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quarta-feira, 14 de julho de 2021

SBD divulga dez recomendações para dar mais segurança aos tratamentos dermatológicos no País por meio do projeto Choosing Wisely Brasil

Evitar a exposição do paciente a procedimentos desnecessários ou que podem causar danos à saúde e dar suporte aos médicos na escolha das opções terapêuticas para diferentes problemas de saúde que afetam a pele. Essa são os objetivos de uma série de dez recomendações que estão sendo divulgadas pelo projeto Choosing Wiley Brasil, que conta com o apoio e participação da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

ACESSE AQUI O CONJUNTO DE RECOMENDAÇÕES

A campanha é uma iniciativa da American Board of Internal Medicine Foundation (ABIM Foundation), dos Estados Unidos, que, desde 2012, já rendeu parcerias com entidades médicas de 25 países. Em 2020, a SBD foi convidada a analisar uma série de procedimentos e abordagens clínicas para identificar aquelas que podem representar risco nos tratamentos ou possuem baixo valor terapêutico.

O presidente da SBD, Mauro Enokihara, considera este projeto relevante ao divulgar de forma ampla critérios que ampliam a segurança e a eficácia nos cuidados oferecidos aos pacientes. "Além disso, fica fortalecido o papel de uma sociedade médica - como a de dermatologia - como fonte confiável de informação. Trata-se de uma contribuição para qualificar a assistência em saúde para a população", ressaltou.


Benefícios - Nesta primeira participação da SBD, o foco recaiu sobre tratamentos e condutas referentes à dermatologia clínica. Entre as recomendações estão: não prescrever antibióticos tópicos como monoterapia para o tratamento de acne e não usar antibiótico sistêmico para eritema e edema bilateral de membros inferiores sem evidência de infecção.

Além disso, há outras sugestões úteis à clínica dermatológica. Por exemplo, no caso da condução da acne, se necessário, o uso de antibiótico tópico deve ser associado a agentes como retinoides e peróxido de benzoíla, por curto período. Psoríase vulgar, hipovitaminose D, tínea do couro cabeludo, herpes zoster, rosácea e úlceras crônicas são outras doenças abordadas pelas recomendações da campanha.


Riscos - Para chegar à lista de dez recomendações, 13 especialistas convidados pela SBD se dedicaram nos últimos meses a avaliar os temas que compõem o relatório final a partir das percepções de médicos e pacientes sobre as práticas analisadas. O processo foi rigorosamente documentado, com prioridade a testes, procedimentos ou tratamentos utilizados com bastante frequência.

Na primeira fase do trabalho, o grupo de especialistas - que contou com dermatologistas de todo o país, bem como residentes dos Serviços de Dermatologia da Santa Casa de Curitiba e do Rio Grande do Sul - elaborou uma lista com 50 recomendações. Posteriormente, essa relação foi submetida à avaliação dos associados da SBD por meio de votação aberta, restando as dez que estão sendo divulgadas.

O grupo teve a coordenação do médico dermatologista Hélio Miot e participação dos seguintes especialistas: Andrea Ramos (Minas Gerais), Clívia Carneiro (Pará), Paulo Criado e Luciana Abbade (São Paulo), Caio Castro (Paraná), Magda Weber e Renan Bonamigo (Rio Grande do Sul), Mayra Ianhez (Goiás) e Pedro Dantas (Sergipe).

Também participaram os residentes Camila Saraiva Almeida, do Serviço de Dermatologia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Paula Hitomi Sakiyama e Thiago Augusto Ferrari, ambos do Serviço de Dermatologia do Hospital Santa Casa de Curitiba.

"O trabalho foi feito com muito critério. Todos devem colaborar com este trabalho, divulgando as orientações entre médicos e pacientes. Desta forma, teremos uma melhor assistência para toda a população", concluiu Mauro Enokihara.

 


Covid 19: pediatra combate a desinformação sobre os tratamentos da doença nos pequenos

 

A médica Ana Paula Bletran Moschine Castro explica o que é fato e o que é fake sobre os reflexos da pandemia na saúde da criança


Do dia para a noite, a rotina das crianças virou de cabeça para baixo. Atividades comuns como ir à escola, brincar no parque, encontrar os amigos foram canceladas e as famílias precisaram adaptar-se à nova realidade atendendo às medidas de segurança impostas pela pandemia.

Desde o início da pandemia, hábitos como lavar as mãos, usar máscaras, álcool gel e manter o distanciamento físico, entraram no cronograma de novos comportamentos dos pequenos. As recomendações das principais autoridades no assunto, para promover a saúde, foram seguidas à risca por muitas famílias, mas há casos em que a preocupação de pais e mães para garantir a segurança dos filhos, foi além das orientações respaldadas por estudos. "A busca por informação é constante e é válida, mas é fundamental que ela venha de fontes confiáveis. Muito se falou sobre os impactos da doença nos pequenos, mas é preciso cautela com estes dados. Combater a desinformação se tornou a missão de todos", declarou a médica pediatra Ana Paula Beltran Moschione Castro, (CRM 69748 - SP).

No Brasil, onde a doença já tirou a vida de mais de 500 mil pessoas, os dados do da Sociedade Brasileira de Pediatria e Ministério da Saúde apontam entre março de 2020 e início de junho de 2021, 15 mil crianças foram internadas com Covid-19 e mais de 948 pacientes, de 0 a 9 anos, perderam a batalha contra a Covid-19.

Para entender melhor como a doença afeta pacientes desta faixa etária, convidamos a especialista que esclareceu algumas informações encontradas na internet:

 

1.É verdade que a Covid 19 afeta crianças de todas as idades?

Sim. Crianças de todas as idades podem ser contaminadas pelo Coronavírus. Em muitos casos, de forma assintomática. Em outros, há relatos de sintomas leves, como febre baixa, tosse e certa fadiga. Houve alguns casos considerados mais graves, mas em pouca quantidade. Crianças com problemas de saúde pré-existentes oferecem riscos maior de contrair a forma mais grave da doença.

 

2.Há vacinas disponíveis para crianças?

O Brasil oferece três tipos de vacinas contra a Covid-19. A Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan, a Oxford/Astrazeneca, envazada pela Fiocruz, e a vacina da Pfizer/ BioNTech, mas novas apresentações podem ser aprovadas pela ANVISA a qualquer momento. Recentemente, a ANVISA acenou coma aprovação em caráter emergencial da vacina produzida pela Jansen. Ainda mais recentemente, a ANVISA destacou que a vacina contra Covid-19 produzida pela Pfizer pode ser aplicada em crianças a partir dos 12 anos de idade. Nos EUA, a Moderna anunciou que já está fazendo estudos sobre a aplicação em crianças. O plano que também está na pauta da Johnson & Johnson. Esses estudos ajudam a confirmar se as vacinas são eficazes e identificar a dose ideal por faixa etária.

 

3.As crianças têm mais probabilidade de espalhar o vírus?

Não é bem assim. Acontece que as crianças infectadas, em muitos casos, não manifestam sintomas e acabam interagindo com um público mais suscetível à doença. Mas ainda não há uma base concreta de estudos que certifique o nível de contaminação carregado por esse público.

 

4.Estou grávida e pretendo amamentar. Posso tomar vacina contra a Covid-19? É arriscado para a criança?

Os estudos apresentados pelo Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia e Sociedade de Medicina Materno-Fetal indicaram que as vacinas de mRNA Covid-19, desenvolvidas pela Pfizer/Biontech e Moderna, podem ser administradas em grávidas e lactantes. Em ambos casos, a melhor opção é ouvir o médico que está acompanhado a gestação e saúde da mulher.

 

5.Qual o tratamento ideal para crianças com Covid 19?

Assim que diagnosticada a doença, o primeiro passo é iniciar o tratamento com as opções mais seguras. A indústria farmacêutica dispõe de um portfólio fundamental nesta jornada, como o ibuprofeno. A molécula tem 60 anos de mercado é a mais estudada da atualidade. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde incluiu o ibuprofeno, entre outros princípios ativos, como medicamentos a serem utilizados para o tratamento dos sintomas da Covid-19, como dor e febre, em adultos e crianças.

Clima frio e seco aumenta a incidência de problemas oculares

Conjuntivite viral, Síndrome do Olho Seco e alergias são as patologias oftalmológicas mais comuns neste período


O clima frio e seco proporciona melhor ambiente para vírus e bactérias. No ápice da secura, a conjuntivite pode até virar epidemia. A baixa umidade do ar resseca também a região ocular, causando a Síndrome do Olho Seco. Quem mais sofre são as pessoas alérgicas. A Organização Mundial de Saúde estima que 57 milhões de brasileiros tenham algum tipo de alergia. Em mais da metade dos casos, a doença se manifesta nos olhos.

 

De acordo com o oftalmologista Francisco Porfírio, um dos fatores para o crescimento de problemas oculares nessa época do ano é o aumento da poeira, causado pela queda nas temperaturas e na umidade do ar. "O tempo seco aumenta a concentração de poluentes no ar, um agravante para as alergias oculares. A redução da umidade do ar também diminui a lubrificação dos olhos", explica o médico.

 

Coçar os olhos é uma atitude quase que instantânea de quem está com a vista seca. Mas, segundo o médico, isso deveria ser a última coisa a ser feita, pois pode trazer problemas sérios. "Quando ao paciente coça o olho, expõe o globo ocular a um trauma constante e repetitivo", esclarece Porfírio.

 

A Síndrome do Olho Seco é caracterizada pela pouca ou má qualidade da lágrima, deixando a superfície dos olhos seca, facilitando o aparecimento de infecções e inflamações.O tratamento para os casos leves é feito com colírios lubrificantes. Os casos mais graves são tratados com géis lubrificantes oftalmológicos, corticoides e até mesmo cirurgias.

 

A melhor forma de se prevenir é lavar os olhos com soro fisiológico gelado quando sentir irritação, evitar coçar, usar colírios lubrificantes (prescritos por um oftalmologista) e usar óculos de sol com lentes UVA e UVB. "Mesmo com menor quantidade de luz solar, a luminosidade nesta época pode continuar alta, principalmente em Brasília", afirma o oftalmologista.

 

Neste período, a maior proliferação de vírus no ar favorece a transmissão da conjuntivite viral, que pode responder por aproximadamente 90% dos casos. A transmissão costuma ocorrer pelas mãos, por toalhas, cosméticos, uso prolongado de lentes de contato, entre outros. 

A conjuntivite é a inflamação da membrana externa do olho, chamada conjuntiva. Ela é responsável por produzir muco para proteger e lubrificar o olho. Na maioria dos casos, os sintomas e a doença desaparecem em até dez dias sem que seja necessário qualquer tipo de tratamento. Em algumas situações, no entanto, é preciso utilizar colírios ou pomadas.


Crianças que vivem com HIV têm nova opção de tratamento

ANVISA amplia a indicação do antirretroviral Tivicay (dolutegravirn50mg) para crianças acima de 6 anos, com peso superior a 20kg 1 A ANVISA ampliou a recomendação do uso do Tivicay (dolutegravir 50mg) para pacientes acima de 6 anos, com peso superior a 20kg, trazendo ainda mais esperança e novas oportunidades para o tratamento do HIV pediátrico no Brasil. Anteriormente, o medicamento era indicado apenas para pessoas que vivem com HIV acima de 12 anos (com peso superior a 40kg).1 "Com essa ampliação da faixa etária, teremos mais um medicamento disponível que irá ajudar as crianças que vivem com HIV a terem uma melhor qualidade de vida, serem saudáveis, e viverem de forma plena", enfatiza Dr. Rafael Maciel, gerente médico da GSK/ViiV Healthcare. 

A introdução do tratamento antirretroviral diminuiu substancialmente a mortalidade e morbidade de crianças pelo HIV.2 Embora as taxas e as novas infecções por HIV tenham sido reduzidas significativamente desde o início da epidemia de AIDS, ainda assim, a população continua suscetível à doença, principalmente as crianças.3 Segundo estatísticas da UNAIDS divulgadas em 2020, cerca de 1,8 milhão de crianças entre 0 e 14 anos vivem com HIV.4 Já um relatório da UNICEF revelou que, em 2019, 320 mil crianças e adolescentes foram infectados com HIV e cerca de 110 mil crianças morreram de AIDS, em todo o mundo.3

 No Brasil, milhares de crianças ainda vivem com HIV e os dados também preocupam.5 8 Segundo o mais recente Relatório de Monitoramento Clínico do HIV, do Ministério da Saúde, na faixa etária de crianças de 2 a 11 anos que vivem com HIV foi observado um aumento de 14% no início tardio ou não início do tratamento com antirretroviral, comparando 2009 com 2020.5 

Ainda segundo os dados do Relatório, a meta cascata 90-90-90, estipulada pela UNAIDS, que visa levar testagem e tratamento do HIV para a grande maioria das pessoas que vivem com HIV e reduzir a carga viral em seus organismos a níveis indetectáveis, ainda está longe de ser atingida. Em 2019, 83% das crianças de 5 a 8 anos que vivem com HIV foram diagnosticadas, destas 72% estão em tratamento, das quais apenas 58% estão com carga viral indetectável. Já na faixa etária de 9 a 12 anos os valores são de 86% estão diagnosticadas, destas 75% estão em tratamento, das quais 63% apresentam carga viral indetectável.5 9 Para o Dr. Rafael Maciel, o tratamento do HIV pediátrico apresenta desafios e requer muitos cuidados. "Um dos principais obstáculos que enfrentamos no tratamento de HIV em crianças é a restrição nas opções de medicamentos. Fornecer tratamento seguro, eficaz e bem tolerado para as crianças que vivem com HIV é fundamental para garantir o controle da infecção e prevenir sua evolução para a AIDS. A boa adesão à terapia antirretroviral traz grandes benefícios, entre outros fatores, a ampliação da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas", explica Dr. Rafael. 

O antirretroviral Dolutegravir 50 mg é considerado um dos mais modernos do mundo para o tratamento do vírus, apresentando taxas significativas de supressão viral, além de possuir menor risco de descontinuação de uso devido a eventos adversos.6  

Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde medicamentos antirretrovirais e, desde 2013, o Ministério da Saúde garante tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV, independentemente da carga viral.7

 

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

 

 

 

GSK/ViiV Healthcare

 

 

 Referências:

 

1 TIVICAY (dolutegravir). Bula do produto

2 BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em crianças e adolescentes.

Brasília-DF. 2018.

3 NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Relatório revela que HIV contamina uma criança ou jovem a cada 100 segundos. Disponível em:

https://brasil.un.org/pt-br/102862-relatorio-revela-que-hiv-contamina-uma-crianca-ou-jovem-cada-100-segundos.

Acesso em: 19 maio.

2021.

4 UNAIDS. Global HIV & AIDS statistics — 2020 fact sheet. Disponível

em: https://www.unaids.org/en/resources/fact-sheet. Acesso em: 19 maio. 2021.

5 BRASIL. Ministério da Saúde. Relatório de Monitoramento Clínico do HIV 2020. Brasília-DF. 2020.

 

6 BRASIL. Ministério da Saúde. Ministério da Saúde simplifica tratamento de pacientes infectados por tuberculose e HIV. Disponível em:

https://www.aids.gov.br/pt-br/noticias/ministerio-da-saude-simplifica-tratamento-de-pacientes-infectados-por-tuberculose-e-hiv

 Acesso em:

19 maio. 2021.

7 BRASIL. Ministério da Saúde. Diagnóstico do HIV. Disponível em:

http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e- hiv/diagnostico-do-hiv .

Acesso em: 19 maio. 2021.

8 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Imunizações em Crianças e Adolescentes que vivem com HIV/Aids. Disponível em:

https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/imunizacoes-em-criancas-e-adolescentes-que-vivem-com-hivaids/.

Acesso em: 27 maio.

2021.

9 UNAIDS. 90-90-90: Uma meta ambiciosa de tratamento para contribuir para o fim da epidemia de AIDS. Disponível em:

https://unaids.org.br/wp-content/uploads/2015/11/2015_11_20_UNAIDS_TRATAMENTO_META_PT_v4_GB.pdf


E quando o locador decide não renovar o contrato comercial de locação?

Locado ou não, o lugar que a sua empresa se desenvolveu pode ser importante para o valor no seu negócio


Abrir um negócio no Brasil não é uma tarefa fácil. Com muitos impostos e pouco investimento nas empresas privadas, os empresários sofrem para conseguir manter o seu empreendimento aberto. Ademais a conseguir clientes fixos, contratar e manter empregados e ter um negócio rentável, os empreendedores precisam ainda lidar com situações burocráticas que, por vezes, além de dor de cabeça, podem gerar prejuízos à empresa.

Uma dessas está relacionada ao estabelecimento fixo que a companhia utilizará para endereço comercial. Segundo a advogada Sabrina Rui, especialista em direito imobiliário, “o imóvel tido como sede da empresa é muito importante para a continuidade do negócio. Após se desenvolver em determinado local, os clientes mantêm o hábito de comparecer naquele ambiente, o que, com uma mudança de endereço repentina, pode gerar problemas à companhia”.

Imagine você ter locado um imóvel comercial há vários anos e lá ter desenvolvido sua empresa e marca. Depois de muito tempo, o proprietário do imóvel opta por simplesmente não renovar o contrato com o inquilino. Para o inquilino, ou seja, o empresário, isso pode ter grandes consequências no negócio. Depois de se estabelecer em um local, como simplesmente largar o contrato de aluguel ignorando todos os problemas que isso pode trazer?

Para situações como a descrita acima, a própria Lei do inquilinato (8.245/91) prevê o instituto da ação renovatória, que é um mecanismo jurídico que obriga o locador do imóvel a renovar a locação comercial com o locatário. “Apesar desse instituto parecer desleal com o locador do imóvel, tal situação é um mecanismo processual para evitar a conduta de alguns locadores que, a fim de enriquecerem indevidamente em proveito do esforço do locatário empresário, promoviam a retomada do imóvel após o termo final do contrato locatício e, assim, passavam a exercer a mesma atividade comercial exercida anteriormente pelo inquilino, captando sua clientela”, explica a advogada.

Assim, para valer-se desse instituto processual, há de serem cumpridos diversos requisitos exigidos pela própria lei. Um requisito muito importante que deve ser observado é que o locatário precisa estar no imóvel comercial há pelo menos 5 anos - com a existência de contrato escrito devidamente assinado pelas partes. “Nesse caso, pode haver simplesmente um contrato de 5 anos, como também, pode ocorrer a soma de dois ou mais contratos que preencham o requisito dos 5 anos para ter direito a essa ação renovatória”, afirma a Dra.

Outro requisito para poder ajuizar a ação renovatória é que o locatário exerça no imóvel a mesma atividade comercial por pelo menos três anos. Ou seja, em um prazo de cinco anos, é possível que nos primeiros dois anos o locatário exerça a atividade de floricultura e, nos últimos três anos atividade comercial de restaurante.

É um requisito primordial para esse tipo de procedimento jurídico, que a ação judicial seja proposta dentro do prazo de 1 ano a pelo menos 6 meses antes do término do contrato.

Apesar de todas essas condições, muitas vezes o locador não precisa renovar o contrato de locação mesmo com a ação renovatória. Dessa forma, resumidamente, é somente nessas hipóteses que fica liberada a renovação:

(a) necessidade de realizar obras no imóvel, por exigência do Poder Público, que transformem radicalmente sua natureza;

(b) necessidade de reformas de interesse do locador no imóvel, que o valorizem;

(c) a proposta do locatário quanto ao valor dos aluguéis, na Ação Renovatória, seja insuficiente em comparação ao valor que o mercado pagaria na locação deste imóvel;

(d) existência de melhor proposta de terceiros para a locação do imóvel;

(e) cônjuge, ascendente ou ascendente do locador, ou sociedade por este controlada, precise transferir para o imóvel em questão seu estabelecimento comercial, desde que existente há mais de 01 (um) ano; e

(f) uso próprio do locador.

“Vale lembrar ainda que se o LOCADOR retomar o seu imóvel, este não poderá exercer a mesma atividade comercial do então locatário. Caso seja verificada a similitude de atividade, poderá ser compelido a indenizar o locatário pela perda do ponto comercial, caso este tenha ajuizado ação renovatória dentro do prazo decadencial e tenha exercido atividade empresarial no imóvel”, finaliza a especialista.

 



Dra. Sabrina Marcolli Rui - Advogada em direito tributário e imobiliário

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SR Advogados Associados

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@sradvassociados

Rua Dr. Alexandre Gutierrez, Água Verde. N° 990, 6° andar, Edifício Tokyo, salas 601 e 602

 

 

O RH se tornou o coração estratégico das empresas

A área de RH está em uma posição única para impactar os indicadores-chave de performance, incluindo a cultura da empresa e o engajamento dos funcionários. Quando o departamento de RH opera de forma isolada - e seus programas estão desconectados e desalinhados com os objetivos estratégicos da empresa - é uma oportunidade perdida tanto para o RH quanto para a empresa. 

O papel do RH como parceiro estratégico é desenvolver e direcionar as atividades do RH de forma a apoiar e conduzir os objetivos gerais da organização. Em outras palavras, um parceiro estratégico de RH preenche a lacuna entre a execução do trabalho da equipe de RH e a missão do alto escalão da empresa. Para fazer isso o RH deve se certificar de que as políticas, os procedimentos e a governança de RH estejam alinhados com o quadro geral. Mas fica a pergunta, como o RH pode ajudar a criar uma cultura envolvente e de alto desempenho que impulsiona todo o negócio? Como acompanhar as mudanças tecnológicas sem perder o controle das rotinas?

 

Uma cultura de alta performance leva a uma experiência sólida do cliente, que, por sua vez, gera bons resultados financeiros. Fazer com que as pessoas trabalhem juntas de formas altamente colaborativa baseada em equipes irá movimentar seus negócios com mais rapidez. O RH deve se certificar de que suas atividades reforcem nos funcionários a ideia de que elas estão em um dos melhores lugares para se trabalhar e que a organização é um verdadeiro destino para desenvolver e utilizar seus talentos.

 

Vivemos um momento crucial para nós, na profissão de RH, onde podemos melhorar nosso jogo e buscar olhar para o negócio através dos olhos do CEO e da empresa. É necessário ganhar confiança; tornar-se disciplinado com as demandas de talentos; compreender a cultura e como construí-la; e, todos os dias, comprometer-se a ajudar a empresa a ter um melhor desempenho. Quero destacar aqui duas frentes que viabilizam essa atuação do RH de forma estratégica em meio a velocidade das mudanças nas organizações: a transformação digital no RH e a ferramenta People Analytics.

 

A tecnologia está evoluindo em um ritmo muito rápido em todas as esferas da vida, as implicações dessas mudanças aceleradas afetam pessoas e organizações. O ambiente de trabalho passou por grandes mudanças e uma pandemia global inesperada como a COVID-19, transformou a nova norma de um local de trabalho mais digital numa realidade inevitável em vez de uma escolha. Vemos todos os dias nas organizações como a geração dos Millenials se sai muito melhor contra as adversidades, enquanto a geração Z luta para se adaptar. Os locais de trabalho não podem mais se dar ao luxo de depender de tecnologias arcaicas e simples enquanto conduzem a maior parte do trabalho em seu formato padrão, agora passa a ser uma obrigação transformar digitalmente o local de trabalho e abraçar a era digital para se manter competitivo dentro do mercado que é tão concorrido.

 

A maioria das empresas necessita planejar a implementação de novas tecnologias, as principais áreas de foco são arquivos em nuvem, tecnologias de colaboração, e a digitalização de processos, ativos e conteúdo. A tecnologia de RH é cada vez mais importante para melhorar a eficiência e eficácia das operações de negócios e aprimorar a experiência do funcionário. O grande desafio em 2021 é colocar em prática a infraestrutura digital, o modelo de prestação de serviço digital de RH para que isso possa ser feito de forma sustentável e eficaz.

 

Outra questão importante é melhorar os recursos analíticos, de modelagem e os relatórios de RH. Na maioria das organizações, o RH não desenvolve as habilidades, ferramentas, tecnologia e infraestrutura necessárias para coletar e analisar dados de funcionários de forma a melhorar as decisões de negócios e a força de trabalho. A coleta e análise de dados exige funcionários qualificados que possam extrair significado, criticar e interpretar quais partes dos dados são relevantes para um colega de trabalho que está tentando tomar uma decisão estratégica.

 

Dentro desta perspectiva de análise de dados, nos deparamos com a definição de People Analytics, que pode ser entendida como a análise de pessoas e a coleta de dados com consequente aplicação de dados dos funcionários para desenvolver os talentos internos e os resultados de negócios. A análise de pessoas permite que os líderes de RH desenvolvam percepções baseadas em dados para informar as decisões dos talentos, melhorar os processos dos times e promover uma experiência positiva aos funcionários. Quer seja como melhoramos a retenção, como reduzimos o turnover ou como identificamos e otimizamos processos, os dados geralmente destacam um problema e podem ajudar a informar as soluções.

 

O RH sempre foi visto como uma área de atendimento que utilizava muito a subjetividade, em detrimento de dados e ferramentas analíticas. Mas percebemos que a velocidade das mudanças e a necessidade da transformação digital exige um olhar e o uso de ferramentas cada vez mais estratégicas para otimizar os resultados das organizações.

 



Juliana Rebelo - Consultora em Soluções de RH na Conexão Talento, Psicóloga, Administradora e com MBA em Gestão de Recursos Humanos. Experiência Internacional por três anos como estudante de graduação. Profissional com experiência generalista em Recursos Humanos, 12 anos de experiência em empresas multinacionais. Sólida Experiência como Business Partner, com foco de atuação em programas de Performance, Carreira e Sucessão, Treinamento, Desenvolvimento e Cargos e Salários.

 

5 dicas para atrair e reter jovens talentos na sua empresa

A instrutora de RH na Udemy Ana Cristina Moraes fala sobre o que os jovens valorizam no mundo corporativo

 

Nesta semana, no dia 15 de julho, é comemorado o Dia Mundial das Habilidades Jovens, data proposta pela ONU em 2015 para exaltar a importância do investimento na formação dos jovens, que representam o futuro.

Por isso, a Udemy, marketplace de ponta de aprendizado e ensino online, junto com Ana Cristina Moraes, instrutora de RH na plataforma, fez uma lista com cinco dicas para atrair e reter jovens talentos. O objetivo da lista é ajudar empresas a consolidarem equipes jovens motivadas e produtivas. Veja a seguir:

 

1- Criar processos seletivos mais inovadores. É cada vez mais comum que as empresas invistam na digitalização das suas áreas de atração de talentos e dos próprios processos seletivos. Há opções de processos seletivos com jogos, entrevistas gravadas em vídeo, dinâmicas de grupo online e por aí vai. Os candidatos jovens recebem isso muito bem.


2- Manter discurso e prática alinhados. Muitos jovens entram num emprego atraídos por como a empresa define a si mesma – por exemplo, como uma empresa inovadora. Se, ao chegarem para trabalhar, o clima e a cultura organizacional não refletirem essa ideia, eles tendem a se desengajar e a permanecer na empresa por menos tempo.


3- Oferecer flexibilidade e possibilidade de trabalho remoto. Já que têm maior aderência à tecnologia e agilidade, os jovens valorizam muito a possibilidade de trabalhar de onde quiserem e com flexibilidade – não necessariamente cumprindo uma jornada de trabalho de 8 horas com pausa de 1 hora para o almoço.


4- Proporcionar um propósito. Muitas vezes, os ciclos dos jovens nas empresas não ultrapassam os dois anos, principalmente se eles não se sentirem conectados com o que fazem ou não virem um propósito no seu trabalho. Uma ótima forma de engajar os jovens talentos é oferecer a oportunidade de fazer trabalho voluntário, por exemplo.


5- Fornecer treinamento contínuo. Oferecer treinamento faz sentido para qualquer faixa etária, principalmente se esse treinamento estiver alinhado ao planejamento de carreira do funcionário. No caso dos jovens, é preciso deixar claras para eles a necessidade e a relevância do treinamento oferecido, para que eles possam criar uma conexão com o que será aprendido. Plataformas como a Udemy Business, por exemplo, permitem que as empresas criem trilhas de aprendizado para os seus funcionários, de acordo com as necessidades da empresa e os interesses dos profissionais.

 

“Os jovens talentos querem, ao trabalhar numa empresa, principalmente, coerência entre o discurso e a prática dela. Eles tendem a ser mais empreendedores e realistas e trazem oxigenação para o ambiente corporativo, pois têm energia e vontade de fazer a diferença”, diz Ana Cristina.

 

Udemy

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Twitter: @Udemy_Brasil

 

Kovi dá dicas de como se planejar financeiramente com uma renda variável

Especialista da startup de aluguel de carros para motoristas de app orienta como se organizar sem um salário fixo

 

De acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil existem 24,5 milhões de trabalhadores autônomos. Dentre eles, 4 milhões atuam como motoristas de aplicativos. Pensando em ajudar os profissionais que dependem de uma renda variável, Rodrigo Sousa, Controller da Kovi, maior startup de locação de veículos para condutores de app, separou dicas para auxiliar no planejamento financeiro dos brasileiros que não recebem um salário fixo. Confira as dicas:

 

1- Evite parcelamento de compras: O cartão de crédito pode ser um grande aliado em muitos momentos, mas para quem não tem uma renda fixa ele pode se tornar um problema. Quando não se sabe ao certo quando vai receber nos próximos meses, as compras parceladas em um longo prazo podem sair do controle. Sempre que possível pague à vista ou parcele, dentro do seu orçamento, em um curto período de tempo.

 

2- Controle seu fluxo financeiro: Faça um controle de gastos com todas as entradas e saídas, sem deixar nem mesmo o cafezinho de fora. Pode ser feito em planilhas ou aplicativos próprios para esse objetivo. Isso permitirá que você tenha o controle da sua situação financeira e não tenha surpresas no fim do mês. 

 

3- Faça uma reserva de emergência: Mesmo com uma renda variável é possível se organizar para separar um valor destinado à reserva de emergência. Use seu controle de gastos para saber onde pode economizar para destinar esse valor para a reserva. Até mesmo quem tem uma renda fixa precisa de um valor para imprevistos e, no caso dos profissionais que não tem renda fixa, essa necessidade é ainda maior. Levando isso em conta, uma opção é definir um valor mínimo que irá guardar, por exemplo, R$50 ou R$100 e evitar mexer ao máximo. Ao final de um ano, se você guardar R$50 mensais, terá R$600 para essa reserva. Importante: essa reserva deve ser um fundo emergencial e não um valor disponível para usar aleatoriamente no mês seguinte

 

4- Defina metas: Profissionais autônomos geralmente recebem de acordo com o quanto trabalham. Por isso, definir metas é importante. Faça um cálculo de quanto você precisa receber para cobrir seus gastos fixos, ter uma reserva de emergência e ainda sobrar um valor para gastos extras e defina sua meta acima desse valor. Com isso, você trabalha tendo uma ideia de quanto precisa fazer na semana ou no mês e se programa para isso. Existirão períodos mais fáceis de bater as metas e outros mais difíceis, mas com o teto mais alto os melhores meses podem compensar os ruins. Além disso, a definição das metas deve ser realista, com base no histórico de gastos, para que seja algo atingível. 

 

5 - Compare preços: A comparação é uma grande aliada da organização financeira, pois permite que você economize em qualquer área. Os motoristas de app, por exemplo, podem comparar os preços de aluguéis de carro e postos de gasolina mais baratos. Tudo isso influencia no saldo final, pois quando os custos são reduzidos, automaticamente os lucros sobem.

 

“Se por ventura, após iniciar o controle financeiro, perceber que os gastos mensais são maiores que as receitas variáveis médias, um ajuste nos custos são necessários. Para isso, priorize as despesas básicas. Depois, deve-se focar nos pagamentos de dívidas já negociadas e reservas de emergência. Por fim, pode-se focar nas despesas não essenciais, como academias, cinemas, etc. Essa priorização não significa que não deve ter esses gastos ditos "não essenciais", ele apenas não deve ser colocado sempre à frente dos demais custos essenciais que poderão afetar, inclusive, na geração de renda”, explica Rodrigo.

 

 

Kovi

www.kovi.com.br 

 

5 plataformas para enviar dinheiro para outros países

Conforme a modernização avança, as empresas tendem a criar soluções de negócios que visam simplificar e otimizar as experiências de seus clientes. Um exemplo são as novas maneiras de enviar dinheiro para o exterior, de forma prática e rápida. 

Algumas plataformas permitem a realização de transações seguras, menos burocráticas do que os bancos tradicionais e com um melhor custo-benefício, apesar das taxas de câmbio que incidem sobre cada operação. Abaixo, listamos 5 plataformas que podem te ajudar a escolher a melhor opção para realizar essas operações financeiras.


dólareasy

Marca registrada da fintech Atlantis Pagamentos Eletrônicos, que visa atender a complexa legislação cambial brasileira e permitir que transações sejam feitas de forma rápida e simples, a plataforma tem como diferencial a operação com um serviço de TID – Transferência Internacional Disponível, que autoriza que as transferências sejam realizadas de forma semelhante a uma TED internacional, para mais de 40 países, com o dinheiro ficando disponível em até dois dias úteis.


PayPal

A empresa de pagamentos online auxilia no envio de dinheiro para o exterior, desde que o usuário possua um cartão de crédito cadastrado na conta. A ferramenta possui a finalidade de servir como uma carteira digital.


Wise

Plataforma funciona com uma licença própria, concedida pelo Banco do Brasil. Em sua página é possível realizar uma simulação de transferência e conferir as vantagens, as taxas e impostos que podem ser aplicados. Por ter filial em outros países, a empresa já entrega o dinheiro convertido no país de destino.


Western Union

Rede financeira permite transferências e operações de câmbio, que podem ser feitas por meio do pagamento em agências da empresa, ou transferências bancárias. Ambas possuem cobranças de taxas e um prazo para a realização das operações. Uma das vantagens é que não há a necessidade de ter conta no banco para receber o dinheiro, basta ter em mãos o código informado pela plataforma.


Remessa Online

Plataforma para realizar transferências financeiras de forma econômica e segura. Permite enviar ou receber valores como pessoa física, ou jurídica. O cadastro no site é feito de forma rápida e oferece diferentes tipos de transações bancárias para o usuário, além de oferecer soluções mais baratas e em curto prazo para o recebimento do dinheiro no país de destino.

 

No dia do Administrador Hospitalar, especialistas apontam futuro da gestão

 Entidade filantrópica Pró-Saúde discute mudanças e desafios da profissão no pós-pandemia


Com a pandemia do novo coronavírus, o gerenciamento de serviços de saúde se tornou um desafio global. Mais do que nunca, contar com profissionais altamente capacitados se mostrou essencial para garantir a assistência para milhões de doentes em todo o mundo.  

Na semana em que é celebrado o Dia do Administrador Hospitalar (14/7), a Pró-Saúde, uma das maiores entidades filantrópicas de gestão hospitalar do país, ouviu a visão e a expectativa para o futuro da profissão. 

Além das características básicas de análise e comunicação, estudos apontam sete habilidades essenciais para gestores hospitalares, entre elas: conhecimento da indústria, liderança, pensamento crítico, construção de relacionamento, julgamento ético, adaptabilidade e pensamento rápido.  

É exatamente neste cenário que o administrador hospitalar ganha destaque. A profissão, criada na década de 60, surgiu da necessidade de formar gestores qualificados para atuar em uma área tão complexa e dinâmica como a da saúde.  

“O setor de saúde está cada vez mais competitivo. Precisamos de gestores que inspirem a organização a fornecer o melhor atendimento possível, desenvolvam e aprimorem suas habilidades analíticas, estabeleçam confiança na equipe e, principalmente, se sintam à vontade para tomar decisões em tempo real”, destaca o médico Péricles Góes da Cruz, superintendente Técnico da Organização Nacional de Acreditação (ONA), entidade sem fins lucrativos que avalia a qualidade dos serviços prestados por unidades de saúde em todo o Brasil. 

Para o administrador Rogério Kuntz, diretor Operacional da Pró-Saúde, a expectativa acerca do gestor de saúde vai muito além do tradicional planejar, estruturar, organizar, conduzir e controlar. “Diante da complexidade e dinamismo da saúde, o mercado requer constante atualização em todas as áreas da gestão, a fim de propiciar uma visão holística do negócio, com foco nos principais processos e apresentação de soluções”, enfatiza.  

Em relação às mudanças impostas pela atual pandemia, Péricles não tem dúvidas de que o principal aprendizado está na tecnologia da informação e compartilhamento de dados. “Ainda é cedo, mas o consenso emergente é que os meios digitais têm um papel importante em uma resposta abrangente a surtos e pandemias, complementando as medidas convencionais de saúde e, assim, contribuindo para reduzir o impacto humano e econômico”, declara.  

No nível operacional dos serviços de saúde, Kuntz acredita que o legado deste momento crítico está relacionado, principalmente, com a “qualificação e desenvolvimento profissional, a pesquisa e o desenvolvimento de protocolos assistenciais, o planejamento logístico e de suprimentos e, por fim, a adoção de práticas diversas a prevenção de perdas e manutenção das atividades, como por exemplo, a adoção do trabalho remoto, fortalecimento das ações de negociações e, também, a adesão a soluções digitais”, explica.  

Ambos destacam uma mudança no mercado de saúde, que converge para a criação de grandes grupos e incorporações, exigindo uma visão mais abrangente dos gestores, à medida em que crescem. Péricles ressalta ainda a mudança no perfil dos pacientes/clientes ao longo dos anos, que passaram a conduzir sua própria experiência de saúde, pressionando os serviços por um atendimento personalizado e de alta qualidade.  

“Tecnologias inovadoras recebem bastante atenção, mas a experiência do paciente, a administração médica e as operações de assistência também evoluíram. Estas tendências de maximização do mercado certamente terão um grande impacto nos sistemas de saúde nos próximos anos e a constante atualização de conhecimento é que permitirá aos gestores hospitalares a bagagem de conhecimento necessária para tais mudanças”, destaca o superintendente da ONA.


Futuro da gestão hospitalar 

As expectativas em relação aos profissionais de gestão hospitalar vão muito além do currículo básico dos cursos disponíveis. Habilidades multifuncionais, como liderança, integração e comunicação estão se tornando cada vez mais importantes.  

Asimar Cardoso, presidente do Conselho Fiscal da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH), destaca um elemento inerente ao gestor de saúde. “Trabalhamos com um serviço que, essencialmente, envolve pessoas. Geralmente, a origem e a solução dos problemas críticos da área de saúde estão relacionados às pessoas. Então, saber compreendê-las é crucial nas negociações, gestão de conflitos, implementação de projetos e condução das atividades rotineiras”, salienta.  

Entre as principais tendências para o futuro da área estão a redução de custos, uso de tecnologia da informação e privacidade de dados, conformidade com as legislações vigentes e avanços tecnológicos. Essa pluralidade de temas ressalta o quão complexo e exigente é o grau de formação e habilidades destes profissionais. 

“A contratação de gestores com treinamento e desenvolvimento adequado e apropriado é o fator fundamental na boa operação de hospitais que tenham o objetivo de, cada vez mais, prestar assistência a seus pacientes com qualidade e segurança. Pode-se afirmar que as organizações de saúde procurarão os candidatos mais habilidosos para garantir decisões seguras”, ressalta Péricles.  



Formação de lideranças  

No entanto, as dificuldades em encontrar profissionais são inúmeras, como por exemplo, a mudança de perfil dos candidatos ao longo do tempo, alta rotatividade do mercado e até mesmo a dificuldade de adaptação ao contexto da saúde. 

Diante deste cenário, a Pró-Saúde lançou, neste ano, um programa inédito de Trainee Executivo, voltado para a formação da alta direção de hospitais. O projeto visa promover o desenvolvimento do capital humano, com habilidades alinhadas aos métodos de inteligência em gestão aplicados pela instituição nos hospitais que administra.  

“É um projeto extraordinário em termos de gestão na área da saúde. Dentro da realidade de um país onde é normal ter que fazer mais com menos, formar pessoas com um olhar profissional para um segmento tão peculiar quanto a saúde é um enorme benefício para a sociedade”, comenta Asimar.  

“Sem dúvida, o programa da Pró-Saúde levará ao aprimoramento de profissionais de saúde voltados para a gestão, permitindo aos participantes a ampliação de seus conhecimentos e objetivando a colocação no mercado de gestores gabaritados e aptos a desempenhar suas atividades com eficiência e qualidade”, complementa o superintendente da ONA.  

A criação da Pró-Saúde está diretamente ligada à profissionalização da gestão hospitalar no país, já que seu primeiro presidente, padre Niversindo Antônio Cherubin, foi pioneiro na criação de cursos de Administração Hospitalar, em 1967. Hoje, com presença em todas as regiões do país, a entidade conta com um dos maiores quadros de administradores hospitalares do Brasil.

 

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