Especialista em oncologia pediátrica
responde dúvidas e reforça orientações sobre diagnóstico e tratamento
Doença rara em crianças e adolescentes, os sarcomas
representam 6-7% dos tumores malignos pediátricos e, na grande maioria dos
casos, possuem causa desconhecida. Especialista da Sociedade Brasileira de
Oncologia Pediátrica (SOBOPE), a Dra. Sima Ferman é coordenadora do Grupo
Cooperativo de Rabdomiossarcoma RMS 2005 (EpSSG) e responde dúvidas sobre o
tema.
Antes de abordar alguns dos mitos e verdades a respeito da doença,
a médica explica que os sarcomas de partes moles em crianças e adolescentes
representam um grupo heterogêneo de malignidades que se originam da célula
mesenquimal indiferenciada - isso significa que elas podem se desenvolver em
qualquer tipo de célula madura.
O espectro de tipos de sarcomas é amplo: a célula embrionária tem
capacidade de maturar nos componentes dos tecidos conjuntivos, ou seja, tecidos
de conexão, que são compostos de grande quantidade de matriz extracelular,
células e fibras, a exemplo do músculo, tecido adiposo, tendão, ligamentos,
cartilagem, vasos linfáticos e sanguíneos.
A especialista reforça que, para maior chance de cura e qualidade
de vida, é fundamental que os pacientes com sarcomas sejam diagnosticados e
tratados em centros especializados com equipe multidisciplinar especializada em
oncologia pediátrica e em sarcomas. “O acompanhamento a longo prazo é
importante para detectar recidivas ou efeitos tardios relacionados ao
tratamento”, afirma.
Segundo a Dra. Sima Ferman, o tratamento de sarcomas de partes
moles é complexo e desafiador. “Nos últimos anos, no entanto, houve muito
progresso no diagnóstico e terapia, que depende do subtipo histopatológico e
pode variar desde monitorização, cirurgia isolada ou associada a tratamento
sistêmico e/ou local. O prognóstico depende do tipo de sarcoma, da localização,
do tamanho do tumor, se havia metástase no diagnóstico e da resposta ao
tratamento”, explica.
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