uma boa hidratação que vai ajudar nas atividades celulares, na absorção dos nutrientes, na oxigenação, digestão, no funcionamento dos rins, regulação da pressão arterial entre outras funções”.

Divulgação


Surto de norovírus

No fim de janeiro deste ano, autoridades do Reino Unido emitiram um alerta sobre um “surto” de casos de diarreia na região, causados por infecções de norovírus. No mesmo período, a cidade catarinense de Florianópolis registrou situação semelhante.

 

“Se no passado ouvíamos falar mais vezes no rotavírus - amplamente combatido com a vacinação - hoje vemos um novo tipo de agente de contágio que também afeta o trato gastrointestinal. Isso requer novamente esforço de todos nós”, enfatiza Daiane. 

 

O norovírus pertence às classes dos microrganismos que causam gastroenterite e tem como principais sintomas diarreia intensa, vômito e algumas vezes febre alta. A infecção é transmitida via fecal-oral (quando se leva a mão contaminada à boca), por meio da água e dos alimentos contaminados ou pelo contato com pessoas contaminadas.

 

O norovírus tem alta capacidade infecciosa e é capaz de permanecer em superfícies nas quais a pessoa esteve, o que facilita a transmissão. O contágio pode levar a sintomas graves, especialmente em crianças e idosos, e que podem evoluir com desidratação, provocando sintomas como pele, lábios e mucosas secos, batimentos cardíacos acelerados ou rápida diminuição da pressão arterial.

 

Além das viroses causadas por rotavírus e norovírus, outros agentes também podem ser encontrados nas chamadas “viroses de verão”. São os adenovírus e os sapovírus, todos com características muito semelhantes.

 

“A incidência das diarreias por rotavírus em crianças tem caído bastante desde a introdução da vacina contra esse agente. Cabe ressaltar que são duas doses orais de vacina contra o rotavírus: uma aos 2 meses e a segunda quando os bebês completam 4 meses de idade”, explica Daiane.

 

Como se prevenir

Quando o tema é prevenção, a vice-presidente do CRBM6 enfatiza que “cuidar nunca é demais” e traz algumas dicas para evitar contaminações. Confira:

 

1) Uma das principais formas de se prevenir contra as viroses de verão que causam problemas gastrointestinais é a higiene. Como o agente infeccioso é transmitido pelo contato, é imprescindível manter as mãos sempre higienizadas, pois elas são consideradas porta de entrada às doenças.

 

Lave bem as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos antes de enxaguar, principalmente após tocar em animais e manipular os alimentos.

2) Lave bem os vegetais, frutas e legumes com água e sabão. Em seguida, coloque-os de molho em solução de água sanitária 2,5%, preparada com 1 litro de água e 2 gotas da água sanitária, deixando agir por 30 minutos.

 

3) Evite compartilhar toalhas, roupa de cama ou objetos pessoais.

 

4) Evite tocar em superfícies e levar as mãos à boca, nariz ou olhos.

 

5) Beba sempre água tratada ou fervida e fique atento ao escolher os alimentos. O calor favorece a proliferação de vírus e bactérias. Por isso, redobre a atenção em como os alimentos são preparados, armazenados e conservados.

 

6) A água da piscina e das praias também são grandes facilitadores das transmissões virais, em relação às doenças diarreicas. A ingestão de água do mar, mesmo que por descuido, pode acarretar em gastroenterite.

 

7) Viroses respiratórias, embora tenham significativo aumento dos casos no inverno, também circulam no verão. Por isso, evite aglomerações e ambientes fechados.

 

Apesar das campanhas de vacinação, o uso de máscaras em algumas situações ainda é recomendado para se evitar a transmissão e contaminação pelo Coronavírus.

 

8) Em caso de contaminação, monitore os sintomas, reforce a hidratação, invista em alimentação leve e, em caso necessário, busque auxílio médico com clínico geral, gastroenterologista ou infectologista. Nunca faça ingestão de remédios por conta própria.


Dia da Conscientização da Anosmia tem atendimento gratuito com médicos otorrinos em São Paulo

Ação ocorre em frente ao prédio da FIESP e é promovida pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial e a Academia Brasileira de Rinologia

 

Na próxima segunda-feira (27/02), médicos otorrinolaringologistas vão realizar atendimento gratuito à população da capital paulista por meio da ação “Sinusite e Alterações de Olfato: sinais de alerta”. O evento terá início às 8h e ocorrerá na Avenida Paulista 1.313, em frente à entrada da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). 

Pode participar quem, nos últimos 12 meses, apresentou sintomas constantes de nariz entupido, secreção nasal, dificuldade em sentir cheiro, dor ou sensação de pressão no rosto. 

Promovido pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e Academia Brasileira de Rinologia (ABR), o evento marca o Dia da Conscientização da Anosmia, termo médico usado para definir a perda da função olfativa. 

Durante a ação, que conta com o apoio da farmacêutica Sanofi, da Noar e da FIESP, haverá avaliação clínica inicial para identificar pessoas com problemas de sinusite e distúrbios que afetam o olfato, questões que impactam a qualidade de vida. 

“Sabemos que a rinossinusite crônica, popularmente chamada de sinusite, está entre as causas da anosmia e o distúrbio do olfato pode ser um dos sintomas dela, especialmente a com pólipos nasais. Queremos auxiliar a população levando esclarecimentos sobre as consequências, ajudando a reconhecer o problema e conscientizando sobre a necessidade de tratamento adequado”, esclarece o diretor da ABORL-CCF e da ABR, Dr. Ricardo Dolci, que coordena a ação em São Paulo. 

A rinossinusite crônica é caracterizada pela inflamação da mucosa do nariz e dos seios da face e apresenta sintomas como congestão e secreção nasal, perda do olfato, dor na face, tosse, entre outros. Somente em São Paulo, aproximadamente 500 mil pessoas passam pelo problema, segundo um estudo de 2014, da USP (Universidade de São Paulo). A rinossinusite crônica com pólipos nasais é considerada um subtipo dessa doença.

 

Funcionamento da ação

A partir das 8h, haverá distribuição de senhas no local e os participantes passarão por uma triagem, na qual responderão a um questionário, com a finalidade de auxiliar na coleta de informações para a etapa de avaliação médica. 

Também estarão disponíveis testes para analisar a qualidade do olfato. O atendimento será limitado a 200 pessoas e terminará às 17h. 

Pacientes avaliados na ação e que forem identificados com sinais relacionados à rinossinusite crônica com pólipo nasal terão apoio da Sanofi para encaminhamento a consultas gratuitas com especialista em otorrinolaringologia. A assistência será limitada a 20 consultas. 

A farmacêutica também realizará no local o #DesafioDaJujuba, como parte de uma campanha digital realizada pela empresa, com apoio da ABORL-CCF, que visa sensibilizar a população de uma forma lúdica sobre como é conviver com a anosmia e a rinossinusite, oferecendo balas de goma para que os participantes tentem descobrir, de nariz tampado, qual o sabor consumido.
 

Olfato saudável

A ação “Sinusite e Alterações de Olfato: sinais de alerta” também abre a Campanha do Olfato Saudável, promovida pela ABORL-CCF e a ABR até o dia 3 de março. Durante a semana, especialistas da entidade divulgarão informações para orientar os brasileiros sobre a importância que o funcionamento adequado do olfato possui para o organismo e para a qualidade de vida. 

“A perda do olfato pode levar a muitos problemas. O olfato ajuda as pessoas a detectar perigos no ambiente, como fumaça, cheiros de gás e vapores químicos. O cheiro também é útil para comer, ajudando a evitar ingestão de alimentos estragados e a manter uma boa saúde”, esclarece o presidente da ABR, Dr. Marcus Lessa. 

Nas redes sociais da ABORL-CCF e no Instagram Otorrino e Você, profissionais abordarão sobre os problemas, diagnóstico e possíveis tratamentos do olfato por meio de lives voltadas à população e à classe médica.

 
Serviço

Ação “Sinusite e Alterações de Olfato: sinais de alerta
Data: 27 de fevereiro
Horário: início às 8h
Local: Avenida Paulista 1.313, em frente à entrada da FIESP.
Informações: Link


O que é a doença da “vaca louca”? Caso suspeito está sob investigação no Brasil

Doença pode comprometer a capacidade cerebral e causar estado vegetativo em seres humanos 

 

De acordo com o Ministério da Agricultura, um caso suspeito de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EBB), popularmente conhecida como doença da “vaca louca”, está sob investigação no Brasil, um animal de sete anos em uma fazenda no Pará apresentou sintomas da doença, foi abatido, a fazenda isolada, e amostras foram enviadas para análises laboratoriais.

 

O risco da doença voltar a terras brasileiras tem assustado muitos devido aos seus graves efeitos em humanos, que ocorrem após a transmissão por meio da ingestão de carne de animais infectados, causando uma encefalopatia espongiforme, conhecida como doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), uma variante da EBB.

 

De acordo com o Pós PhD em neurociências e Biólogo, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a doença é fatal em seres humanos.

 

Em humanos, a DCJ causa uma série de problemas, como alterações de personalidade, cegueira, perda de memória, equilíbrio e coordenação, movimentos anormais e perda progressiva da mobilidade e função cerebral”.

 

Isso ocorre devido ao desenvolvimento anormal de príons no cérebro, o que gera pontos de acúmulo e produz pequenas bolhas nas células cerebrais, deixando o órgão com um aspecto poroso semelhante a uma esponja, o que vai afetando gradualmente uma série de funções importantes, seguido pela morte do indivíduo”.

 

Encefalopatia Espongiforme Bovina

A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EBB) atinge o gado através de um agente conhecido como prião, uma célula modificada de proteína que infecta os bovinos causando alterações de comportamento e falta de coordenação motora.

 

O período de incubação é bastante longo, cerca de 5 anos até o aparecimento dos sintomas, o que leva o animal rapidamente à morte, mas essa grande janela abre a possibilidade de disseminação, em especial por não haver atualmente qualquer tipo de tratamento” Explica Dr. Fabiano de Abreu.

 

Variante da “doença da vaca louca” pode ser ainda mais perigosa

Existem variantes da doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) que alteram seu funcionamento no corpo humano, a chamada DCJv pode ser mais perigosa por não apresentar sintomas, ter manifestação precoce e ter maior possibilidade de transmissão.

 A DCJv também é adquirida através da ingestão de carne bovina ou derivados do gado contaminado com a EBB, mas começa muito mais cedo nos humanos, em cerca de 30 anos ou menos, existem pessoas infectadas com a DCJv que se mantém assintomáticas, o que facilita a sua transmissão por meio de transfusão de sangue ou procedimentos cirúrgicos”. Alerta Dr. Fabiano de Abreu.

 

Como se prevenir da doença?

Atualmente, não existe tratamento eficaz para a doença, por isso, a prevenção é a melhor forma de evitar a doença de Creutzfeldt-Jakob.

Prevenir a disseminação da doença é fundamental para inibi-la, além dos cuidados técnicos de produtores e do governo, como não usar proteínas de origem animal na alimentação do gado, para os consumidores é essencial evitar ingerir carne e derivados de bovinos sem procedência e, conforme a gravidade da disseminação, evitá-los”. Explica.

 

Existem riscos para o Brasil?

De acordo com a Organização Mundial de Saúde Aniimal (OIE), o Brasil é considerado um território de risco insignificante para a ocorrência da EEB, tendo seus últimos casos registrados em 2021, o que causou a interrupção da compra de carne bovina brasileira pela China por três meses.

Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, todas as medidas cabíveis de prevenção foram tomadas, e que os procedimentos foram rigorosamente cumpridos, mas Dr. Fabiano de Abreu afirma que até que a suspeita seja afastada é fundamental ter cuidados preventivos.

Minha tia/madrinha, Maria, portuguesa, viveu no Brasil a maior parte de sua vida e morava em Macaé no estado do Rio de Janeiro, quando veio a falecer de Creutzfeldt-Jakob no dia 11/10/2014, ela era mais um caso não divulgado e abafado, na época. Ela realizou um exame que demorou cerca de um mês para ter o resultado, que só chegou após o seu falecimento. Eu ainda não tinha formação em neurociências, hoje em dia, ainda tento entender mais a fundo a doença, e a ciência ainda tem muito o que descobrir, mas até lá é importante nos protegermos como for possível” Conta Dr. Fabiano de Abreu.

 

 



Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues - Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro Mensa, Intertel e TNS. Currículo BR: http://lattes.cnpq.br/1428461891222558 Currículo PT: https://www.cienciavitae.pt/portal/en/8316-38CC-0664 Currículo INT: https://orcid.org/0000-0002-5487-5852


Com avanço dos ultraprocessados, nutricionista alerta para a importância da alimentação balanceada no combate ao colesterol

Pesquisa revela que parcela ocupada pelos ultraprocessados no consumo de alimentos por pessoas de 45 a 55 anos saltou de 9% para 16% durante a pandemia

 

Não é novidade que manter uma rotina capaz de combinar alimentação saudável e exercícios físicos colabora para o controle do colesterol e o funcionamento equilibrado do organismo. Porém, apesar de a busca por refeições balanceadas ter aumentado, o consumo de ultraprocessados também avançou nos últimos anos. 

De acordo com um estudo realizado em 2021 por especialistas do Nupens (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde/USP) e da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), durante a pandemia a parcela ocupada pelos ultraprocessados no consumo de alimentos por pessoas de 45 a 55 anos saltou de 9% para 16%. 

Esse dado é preocupante porque o consumo de alimentos ultraprocessados aumenta em 102% o risco de hipercolesterolemia, ou seja, de taxas elevadas de colesterol no sangue”, explica Clarissa Dayane Santos Soares, nutricionista clínica do hospital HSANP. “Por outro lado, uma dieta balanceada, rica em fibras, frutas, verduras, legumes e que não inclua frituras, industrializados e gorduras, é fundamental para manter o controle desse índice”, acrescenta. 

A nutricionista reforça que o aumento do colesterol não é o único risco que uma pessoa corre ao não manter uma boa alimentação. “Também colabora para o desenvolvimento de sobrepeso, obesidade e síndrome metabólica, o que pode levar a quadros de diabetes, doenças cardíacas e acidente vascular cerebral, além de poder aumentar em até 25% a taxa de mortalidade”. 

Outro fato importante destacado por Clarissa é a necessidade de avaliar o nível de gordura de certos pratos. “A carne vermelha, por exemplo, não precisa ser excluída das refeições, mas é necessário dar preferência para cortes magros, como maminha, músculo, coxão mole, patinho, lagarto e filé mignon, bem como para preparos com pouca gordura, grelhados, assados ou cozidos”, pontua. 

Além de manter uma dieta bem equilibrada, é imprescindível consultar profissionais de saúde e nutrição na hora de montar um plano alimentar, pois tem se tornado cada vez mais comum a disseminação de dietas e alimentos “milagrosos” nas redes, com promessas encantadoras que podem acabar prejudicando ainda mais a saúde. 

É preciso estar atento aos prejuízos de longo prazo provocados por uma propaganda enganosa. Claro que ficamos maravilhados com uma dieta ou produto que promete eliminar 10 quilos em 7 dias. Mas devemos pensar que, para manter a saúde equilibrada, é necessária uma junção de fatores como alimentação regrada e exercícios. Essas dietas sem embasamento em estudos são prejudiciais e podem ocasionar doenças inflamatórias e outros danos à saúde”, finaliza a nutricionista do Hospital HSANP.



Neurologista ensina como amenizar a tontura da ressaca com um ingrediente apenas

O Carnaval ainda não acabou! As pessoas querem mais é se divertir e cair na folia o mês todo. Muitos exageram e acabam bebendo mais do que devem e só no dia seguinte vão perceber que passaram dos limites com as bebidas alcoólicas.

A danada da ressaca chega com tudo, inclusive nesta Quarta-Feira de Cinzas!

Dr. Saulo Nader, neurologista, apelidado carinhosamente pelos internautas e pacientes como Doutor Tontura, faz um alerta e dá dicas importantes para curtir qualquer comemoração o ano todo sem se arrepender no dia seguinte!

O neurologista explica que quando se analisa a ressaca, os sintomas entram no grupo intitulado de “Tontura de Origem Clínica” e por traz dessa intoxicação o organismo inteiro fica ruim, quem já passou por isso sabe que além de dor e mal-estar na cabeça, sente sensação de náusea e corpo fraco, por exemplo.

A intoxicação pelo álcool vem uma grande curiosidade também. Nader explica  que quando ingerimos a bebida alcoólica , o etanol que é metabolizado no fígado entra no corpo e promove os efeitos neurológicos:  fala mole, desequilíbrio, a pessoa fica mais eufórica no começo e depois fica mais deprimida (fase aguda).

 “Passando pelo fígado, o etanol produz uma substância que é tóxica para o corpo chamada acetaldeído, responsável por esses sintomas da ressaca, isto é o álcool do dia anterior, sabia? A pessoa chega e pergunta: Doutor, bebi muito na noite passada, acordei com tontura, dor de cabeça, mal-estar, o que eu faço para passar a ressaca?”, comenta o neurologista.

Dr. Saulo enfatiza que não existe fórmula mágica para curar ressaca. Não adianta fazer simpatias, seguir receitas caseiras, chás tipo boldo, mistura de café com outros ingredientes, não há nenhuma comprovação apenas efeito placebo. O que resolve a ressaca mais rápido é água, hidratação.

 “A lógica é bem simples, se estou muito hidratado, se eu bebo bastante líquido, aumento o volume de sangue, diluo essa substância tóxica e ajudo meu fígado a metabolizar mais rápido o etanol e eliminá-lo”. sintetiza Dr. Saulo.

Assim, se a pessoa vai beber um pouco mais, já deve se preparar para minimizar os efeitos da ressaca.

Dr. Saulo fala ainda da importância de intercalar as doses de bebida alcoólica, com outras bebidas que hidratem, como um copo de água, refrigerante, suco, chá gelado, Gatorade. A pessoa se manterá hidratada e os efeitos da ressaca serão menores.

Segundo o especialista, é recomendável também, após o período de consumo de bebidas, tomar algum analgésico pra dor de cabeça e remédio pra enjoo que seja de confiança da pessoa e que não dê efeito colateral ou alergia, vale sempre antes consultar o médico, nunca se automedique. Alerta bebida e remédio não combinam e podem causar muitos efeitos colaterais. 

No dia seguinte, vale o mesmo processo: consumir bastante água e tomar os remedinhos que ajudam a passar os sintomas e recuperar mais rápido o equilíbrio.

A dica de ouro: Beba com moderação e curta com consciência!

 

CARNAVAL: A tentativa de aplacar as faltas da vida e como lidar com a solidão pós-festa

Psicóloga Ana Gabriela Andriani aborda os motivos por trás das grandes expectativas do Carnaval e a tristeza que surge com o fim desse período


Bloquinhos e bailes de Carnaval promovem a retomada de uma comemoração que ficou paralisada por cerca de dois anos, devido à Pandemia da Covid-19, e que promete movimentar cerca de 46 milhões de pessoas nos tradicionais destinos carnavalescos do país, segundo o Ministério do Turismo. O retorno do Carnaval é de grande importância para a economia e para os próprios foliões, que utilizam dessas datas para aplacar suas tristezas e viver uma outra realidade, onde a base é a felicidade.

Uma rotina atribulada, estressante, e com uma agenda tomada por trabalho, estudos, tarefas do lar e com poucos momentos de descontração já fazem parte da rotina do brasileiro. Então, para muitos, o Carnaval é a hora extravasar e ser diferente do que se é nos outros dias, e buscar uma certa felicidade e alegria que não existe em sua rotina. “A felicidade para existir precisa da falta. O Carnaval é o momento de êxtase, onde as pessoas tentam aplacar a existência das frustrações da vida”, aponta a psicóloga Ana Gabriela Andriani.

Quando esses dias de festanças acabam, o que vem em seguida é uma tristeza e melancolia, pois existe a necessidade de volta à realidade, encarando a falta desses momentos na rotina. As pessoas costumam ter o sentimento de tristeza e desânimo, como se fosse uma espécie de “depressão pós-carnaval”, mas, isso é completamente diferente de um diagnóstico de depressão, por exemplo, destaca a psicóloga Ana Gabriela Andriani. “É comum se sentir triste após dias festejando, pois, o carnaval é aproveitado como válvula de escape para encarar uma difícil realidade, principalmente quando ela não contém muitos momentos de felicidades”, comenta.

“O mais indicado é que as pessoas comecem a aproveitar todos os momentos da vida, e não apenas os dias de festas. Curtir a si próprio, ler um livro, conversar com os amigos em um bar durante a semana, são alguns exemplos de que todos os dias podem ser satisfatórios, e não apenas o Carnaval”, conclui a psicóloga.  

 

Ana Gabriela Andriani - CRP 06/58907 - É psicóloga formada pela PUC- SP, Mestre e Doutora pela Unicamp, especialista em terapia de casal e família pela Northwestern University - EUA, especialista em Psicoterapia Breve pelo Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, e membro Filiado da Sociedade Brasileira de Psicanálise.


Pré-eclâmpsia: informação é fundamental para que mulheres tratem em tempo doença hipertensiva da gravidez

Números de casos preocupam; identificação dos sintomas e padronização nos protocolos de atendimento podem salvar vidas da mãe e do bebê


Rápida e perigosa. Essas são duas potenciais características da pré-eclâmpsia, doença grave relacionada com o aumento da pressão arterial de grávidas. O termo eclampsia, inclusive, é uma palavra de origem grega que significa raio ou relâmpago. Ela pode acontecer em qualquer gestante durante a segunda metade da gravidez ou até seis meses após o parto. Identificá-la o mais cedo possível é fundamental para a garantia da saúde materna e dos bebês, de modo que a informação sobre a doença seja de amplo conhecimento não apenas das mulheres, mas também do companheiro, familiares e amigos que acompanham a gestação.

Os números sobre a doença assustam. A pré-eclâmpsia afeta de 5 a 10% das gestações em todo o mundo, sendo a principal causa de morte materna e de crianças, 75 mil e 500 mil, respectivamente, a cada ano. Mais de 99% das mortes maternas ocorrem em países pobres ou em desenvolvimento. Na América Latina, ela é responsável por uma em cada quatro mortes maternas.

“Para além da questão da mortalidade, a pré-eclâmpsia é a causa comum de prematuridade, sendo responsável por 20% de todas as internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), um dado que preocupa e que mostra toda a atenção que se deve dar para gestantes e seus bebês”, alerta Nelson Sass, professor do Departamento de Obstetrícia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) e membro da Rede Brasileira de Estudos sobre Hipertensão na Gravidez (RBEHG).

Para Sass, embora a fisiopatologia da pré-eclâmpsia ainda não tenha sido totalmente desvendada e a sua completa prevenção seja algo ainda difícil, a ocorrência de eclampsia e suas consequências podem e devem ser evitadas. “Em pleno Século 21, sabemos bem o que fazer para tratar a hipertensão na gestação e erradicar a morte por ela causada e esse trabalho passa necessariamente pela informação, de modo que a gestante consiga reconhecer os sinais e sintomas precocemente e busque auxílio médico em tempo para iniciar o tratamento”.

Os principais sintomas que podem identificar a pré-eclâmpsia e que devem ser observados são dor de cabeça forte que não desaparece com medicação, inchaço no rosto e nas mãos, ganho de peso de um quilo ou mais em uma semana, dificuldade para respirar ou respiração ofegante, náusea ou vômito após os primeiros três meses de gestação, perda ou alterações na visão, como borramento e luzes piscando, e dor no abdome na região direita, próximo ao estômago.

“Esses são alguns dos sintomas que podem aparecer de maneira isolada ou conjugados e que podem apontar para um quadro de hipertensão e necessidade de intervenção médica. A urgência não é sem razão. As mães podem convulsionar e correm risco de morte. Bebês também correm risco de morte ou de nascimento prematuro”, ressalta o docente da Unifesp.

Tão importante quanto a posse dessas informações por parte das gestantes e de quem acompanha uma grávida é o aprofundamento do entendimento médico acerca da doença.

Nesse sentido, explica Sass, “médicos que atuam na RBEHG têm proposto projetos com o objetivo de se alcançar ‘zero morte materna por hipertensão’, ao mesmo em que a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), com sua educação continuada, atua na discussão da eclampsia em congressos e na emissão de protocolos de tratamento e de conduta de prestadores de saúde, como clínicos, obstetras e enfermeiros(as), muito adequados, procurando trazer luz a esse grave problema nacional, que é a hipertensão arterial na gestação”.


Entenda o transtorno do processamento sensorial

Quais os sinais e como é o tratamento à condição incomum que afeta audição, olfato, paladar, visão e tato?


Uma doença pouco comum que acomete sentidos básicos como audição, olfato, paladar, visão e tato, o transtorno do processamento sensorial (TPS) é definido como uma condição em que os múltiplos “inputs sensoriais” para o sistema nervoso central (SNC) não são adequadamente organizados e processados, resultando em respostas inadequadas para as demandas do ambiente e do meio social. Mas quais são os sinais e como é realizado diagnóstico e tratamento?

Dr. Gilberto Ferlin, otorrinolaringologista e foniatra do Hospital Paulista, explica que o diagnóstico do transtorno do processamento sensorial é clínico. “Os profissionais habilitados e habituados a utilizar testes e/ou questionários padronizados e escalas observacionais especializadas para TPS são os responsáveis pelo diagnóstico.”

Segundo ele, a observação de brincadeiras em consultório, set terapêutico e/ou as observações de atividades funcionais em ambientes sociais (escola, domicílio etc.) por esses profissionais podem contribuir para o diagnóstico.

O especialista afirma que existem sinais e sintomas que podem aparecer em diversas etapas da vida e podem servir de alerta para observação e possível investigação. Conforme o médico, por se tratar de “dificuldade” do SNC em receber e processar as informações sensoriais recebidas, os sintomas podem variar de acordo com a modalidade sensorial ou as modalidades sensoriais acometidas e sua intensidade.

“Assim, desconforto grave induzido por sons específicos ou não, luzes, cheiros, sabores e/ou textura de alimentos são alguns dos sintomas mais frequentes. Além disso, intolerância ao contato com determinados tecidos e materiais utilizados diariamente, para higiene por exemplo, ou temperatura do ambiente são alguns exemplos de sintomas experimentados”, explica.

Por outro lado, segundo o médico, a busca por sensações, como ruídos intensos (volume alto) e perturbadores, inquietação e impulsividade, também podem ter sua causa em alterações de processamento sensorial, sugerindo diminuição das percepções sensoriais e/ou propriocepção.

“Essas pessoas podem manifestar ‘imprecisão motora’, incluindo execução de movimentos descoordenados e/ou lentos, resultando em quedas constantes de seus utensílios e caligrafia ruim, entre outros problemas, dando a impressão de um sujeito desajeitado”, destaca.

Em bebês e crianças pequenas, de acordo com o médico, podem ser observados problemas para comer ou dormir, manifestados como desconforto com suas roupas, não conseguir acalmar-se ou resistir a abraço.

“Frequentemente, exploram pouco o ambiente e resistem a brincadeiras com objetos e brinquedos, o que pode, com certa frequência, acarretar dificuldades na aquisição de linguagem”, ressalta.

Dr. Ferlin reitera que, em pré-escolares, além desses comportamentos, podem demonstrar dificuldades em fazer amigos, ter acessos de raiva frequentes e longos, ser desajeitado (muitas vezes, por dificuldade na linguagem expressiva e nas relações com o outro).

“Em crianças em idade de frequentar o ensino fundamental, podem também somar-se distração e dificuldade de aprendizado. Nesta fase, ela pode ser capaz de expressar sensibilidade extrema a toques, ruídos e cheiros. Por outro lado, a criança pode demonstrar o oposto, como insensibilidade musculo-cutânea, podendo ser motoramente inábil (desajeitado) por alterações na percepção espacial do corpo.”

Adolescentes e adultos, por sua vez, podem, no contexto dos sintomas já mencionados, demonstrar baixa autoestima, evitando tarefas novas e desafios para evitar frustrações; deixar tarefas incompletas; apresentar dificuldade em manter o foco nas tarefas realizadas, deixando-as muitas vezes incompletas; e lentidão a inabilidades motoras mais ou menos evidentes, evidenciando-se desmotivação.



Diagnóstico e tratamento

Para o diagnóstico do TPS, é necessária uma avaliação individual pela equipe multidisciplinar, composta por especialistas como o otorrinolaringologista, que avalia as integridades sensoriais auditivas, gustativas, olfativas e tátil sinestésicas dos órgãos fono-articulatórios; o foniatra, que avalia, além dessas, a comunicação humana e seus distúrbios quando esses indivíduos apresentam dificuldades em se comunicar (compreensão e expressão); o neurologista, que avalia o sistema nervoso central; e especialistas não-médicos, como o terapeuta ocupacional, que tem lugar de destaque no manejo terapêutico da condição.

Dr. Ferlin afirma que algumas pessoas que preenchem critérios diagnósticos para certos transtornos do neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), mas não restrito apenas a essas condições, podem apresentar sinais e sintomas com o mesmo padrão dos apresentados no TPS.

“Podem também estar presentes em alguns transtornos de comportamento, problemas de ansiedade e intolerâncias alimentares, entre outros. Por esse motivo, muitos especialistas discutem se o TPS pode ser considerado um distúrbio identificável específico ou trata-se de sintomas que aparecem em outros transtornos. Nesse sentido, há a necessidade do diagnóstico diferencial pela equipe médica”, detalha.

Conforme o especialista, o tratamento, em geral, consiste em terapia, realizada pelo terapeuta ocupacional, buscando aumentar a capacidade do indivíduo organizar e processar adequadamente os “inputs sensoriais”, segundo seu quadro clínico.

“Estudos ainda devem verificar a efetividade de diferentes formas de terapia de integração sensorial, e o paciente e/ou seus responsáveis são orientados sobre essas limitações. Mas orientações sobre tipo de vestuário e tecido utilizado, bem como tratamento da acústica e iluminação dos ambientes, podem ser úteis. Outros membros da equipe multidisciplinar, como fonoaudiólogos, psicólogos e fisioterapeutas, podem contribuir na terapia destes pacientes. Com os devidos cuidados e orientações, ele é capaz de se adaptar ao seu ambiente social”, finaliza.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

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