Poluição, estresse emocional, má nutrição e sedentarismo são fatores de risco para o coração de quem mora em São Paulo
A maior cidade do Brasil está completando mais um ano, e entre o amor e o ódio de quem vive ou precisa dela, não é possível negar que ‘com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades’. Neste caso, em grandes cidades, há grandes vilões para a saúde, e a maioria deles pode afetar o coração.
De acordo com dados da Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), 7 em cada 10 pessoas se mudariam de São Paulo, e entre os principais motivos, os problemas de saúde se encontram no topo da lista. De acordo com o Dr. César Jardim, cardiologista do Hcor, muitos fatores contribuem para que o coração do paulistano fique sobrecarregado.
“O
primeiro é a poluição, e existem estudos comprovando uma relação
direta com as doenças cardiovasculares, gerando aumento de casos de infarto e
acidente vascular cerebral (AVC), hipertensão arterial e arritmia cardíaca.
Isto acontece porque as partículas de poluição geram uma inflamação no
organismo”, explica.
Depois, o estresse emocional, sentido massivamente pela população de uma cidade grande, é outro vilão. Ele acaba favorecendo, por exemplo, a hipertensão arterial. Além disso, a falta de tempo faz com que muitas pessoas realizem refeições rápidas e, muitas vezes, sem a qualidade nutricional adequada. O resultado pode ser uma dislipidemia (colesterol e triglicérides elevados) e até mesmo diabetes.
“Essa mesma falta de tempo, que gera correria e cansaço, faz com que as pessoas não tenham energia e disposição para fazer atividade física e torna o sedentarismo um outro vilão. Com isso, temos mais pessoas utilizando escadas rolantes e elevadores do que realizando esforço físico ao subir os degraus ou ao fazer caminhadas”, aponta o Dr. César.
Tudo
isso culmina em acumular os famosos fatores de risco para as doenças
cardiovasculares. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80%
das doenças que afetam o coração são ocasionadas por fatores que podem ser
controlados e modificados com uma rotina mais saudável. “É possível viver bem
na capital. Tenha sempre em mãos uma fruta para um lanche rápido, opte por escadas
em vez de elevador, cesse o tabagismo e reduza a ingestão de bebida alcoólica.
Somente com essas mudanças iniciais já será possível perceber uma diferença na
saúde e ganhar mais disposição para continuar melhorando”, finaliza.
Hcor
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