Levar a criança ao oftalmologista durante as férias sempre dá um frio na barriga, pois há a chance de um novo acessório começar a integrar a rotina daquele pequeno: os óculos de grau. É comum ter uma resistência desse público em aceitar, mas isso acontece, geralmente, por dois motivos: a) eles não querem ser vistos pelos amigos, e b) alguns óculos incomodam.
Entretanto, o desconforto pode ser eliminado se o acessório for feito exclusivamente pensado para a criança. Segundo Dra. Samantha de Albuquerque, médica oftalmologista e consultora da HOYA Vision Care, empresa japonesa que produz lentes para óculos de alta tecnologia desenvolvidas para correção de problemas da visão, os óculos de grau infantis tem especificações e tamanhos diferentes, produzidos para que a criança se adapte mais facilmente.
Apesar da ocorrência ser cada vez mais frequente, não é raro encontrar crianças com óculos que não servem para o propósito. “Certos modelos de armação não se encaixam em determinados formatos de rosto e caem constantemente. Quando for escolher os novos óculos para a criança, descubra o formato do rosto antes de optar pela armação. Conhecendo as indicações, fica mais fácil decidir além de garantir uma aparência mais equilibrada e confortável”, afirma a especialista.
Segundo estimativa do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o CBO, 20% das crianças em idade escolar têm problemas de visão, e os motivos são diversos. A princípio deve se pensar nas armações: silicone é o material mais indicado para óculos de grau infantil, por ser mais maleável e flexível. Outro tipo recomendado é a de aro fechado, que garante uma maior proteção dos olhos e das lentes.
Para facilitar a adaptação e aceitação do acessório, é importante a criança gostar do modelo e cor escolhidos. Peça sempre auxílio do profissional óptico no momento da escolha, principalmente em casos de alta miopia, O tamanho e o formato do aro da armação interferem na espessura da lente.
“Uma criança diagnosticada com algum problema visual até os 7 anos e que não tem correção desta deficiência pode desenvolver ambliopia, ou seja, diminuição da visão em um ou ambos os olhos. Desta forma, a criança fica com o olho preguiçoso, fazendo com que ele não se desenvolva corretamente.”
Outro ponto importante são as lentes utilizadas. Existe uma infinidade de modelos no mercado, mas cada uma possui uma especificação única. Os materiais mais indicados para uso de óculos infantis são policarbonato, por ser um material resistente e com índice de refração que varia de 1.58 a 1.59. Além disso, elas são 10 vezes mais resistentes a impactos, atendem bem crianças com até 4 graus de miopia ou hipermetropia. Uma outra opção são as lentes em material Trivex, conhecidas por serem resistentes, finas, leves e possuírem propriedades ópticas de qualidade igual às das lentes feitas de policarbonato.
“O policarbonato é 30% mais leve que a CR-39 e tem um índice de refração maior, gerando lentes mais finas para até 4 graus. A Trivex, por sua vez, tem uma vantagem de nitidez maior devido ao processo de moldagem da lente. Por fim, também temos as lentes de resina 1.67 ou 1.74, que é um material mais leve e resistente, ideal alta de miopia, hipermetropia e astigmatismo”, aponta.
As
lentes e armações corretas ajudam a criança a sentir menos desconforto na hora
de usar os óculos e pode fazê-la aceitar mais rapidamente. Entretanto,
independente das especificações, o primeiro passo é sempre consultar o médico
oftalmologista para saber as melhores maneiras de prosseguir.
Hoya Vision Care
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