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quarta-feira, 23 de maio de 2018

Conheça a bronquiolite


Doença tem maior incidência com o frio e a baixa umidade


No outono, com a queda na temperatura, os casos de doenças respiratórias aumentam cerca de 40%. Os dados são da ABORL (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial).

A bronquiolite, que atinge principalmente bebês, pode causar tosse, dificuldades para respirar entre outros sintomas. Não há tratamento específico para a doença, portanto, é necessário -principalmente nesta época do ano- adotar medidas preventivas, como: higienização das mãos, superfícies e objetos, evitar aglomerações e locais fechados.


O que é bronquiolite?
A bronquiolite é uma doença causada por vírus que afeta especialmente os bebês no seu primeiro ano de vida.  Anualmente, no período do outono e inverno, os vírus respiratórios causam sintomas de resfriado como febre, tosse e coriza. Em bebês, essa infecção pode progredir para as vias aéreas inferiores e levar ao aparecimento de chiado no peito, dificuldade para respirar e até comprometimento da oxigenação do sangue resultando num quadro clínico clássico de bronquiolite.


Como reconhecer os sinais e sintomas de bronquiolite?
Nos primeiros 3 dias o bebê pode apresentar febre, obstrução nasal, coriza transparente. A seguir aparecem: tosse, dificuldade para mamar, respiração ofegante e chiado no peito. Os sintomas são variáveis, dependendo do tipo de vírus envolvido, da idade da criança e resposta imunológica à infecção viral.
Quando existe qualquer sinal de dificuldade para respirar é preciso levar o bebê para atendimento médico.


Há risco para bronquiolite  grave?
Sim. O quadro é mais grave em bebês que nasceram prematuros, naqueles com doença cardíaca e nos pacientes com Síndrome de Down.
Uma parcela desses pacientes deve receber uma profilaxia contra a infecção por vírus respiratório sincicial para evitar hospitalizações em UTI e óbito. Existe uma norma da Secretaria Estadual da Saúde para fornecimento gratuito desse medicamento, chamado palivizumabe, para esses casos. Durante o período de maior circulação de vírus, o bebê com maior risco recebe uma aplicação intramuscular mensal de anticorpos já prontos para evitar a infecção. O custo desse procedimento é bastante elevado e por isso só é realizado quando há indicação precisa.


Existe tratamento para a bronquiolite?
Não existe nenhum tratamento específico que seja comprovadamente eficaz. O importante é manter o bebê hidratado, o mais confortável possível e suplementar oxigênio conforme a necessidade particular de cada caso.
Pode ser necessária observação rigorosa em ambiente hospitalar e aparelhos para auxiliar a respiração. Felizmente, na grande maioria das vezes não acontecem essas complicações e o bebê se recupera em 7-10 dias.


A bronquiolite aumenta a chance de a criança evoluir com asma no futuro?
Muitas pesquisas estudaram e ainda estudam esse assunto. Parece que realmente alguns vírus como o Vírus Respiratório Sincicial e o Rinovírus, quando causam bronquiolite em bebês de baixa idade, aumentam a possibilidade de desenvolvimento de asma, com episódios recorrentes de chiado no peito.
Portanto, ao aparecimento dos primeiros sintomas- como os relatados acima- não deixe de buscar um hospital infantil.




Dra. Maria Helena Bussamra - CRM: 77073


Pesquisa indica controle da esclerose múltipla com transplante autólogo de células-tronco da medula óssea


Transplante custa menos do que tratamento com medicação  


O transplante com células-tronco da medula óssea do próprio paciente para combater a esclerose múltipla é mais eficaz do que a medicação disponível no mercado. Esta é a conclusão de pesquisa feita por pesquisadores do Brasil, Suécia, Inglaterra e Estados Unidos.

O estudo foi apresentado, em março, no encontro anual da European Society for Blood and Marrow Transplantation e submetido a uma revista científica de alto impacto. “Os resultados comprovam que os transplantes apresentam melhores resultados do que as medicações utilizadas para o tratamento da esclerose múltipla”, afirma a professora Maria Carolina de Oliveira, pesquisadora do Centro de Terapia Celular da USP e da Divisão de Imunologia Clínica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.

De acordo com ela, “parte da pesquisa ainda continua e os pacientes serão acompanhados por mais tempo e novos resultados devem ser apresentados em dois ou três anos. O objetivo é ver como a resposta ao transplante se sustenta em acompanhamento mais prolongado”, explica.

Ao todo, nos quatro países, participaram 110 voluntários, dos quais 55 foram transplantados e 55 receberam tratamento convencional. “Dos transplantados, apenas três (6%) reativaram a doença após o transplante. No outro grupo, tratado com a medicação disponível no país, 33 (60%)”, afirma Maria Carolina.

No entanto, o transplante deve ser aplicado apenas aos pacientes que estejam na fase de surto remissiva da doença. “É a fase em que paciente tem surtos de perda neurológica súbita. Passa a ter dificuldade para andar e de mexer os membros. Esses surtos acumulam incapacidades neurológicas e o transplante tem que ser realizado antes que chegue à fase progressiva”, explica.

Para identificar a possibilidade de transplante, os médicos utilizam a escala neurológica EDSS para medir o grau de comprometimento que a doença já provocou no paciente. Se estiver entre 2,5 e 5,5, o paciente pode ser transplantado. Fora desse parâmetro, não. O paciente não pode estar em cadeira de roda ou acamado, situações que acontecem nas fases mais avançadas da doença.

Experiência – O Hospital das Clínicas da FMRP-USP tem experiência de 16 anos em transplante de medula óssea para pacientes com esclerose múltipla. Começou, em 2002, com o professor Júlio Voltarelli. Estes procedimentos não são pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A verba utilizada é de projetos de pesquisas. “Pretendemos, com esses resultados, convencer as autoridades em incluir este tipo de transplante na lista do SUS”, afirma a doutora Maria Carolina.

Entre os 90 transplantes realizados no HC-FMRP-USP “2/3 melhoraram. Sendo que deste total, metade manteve a doença controlada e na outra metade houve progressão ao longo do tempo. Isso porque, a maioria desses pacientes foi transplantada na fase tardia, já degenerativa, da doença. O transplante funciona melhor nas fases mais precoces, inflamatórias da doença”, explica.

Custo – O estudo não levantou custos comparativos entre transplante e a medicação, mas a reportagem apurou que o transplante tem custo estimado de R$ 22 mil considerando o uso de instrumental e a medicação usada durante o procedimento (não faz parte deste valor, os custos de salários da equipe e internação). Já a medicação tem preço aproximado de R$ 12 mil ao mês.

Um estudo de pesquisadores poloneses, apresentado também no encontro European Society for Blood and Marrow Transplantation, comparou os gastos médios de 102 pacientes com esclerose múltipla no ano anterior ao transplante àqueles de um ano após o procedimento. A média de gastos anuais caiu de 4.520 euros para 810 euros.







Fonte: Marcos de Assis - Assessoria de Imprensa do Hemocentro de Ribeirão Preto.


Como combater o Glaucoma?


Segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2020 a estimativa é que 80 milhões de pessoas no mundo tenham glaucoma. Esses números preocupantes mobilizaram o setor de saúde e, com o objetivo de disseminar o conhecimento e conscientizar a população sobre a importância dos cuidados com os olhos, em 26 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. Por ser uma doença silenciosa, que raramente causa dor, as pessoas não costumam procurar o oftalmologista para identificar se estão saudáveis.

Diante dos seus riscos, é importante esclarecer que o glaucoma é uma doença ocular caracterizada por alteração do nervo óptico, que causa um dano irreversível das fibras nervosas e, como consequência, a perda de campo visual. Erroneamente, as pessoas associam o glaucoma com a pressão dos olhos, assim, é importante esclarecer que esse é um dos principais fatores de risco, porém, não é o único, uma vez que, embora existam pacientes diagnosticados com a doença, alguns têm a pressão normal.

Vale destacar ainda que o glaucoma pode ser hereditário, por isso, quem tem casos da doença na família precisa investigar, pois aumenta o risco de desenvolver a efemeridade. Existem ainda outros fatores de risco tais como: uso crônico de corticosteroides – tanto via oral, nasal quanto na forma de colírios. Quem tem doenças como diabetes e problemas cardíacos também está mais propenso.

O glaucoma é mais comum após os 60 anos de idade, contudo, vale a ressalva que indivíduos em outras faixas também podem ser surpreendidos, especialmente, se tiverem histórico de trauma ocular, quem faz uso excessivo de corticoide, histórico familiar e doença inflamatória ocular (Uveites). Nem mesmo as crianças estão livres. Há bebês que nascem com o aumento da pressão intraocular e com perda visual grave logo nos primeiros anos de vida, se não tratado.   A partir de um ano já é indicado à realização de avaliações dos olhos, neste caso, não apenas para essa doença, mas para garantir também a saúde ocular completa.

Existe ainda uma forma congênita, quando os recém-nascidos já apresentam uma lesão no nervo óptico e, nesses casos, precisam de tratamento cirúrgico.  Essa é uma doença genética rara, herdada pelas mães durante a gestação.

Por sua vez, o glaucoma crônico de ângulo aberto é o mais comum e, neste caso, o paciente apresenta aumento da pressão intraocular e déficit do campo visual.

Já o glaucoma de ângulo fechado é o mais emergencial, uma vez que pode causar a perda visual irreversível rapidamente e, por fim, o glaucoma do tipo secundário pode acontecer devido a alguma complicação médica, seja pelo uso excessivo de corticoides ou até mesmo por conta de cirurgias como cataratas.

Para finalizar, é fundamental ressaltar que a melhor prevenção é a consulta anual ao oftalmologista, pois esse profissional é apto para avaliar se há suspeitas da doença e, caso o diagnóstico seja positivo, realizar o tratamento adequadamente com colírios e, ou até mesmo se for preciso, indicar a cirurgia.  Com o avanço da medicina e dos recursos de diagnóstico, hoje a identificação do glaucoma é muito precisa.






Dr. Alexandre K. Misawa - oftalmologista do HSANP, centro hospitalar localizado na zona Norte de São Paulo.

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