Profissional
de Cardiologia explica também quais são os sinais de alerta para buscar ajuda
médica
De acordo com o Instituto Nacional de
Cardiologia (INC), no Brasil, cerca de 14 milhões de pessoas possuem
enfermidades relacionadas ao coração. Chamadas também de cardiopatias, essas
enfermidades têm relação com fatores genéticos e comportamentais, podendo ser
subdivididas nas categorias: coronária, ou seja, que afeta vasos sanguíneos
responsáveis por irrigar o órgão; cardíaca-reumática, que corresponde a
danos no músculo do coração e suas válvulas, devido à febre reumática;
cardiopatia congênita, que são malformações na estrutura do coração, e trombose
venosa profunda, coágulos sanguíneos nas veias das pernas, que podem se
desalojar e se mover para o coração, segundo a Organização Pan-Americana da
Saúde (OPAS).
Além dessas doenças, a OPAS lista
também, enquanto males que afetam o coração, os eventos agudos, como infartos,
causados pelo impedimento da fluidez do sangue para o órgão. Todas as
enfermidades mencionadas estão entre as principais causas de óbito, tanto no
Brasil quanto no panorama mundial, sendo responsáveis por 32% das mortes ao
redor do mundo, conforme revelam os dados da Organização Mundial da Saúde
(OMS). Apesar da alta periculosidade, a busca por profissionais que atuam na
área de Cardiologia — para identificar, prevenir e tratar doenças relacionadas
ao coração — ainda é baixa. Em território brasileiro, por exemplo, 23% das
pessoas nunca sequer se consultaram com profissionais de Cardiologia.
A ausência de acompanhamento para
profilaxia e eventuais diagnósticos, está entre os principais fatores que
motivam o avanço silencioso de cardiopatias, como ressalta o profissional de
Cardiologia da rede AmorSaúde, Dr. Juliano de Castro Almeida. “Devido ao grande
risco trazido pelas doenças cardiovasculares, que costumam ser silenciosas e
não dar muitos sinais até que estejam graves, o cardiologista deve ser buscado
em todas as fases da vida para avaliação periódica. E não buscá-lo só quando
estiver com dor no peito, fadiga excessiva, palpitações, desmaio e tontura”,
explica.
Conforme ressalta o profissional, a
principal recomendação da OPAS e de outras organizações que tratam da saúde
humana é que os pacientes busquem realizar consultas periódicas para avaliar o
funcionamento das funções cardíacas. No entanto, há alguns sintomas que podem
indicar uma maior urgência na busca por consultas com esses profissionais,
dentre os quais o Dr. Juliano destaca:
·
Palpitações e batimentos cardíacos irregulares;
·
Dor no peito especialmente do tipo aperto;
·
Fadiga e cansaço com falta de ar aos pequenos esforços;
·
Suor frio;
·
Pele pálida ou azulada;
·
Enjoo ou falta de apetite constante;
·
Tosse seca e duradoura;
·
Urinar muitas vezes durante a noite;
·
Inchaço nas pernas, tornozelos e nos pés;
·
Dores de cabeça sem causa aparente;
·
Dores no pescoço e região maxilar;
Cuidados essenciais
De forma geral, a
literatura médica mundial reconhece dois fatores principais para o
desenvolvimento de doenças cardíacas, são eles: as condições genéticas e o
comportamento dos indivíduos, com destaque à alimentação desequilibrada e
hábitos sedentários. Motivado por como as pessoas se alimentam, se exercitam e
até mesmo se portam em situações de estresse, o fator comportamental é sobre o
qual a medicina pode desempenhar maior controle profilático. Nesse sentido, o
Dr. Juliano Almeida lista 5 cuidados essenciais para que os pacientes possam
adotar, de modo a evitar o desenvolvimento de doenças cardíacas por seu
comportamento. Confira:
1.
Controle a sua pressão arterial
Aferir com
frequência a pressão arterial e buscar meios de controlá-la, seja por
medicamentos, práticas de relaxamento ou até mesmo chás, a depender da sugestão
médica e do estado em que se encontra a sua pressão.
2.
Beba água com frequência
Essencial para o
bom funcionamento do organismo, beber água pode também ser uma boa forma de
evitar o desenvolvimento de cardiopatias.
3. Tenha uma alimentação saudável
A alimentação
desequilibrada pode favorecer malefícios como o entupimento de veias pelo
acúmulo de gordura. Por isso, manter uma dieta balanceada está entre os
principais fatores de prevenção contra eventos como o infarto.
4. Pratique atividade física regularmente
A prática
frequente de atividades físicas pode contribuir para a prevenção de
cardiopatias por contribuir com o fortalecimento do músculo cardíaco, além de
promover a redução da pressão arterial.
5.
Pare de fumar
Como revela a OPAS, os benefícios de parar de fumar são quase imediatos.
Em apenas 20 minutos após parar, a frequência cardíaca cai. Em 12 horas, o
nível de monóxido de carbono no sangue volta ao normal. Entre 2 a 12 semanas, a
circulação melhora e a função pulmonar aumenta. Isso tudo contribui para evitar
o desenvolvimento de doenças relacionadas ao coração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário