Estudo PHENIX, destaque no principal congresso de oncologia do mundo, revela que biópsia de linfonodo sentinela está associada a menos mortes específicas por câncer e menor recorrência.
Um novo estudo internacional randomizado (PHENIX), apresentado no congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), o mais importante do mundo na área, traz resultados transformadores para o tratamento cirúrgico do câncer de colo de útero em estágio inicial.
A
pesquisa indica que a técnica menos invasiva, conhecida como biópsia de
linfonodo sentinela (BLS), está associada a uma maior taxa de sobrevida
específica por câncer em comparação com o procedimento padrão, mais agressivo.
O estudo comparou a BLS com a linfadenectomia pélvica completa (LP), que é a remoção total dos gânglios da pelve. Enquanto a LP era o padrão, ela frequentemente causa mais complicações pós-operatórias. A nova pesquisa, realizada entre 2015 e 2023 com 908 pacientes, buscava confirmar se a abordagem mais conservadora era igualmente segura. Os resultados, no entanto, foram além e mostraram uma tendência de superioridade para a técnica menos invasiva.
No principal grupo analisado (pacientes com linfonodos sentinela negativos), a taxa de sobrevida livre de doença em 3 anos foi de 96,8% para o grupo da biópsia de linfonodo sentinela, contra 94,5% para o grupo da cirurgia padrão. Mais impactante ainda foi a taxa de sobrevida específica por câncer em 3 anos: 100% para o grupo da biópsia de linfonodo sentinela, contra 97,8% no grupo da cirurgia tradicional. Isso se refletiu no número de mortes específicas pela doença: foram 3 no grupo da BLS contra 14 no grupo da LP.
Para o Prof. Dr. José Carlos Sadalla, especialista em Mastologia e Oncoginecologia da Clínica Andrade & Sadalla, os resultados são um divisor de águas. "O estudo é um marco, consolidando a técnica do linfonodo sentinela como novo padrão no tratamento cirúrgico dos casos de câncer de colo inicial. É a ciência e a tecnologia aliadas numa cirurgia de maior qualidade e menos morbidade para a paciente", afirma o médico.
A
conclusão do estudo reforça que, quando a biópsia de linfonodo sentinela é
bem-sucedida, a remoção completa dos gânglios deve ser abandonada, pois não
oferece benefício de sobrevida,além de poder aumentar as complicações.
Clínica Andrade & Sadalla
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